quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Novo-Riquismo

Novo-Riquismo

Ainda a propósito das inaugurações de ontem, com milhões para aqui e para ali, tantos que nos deixam a cabeça numa zoeira, escrevi lá atrás um comentário ao Elenáro que agora, com mais cuidado e algumas alterações, escrevo aqui no corpo do blogue.

Vivo num país anedótico onde se aposta no embrulho e no acessório em vez de se apostar no conteúdo, na essência. Uma tristeza!
O governo do meu país teima em comportar-se como o rico industrial de Felgueiras que, para o casamento da filha, meteu em casa, no hall de entrada, uma traineira, verdadeira, repleta de marisco. É claro que a dita não passava na porta, vai daí, no problem, toca de deitar abaixo uma parede inteirinha até a coisa passar,repor tudo no seu sítio e, após o casório, desfazer tudo de novo para de novo refazer porque uma traineira não é lá assim um objecto muito interessante para se ter num hall de entrada, por gigantesco que o halll seja... digo eu... sei lá... que se calhar a tolita sou eu, e tu, e isto é tudo muito normal e bem feito.

Nota final -A história que relato é baseada no ouvi dizer, mas foi-me contada na primeira pessoa, por uma escorpião e, como é sabido por todos, escorpião que se preza não mente.
Não me perguntem o que é feito desse industrial de calçado porque eu não sei. Posso apenas presumir... que terá falido tal e qual mente acontecerá ao país se teimarmos na toléria.

2 comentários:

  1. Ai é que te enganas. Ele não faliu. Ele deve continuar a deitar paredes ao chão para por traineiras lá dentro. Quem vai à falência são as empresas e os trabalhadores que ficam sem salário.

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  2. Não é sempre assim, Elenáro, que estes morrem mesmo pela vaidade com que exibem o seu novo-riquismo e muitas vezes estas histórias acabam mesmo muito mal. Ok! Às vezes acabam mal só para os mexilhões!
    Bj

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