Festa Amarantina - Sésamos
Estando eu para escrever sobre esta lufada de ar fresco, que irrompeu pela Festa Amarantina por diversas vezes, eis que me deparo com este texto da Elsa Cerqueira que, com a sua licença, tratei de surripiar de imediato.
Porque amei os Sésamos. Porque amei a sua generosidade, empenho, entusiasmo e alegria sem fim.
É certo que algumas alunas que fazem parte deste grupo de teatro recém criado me tinham dito que eu ia gostar da surpresa que estavam a preparar para a Festa Amarantina... mas, mesmo se avisada, a participação desta gente saldou-se por uma belíssima surpresa surpreendente!
Para o ano há mais, Sésamos! Nós agradecemos do coração a lembrança!
SÉSAMOS/TAKE 1: RECRIAÇÃO DE CENAS DO “ANIKI BÓBÓ”, DE MANOEL DE OLIVEIRA, na Festa Amarantina
Na festa amarantina houve uma aparição especialíssima e que constituiu uma surpresa que me deixou desmesuradamente orgulhosa: a recriação de algumas cenas do filme “Aniki Bóbó” pelo recém-formado grupo "Sésamos”.
Devo esclarecer que sobre a problemática da existência/inexistência do livre-arbítrio rejeito quer o determinismo radical, quer a crença de que há um rumo sem rumo, aleatório, dos acontecimentos.
Portanto, impõe-se um exercício de retrocesso cronológico para que se perceba a biografia do grupo e quem é a sua mentora.
Portanto, impõe-se um exercício de retrocesso cronológico para que se perceba a biografia do grupo e quem é a sua mentora.
A Débora Gonçalves é uma aluna da Escola Secundária/3 de Amarante (ESA) que foi minha aluna na disciplina de Filosofia e, para além de ter aprimorado a arte de bem discorrer, redige textos que revelam uma invulgar maturidade filosófica. Adora Teatro, Literatura e Cinema. Acho que a Débora respira Arte(s) ou as Artes inspiram-na.
Lembro-me de quando interpretou na escola “Fernando Pessoa”, ou quando fez o papel de uma aluna de uma escola típica do Estado Novo para que os colegas percebessem as mutações na educação e no ensino...
Lembro-me de quando interpretou na escola “Fernando Pessoa”, ou quando fez o papel de uma aluna de uma escola típica do Estado Novo para que os colegas percebessem as mutações na educação e no ensino...
O seu gosto pelo Cinema foi crescendo e ao longo destes três anos do ensino secundário foi a aluna, a “cúmplice”, mais atenta e assídua do Clube de Cinema, do Concurso Cineliterário, das sessões do Cineclube de Amarante, tendo acompanhado também no presente ano a implementação do Planonacionaldecinema Pnc.
Esteve comigo nas turmas dos sétimos anos envolvidas no projecto, foi ao Agrupamento de Escolas Professor António Natividade de Mesão Frio quando dinamizei uma sessão e assistiu, no dia 12 de junho, à exibição de “Aniki Bóbó” no Cineclube de Amarante no âmbito do PNC.
Poderia elencar interminavelmente as iniciativas ou eventos em que participou, mas não o farei.
Esteve comigo nas turmas dos sétimos anos envolvidas no projecto, foi ao Agrupamento de Escolas Professor António Natividade de Mesão Frio quando dinamizei uma sessão e assistiu, no dia 12 de junho, à exibição de “Aniki Bóbó” no Cineclube de Amarante no âmbito do PNC.
Poderia elencar interminavelmente as iniciativas ou eventos em que participou, mas não o farei.
Esta menina-mulher, que hoje celebra 18 anos, Sonha. Sonha estudar Cinema. Sonha escrever guiões. Sonha Representar. Sonha ser Livre.
Há pouquíssimas semanas começou a corporificar a ideia de um grupo de teatro, “Sésamos”, constituído na quase totalidade por alunos da ESA.
Deslumbrada pelo filme de Manoel de Oliveira decidiu recriar na festa amarantina o grupo de miúdos que se (des)unem devido à tentação-desejo por uma boneca, as birras entre Carlitos e Eduardinho por causa da belíssima Teresinha, as quedas do Batatinhas...
O Douro foi substituído pelo Tâmega e as ruelas de Amarante foram os cenários naturais por onde entoaram a cantilena "Aniki-bébé / Aniki-bóbó / Passarinho Tótó / Berimbau, Cavaquinho / Salomão, Sacristão / Tu és Polícia, Tu és Ladrão".
E os amarantinos enlaçando o passado com o presente, a ficção com a realidade, agradeceram esta viagem tão afectiva pelo filme de Manoel de Oliveira.
Um magnífico tributo a Manoel de Oliveira e uma surpresa que me faz prosseguir com entusiasmo a minha (muito mais do que uma) Profissão.
E os amarantinos enlaçando o passado com o presente, a ficção com a realidade, agradeceram esta viagem tão afectiva pelo filme de Manoel de Oliveira.
Um magnífico tributo a Manoel de Oliveira e uma surpresa que me faz prosseguir com entusiasmo a minha (muito mais do que uma) Profissão.
OBRIGADA por alimentarem os Sonhos com as vossas Sementes!
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Nota Marginal Um: Fazem parte dos Sésamos a Débora, a Dália, a Sandra, a Andreia, a Carina, a Félix, a Beatriz, a Joana, a Diana, a Filipa e o Cosme.
Nota Marginal Dois: As fotografias são da autoria, na sua maioria, de Cláudia Pinto, de Catarina Almeida (a primeira) e minhas.
Notas mais do que marginais: Para o ano há mais! E, se clicar sobre as fotografias, acederá à galeria completa... o que vale bem a pena!
Parabéns Professora e dedicados alunos, amantes do Cinema.
ResponderEliminarFiquei deslumbrada na verdade.
Obrigada.