terça-feira, 17 de outubro de 2017

Constituição Portuguesa


Constituição Portuguesa

As culpas do não cumprimento dos deveres do Estado Português relativamente à segurança das populações devem envergonhar todos os políticos sem excepção, da esquerda à direita passando também pelo centro, que, de há décadas a esta parte, não souberam, não quiseram, não puderam (?) tomar as medidas necessárias para que as pessoas mais vulneráveis, porque mais idosas e a viverem num mundo rural que mete dó em termos de despovoamento, não vivessem agora dias de perfeito horror, literalmente abandonadas, literalmente ao deus dará e a um salve-se quem puder que só nos pode deixar a todos profundamente estupefactos e profundamente envergonhados.
E, se isto é um facto, também é um facto que cabe aos actuais governantes, porque os acontecimentos horrendos aconteceram agora e não no tempo da outra senhora, endereçar, no mínimo! um sentido pedido de desculpas a todos os portugueses, especialmente a quem perdeu os seus familiares, a quem neste momento está internado com ferimentos mais ou menos graves, alguns entre a vida e a morte, a quem perdeu o trabalho de uma vida, a quem está a perder um país que se veste de negro e parece, em alguns casos, um país bombardeado.
Assegurar a segurança das populações é um dos deveres fundamentais do Estado. Quando isto falha... o que nos resta?

ARTIGO 9.º
(Tarefas fundamentais do Estado)

São tarefas fundamentais do Estado:
(...)
d) Promover o bem-estar e a qualidade de vida do povo e a igualdade real entre os portugueses, bem como a efetivação dos direitos económicos, sociais, culturais e ambientais, mediante a transformação e modernização das estruturas económicas e sociais;
e) Proteger e valorizar o património cultural do povo português, defender a natureza e o ambiente, preservar os recursos naturais e assegurar um correto ordenamento do território;
(...)
g) Promover o desenvolvimento harmonioso de todo o território nacional, tendo em conta, designadamente, o caráter ultraperiférico dos arquipélagos dos Açores e da Madeira;
(...)

Vítimas de Pedrogão Grande pedem desculpa aos familiares dos mortos e feridos de domingo



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