quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Da Absoluta Necessidade de Renovação do Corpo Docente

Dados retirados daqui

Da Absoluta Necessidade de Renovação do Corpo Docente

O corpo docente de uma Escola ou de um Agrupamento não é coisa com que se deva brincar e a sua qualidade e força dependem de múltiplos factores que passam pela formação inicial, pela profissionalização realizada, pelas qualidades intrínsecas de cada um e do seu todo, pelos diferentes percursos de vida que vão sendo incorporados, pela capacidade de renovação e de ajustamento às novidades educativas, pela resiliência colectiva, pela estabilidade, pela incorporação da inovação que se quer permanente, pelo bem-estar físico e psicológico de todos e de cada um de nós... e eu sei lá o que mais... se até um dia de sol radioso pode interferir, para melhor, na qualidade anímica de todo um corpo docente!
Propositadamente, deixei de fora um factor de primordial importância, que interfere na qualidade e força de um qualquer corpo docente de uma qualquer escola ou agrupamento, e que é a idade dos seus professores.
Basta frequentar as salas de professores das escolas deste país para reconhecer que estas já conheceram melhores dias, povoadas que estão, maioritariamente, por docentes situados numa faixa etária que vai dos cinquenta anos para cima e que entra pelos sessenta adentro com força e vigor, já que subsistem os mais resistentes que não estão dispostos a sair imensamente penalizados depois de longas carreiras contributivas de, em alguns casos, mais de quarenta anos. Que vergonha quando comparadas com as artimanhas engendradas pelos políticos chamadas de subvenções vitalícias e afins!
A renovação do corpo docente, que se fez naturalmente durante grande parte da minha vida profissional, foi estancada. Hoje contam-se pelos dedos de uma mão os professores que chegam a uma escola ou agrupamento com idades abaixo dos 30 anos. E isto é dramático numa profissão tão exigente quanto a nossa, tão desgastante, que lida, todos os dias, com pessoas em formação acelerada que exigem tudo de um corpo docente que já foi mais enérgico, mais jovial, mais entusiasmado.
Renovação, precisa-se! E com urgência.

"A FENPROF esteve presente, hoje, dia 16 de fevereiro, na Comissão de Educação e Ciência (CEC), a propósito da petição que reclama a adequação do regime de aposentação às condições e consequências do exercício prolongado da profissão docente. O ensejo foi aproveitado para a entrega de mais 1400 subscrições chegadas à Federação já após a entrega da petição na Assembleia da República, em dezembro passado."


“Um regime de aposentação justo para os docentes é, também, garantiada indispensável renovação geracional”

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