Frequentemente retorno à casa onde nasci, onde, no rés-do-chão, funciona há muitos anos uma maravilhosa doçaria chamada Doçaria Mário.
A paisagem sobre o rio foi sempre deslumbrante, verdejante, muito bela... na verdade, tão bela que a retive congelada dentro de mim, observada que foi a partir de uma varanda corrida ao longo de toda a casa que já foi minha.
Desde que nasci estive, e assim continuo, em constante crescimento interior, sempre por ela acompanhada, com poucas alterações observadas ao longo de quase 60 anos que já levo de vida, numa das zonas do rio Tâmega mais paradisíacas que se podem observar por aqui por Amarante.
Ora acontece que no passado Domingo lá fui à dita confeitaria e à sua esplanada. Olhei, vi, reparei, interiorizei, fotografei, horrorizei... e saí de lá com os olhos rasos de água.
Hoje comentaram comigo - Professora, com a sua licença... estão-nos a f@der as margens todas do rio!
Concordei mas com as letras todas que já tenho idade suficiente para ir directa aos assuntos - Estão-nos a foder mesmo as margens todas do Tâmega!
E quem, perguntam vocês? O poder autárquico que a população amarantina escolheu para ajavardar a cidade.
Nota - Desculpa-me os palavrões, Papá!