Ana Bela - Península - Porto - Portugal
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
Ana Bela
Esta é uma história engraçada.
Uma tarde de sábado, estava eu a trabalhar nas minhas apresentações em PowerPoint enquanto fazia companhia à minha mãe - tinha mandado o meu pai espairecer para o café - quando tocaram à campainha de casa dos meus pais. Lá fui ver quem era e vi que era uma senhora completamente desconhecida para mim, que se apresentou como sendo prima da minha mãe, a prima Leonor. Contrariamente à fisionomia, o nome era-me completamente familiar pois tratava-se, nem mais nem menos, de uma prima por quem a minha mãe tinha um carinho muito especial e sobre quem falava amiúde.
Lá me apresentei também e ficamos as duas para ali a falar da minha mãe, que já não falava, e a trocar histórias de família, a trocar histórias da Régua.
Foi aí que ouvi pela primeira vez falar desta minha homónima, da minha família Pilroto. Disse-me a Leonor "Ela tem uma loja no Península. Quando for lá procure-a. Ela tem muita curiosidade sobre a família Pilroto e é uma pessoa muito acessível e simpática. Vai ficar contente de conhecer uma Pilroto, ainda por cima com o nome dela."
Assim fiz uns meses mais tarde. Sem a conhecer, abordei a mulher que estava por detrás do balcão e perguntei se era a dona da loja. Azar. Era só a empregada, e não era a empregada que eu queria.
Há cerca de dois meses, vou a passar pela loja com a Joana e vejo uma mulher loira de costas. Não era a empregada com quem eu tinha falado porque essa tinha o cabelo escuro. Resolvi tentar de novo. E era esta minha familiar afastada, que não tem qualquer parecença física comigo, mas com quem, durante a conversa, encontrei semelhanças para além do nome. A idade é praticamente a mesma, também ela é filha de uma Helena, da família Pilroto, nome que ela não tem, mas que sabe ser. E também se chama Anabela, muito embora se escreva Ana Bela. E o mais curioso. Tem os mesmos olhos azuis azuis, límpidos e cristalinos, do meu avô materno, do meu avô Pilroto. E conversamos e rimos deste encontro um pouco estapafúrdio a que a minha filha assistiu.
Quinta-feira passada foi dia de ida ao Porto. De novo eu e a Joana. E deixámos o carro estacionado no Península e... surpresa... a Joana foi a primeira a vê-la, num poster colocado na montra, servindo de manequim ao mesmo vestido que está à venda na sua loja. Bonita. Elegante. Jovem. Simpática. Assumida.
Por acaso estava de máquina fotográfica e fotografei esta minha familiar afastada que já apresentei ao A.
"Não é nada parecida com vocês."
Pois não. Mas tem os mesmos olhos azuis azuis do meu avô Pilroto. E foi bom recordá-los com vida.
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
Ana Bela
Esta é uma história engraçada.
Uma tarde de sábado, estava eu a trabalhar nas minhas apresentações em PowerPoint enquanto fazia companhia à minha mãe - tinha mandado o meu pai espairecer para o café - quando tocaram à campainha de casa dos meus pais. Lá fui ver quem era e vi que era uma senhora completamente desconhecida para mim, que se apresentou como sendo prima da minha mãe, a prima Leonor. Contrariamente à fisionomia, o nome era-me completamente familiar pois tratava-se, nem mais nem menos, de uma prima por quem a minha mãe tinha um carinho muito especial e sobre quem falava amiúde.
Lá me apresentei também e ficamos as duas para ali a falar da minha mãe, que já não falava, e a trocar histórias de família, a trocar histórias da Régua.
Foi aí que ouvi pela primeira vez falar desta minha homónima, da minha família Pilroto. Disse-me a Leonor "Ela tem uma loja no Península. Quando for lá procure-a. Ela tem muita curiosidade sobre a família Pilroto e é uma pessoa muito acessível e simpática. Vai ficar contente de conhecer uma Pilroto, ainda por cima com o nome dela."
Assim fiz uns meses mais tarde. Sem a conhecer, abordei a mulher que estava por detrás do balcão e perguntei se era a dona da loja. Azar. Era só a empregada, e não era a empregada que eu queria.
Há cerca de dois meses, vou a passar pela loja com a Joana e vejo uma mulher loira de costas. Não era a empregada com quem eu tinha falado porque essa tinha o cabelo escuro. Resolvi tentar de novo. E era esta minha familiar afastada, que não tem qualquer parecença física comigo, mas com quem, durante a conversa, encontrei semelhanças para além do nome. A idade é praticamente a mesma, também ela é filha de uma Helena, da família Pilroto, nome que ela não tem, mas que sabe ser. E também se chama Anabela, muito embora se escreva Ana Bela. E o mais curioso. Tem os mesmos olhos azuis azuis, límpidos e cristalinos, do meu avô materno, do meu avô Pilroto. E conversamos e rimos deste encontro um pouco estapafúrdio a que a minha filha assistiu.
Quinta-feira passada foi dia de ida ao Porto. De novo eu e a Joana. E deixámos o carro estacionado no Península e... surpresa... a Joana foi a primeira a vê-la, num poster colocado na montra, servindo de manequim ao mesmo vestido que está à venda na sua loja. Bonita. Elegante. Jovem. Simpática. Assumida.
Por acaso estava de máquina fotográfica e fotografei esta minha familiar afastada que já apresentei ao A.
"Não é nada parecida com vocês."
Pois não. Mas tem os mesmos olhos azuis azuis do meu avô Pilroto. E foi bom recordá-los com vida.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarOlá Anabela,
ResponderEliminarAntes de mais nada, desculpe, mas tentei mandar uma mensagem e acabei excluindo do teu Blog, agora vai outra.
Qual não foi a minha surpresa ao entrar no Google procurando algo com o sobrenome Pilroto e vejo o teu Blog com essa história.
Moro no Brasil há 46 anos, com meu pai e minha irmã (minha mãe já faleceu). Minha mãe e minha irmã nasceram no Minho e Eu e meu pai (que está com 87 anos) nascemos na Régua. Nosso sobrenomne é Pilroto, inclusive meu Avô, era muito conhecido na Régua - ele era conhecido como o guarda-fios, estendia linhas telefônicas para as propriedades - o nome dele era Antonio Pilroto (morreu com 92 anos).
Como vim para o Brasil quando tinha 06 anos e nunca mais pude voltar, é muito gratificante saber da nossa família; principalmente no meu caso, onde praticamente todos estão em Portugal.
Não entendi muito bem a quem da família tu pertences, mas para melhor contato comigo, por gentileza responda no meu E-Mail:
embdpilroto@zipmail.com.br – Um abraço, Elisabete Pilroto
Olá Elizabete
ResponderEliminarNão sei como mas eliminei o teu comentário em vez de o publicar. Ainda bem que tinha vários iguais na minha caixa do correio.
Presumo que sejas minha prima afastada, filha de um irmão do meu avô, José Pilroto. Presumo que és neta daquele que eu ouvi falar tantas vezes a minha mãe referindo-se ao seu tio António Pilroto que estava no Brasil.
Presumo. Já te enviei uma apresentação em power point com esse meu lado da família, com fotografias e tudo. Vê onde te encaixas. Continuamos a conversa aqui ou por e-mail, como preferires.
Anabela Pilroto
E é Elisabete, claro!
ResponderEliminarE afinal tenho de fazer uma segunda correcção. Em conversa com o meu irmão ele relembrou-me que não foi o tio António que foi para o Brasil, mas sim os seus filhos. Segundo ele o tio António viveu e morreu na Régua.
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