Degredo - Biblioteca Municipal Albano Sardoeira

Biblioteca Municipal Albano Sardoeira - Amarante

Fotografias de José Gonçalves

Biblioteca Municipal Albano Sardoeira - Amarante

Fotografias de Anabela Matias de Magalhães

Degredo - Biblioteca Municipal Albano Sardoeira

A nossa biblioteca é linda. Relembro-a cheia de miudagem que aí lia, estudava, pesquisava, organizava os seus trabalhos, entrava e saía, enchendo-a de vida.
Hoje encontra-se moribunda. Moribunda por fora, chamei a atenção para o problema das infiltrações e da intervenção cosmética, que me envergonha enquanto amarantina, em post que pode ser lido aqui, ai que não sei o quê, que esta voz deve ser uma voz do ps ressabiada... ah ah ah... porque a porra da mentalidade é só ver tudo à volta com os olhos da manada e nada mais para além do que sai fora dela, e, agora, pela mão do José Gonçalves, partilho-a, com infinita tristeza,  moribunda por dentro.
É um facto - ao degredo exterior corresponde agora um interior abarracado que o José Gonçalves fotografou e partilhou, para grande/pequeno espanto de muitos amarantinos.
Confesso que ainda estive lá há pouco tempo, sim no seu interior, e que até fotografei as infiltrações, maravilhosas para os livros que por lá estão em depósito, mas não me ocorreu que o problema fosse tão... mas tão grave!
Escrevi em 12 de Dezembro de 2017:
Esta parede está a meter água desde que foi construída. Ora a obra foi inaugurada a 1 de Novembro de 2003 estávamos nós numa autarquia dominada pelo ps e que assim iria permanecer durante largos anos durante os quais a resolução deste problema nunca foi prioritária. Entretanto, o poder local mudou de mãos... mas já vamos na segunda legislatura da coligação feita entre psd e cds e a Biblioteca Municipal Albano Sardoeira, em Amarante, continua o degredo que se vê.
Até quando?

Lamento que a minha autarquia continue a não cuidar de um património que é nosso. Lamento que se permita dar este exemplo, lamento que se permita dar este espectáculo cultural degradante a todos os seus munícipes e a todos os nossos visitantes, nacionais e estrangeiros, que metam o nariz neste ambiente colonizado pelos fungos. Pobres funcionários que aí trabalham...
Ai Agustina! Ai Pascoaes! E os livros que não sabem nadar...