domingo, 9 de outubro de 2016

"Fenprof Quer Extinção do Cargo de Director de Escola"

Não Lixem a Escola Pública - 2M - Batalha - Porto
Fotografia de José Emanuel Queirós


"Fenprof Quer Extinção do Cargo de Director de Escola"



Percebo que a palavra de Mário Nogueira provoque muita urticária principalmente no pessoal que faz parte integrante das pessoas que são os partidos políticos.
Mas nós, professores em exercício mais velhos, e vou-me socorrer de parte de um comentário que já escrevi aqui, já conhecemos lideranças colegiais eleitas democraticamente dentro das escolas num tempo em que votávamos directamente em equipas colegiais de professores que se sujeitavam a eleições apresentando projectos que não se ligavam minimamente, nem de perto nem de longe, a este ou aquele partido político, e que nem se têm ou devem ligar, até porque o que nos une dentro das escolas não pode, nem deve ser!, o partidarismo ou a partidarite.
Agora, defender esta opção - eleições directas de um corpo colegial que lidera as escolas e agrupamentos - que entretanto nos foi retirada em força a partir de 2008, estava o pê esse no poder - é um susto para os partidos do arco governativo que, à vez, lá vão afirmando o seu poder dentro das escolas, dentro de quase todas as escolas!, em jogos políticos muito pouco dignos, diria até indignos, que nada têm a ver com os princípios de uma verdadeira Democracia.
A extinção do cargo de Director, cargo unipessoal, proposta aqui por Mário Nogueira de viva voz, e a sua substituição por um órgão colegial verdadeiramente eleito obedecendo aos princípios de uma Democracia adulta e forte, só pode ter a minha concordância quanto ao princípio enunciado.
Percebo que não tenha o apoio das peças que compõem as máquinas partidárias.  Porque começa logo num princípio - é muito mais difícil manipular um grupo de pessoas do que uma pessoa.
Ora, a gente dos partidos, que vai ocupando à vez o poder, quer mandar a partir de Lisboa e que, sem estrilho, a coisa seja implementada rapidamente e em força nas escolas... nem que seja uma idiotice... e estou-me a lembrar de umas quantas ao tempo de MLR (pê esse) e ao tempo de Crato (pê esse dê cê dê esse).
Hoje, digamos, a democracia nas escolas está manca, aleijada pelo poder político partidário que tudo quer controlar. Até os professores. Até as suas vozes.

Agora, não deviam ser as escolas exemplos democráticos para os mais novos? Já que é suposto ser a Escola local de aprendizagem exactamente para estes?


Fenprof quer extinção do cargo de director de escola

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