Todos sabemos que a classe docente e a Escola Pública têm sofrido ataques profundos e sistemáticos há mais de uma década. Na passada greve às reuniões de avaliação, o novo sindicato docente dinamizou um plano de luta expressivo (baseado em várias sondagens independentes de bloggers docentes), criando as condições necessárias para a luta da classe, a qual poderia ter obrigado o governo a ceder perante as nossas justas reivindicações.
Infelizmente não logramos as reivindicações da classe porque, mais uma vez, houve quem não quis aproveitar mais uma oportunidade histórica (como em 2008, por exemplo), não contribuindo para unir a classe docente contra o ME, chegando tarde e partindo cedo demais nessa greve histórica de junho/julho de 2018.
Os diferentes governos que têm atacado a Escola Pública por sua vez, também têm atacado de forma semelhante outros sectores, porque sabem que se nos unirmos somos mais fortes. Por isso compreendemos o sentido da greve geral da função pública aparentemente marcada para 26 de outubro (só não se percebe porque é tão tardia e mesmo no último dia útil antes da votação na generalidade do O.E.)…
O S.TO.P. pretende ajudar a criar um novo tipo de sindicalismo docente, não sectário, mais democrático e verdadeiramente independente, por isso não tivemos qualquer dúvida em apoiar a Iniciativa Legislativa Cidadã (ILC) que o Poder já demonstrou querer inviabilizar.
Hoje, como se pode ver na sondagem independente (www.comregras.com/resultados-pretende-aderir-a-greve-de-professores-entre-1-e-4-de-outubro/), a classe docente está praticamente dividida sobre o que fazer relativamente à greve, por regiões, de 1 a 4 de outubro marcada pela “Plataforma sindical”.
O S.TO.P. considera esta forma de luta insuficiente para o incremento da mobilização necessária para enfrentar as políticas deseducativas do ME, o que de resto traduz o que fomos ouvindo junto da classe docente, nomeadamente, no Encontro Nacional e em reuniões pelo país.
Contudo, perante mais uma batalha entre o ME e os professores, o S.TO.P. em prol da união apoia a adesão de colegas a mais uma forma de contestação à política do ME e em defesa das reivindicações de toda a classe docente.
Terão de ser aproveitadas as próximas oportunidades que resultam de um calendário onde temos a aprovação do OE no mês de outubro deste ano e os processos eleitorais do ano de 2019. Os poderes públicos terão de enfrentar a justa luta e reivindicações dos professores em todos estes momentos, até que nos seja devolvido o que é devido e que a dignidade da escola pública seja reposta com os devidos investimentos.
Para expressarmos na rua a nossa contestação, o S.TO.P. apela também à participação na Manifestação a realizar no dia 5 de outubro, em Lisboa (15h – Alameda Afonso Henriques), onde o S.TO.P. também estará presente.
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