sexta-feira, 30 de julho de 2021

Amazing Cassapos do Tâmega - Dois

 

Cassapos do Tâmega - Amarante
Montagem
Amazing Cassapos do Tâmega - A Internacionalização - Dois

Resumindo e concluindo - os venezianos não podem ver nada! Não lhes chegam as gôndolas, essas aberrações históricas que têm dado elegância, distinção e identidade à cidade e toca de copiarem o que se passa no rio Tâmega em Amarante. Vai daí encheram os canais de cassapos.

Xôooooooooooo guigas!

Alôoooooooooo  cassapos!

Amazing Cassapos do Tâmega - Um

 


Amazing Cassapos do Tâmega - Um

Foi fotografado um Amazing Cassapo do Tâmega em pleno alto mar fazendo guarda a navio cruzeiro xpto que se dirige à Euro Disney cheio de crianças aos pulos acompanhadas dos seus papás igualmente aos pulos.

Agradece-se a quem o tentar apanhar, sim nós sabemos que não vai ser tarefa fácil, e dão-se alvissaras a quem o colocar de novo no seu original local de desova, o nosso querido rio Tâmega que nem parece o mesmo e chora chora esta fuga do seu seio, das suas águas maternais.

Nota - Grata Ducha Queirós pelo baptismo destes Amazings!

quarta-feira, 28 de julho de 2021

Amarante - A Palavra a José Emanuel Queirós - UMA METÁFORA PARA EVITAR UM EPITÁFIO

S. Gonçalo - Amarante
Fotografia de José Emanuel Queirós

Amarante - A Palavra a José Emanuel Queirós - UMA METÁFORA PARA EVITAR UM EPITÁFIO 

"Estivesse Amarante aprisionada em cerco de ferro envolvente, protegida de golpes e investidas que lhe roubam o aprumo, a honra e a identidade. Com o concelho entregue à sorte voraz de novas faunas predatórias, aspirantes ao gozo de insaciáveis prazeres mundanos visíveis na tela da cidade, no granito lavrado do seu corpo íntegro crescem enxertias agressivas e desousados marcadores do tempo.  Estivesse o concelho sob o casco dos cavalos de Soult que os amarantinos despertariam para evitarem dominanças perversas e espúrias, maiores que fossem as promessas, os compromissos e a imaginação, antes que a carne se fizesse em pó e a urbe recolhesse sobre ausências e silêncios."

Nota - Eu até diria "Uma metáfora para evitar um epitáfio e uns palavrões para aliviar o desgosto profundo do olhar em volta"

segunda-feira, 26 de julho de 2021

Reconstrução Interior - Receita Minha

 








Trabalhos Manuais . S. Gonçalo - Amarante
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães

Reconstrução Interior - Receita Minha

Pegue em trapos velhos e corte-os às tirinhas, pode ser delicada ou furiosamente, a largura das tirinhas dependendo sempre da espessura do tecido. 

Faça como eu e vá experimentando se é a primeira vez que se aventura nestas andanças até alcançar o ponto certo. Neste caso só utilizei lenços fininhos de sobras de loja que um dia fechei.

Faça rolos de cada peça cortada. Combine cores. Peque em agulha para trabalhar lã e dê vida ao processo criativo, misturando tudo conforme a sua sensibilidade, gosto pessoal, conceito estético.

Pode fazer tapetes, mantas, almofadas, sacos de praia, carteiras e o mais que a sua imaginação lhe ditar.

E assim vai a minha lenta recuperação interior depois de hoje ter acordado tarde e, ao olhar para o relógio, pensar de imedito "Anabela Maria despacha-te que o teu pai está quase a chegar para almoçar."

quinta-feira, 22 de julho de 2021

O Golpe - A Palavra a Santana Castilho


O Golpe - A Palavra a Santana Castilho 

A ver se nos entendemos - o que tínhamos era péssimo e uma salgalhada total pois trabalhávamos com programas, metas curriculares e aprendizagens essenciais, tudo ao molho e fé em deus numa obesidade escandalosa difícil de arrastar e de digerir. 

Deste ponto passamos para o seu oposto - a partir do próximo ano lectivo trabalharemos apenas, manda o ministério que deveria ser o da Educação, apenas com "aprendizagens essenciais" deixando-nos a todos anoréticos em termos programáticos. Na disciplina de História é dramático. Presumo que nas restantes também o seja.

