A Importância da Sala de História da/na E. B. 2/3 de Amarante - A Importância da Cor

Sala de História da E. B. 2/3 de Amarante - Depois e Antes

Fotografias de Anabela Matias de Magalhães

A Importância da Sala de História da E. B. 2/3 de Amarante - A Importância da Cor

Começo este post por assinalar a importância da excelente arquitectura da E. B. 2/3 de Amarante para o bem-estar de toda a comunidade educativa, alguma que por lá passa, outra que por lá permanece e que é composta por alunos, professores, assistentes operacionais, pessoal administrativo... (será que agora deveria enquadrar aqui os professores?) - pais e encarregados de educação com ligações diversas aos nossos alunos.
A Escola, construída no longínquo ano de 1978, possui uma traça moderna, escorreita e racional, os pavilhões das salas de aula possuem um pátio central com dois jardins e praticamente todas as salas de aula estão dotadas, no seu interior, de um grande canteiro, que, arranjado e cuidado, torna o nosso espaço sala de aula bastante agradável.
Se neste aspecto a Escola está bem, há outros em que a Escola está bem mal e que urge alterar. Por exemplo, as salas de aula não podem continuar a ser autênticas catacumbas escuríssimas e deprimentes, tal e qual como quando nasceram, nestes 40 anos permanecendo imutáveis, ou melhor, degradando-se ano após ano porque o ME nunca fez obras de vulto num espaço que um dia destes talvez passe para a autarquia, qual presente envenenado onde é urgente retirar as coberturas de amianto e colocar novas coberturas, substituir caixilharia que deverá ter vidros com corte térmico, refazer rede de águas e esgotos, refazer toda a parte eléctrica, substituir um chão feito de quadrados autónomos colados... já se vê que, passados 40 anos, a manutenção do chão é uma canseira... e, para terminar o lote das intervenções necessárias, é mesmo preciso e urgente alterar as cores existentes nas salas de aula e que as transformam em autênticas cavernas, ou catacumbas, de quase negras que são.
Toda a gente sabe que as cores transmitem-nos emoções e influenciam-nos, para o bem e para o mal actuando sobre os nossos sentimentos e humor. Se o branco e o verde são cores geradoras de bem-estar, são relaxantes, repousantes, acolhedoras, neutras, ampliadoras do espaço e convidam ao equilíbrio, à estabilidade, à interacção, transmitindo-nos tranquilidade e paz tão propícias à concentração e à aprendizagem, as cores muito escuras diminuem os espaços, são opressivas e densas, e, se usadas em contexto de sala de aula, têm o efeito precisamente inverso podendo aumentar até os níveis de stresse. O verde, pelo contrário, pode ainda associar-se a vitalidade, harmonia, liberdade, esperança, saúde e, claro está, remete-nos de imediato para a Natureza e o Ambiente que devem ser cuidados e preservados por cada um de nós.

Está redondamente enganado quem pensa que esta propriedade da luz chamada cor, dentro da arquitectura ou de outra área qualquer, é um elemento de somenos importância. Neste caso, as cores branca e verde, utilizadas em ambiente escolar, mais concretamente em contexto de sala de aula, favorecem o processo de ensino-aprendizagem influenciando positivamente as aprendizagens e o equilíbrio de cada um de nós.
Ora, é esta teoria e prática que vou testar, já este ano lectivo, na Sala de História do 3.º Ciclo, agora completamente remodelada, da E.B 2/3 de Amarante.

E sim, ao terceiro dia, a minha Sala de História ressuscitou dos mortos. Apenas porque eu detesto coisas interrompidas.

Et voilá, não é que a Sala de História ressuscitou com um certo ar provençal?!