A Partilha Continua

A Partilha Continua

A história desta partilha conta-se duma penada.
O Acílio, professor brasileiro de História, encontrou a minha página de recursos durante uma pesquisa na Net e resolveu entrar em contacto comigo não só para me dar os parabéns pelo trabalho desenvolvido, mas também para ver se eu lhe disponibilizava os códigos das apresentações em PowerPoint aí publicadas. Não foi o primeiro e decerto não será o último e eu lá lhe respondi o que respondo invariavelmente e está escrito na dita página, que os códigos não fornecia, e apresentei-lhe as minhas razões que ele, de resto, compreendeu. Trocámos uns mails e a coisa ficou por ali.
Agora, por altura do Natal, o Acílio resolveu insistir no pedido... que queria só alterar o português de Portugal para português do Brasil, o que eu compreendo perfeitamente, que se não pudesse dar-lhe os códigos pelo menos se podia partilhar com ele o modelo já que ele gostou mesmo do dito.
Coincidência das coincidências... eu com uma apresentação a meio sobre Lusofonia!
Resolvi enviar-lha assim mesmo, sem codificação, depois de concluída. Quem tanto insiste em pedir merecerá, por certo, uma atenção especial da minha parte. E lá me disponibilizei de novo, dentro do meu saber que é bastante limitado, a ajudá-lo no que ele precisar, fazendo assim uma parceria Portugal - Brasil que me agrada.
Aproveito a história desta partilha para reiterar a minha posição face à publicação do meu trabalho clarificando o motivo porque não o coloco descodificado na Internet e confesso, aqui e agora e de forma clara, para que não restem dúvidas, que gostaria de o poder fazer. E fá-lo-ia, se estivesse convicta de que quem acede à minha página respeitaria a autoria do meu trabalho.
Mas não estou convicta disto. Pelo contrário, estou até convicta de que não faltaria gente a apagar o meu nome, no último diapositivo, para colocar o seu e... bora lá que se faz tarde!
Ora não suporto este apropriar da coisa alheia com o mínimo de esforço, este chico espertismo que parece caracterizar uma boa parte da população do meu país.
Eu própria sou bastante sensível aos direitos de autor e por isso tenho o cuidado de citar fontes, colocar os textos transcritos, que não são da minha autoria, entre aspas, e de me certificar que as imagens que uso, retiradas da Net, não estão abrangidas por quaisquer restrições e pedi mesmo aos autores dos manuais de História da ASA para usar as imagens constantes nos seus manuais. Insisto bastante com os meus alunos sobre este respeito que eles deverão ter face à propriedade intelectual do trabalho dos outros esperando que o dia de amanhã seja melhor do que o de hoje. Mas confesso que não vejo ainda muita gente à minha volta com esses cuidados, apesar de estar convicta que esse será o caminho que acabaremos por trilhar juntos. Inevitavelmente.
Inevitavelmente daremos prova duma Cidadania mais responsável e madura.