Sim? Não?
O nível discursivo que possibilita a expressão das ideias sobre um determinado objecto em análise é múltiplo. Poderei abordar superficialmente um tema, mas a sensatez impedir-me-á de o fazer. É um facto óbvio de que serei ou seremos mais facilmente tentados a concordar com o nosso interlocutor se este for um especialista no assunto que desconhecemos. A ausência de conhecimentos é escrava de um “Sim” redutor, unidimensional. Tal como o “Não” impensado e irreflectido. Nenhum dos dois é ou acompanha o nível elevado da indagação, curiosidade e insatisfação filosóficas.
Temos, portanto, um “Sim” e um “Não” a-filosóficos. Epidérmicos e cativos da pobreza de espírito de quem os carrega.
Por outro lado, perceber com sagacidade a importância do “Sim”, equivale a aprofundar as razões ontológico-filosóficas do “Não”.
Por cada “Sim” automático das multidões, há um “Não” que resiste. Os “ismos” são apanágio do homem incapaz de se assumir como alteridade. O “sim” da mesmidade nunca potenciou a evolução. Daí o papel inconformista do “Não”. Não ao preconceito, ao dogma, ao ditador ou à ditadura, à falsa doxa. Não ao “espírito de camelo” a que se referia Nietzsche.
Gosto do “Sim” esclarecido, fundamentado racionalmente. Profundo. Mas este derivará de inúmeros “Nãos” prévios.
O “Não” pode ser conclusivo, mas também premissa. Ponto de chegada ou momento de partida. Ruptura e construção. Ao pensamento divergente, criador e criativo interessará captar os seus fundamentos.
A celeuma que hoje, na ESA, causou o “Não” do cartaz, dá-me a medida dos “sins” que pairam em Portugal….
E quem não tem “umas tintas de Filosofia”, dedique-se à pastorícia….onde encontrará um rebanho pronto a prestar vassalagem.
“(…) Sei que Não vou por aí!”
José Régio
17 de Novembro de 2009 21:12
Elsa C.
Cartaz?..de que tipo?
ResponderEliminarMostras?
Necessidade do CARTAZ? Funçao:INFORMAR + MOTIVAR + APELAR?
Do tipo que eu já postei, carago! Não me digas que não viste!!! Vai ver. Entretanto vou postar o outro.
ResponderEliminarBeijocas
Ah! E é informativo, motivador e apelativo... kakakakaka