segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Ai perderiam, perderiam!

Ai perderiam, perderiam!

Educação
Fenprof admite recorrer ao Parlamento já na 6.ª-feira
Hoje
Sindicatos apontam 5.ª-feira como prazo para acordo sobre carreiras e avaliação
O líder da Federação Nacional dos Professores (Fenprof) admitiu ontem ao DN a possibilidade de avançar já na sexta-feira para a Assembleia da República. Isto caso não se chegue a um princípio de acordo sobre a avaliação e a carreira docente na reunião que terá lugar na véspera, no Ministério da Educação
"Se a reunião é quinta, não havendo acordo é natural que já na sexta-feira estejamos em condições de recorrer à Comissão de Educação", disse Mário Nogueira, acrescentando que uma primeira abordagem à Assembleia da República consistirá "na entrega de um dossiê com as propostas do Ministério e as contrapropostas dos sindicatos, para que os deputados compreendam o que separa as partes".
Neste momento, apesar dos pontos "onde poderá haver entendimento e outros em que deverão haver negociações posteriores", há um aspecto crucial a afastar as partes do acordo: a garantia de que os professores com avaliação de "bom" vão conseguir chegar ao topo da carreira.
E, se a ministra Isabel Alçada já avisou que nem todos terão essa garantia, os sindicatos também insistem que não há "qualquer hipótese de acordo" sem que a tutela aceite essa condição. De resto, dizem, nem valerá a pena continuar a procurar "pontos intermédios" de consenso.
"O Ministério sabe qual é o mínimo que estamos dispostos a aceitar. E na quinta-feira terá de dizer qual é o máximo que está disposto a atingir", disse Nogueira, explicando que o mínimo para os professores será a garantia de que os professores "bons" atingem o topo até "aos 36 anos de carreira", quatro anos antes da reforma.
Carlos Chagas, do Sindicato Independente e Democrático dos Professores (Sindep/Fenei) resumiu o porquê de esta garantia ser tão imprescindível: "Sem uma carreira que garante que os professores com um desempenho meritório [a partir do Bom] chegam ao topo, estaremos a contrariar o princípio que o próprio Governo defendeu de valorizar o mérito", explicou acrescentando: "Teríamos uma situação pior do que a que levou 100 mil às ruas duas vezes. Se aceitássemos uma coisa dessas, perderíamos os professores".
Daqui.

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