terça-feira, 5 de agosto de 2008
Memória/Memórias - Amarante
Fotografia de não sei quem
Memória/Memórias
Uma das coisas mais importantes que acumulamos ao longo das nossas pequenas vidas são as memórias. Memórias de situações engraçadas, hilariantes, perturbadoras, gostosas, surpreendentes, dramáticas quantas vezes!, e que nos enriquecem e fortalecem ano após ano, estação após estação, dia após dia. Associámo-las a espaços e pessoas concretas, marcaram-nos por isto ou por aquilo e o que nos marca a nós quantas vezes não marca o nosso vizinho do lado. As memórias são pessoais, muito embora haja memórias colectivas.
Já falei sobre a minha memória neste blogue e de como consigo recuar até aos meus dois anos de idade para me recordar do quarto dos meus pais, com tecto alto e paredes forradas a papel discreto e antigo, para me recordar do meu berço e de como me coloquei de pé, agarrada às grades do dito, e chamei a minha querida avó, para mim a Bim, nome que inventei porque era trapalhona a falar e que nem sei o que tinha a ver com o seu verdadeiro nome - Luzia.
As memórias que acumulamos são feitas de momentos soltos, marcantes por isto ou por aquilo, desligadas umas das outras, dando pequenos ou grandes saltos no tempo, deixando hiatos na nossa vida passada. A nossa memória é selectiva. E apresenta-se-nos pendurada como cachos de uvas numa ramada. Uns, de Tipo I, sãos, viçosos e risonhos. Outros, de Tipo II, completamente podres e exalando odores nauseabundos. Tal e qual as nossas memórias. Procuro guardar predominantemente memórias de Tipo I. E a verdade é que não me tenho dado mal com a estratégia.
Boas estratégias de vida precisam-se. Esta é uma delas.
Nota - A fotografia que ilustra este post é mais antiga que a minha pessoa... vá... sou antiga, é certo, mas também nem tanto!!
Excelente fotografia! Adoro as fotos da Amarante antiga. Quanto à memória, recordar também é viver e boas recordações, fazem bem!
ResponderEliminarE eu também. Pena que antigamente a fotografia não fosse tão acessível. Vai daí aquilo que mais tenho são fotografias de pessoas e quase nada de paisagens. O que lamento. Gostaria de ter dos dois tipos.
ResponderEliminarAM: Este teu post fez-me sonhar e acordar com a rudeza dessa verdade que existe em nós: memoria tipoI? ou tipo II?...
ResponderEliminarPor mim, tempos houve em q não sei porquê, mas me deliciava-me mais pensar mais nas segundas... ainda hoje não sei se por estas nos ajudarem a a sentir mais intensamente que as outras.
(...)
Haverá prazer sem sofrimento?
...
AM:
ResponderEliminarSabes os nomes dos condutores dos taxis?
Naõ está aí o Pai do Zezinho? O
Olha, Clap, até percebo o que dizes mas, muito sinceramente, prefiro não viver as situações que provocam em mim memórias de Tipo II. E sim, já sei, tudo nos ajuda a crescer.
ResponderEliminarE se há prazer sem sofrimento? É evidente que sim. Uma vez ou outra. Muitas vezes. Depende.
Ora vamos lá ao que eu sei. O meu avô e os seus dois irmãos tiveram os primeiros carros cá do burgo e montaram este negócio dos táxis que funcionava no Largo de S. Gonçalo, onde detiveram em sociedade outro negócio - o Café-Bar.
ResponderEliminarEstes carros que vês não foram os primeiros. Os primeiros eram os chamados calças arregaçadas. Conheces?
Da esquerda para a direita: Belchior, Rodrigo, não sei, não sei, Ismael.
Na outra foto, na amarela estás em lugar de exílio...Nesta, estas na terra natal.
ResponderEliminarBelchior, Rodrigo...será Pai Zé?+ Ismael.
Ou será o contrário?
ResponderEliminarNão sei se algum deles era o pai do Zezinho. Vou investigar amanhã junto do meu pai.
Leonardo,Sr.Leonardo!
ResponderEliminarQual deles? Como é que sabes?
ResponderEliminarNão sei se ele ali está. Não o conheci.
ResponderEliminarMas o Zezinho deveria gostar ver essa foto.
Posso pegar?Sim?
Ah! Leonardo é o nome do pai do nosso Zezinho!
ResponderEliminarOk. Claro que podes pegar. Podes pegar em tudo o que está aqui publicado.
O mesmo nao poderei dizer eu!..ehehheeee
ResponderEliminarEis que fazemos progressos.
ResponderEliminarOs táxis eram todos do meu avô e dos meus tios sendo que dois personagens que aparecem aqui trabalhavam para eles que eram os proprietários do negócio.
Da esquerda para a direita: Belchior, Rodrigo, não sei, Américo Sabacho, Ismael.
O pai do Zezinho funcionava na praça do Arquinho e não em S. Gonçalo. Estes táxis eram todos da Praça de S. Gonçalo.
Atao tens sangue de comercianta!
ResponderEliminarEntão não viste com a Duplo-M? Enquanto durou? :D
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