segunda-feira, 10 de abril de 2017

A Cidade da Participação


A Cidade da Participação

Sobre a Cidade da participação, dou a palavra a José Emanuel Queirós.

AMARANTE - A CIDADE DA PARTICIPAÇÃO
Podia ser um tema gerador de motivação dos cidadãos amarantinos ou um mote despertador de consciências cívicas interpeladas pela passividade dolente com a sonolência conformada que se respira na ambiência bucólica do histórico núcleo da cidade de Amarante.
A «cidade da participação» é, afinal, o tema de um excelente catálogo, publicado pela editora Afrontamento, prova de uma inquietação cívica e de uma cidadania activa, mobilizadoras de vontades impulsionadas pela docência de Fernando Matos Rodrigues na Escola Superior de Arquitectura do Porto, testemunho de um modelo de intervenção interdisciplinar na reabilitação da cidade que considera e integra as suas «ilhas» como espaços vivos e marcas próprias da sua história.

Trazida a temática da «participação» sobre as problemáticas de que colocam à «cidade» e o sintoma do compromisso fora dos circuitos convencionais marcados pelo sonambulismo que Amarante patenteia é contrastante com o interesse dos intervenientes e participantes na sessão e no debate ocorrido.
O final da tarde de sábado (8 de Abril), teve no Café-Bar um condigo espaço anfitrião onde foram oradores Emanuel Queirós, Fernando Bessa, Fernando Matos Rodrigues, André Cerejeira Fontes e David Viana sem que de lá, do assento etéreo onde subiu, o poeta Teixeira de Pascoaes tivesse dado algum sinal de perturbação.
Antes que o tempo faça perder a razão e o senso decline sem propósito, o ideal da cidade dos vivos é coexistente com a cidade que nunca morre, mesmo quando adormece à sombra das ameaças que sobre si pesam com a ausência de planeamento urbano e a prometida decepação do Tâmega corrente.

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