terça-feira, 18 de outubro de 2016

Da Falta e da Importância dos Funcionários Não Docentes nas Escolas Públicas Portuguesas


Da Falta e da Importância dos Funcionários Não Docentes nas Escolas Públicas Portuguesas

Hoje destaco as notícias saídas na imprensa nacional que nos dão conta da falta... já crónica?... de funcionários não docentes nas escolas portuguesas. Presumo que esta referência aos funcionários não docentes seja equivalente a assistentes operacionais.
O problema tem barbas e sente-se, provavelmente, na maioria das escolas deste país, muito embora este problema se tenha vindo a agravar nos últimos anos, correspondentes aos anos da intervenção da Troika em Portugal e aos anos em que o governo de coligação PSD/CDS quis ir para além dos cortes impostos pela Troika e desatou a cortar a torto e a direito, mesmo no que não devia ser cortado, nomeadamente nos recursos humanos, que já eram, à data, deficitários, em tantas e tantas escolas do país.
Hoje, a Escola Secundária Pedro Nunes, em Lisboa, por decisão do seu director, Pedro Abrantes Pimentel, não está a funcionar. Este encerramento deve-se a uma greve dos funcionários e o motivo invocado é precisamente este - faltam funcionários não docentes nesta escola.
E este acontecimento relembra-nos que muitas mais escolas deste país precisam urgentemente desta mão-de-obra indispensável para que a máquina-escola funcione de forma oleada. Porque é preciso abrir as escolas, abrir os pavilhões, abrir as salas de aula, ligar os computadores, assegurar a assistência a docentes e a alunos dentro dos pavilhões durante o período lectivo, assegurar que o civismo reina entre os alunos durante os intervalos, porque é preciso acompanhar alunos ao Gabinete do Aluno, acompanhar alunos que por este ou aquele motivo têm de se deslocar a um hospital, porque é preciso manter todo o espaço escolar bem cuidado e limpo, assegurar a ordem na cantina, assegurar a limpeza em exteriores e interiores, assegurar o funcionamento do bar, acompanhar alunos com necessidades educativas especiais...
Se  os funcionários não docentes existissem em número suficiente, talvez a história relatada hoje pelo Sol pudesse ter um outro final. Não é certo mas... quem sabe talvez...

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Nota - Post inicialmente publicado no ComRegras.

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