Confesso que me sindicalizei nos primórdios da minha entrada na carreira docente, nos longínquos anos oitenta pois sempre considerei importante a sindicalização pelo apoio e protecção que um sindicato garante aos seus associados face a possíveis prepotências dos nossos "chefinhos", dos nossos "chefões", face a dúvidas levantadas pela vergonhosa qualidade legislativa, face a dúvidas levantadas durante os concursos, fossem mini, em Setembro, em filas intermináveis e angustiantes, fossem nacionais, fossem eles em papel ou posteriormente já em aplicações informáticas que eu passei pelos tipos todos já que somente este ano fiquei afastada dos concursos por ter conseguido, em 2009, vínculo a um agrupamento! O que foi obra! Quase aos 50 anos!
Nestes anos que já levo de associada recorri sempre que necessitei aos serviços do meu sindicato, variados, desde os simples esclarecimentos de dúvidas até ao serviço de contencioso em que levei um caso aberrante passado comigo e com um meu ex-director até ao Tribunal Administrativo... tendo-o ganho, claro está!
À época em que me sindicalizei coloquei sobre a mesa duas opções - FNE e SPN- FENPROF e, apartidária como sempre fui, optei por aquele que, à partida, eu achei que defenderia melhor os meus interesses enquanto docente, por ser altamente improvável algum dia a sua cor ser coincidente com a coloração governativa. Já a FNE... a pertencer à área do centrão e ao arco governativo... pensei eu... huuuummm... não sei não... é que os interesses podem mesmo sobrepor-se, eu sei lá!
E assim foi, inscrevi-me no SPN - FENPROF e jamais, até hoje, me desvinculei do sindicato, muito embora tenha de confessar que, algures ali pela noite das pizzas a ideia me tenha passado pela cabeça e tenha ponderado entregar o meu cartão de sócia, único cartão que possuo a par do de dadora de sangue.
Mas não saí, não o entreguei, muito embora não tenha resistido a transmitir, pessoalmente, o meu e não só meu! descontentamento ao Mário Nogueira. Hoje estou contente por o não ter feito e orgulhosa dos resultados obtidos nesta última etapa de luta, que não foi a primeira e não será, por certo, a última já que muito ficou por negociar, mas vamos com calma que Roma e Pavia nunca se fizeram num dia.
Agora, não quero deixar de referir, e jamais me esquecerei que, nesta última etapa de luta titânica contra o MEC, se não tem sido a FENPROF a entregar os pré-avisos de greve para a última semana, teríamos ficado todos encostadinhos à parede com as reuniões de avaliação a decorrerem a todo o vapor nas escolinhas... e lá se ia a "nossa capacidade argumentativa" face a um governo que já tinha dado por encerrado o período negocial no início de Junho, acrescentando um "em" na primeira folha, mantendo intacta a segunda e acrescentado "um decreto" que faltava na terceira.
Se isto é negociar... pois vou ali e já venho!
Moral da história - Negociaram!
Juntos somos mais fortes!
Plenamente de acordo!
ResponderEliminarObrigada, AC!
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