Citânia de Briteiros - Briteiros - Portugal
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães
Pedra Formosa - Museu da Cultura Castreja - Briteiros - Portugal
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
Museu de Arqueologia - Braga - Portugal
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães
E ao terceiro dia, eis que chegámos a Braga... eheheh... com chuva, pois então! que este Verão vai ficar na memória de todos os portugueses como o Verão que resolveu acompanhar a crise e deu só uns ares da sua graça para se escafeder, logo de seguida, em dias sucessivos de chuva, temporal, ventos e nevoeiros para nada faltar de esquisito neste tempo atípico como o raio que o parta.
Mas, antes de atacar Braga, tenho de falar da visita à belíssima e muito especial Citânia de Briteiros que não era por mim pisada desde a minha adolescência. Ando em périplos de peregrinação por locais já visitados em tempos que já lá vão e que agora são revisitados com outros olhares e são agora fotografados, por mim, a torto e a direito, num trabalho contínuo e sistemático que iniciei no já longínquo ano de 2005.
A Citânia de Briteiros é um povoado de origem proto-histórica onde subsistiram testemunhos de ocupação humana desde o Neolítico até à Idade Média, muito embora o povoado observável e visitável date da Idade do Ferro e tenha sido praticamente abandonado após a romanização, restando, talvez, uma ocupação muito residual posterior.
A implantação do povoado é típica da Cultura Castreja, no cimo de um monte, com vistas largas e generosas para as terras envolventes, não que eles estivessem propriamente interessados em observar a beleza da panorâmica avistada, mas porque regiam-se por claras motivações defensivas, bem expressas em três cinturas de muralhas, ainda hoje observáveis e em bom estado de conservação, testemunhas de um tempo por certo imensamente mais perigoso e bélico.
As ruas empedradas cortam o povoado e organizam-no em torno de dois eixos principais e muitos outros secundários e até terciários e por todo o povoado pode observar-se a sua beleza rude e elegante, composta de habitações de aparelho granítico e planta rectangular e circular, duas das quais se encontram reconstituídas. Pode ainda observar-se a Casa do Conselho e a zona dos Banhos Públicos.
De referir ainda, como ponto forte da visita, um Centro de Acolhimento, de arquitectura contemporânea, muito bem esgalhado e integrado na paisagem e que apoia os visitantes no essencial, tendo até uma pequena cafetaria para uma qualquer fomita súbita que se faça sentir.
Do castro rumámos ao Museu da Cultura Castreja, instalado no Solar da Ponte, uma das residências de Martins Sarmento, o explorador estudioso desta e de outras citânias, cuja visita está incluída no preço de entrada da Citânia e onde a atracção é, sem dúvida, a belíssima "Pedra Formosa" que com voc~es partilho.
E toca de abalar para Braga, direcção Sé de Braga, debaixo de chuva, raios parta quem engendrou este Verão foleiro até dizer chega! E da Sé de Braga não rezará este post e as visitas da tarde acabaram no muito belo Museu de Arqueologia, museu recente que alberga peças desde o Paleolítico até à época romana.
As oportunidades de enriquecimento do meu espólio fotográfico criam-se, ano após ano, talvez porque por aqui não se amam propriamente aquelas férias mais convencionais em que se queimam dias e dias, de papo para o ar à beira mar plantados... a torrar... ai meus deuses que canseira!
Por aqui,entretanto, continua a chover certinho e forte. Continuarei as minhas incursões num Portugal agora revisitado?
Excelente! Estou a adorar as suas descrições, e se me dá licença vou ser a próxima a seguir o roteiro! Fica tudo aqui pertinho!
ResponderEliminarBeijinhos
Gabriela (Guimarães)
recuperaram as palhotas...
ResponderEliminarTem toda a licença, Gabriela! Para quem é de Guimarães, este roteiro é supimpa! Beijinhos!
ResponderEliminarRecuperaram?! Estiveram degradadas? As "palhotas" estão tal e qual eu me lembrava da minha última visita aí com uns 14 aninhos... eheheh...
ResponderEliminar