Por aqui, acumulamos perdas familiares. Em Agosto. Em Setembro. Parece que nos últimos anos pouco mais fazemos do que cuidar dos vivos para depois cuidar dos mortos.
E hoje, ao abrir o facebook, deparei-me com uma perda gigantesca para uma Amiga que, estando distante fisicamente, está muito próxima de mim em pensamento.
Hoje, quero-lhe sussurrar ao ouvido este provérbio aborígene que apela à aceitação pacífica do momento em que dobraremos a esquina e deixaremos este mundo, definitivamente, para trás. Mais ou menos contrariados, mais ou menos preparados, de forma súbita ou bem interiorizada, todos dobraremos esta esquina, todos estamos aqui de passagem.
Curiosamente, a última pessoa que da minha família partiu sabia bem isto e aceitava este facto com uma naturalidade desconcertante, falando da sua morte de forma desassombrada, preparando-se para o virar da esquina de forma tranquila, pensada, interiorizada, ajudando até os mais próximos a apaziguarem os sentimentos de perda irreparável, de saudade, de dor, perante a sua partida, neste caso aos 84 anos, depois de uma vida cheia e plena.
Hoje, depois de me deparar com a perda, gigante e inesperada, de Francisco Rosado, desejo que todos os que o rodeavam encontrem alento e conforto neste provérbio aborígene e na sabedoria que ele encerra. Hoje, o meu coração voou para o Sul. Hoje o meu pensamento está com a Em@ e com o seu adorado filho...
E eu estou-te eternamete grata, minha colega,amiga e companheira de lutas.
ResponderEliminarUm beijo no teu 💛
Beijinho grande, minha linda! Deste Norte para esse Sul.
ResponderEliminarE chi-coração apertadinho.