terça-feira, 7 de abril de 2020

Perda


Perda

Vou continuar a gostar muito dela até ao fim dos meus dias, por múltiplas razões, algumas que enraizaram durante a minha adolescência, altura em que com ela comecei a privar. Acompanhou o meu crescimento enquanto pessoa, até ontem, dia em que faleceu. Sem ser do meu sangue, era minha tia e por ela sentia um carinho muito especial que, sei-o, era correspondido em beijos e abraços sentidos sempre que nos cruzávamos, sempre que nos sentávamos, juntas, à volta da mesmíssima mesa do café para falarmos tempos sem fim, entre risos e sorrisos muitos que o bom astral dela e a sua energia contagiante eram dignos de se ver. Guardarei para sempre o seu optimismo, a sua garra, a sua jovialidade, a sua leveza em ritmos de dança compassados e cheios de vida.
Mas... "somos todos visitantes deste tempo, deste lugar. E estamos todos de passagem. O nosso objectivo é observar, crescer, amar... e depois vamos para casa".
Até já, tia Dinda!

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