Piquenique na Ínsua dos Frades - Amarante
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
E pronto, aconteceu já este ano. Uma das coisas que eu mais temia em relação à Ínsua dos Frades já aconteceu. Depois da ligação da Ínsua dos Frades à margem direita e esquerda do rio Tâmega, feita através de uns pindéricos e manhosos passadiços... pindéricos e manhosos mas também generosos e a convidar à devassa do local porque o deixou escancarado e desprotegido, temo bem que, para o ano, venha a ser aqui montado um maravilhoso parque de merendas... ainda por cima quando o parque de merendas situado no antigo e próximo Parque de Campismo já se escafedeu.
É certo que os passadiços, generosos de largos, permitem a entrada na Ínsua de bicicletas, de motas, de moto-quatro e, penso!, até pequenos carros conseguirão meter o bedelho no interior da Ínsua; é também certo que o local convida mesmo à montagem de gigantes grelhadores com muitos carvões lá dentro. O local é muito aprazível e sombreado, tem a maravilhosa água do Tâmega... por isso... why not? Até porque nada no local referencia qualquer proibição... e mesmo que referenciasse... o tuga sempre gostou de arriscar... afinal, não fomos nós que pela primeira vez chegamos à Índia por mar? O que é para um tuga atravessar um passadiço sobre um rio pachorrento e represado e montar a barraca bem lá no meio?!
Daqui, a esta distância da Ínsua, só vejo mesmo um perigo para além de todos os outros - E se num daqueles dias de canícula há um incêndio na Ínsua dos Frades? É que os estupores dos passadiços não comportam a passagem de um carro dos bombeiros...
Nota - Desde a montagem dos passadiços, fui à Ínsua três vezes. Foi o suficiente para apanhar piqueniques de grelhador a uma distância respeitosa para não incomodar o fabuloso momento.
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