segunda-feira, 7 de outubro de 2019

As Contradições do PCP - Chegou a Factura


As Contradições do PCP - Chegou a Factura

Depois de assistir de palanque a um PCP incongruente ao longo de uma legislatura inteirinha, escrevi que o PCP, previsivelmente, pagaria cara a factura de encher a boca com a luta e com a defesa dos direitos dos trabalhadores e depois manter uma prática em que mais não fez do que amansar e mesmo boicotar essa mesma luta ao longo dos últimos quatro anos.
A coisa foi tão escandalosa, no caso da luta dos professores durante o Verão passado, com um sindicato capturado por esse mesmo partido, que assistimos ao decalque/uniformização das posições um pelo outro - veja-se o Mário Nogueira, na televisão, a dizer entre dentes, o que disse sobre a greve de professores pelos 9 anos, 4 meses e 2 dias ou a chamar traidores aos professores que, nas escolas, lutavam contra um governo desrespeitador dos direitos dos professores e um sindicato que tudo fez para boicotar essa luta - essa greve/luta não é nossa - ; veja-se o comunicado do PCP sobre a ILC, ou o comunicado da Fenprof sobre o mesmo tema, que, volto a repetir, a coisa foi mesmo tão escandalosa que só poderia dar em divórcio, meu, com a Fenprof, central sindical a que tinha aderido aquando da minha entrada na profissão docente.
O PCP não pode ter o melhor dos dois mundos - amansar/boicotar a luta dos trabalhadores - e nós professores somos trabalhadores!!!! tal e qual como os metalúrgicos, os enfermeiros ou os motoristas de matérias perigosas... só porque o governo em gestão se diz de esquerda! e depois pensar que a população continuará a dar-lhes o seu votinho de olhinhos fechadinhos.
Muito embora Jerónimo de Sousa continue com o blá blá costumeiro, o PCP pagou cara a estratégia que delineou para si próprio, tal e qual como eu tinha previsto que aconteceria.
Continuem mais quatro anos, continuem... e depois, depois queixem-se! Ou, em alternativa, assobiem para o lado!

"Actos, não palavras"

Emily Davison


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