Confesso que não gosto destes excessos - nem tanto ao mar, nem tanto à terra - e que tudo isto me está a enervar mais do que nunca e a saturar mais do que nunca. Estou mais velha, talvez por isso sinto-me cada vez mais paciente e estou nitidamente mais intolerante com a estupidez dos nossos governantes... e não só.

O Paulo Guinote também tem escrito excelentes textos sobre esta temática que podem consultar aqui. E deixo-vos o excelente texto do Professor Santana Castilho. Leiam tudo.

"O golpe 

Boa parte dos professores angustiados por não conhecerem onde trabalharão no próximo ano, pais e alunos presos a exames finais e o país alvoroçado e deprimido pela quarta vaga pandémica constituíram um contexto emocional propício à execução, de fininho, do “golpe” perpetrado por um simples despacho, o n.º 6605-A/2021. Assim, a partir do próximo dia 1 de Setembro, todos os programas até agora em vigor, do 1º ao 12º ano, serão substituídos por “aprendizagens essenciais”, eufemismo para designar a mediocridade assassina da desconstrução curricular iniciada em 2015. Acresce o absurdo dessas “aprendizagens essenciais” serem obviamente indissociáveis dos programas … que o despacho anulou. Nunca assisti a uma alteração curricular desta magnitude, feita desta maneira. O menor denominador comum, do qual seria expectável que tentássemos afastar todos os alunos, passa a ser o Santo Gral para que devemos conduzir todos. Eis o desígnio da “escola inclusiva”, caritativamente grátis para quem não puder pagar ensino privado. Eis o que os Costas (o António e o João) prescrevem para o futuro dos nossos jovens, se outra coisa não sobrar de nós, senão submissão e conformismo. 

A versão menos elaborada e mais redutora do paradigma ideológico chegou, autoritária, populista, para substituir a densidade dos vários saberes disciplinares pela superficialidade de uma cultura digital estupidificante e escravizante de professores e alunos, mas favorável ao império das multinacionais tecnológicas, que cada vez mais grudará os mais desfavorecidos às suas frágeis circunstâncias de partida. 

O caso do programa de Matemática, alvo de tratamento autónomo, é paradigmático, neste contexto. Em 2018, via as decantadas “aprendizagens essenciais”, viu-se amputado de um quinto dos seus conteúdos, alguns dos quais críticos para a compreensão do que restou. E agora retoma a metodologia do “ensino pela descoberta”. Ora as propostas construtivistas, ditas “compreensivas” e assentes na “descoberta”, informadas por teorias disruptivas, têm décadas e são fósseis pedagógicos, que nunca solucionaram problemas. Outrossim, sempre que foram ensaiadas, deram desastre e retrocesso.  

O que se está a construir é uma escola com cada vez menos conhecimento, conformada com medíocres “competências” e indigentes “aprendizagens essenciais”. Seja de esquerda ou de direita, algum cidadão racional e minimamente informado pode dar crédito a estes próceres da destruição da escola pública? Continuaremos a aceitar anúncios atrás de anúncios, que nada significam? Aceitaremos como pedagogia a simples alienação de docentes e discentes e obscenas intervenções administrativas, com o efeito imediato de dizer aos alunos que trabalhar, ler e estudar é simplesmente inútil? Permitiremos que se tome a igualdade de oportunidades por nivelamento por baixo, como se os pobres fossem estúpidos, enquanto os ricos fogem para as escolas privadas, das elites financeiras? 

Uma democracia não pode aceitar a prevaricação continuada por parte de políticos e de políticas irresponsáveis e sem seriedade, que substituem a verdade pela mentira e acham que a inclusão supõe a exclusão do rigor e do conhecimento. Sem pudor, o monolitismo “alunocentrista”, que aprova passagens de ano com meia dúzia de negativas, vem neocolonizando a independência profissional dos docentes e o futuro dos estudantes. 

