Estratégias Pedagógicas de História - E.B 2/3 de Amarante
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães
Apesar de vivermos dias de trabalho ainda espartilhado pelas metas curriculares, no meu caso de História, definidas no tempo de Nuno Crato, que, a serem seguidas escrupulosamente, exigiriam que todos os professores de História deste país chegassem à sala de aulas e vomitassem, literalmente, as matérias, sem qualquer dó nem piedade pelos alunos de tão tenra idade, isto no caso de terem duas aulas semanais de 50 minutos cada, como é o meu caso, a verdade é que cada um de nós pode ser mais ou menos rebelde e introduzir algumas práticas pedagógicas que aliciem os seus alunos para o estudo da História, mesmo se nos fazem atrasar a quantidade de conteúdos leccionados... rssssss... como se quantidade se pudesse confundir com qualidade! É o que eu procuro fazer, não querendo, de todo, que os meus alunos saiam da minha sala de aula a comentarem uns com os outros que a aula de História foi uma monumental seca. Nem sempre o conseguirei, é certo, mas lá que ponho os meus neurónios a funcionar no sentido de tornar os dias mais agradáveis para os alunos que me saem na rifa todos os anos, lá isso ponho! E que depois de ter as ideias as procuro rapidamente implementar passando à prática delas... também é verdade. Caso contrário não acumularia tanto trabalho já realizado e partilhado com todos quantos virem nele alguma utilidade e só para dar um exemplo deixo o link da minha página de recursos pedagógicos em PowerPoint, e não só!, recursos que cobrem praticamente todas as aulas de História do 7.º ano ao 9.º ano de escolaridade e que pode ser visitada se clicarem aqui.
Hoje volto a partilhar uma estratégia pedagógica minha que já foi partilhada inúmeras vezes neste blogue e no História em Movimento também. Nunca a tinha visto em acção, garanto-vos que saiu da minha cabeça, muito embora possa ser utilizada por outros professores mais ou menos desta forma porque com tanta cabeça a pensar e a trabalhar para seu lado seria altamente improvável que só eu usasse coisa semelhante.
A estratégia é simples. Trata-se de lançar desafios aos alunos, transformando um exercício oral ou escrito num jogo de adivinhação em que os alunos em trabalho individual ou de pares, e perante um dado desenho sem qualquer palavra escrita, tentam adivinhar as palavras ou expressões-chave que estão no verso da imagem que lhes é por mim mostrada em contexto de sala de aula.
Asseguro-vos que esta "voltinha" dada à pergunta " Identifica e caracteriza as partes constituintes duma cidade-estado grega" é a "voltinha" suficiente para que os alunos participem com entusiasmo no exercício agora disfarçado de jogo.
Depois é só escrever as soluções do problema no quadro à medida que os alunos vão lendo as respostas realizadas por escrito e para, de seguida, construirmos um pequeno texto colectivo que as integre. Isto para o caso do professor querer que os alunos desenvolvam a escrita. Se quer que os seus alunos desenvolvam a oralidade é dar-lhes x tempo para construírem uma pequena intervenção oral em que têm igualmente de descodificar as escrituras existentes no verso do desenho.
De notar que estes desenhos foram todos realizados por alunos que um dia foram meus e que um dia foram sócios do Clube História em Movimento, clube que oriento na minha Escola desde que o fundei, no ano lectivo de 2010/2011.
Entretanto ocorreu-me melhorar um pouco esta actividade. Para além de andar com o desenho colado em K-Line pela sala, vou entregar uma espécie de ficha/desenho por cada dois alunos, igualzinho a este mas mais pequeno e com o verso por preencher, para que eles possam manusear porque também se aprende pelo tacto. E eu sei que eles gostam disto, de tocar nas coisas para as sentir com o coração...
Entretanto desafiei-os para a construção de um blogue por turma onde eles possam postar trabalhos que vão fazendo para História... alinham? Pensem na ideia porque podemos cruzar muito bem competências de TIC e de História!
Obrigada, Alunos Meus pelos desafios constantemente colocados, pelos desafios aula a aula colocados... e siga! Continuamos todos no activo.
Belo trabalho, excelente entusiasmo e motivação! Como sabemos, o essencial é invisível para os olhos, mas entra diretamente no coração.
ResponderEliminarParabéns!
Abraço
António Pereira
Viva António Pereira! Muito obrigada pelas suas palavras tão carinhosas relativamente ao meu trabalho. Por aqui, digamos que continuamos a fazer o que podemos. E que, apesar do MEC nos atrapalhar, quantas vezes!, o trabalho, ainda conseguimos fazer alguma coisa.
ResponderEliminarBeijinhos!