quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Perspectivas Improváveis



Perspectivas Improváveis - Amarante - Portugal
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães

Perspectivas Improváveis

Hoje é tempo de postar meia dúzia de imagens representativas de um tipo de fotografias a que eu chamo de "perspectivas improváveis". Neste caso, meia dúzia de perspectivas improváveis de Amarante.
Assim sendo, e como o nome indica, são fotografias que estão um pouco longe do estereótipo da Ponte e do Mosteiro. Gosto de fotografar perspectivas não muito exploradas, não muito divulgadas. A minha amiga Céu dizia-me ontem mesmo, através do msn, que já tinha visto as minhas postagens sobre Amarante e disse-me ainda "Nem parece Amarante. Parecem fotografias do estrangeiro!"
Ora estas observações deixaram-me a pensar.
Envolvidos que estamos no nosso corre corre diário, tendemos a ser cada vez menos observadores daquilo que nos rodeia. Passamos pelas ruas e nem as vemos, olhamos as formas e as cores e nem as interiorizamos, olhamos o rio e nem o absorvemos.
Eu confesso que procuro remar contra a maré. Contra esta maré de pressa voraz, e de superficialidade, características dos dias que correm, características da nossa civilização. Detenho-me, em momentos de silêncio, e observo, interiorizo, absorvo, como uma esponja, tudo o que me rodeia, com a firme certeza de que, se assim não fosse, eu seria uma pessoa infinitamente mais pobre.
E insisto e volto a insistir na atitude, perfeitamente consciente e propositada, de fazer de mim própria, a cada dia que passa, uma pessoa mais observadora. Porque está tudo aqui, à nossa volta, na rua ou na viela, no alto da torre ou no empedrado do largo, no voo das pombas sobre o mosteiro ou na curva do rio que passa. Não inventei nada. Está tudo aqui.
E eu não quero andar distraída!

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