O conhecimento, fruto do pensamento estruturado pelo estudo, que nunca dispensará na escola a intervenção presencial do professor, está a ser perigosamente subalternizado pela ideia reducionista de que pode ser substituído pelas torrentes de informação que jorram da Internet. Foi arrepiante ver (recente entrevista ao Expresso) como o próprio ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior ignora o elementar: uma aula teórica não serve para repetir a informação disponível em vários suportes; é antes uma fonte original de conhecimento, na medida em que analisa, questiona, problematiza e relativiza essa informação. Que nem sempre seja assim, é outra questão.  Já tínhamos vários e graves vazios provocados pela turbulência dos dois últimos anos lectivos. Junta-se-lhe, agora, uma autêntica terraplanagem de orientações curriculares estruturadas, servida pela subordinação mental provinciana a uma espécie de globalização digital da nossa Educação." 

In Público de 21.7.21

terça-feira, 20 de julho de 2021

Estrondoso Novo Roteiro Turístico "As Placas dos Investimentos em Ano de Eleições"

Amarante - Por todo o lado, as placas dos investimentos
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães

Estrondoso Novo Roteiro Turístico Amarantino "As Placas dos Investimentos em Ano de Eleições"

Enxameiam a cidade e nem o centro histórico lhes escapou em ano de eleições autárquicas. Não estão aqui todas partilhadas, as fotografias das placas, até estão muito longe disso pois entendo que tenho de deixar muitas outras para quem se quer dar ao trabalho de as descobrir, gigantescas, numa agressão insuportável de milhões mais ou menos mal estourados para trás e para a frente, alguns escandalosamente estourados mesmo isto segundo a minha opinião que apenas a mim vincula.

Quanto aos milhões... é só fazer as contas. Entretanto, garanto-vos que as facturas chegarão aos bolsos de cada um de nós, depois de aprovado, sem votos contra, o maior orçamento de sempre para o município de Amarante.

Um dia, lá mais para o futuro, ainda discutiremos algumas destas aberrações, por certo! 

Deixo apenas uma sugestão ao poder autárquico - É que está mesmo mesmo mesmo a fazer falta por aqui uma ponte de vidro a ligar as duas margens do Tâmega para apreciar cisnes e patos gigantes que abancaram aqui no rio. Aí sim, Amarante estará in!

segunda-feira, 19 de julho de 2021

Coser Feridas, Bordar Recordações

Coser Feridas, Bordar Recordações

Fotografias de Anabela Magalhães

Coser Feridas, Bordar Recordações

Continuo a fazer peregrinações interiores conseguindo já fazer duras incursões exteriores nem sempre compreendidas.

Acabado o primeiro e o segundo bastidores, é agora tempo de atacar o terceiro, seguindo sempre a mesma lógica ilógica, misturando, baralhando, cosendo, bordando... dando largas a uma imaginação fértil que me acompanha desde tempos imemoriais e desde que me lembro de ter consciência de mim.

Muito grata pelos ensinamentos, que eu absorvi como uma esponja - mesmo se não o parecia fazer - Avó Luzia, Avô Rodrigo, Mamã e Papá. 

A Personificação da Hipocrisia Política (Local)

Vistas panorâmicas da casa onde nasci
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães 

A Personificação da Hipocrisia Política (Local)

. (...)

. Os recantos, os quelhos, as traseiras, as ruínas... a arte a imperar em todos esses recantos... e foi preciso ir a Dax para não aprender coisa nenhuma achando que aprendeu muito... trabalhando toda a cidade e mesmo fora dela... abrindo até os interiores das habitações... que lindo! Até me fez lembrar a filosofia que impera por detrás da organização da Festa Amarantina, uma festa organizada entre vizinhos a custo zero e que já fez mais pela rua mais antiga de Amarante, a antiga Rua da Cadeia, do que toda a obra mandada executar em oito anos de mandato sewguidos e em que assistimos à arrogância do estuporamento completo do Largo de S. Pedro, situado bem no miolo do centro histórico de Amarante, transformando-o num radiador gigante que contribui para a elevação da temperatura aqui no burgo, em tempos de gravíssimas alterações climáticas. Também não lhe interessa. Ele não vive aqui, e, por aqui, refiro-me ao miolo amarantino.

. Foi preciso vir uma pessoa de fora para que o "nosso" edil descobrisse quelhos amarantinos que por aqui estão desde antes do seu nascimento, desde antes do nascimento do meu pai, José Ismael Queiroz, e, seguramente, muitos desde antes do nascimento do meu avô, Rodrigo Queiroz e mesmo do meu bisavô, Álvaro Queiroz. Obrigada Lino Silva, por conseguires o que eu não consegui através da palavra escrita, sempre escrita e sempre sempre assinada, desde 2007!

