Vale a pena ler a totalidade do artigo que hoje convosco partilho.
Convém relembrar que primeiro dividiram-nos para reinar, fatiando-nos a bom fatiar, promovendo ultrapassagens ora de uns, ora de outros. Depois proletarizaram-nos com o intuito de nos fazerem perder poder reivindicativo e independência económica e mental.
A estocada final será esta, a estocada final será dada com a municipalização da Educação, colocando toda uma comunidade educativa a andar a toque de caixa, dançando ao som de uma música tocada por miseráveis políticos... e que me desculpem os asseados, por certo poucos, que por aí andam perdidos na maralha.
No dia em que tal acontecer, asseguro que não ficarei por dentro do sistema a colaborar, já não num velório, mas no funeral mesmo, de facto, de uma Escola habitada por professores independentes e livres, que já começou a morrer perante os nossos olhos há mais de 10 anos mas que ainda não está, neste momento, completamente enterrada.
Mas já soa a finados... os sinos já tocam a finados...
E sim, eles andam aí...
"Os autarcas devem participar na escolha dos diretores das escolas, com vista à redução das desigualdades regionais na qualificação dos trabalhadores. O investigador Fernando Alexandre, que coordenou o estudo "Assimetrias e Convergência Regional", defende uma maior intervenção dos municípios, alertando que a escolaridade média no Ave e no Tâmega e Sousa é inferior à do Botswana."
(...)
"Quais são os instrumentos que os autarcas têm para garantir que as crianças que frequentam as escolas do seu município têm acesso à melhor educação possível? Do ponto de vista das competências, nenhum. A verdade é que, do ponto de vista das competências, a descentralização em curso é para gerir edifícios. Faz sentido, mas é preciso ir além disso. Os autarcas têm que ter mais presença nos órgãos da escola e na escolha dos diretores para serem responsabilizados. O diretor de uma escola é um fator fundamental no desempenho da escola. Se não há bons resultados, o autarca tem que ter capacidade para perguntar e saber por quê", argumentou, esta terça-feira, Fernando Alexandre na sessão de apresentação do estudo "Assimetrias e Convergência Regional", no Palácio da Bolsa, no Porto. O investigador não defende a mudança do currículo nem o fim dos concursos nacionais de colocação de professores. A intervenção dos autarcas deve ser ao nível da gestão das escolas, com uma "palavra a dizer na escolha da direção da escola", o que não sucede hoje. Uma posição partilhada pelo presidente da Associação Comercial do Porto. Nuno Botelho lamenta que a Educação tenha um "lóbi muito difícil e muito sindicalizado, que está mais preocupado em discutir as regalais dos professores", do que em debater os níveis de escolaridade. "Este estudo mostra que há regiões esquecidas em Portugal, como o Ave e o Tâmega e Sousa".
O ensino está moribundo.
ResponderEliminarQuanto mais depressa o matarem melhor.