Frascaria - S. Gonçalo - Amarante
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães
Este post é dedicado ao meu peculiar vizinho que é Gallo.
Guardar tudo é minha prática desde sempre. "Ai que isto ainda me pode ser útil um dia" é, frequentemente, a desculpa que uso para guardar tudo o que me lembro e que, confesso, nem lembraria ao diacho. No caso, frascos de perfume usados ou a usar.
Assim, há décadas que não faço lixo deste tipo e frasco de perfume terminado vai para as várias caixas de sapatos em que, religiosamente, os guardo pensando... sim, um dia ainda me vão dar um jeitaço...
Ao mesmo tempo, acrescento as heranças dos perfumes por terminar das mulheres da minha família... e não só... e que amo usar até lhes dar fim... e lá vão os frascos vazios para as caixas.
Até hoje. Ando em arrumações profundíssimas cá em casa e, durante as escavações arqueológicas, descortinei um enorme frasco de farmácia de vidro transparente que, ao olhar para ele, me transmitiu uma mensagem peculiar... "E se me enchesses de frascos de perfume vazios da tua privadíssima colecção?!"
Pois foi o que fiz. E a seguir amontoei os que me chegaram de heranças várias... meio cheios, meio vazios...
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