domingo, 10 de janeiro de 2021

Repita Comigo - Nas Escolas (Quase) Não Há COVID


Repita Comigo - Nas Escolas (Quase, Quase, Quase) Não Há COVID
 

A narrativa oficial, as escolas são locais seguros em termos de COVID-19 - foi sendo montada durante todo o primeiro período pelos governantes deste país com a ajuda das direcções das escolas, até com a ajuda de muitos professores que por lá trabalham, contou também com a ajuda de muitas entidades de saúde, propositadamente ou talvez não e, não esquecer, contou com a preciosa ajuda de muita comunicação social que não procurou ver para além da névoa espalhada a torto e a direito neste belo rectângulo à beira-mar plantado e se limitou a difundir a narrativa oficial sem procurar ver para além do que estava iluminado pelos holofotes.

Bem sei, o confinamento e o ensino à distância foi traumático e deixou mazelas em muitos de nós que, de longe, preferimos o ensino presencial ao ensino à distância. Mas a verdade é que, pelo menos alguns de nós, conseguimos ver bastante claramente o que estava a ser feito, isto para além do imediatismo da beleza dos baixos números de infectados por SARS-CoV-2 apresentados por tantas e tantas escolas deste país.

Confesso que enquanto uns se regozijavam dos baixos números de contágio apresentados pela generalidade das escolas portuguesas eu questionava-me sobre quanta da população escolar foi testada.

Porque, se tens um caso positivo de COVID-19 numa dada turma, manda o mais elementar bom senso testar quem está à sua volta, até a turma toda, digo eu, e até mesmo estender essa testagem aos contactos deste pessoal para assim tentar apanhar assintomáticos, isolá-los precocemente e assim quebrar cadeias de contágio silenciosas como o raio que as parta.

Ora não foi isso que vi por aqui. Sem saber números, que estão no segredo dos deuses, atrevo-me a dizer que a falta de testagem, em meio escolar, foi atroz e que muito gostaria eu de saber quantos testes foram realizados no total e qual a percentagem de positividade dos mesmos, sabendo nós, pelo menos os que estão mais atentos, que os mais novos são frequentemente portadores e transmissores da doença sem nunca apresentarem qualquer sintoma da mesma.

Assim, não detectando, não isolando precocemente, não rompendo cadeiras de contágio que foram minando silenciosamente entre nós... estavam à espera de quê?

Eu, confesso, não tenho qualquer peso na consciência porque tudo fiz para não chegar aqui, a estes números horrendos que só nos podem deixar a todos aflitos já que, com extremos cuidados ou sem eles, a verdade é que qualquer um de nós pode, a qualquer momento, precisar de assistência hospitalar urgente para se safar com vida de um qualquer imprevisto sanitário. 

Entretanto, os nossos governantes insistem na história da Carochinha como se as escolas portuguesas fossem um oásis paradisíaco no meio de um horrendo deserto que é a sociedade em geral:

Ensino presencial "não é uma teimosia", defende Governo

E lá por fora, os ignorantes atrevidos, andam parvinhos:

Britânicos e alemães põem as escolas sob suspeita na transmissão da covid-19

Agora, se eu penso que podíamos ter evitado um novo confinamento geral? Penso.

Mas, magnífico!!!... salvamos o Natal!!!!

E agora, se eu penso que confinaremos? Penso. 

Mais cedo ou mais tarde, assim ou assado, no todo ou em parte, com a dor toda aplicada de uma vez ou dilatada no tempo, em qualquer dos casos com insuportável dor.

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