. Sim, o edil amarantino descobriu agora que há quelhos que necessitam de muita atenção na requalificação, no asseio... culpa das entidades públicas e privadas... diz ele, como se não tivesse nada a ver com o assunto ao ocupar o lugar mais alto na administração pública há dois mandatos consecutivos. Mas também, ao olhar para as obras megalomanas que nos arruinam uma paisagem, que durante décadas permaneceu imaculada e intocada, de "betão", só penso e peço... senhor presidente, esqueça os quelhos, os recantos, as traseiras, as ruínas, o rio, a alameda... esqueça a terra mais "bela do mundo", para usar as suas palavras, enquanto alegremente nos mata a galinha dos ovos de ouro com intervenções metidas à martelada por toda a cidade, estuporando-a, agora em ano de eleições, e, por isso, a todo o vapor.

. E, Amarantinos, a culpa de tudo isto também é nossa. 

. E deixo só um exemplo da estupidez humana. Fotografado, para memória futura, este é o mega parque de estacionamento da cidade situado na margem direita do rio Tâmega, situado em pleno leito de cheia. Na margem esquerda existe outro... às moscas.

Nota - E sempre que fotografo este desastre fico com os olhos rasos de água.

domingo, 18 de julho de 2021

Edição Zero do f/est - Festival Internacional Fotografia de Amarante

Edição Zero do f/est - Festival Internacional Fotografia de Amarante
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães

Edição Zero do f/est - Festival Internacional Fotografia de Amarante

Convido todos os meus leitores, amarantinos e não só, a percorrerem a cidade de Amarante onde, aqui e ali, vos surgirão fotografias dos quatro fotógrafos escolhidos para esta primeira edição de um  Festival de Fotografia que dá agora os seus primeiros passos com  este chamado ano zero.
A exposição, com fotografias de Paulo Pimenta, Leonel Castro, João Silva e Antero de Alda espalhadas pela cidade, tem a curadoria de Lino Silva, pessoa que eu muito estimo pela sua gentileza, generosidade, cuidado e sensibilidade para com uma cidade que, não sendo a dele de nascimento, também é um pouco a dele por adopção. É, Amarante tem por vezes este efeito sobre algumas especiais pessoas que lhe vão retribuindo generosamente num toma lá dá cá deveras interessante. 
Aconselho o visionamento do vídeo da apresentação deste festival.

Excelente o discurso da dr.ª Rosário, a nova Directora do Departamento da Cultura de Amarante, que, por certo, terá muito trabalho pela frente e a quem tive a oportunidade de desejar um excelente trabalho aqui no burgo pois só teremos a ganhar com a sua anterior e magnífica experiência na Rota do Românico. 

Excelente o discurso do curador da exposição, Lino Silva, que foi sentido, emotivo, verdadeiro - gosto tanto de gente assim!

E, a partir do minuto 23, podem sempre seguir com o máximo de atenção um excelente exercício de hipocrisia política feito pelo nosso edil, dr. José Luís Gaspar, que assim fica a saber que eu sei bem o que ele andou a fazer, já enquanto edil, em tempos que já lá vão.

E por agora é só isto.

sexta-feira, 16 de julho de 2021

Coser Feridas, Bordar Recordações

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Misturas - S. Gonçalo - Amarante
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães

Coser Feridas, Bordar Recordações 

Continuo a coser feridas e a bordar recordações de familiares que me continuam a dizer muito pese embora o tempo que já decorreu entre as suas breves vidas físicas e terrenas e os dias em que, por agora, vou reconstruindo... devagarinho. 

Somos feitos de pó de estrelas e a pó de estrelas puro e duro voltaremos. Pelo caminho, podemos tentar bordar flores coloridas.

quinta-feira, 8 de julho de 2021

Pilar Meu

Serra da Aboboreira - Amarante
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães

Pilar Meu

Memórias de um Pai Exemplar, Sempre, Sempre Presente.

E continuo a ver-te assim pela Serra Refúgio Seguro que será sempre Nossa/Nosso.

domingo, 4 de julho de 2021