Mapas recolhidos na net
Perante um ano lectivo que acabou, pelo menos nos moldes em que sempre conhecemos os anos lectivos, precisamos de lideranças centrais fortes e não escondidas, capazes de nos transmitirem alguma tranquilidade e alguma esperança para o dia de amanhã que, anormalmente, não chegará amanhã, mas que, com sorte, talvez chegue lá para o mês de Junho, quiçá Julho... isto para ser optimista. E quando digo "precisamos" estou a referir-me a alunos, professores, pais e encarregados de educação e restantes intervenientes que integram as diferentes comunidades educativas.
Bem sei que o momento, inusitado, único, avassalador, dramático mesmo, que por estes dias vivemos, está constantemente a colocar-nos à prova, a colocar à prova cada um de nós em particular, a colocar à prova a totalidade da comunidade portuguesa, a totalidade da comunidade mundial. Ensaiam-se respostas, os dirigentes políticos andam numa lufa lufa, o ministro da saúde espanhol colapsou em público e perante as câmaras da televisão, e, por certo, nunca lhes passou pela cabeça trabalharem tanto em tão pouco tempo, tudo a contra-relógio, sempre atrás do coronavírus, sempre atrás do coronavírus que, estupor, não pára e corre à velocidade mais do que da luz sem se deixar apanhar.
E na Educação? Pois na Educação é o que se vê… o ministro cientista não dá a cara, já não dava antes, mas espero que, pelo menos!, esteja a dar o corpo ao manifesto, porque esta situação não se resolverá tão cedo e terão de ser tomadas múltiplas decisões que nos afectarão a todos.
Levanta-se por estes dias, não fui eu que a levantei!, a questão das avaliações dos alunos, entre muitas outras, e eu só ouço falar em avaliações de segundo período a contarem como nota final de ano… mas… e para quem está em semestralização e não tem o seu ano lectivo dividido em três períodos mas sim em dois semestres?
Ok, o ministério pode sempre decidir que as avaliações do 1.º semestre contarão como nota final. Mas, e ainda mais grave, e as disciplinas que são semestrais e que tiveram somente, até ao momento, cinco semanas de aulas e nem chegaram a fazer qualquer momento formal de avaliação qualitativa quanto mais quantitativa?!
Os nossos dirigentes políticos têm muito em que pensar e muito em que trabalhar, é certo, mas seria ajuizado aparecerem, darem a cara nas trincheiras, mostrarem-se líderes, afirmarem o trabalho que está a ser feito e até o muito que falta fazer.
Os alunos serão avaliados? Se sim, em que circunstâncias?
Os alunos não serão avaliados? Se não, como proceder? Ficam todos retidos? O governo decreta passagens administrativas? Se sim, em que moldes?
E os exames nacionais? Fazem-se? Não estou a ver como… nem mesmo com inscrições realizadas on-line!!! Em Junho, infelizmente, não teremos o nosso país de volta, nem as nossas comunidades educativas, para além de todas as outras, restabelecidas.
Aguardemos. Provavelmente até teremos decisões a serem ultrapassadas por posteriores decisões, porque já se viu de tudo por este mundo fora… até os doidos do Boris, do Trump, do Bolsonaro… enfim!
Resumindo - lá que o nosso grande timoneiro devia dar a cara amiúde e vir a público, para além de dar o corpo todo, por certo, em privado, lá isso devia.
Educação: Notas finais do ano serão as do segundo período
E agora pergunto eu… serão?
Resposta minha - Não sei de nada.
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