A Palavra (Vergonhosa por Omissão) a António Costa
"A escola em si não transmite o vírus a ninguém"
António Costa
Segundo a DGS, há algumas normas gerais que devem ser cumpridas para evitar factores de risco acrescido na propagação do SARS-CoV2, a saber:
- Uso de máscara social em espaços interiores - que nas escolas é obrigatório apenas com duas excepções - quando se come ou bebe e ponto final.
- Distanciamento social - que em muitas escolas, arrisco até a afirmação que na maioria das salas de aula deste país, não é minimamente cumprido pois nem os alunos desapareceram das turmas, nem as salas aumentaram de tamanho e muito menos as carteiras de dois lugares se transformaram em carteiras de um lugar por forma a assegurar, deste modo, um distanciamento social que não permita ou possibilite o encosto braço a braço, corpo a corpo, perna a perna, ombro a ombro, bafo a bafo... mesmo se através de máscara social.
- Etiqueta respiratória - que nem toda a gente ainda interiorizou, adultos incluídos.
- Desinfecção regular dos espaços públicos, escolas incluídas, com especial cuidado para sítios de muita afluência, de passagem e, por isso, de maior risco, como teclados, ratos, puxadores e afins.
- Arejamento dos espaços interiores, com especial cuidado para salas de aula, no caso das escolas.
As normas, no entanto, continuam contraditórias e vou só dar um exemplo sob pena de transformar este texto em coisa muito aborrecida de ler. Nas imediações das escolas estão proibidos os ajuntamentos de mais de quatro pessoas mas dentro das salas de aula já podemos ter vinte e oito ou trinta alunos, sentadinhos lado a lado, numa bolha que por sua vez se multiplica por vinte e oito ou trinta bolhas de diferentes freguesias, mais a bolha do professor. E espera-se que façam os seus lanchinhos todos juntos, lá está, na agora chamada bolha-turma, coisa impossível e proibida de fazer se for em interior de restaurante ou mesmo na esplanada ao ladinho da escola.
Ora porra!
Como diz António Costa, é certo que a escola não transmite o vírus mas, acrescento eu, também é certo que nas actuais miseráveis condições de segurança, preparadas com "tanto tempo" de antecedência pelo nosso inenarrável ministério da Educação, as dezenas, centenas ou mesmo milhares de pessoas que todos os dias entram e saem de uma escola podem transportar o coronavírus para o seu interior e isto tem tudo para dar coisa feia de se ver.
Ora, foi exactamente esta parte que ficou omissa no discurso demagógico do nosso primeiro.
Espero estar enganada... mas daqui a duas ou três semanas falamos.
No 1º Ciclo, a situação é caótica, um barril de pólvora! Há muita gente a fingir que não vê...
ResponderEliminarAi acredito!! :(
ResponderEliminarAs crianças vão estar lado a lado, não há distância nenhuma, o meu coração está tão mas tão apertadinho com a sensação de que estou a mandar as minhas filhas pra guerra 😭
ResponderEliminarArrisco a atirar mais uma "acha para a fogueira":
ResponderEliminarQuantas pessoas, incluindo docentes, não docentes, discentes, encarregados de educação e respetivos familiares que coabitam com todos estes elementos, estarão infetados, mas assintomáticos e que se desconhece por falta de teste realizado????
Vamos todos para a frente da batalha, qual soldados aliados no dia D a desembarcar nas praias da Normandia.... Daqui a duas ou 3 semanas metade está em casa.