quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Andrew Bird - Casa da Música


Andrew Bird - Casa da Música

Um dos meus amores maiores veio ao Porto e eu não poderia deixar de me encontrar com ele depois dos seus últimos concertos e nossos encontros no Theatro Circo, em Braga.
O rapaz aterrou sozinho no palco da Sala Suggia e, mais uma vez, deu conta do recado sem precisar de mais nada a não ser da sua belíssima e afinadíssima voz, do seu espampanante assobio, das suas virtuosas e elegantes mãos de dedos dançarinos, esguios e longos, que dedilham aquelas cordas dos instrumentos a uma velocidade estonteante revelando uma mestria rara e, claro está, dos seus irrequietos e imprescindíveis pés.
E aquele Bird, nascido na distante Chicago, chilreou que se fartou e esvoaçou para tornar a esvoaçar em voos que só ele é capaz de voar através de uma voz ora terna, suave, quase hesitante, ora vigorosa e cheia, plena, transformando aquela sala de acústica maravilhosa em coisa dele, atrevendo-se até a tocar um fado no seu violino, atrevendo-se até a cantar magistralmente um fado... apenas com o seu assobio.
Andrew Bird, o Virtuoso, o Magnifico, o belo, passou ontem pela Casa da Música, no Porto, e teve casa cheia.
Permanece agora comigo. Permanece sempre comigo.
Partilho com os meus leitores uma versão de "Why?" que não foi a que ele cantou ontem, que não foi a que ele cantou da última vez que o vi e ouvi no Theatro Circo mas que é uma das que está disponível no Youtube. Asseguro-vos que hoje o Andrew Bird superou-se a si mesmo na interpretação desta música. E nas outras também. Como aconteceu na "nossa" Lusitania.
Até breve, querido Andrew!



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