Um País ao Contrário

Um País ao Contrário

APRENDE: NAO FAÇAS NADA!

1 - És vagabundo(a) e não gostas de trabalhar?
Tranquilo(a)!
O governo dá o rendimento mínimo.

2- Apesar de vagabundo(a) passas a vida a ter relações sexuais?
Tranquilo(a)!
O governo dá preservativos.

3- Marimbaste-te prós preservativos?
Tranquilo(a)!
O governo dá a pílula do dia seguinte.

4- Pílula do dia seguinte? Que é isso?
Tranquilo(a)!
O governo dá o aborto.

5- A irresponsabilidade foi tanta que o puto nasceu?
Tranquilo(a)!
O governo dá abono de família.

6- Além de vagabundo(a) e irresponsável, ainda és drogado(a)?
Tranquilo(a)!
O governo dá as seringas.

Agora experimenta estudar, trabalhar, produzir e andar na linha pra ver o que o governo te dá! Vais ganhar um pacote de impostos brutal que tens de pagar sem reclamar!

Nota - A mensagem acima transcrita circula via e-mail, no feminino. Não gostei deste pequeno pormenor técnico e acrescentei-lhe o masculino para ficar mais equilibrada.
A mensagem retrata um país que por acaso é o meu. É um país ao contrário, sem dúvida, onde o mérito e o trabalho não são quase nunca estimulados e incentivados! É um país ao contrário que elege chicos-espertos para alguns dos mais altos cargos da Nação dando assim um péssimo exemplo ao "povo". É um país que premeia os arrivistas, os oportunistas, as espertezas saloias, os que abanam a cabeça ao líder. É um país onde directoras regionais do Ministério da Educação escrevem aquilo que escrevem, com o maior dos desplantes, e não se passa absolutamente nada. É um país onde o "meu" primeiro ministro viola a lei que ele próprio instituiu e não se passa nada, que mente a torto e a direito e também não se passa nada. É um país onde não me revejo. Ok, é verdade, o país felizmente não funciona todo assim! Se assim funcionasse todo, todo da cabeça aos pés, estaríamos absolutamente perdidos e, afinal, nós estamos só perdidos e ainda com alguma hipótese de recuperação. Muito ténue, bem sei, mas existe essa possibilidade remota.
Apesar dos péssimos exemplos que vejo no meu país, continuo a não me rever na mensagem "Aprende: Não faças nada!" De facto fazer nada não é comigo e ando sempre num corropio.
E apesar da conjuntura adversa continuo a gostar de trabalhar.
E procuro deixar esse exemplo e esse legado.
Abomino a balda! Cada vez mais.