sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Encostar às Boxes

Encostar às Boxes - Amarante
Fotografia de Clap Clap Clap
 
Encostar às Boxes

Atrapalhadíssima, encostei às boxes em resultado de um ataque concertado de uns invisíveis mas poderosos vírus... ou bactérias... sei lá eu... que apenas sei que desde sábado passado convivo, obrigada, diga-se de passagem!, com as minhas ites de novo assanhadas, pela segunda vez durante este ano lectivo. O meu calcanhar de aquiles traduz-se em faringites, rinites e sinusites a atacarem-me todas ao mesmo tempo, a cada ano que passa pior.
Confesso, já mete nojo! Quero voltar a pisar a calceta amarantina.

sábado, 24 de janeiro de 2015

Novas da Choldra

 
Novas da Choldra

Esta é a actuação típica dos videirinhos que, ao que parece, também abundam pela assembleia da república muito pouco virtuosa. Nos partidos do centrão, ao que parece, também.

Mulher de deputado poupada à requalificação e promovida

Vergonha Conhecida - Notas Privadas Versus Notas Públicas

 
Vergonha Conhecida - Notas Privadas Versus Notas Públicas

Esta é uma vergonha velha, conhecida há muito por quem não anda distraído. Quem não consegue as notas que quer na escola pública, refugia-se em determinados colégios privados onde se opera o milagre. Mas também há os que beneficiam do milagre desde pequeninos.
Como dizia o outro, é só fazer as contas...

Estudo Colégios dão 'ajuda' na hora de ingressar na faculdade

Há 24 escolas que dão por sistema notas acima do esperado

Virtudes Privadas

Ministério da Educação investiga notas inflacionadas em escolas e colégios

Depois não se espantem com isto:

Escolas públicas preparam melhor os alunos para terem sucesso no superior

Nota - Procure aqui os dados referentes à sua escola... ou a outras que lhe interessem.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Mobilidade/Requalificação/Despedimento

 
 Mobilidade/Requalificação/Despedimento

Ministério da Educação acredita que vai "salvar" mais professores da requalificação

Docentes que fiquem sem horário após 1 de Fevereiro só entram na mobilidade em 2016, diz tutela

Fenprof fala de «intenção política» de ter professores na mobilidade

«Aquilo que retiramos daqui é que há uma intenção política de dar o exemplo, de ter gente na mobilidade especial a partir do dia 01 de fevereiro. Por outro lado, há algum temor do efeito que isso pode ter, porque as pessoas também não vão ficar sentadas e caladas»

Mário Nogueira

Sim, o MEC pretende avançar de mansinho, devagar, devagarinho... concordo com Mário Nogueira!
Não, a classe não se vai revoltar em peso, não vai levantar o rabo da cadeira e não, o MEC não está receoso relativamente à contestação que será feita pelos mesmos de sempre, uma ínfima minoria muito minoritária... por isso, discordo do Mário Nogueira. Os despedimentos só não acontecerão se o MEC não desejar que eles aconteçam... e, se acontecerem, talvez nessa altura o pessoal acorde... talvez... não é coisa certa... só que... Ops! Será tarde demais!

Grupo Coral Sem Nome do Agrupamento de Escolas de Amarante - Janeiras 2015

Grupo Coral Sem Nome do Agrupamento de Escolas de Amarante
Fotografias de Anabela, Pinheiro e Maria José
                                                                                                                                                                                                                                
Grupo Coral Sem Nome do Agrupamento de Escolas de Amarante - Janeiras 2015

A actividade "Janeiras 2015", não inscrita no Plano Anual de Actividades do meu Agrupamento de Escolas, foi encerrada ontem à noite com êxito total, fechada que foi com chave de ouro. Cantámos e pelos vistos encantámos, o melhor grupo que passou em determinada casa que os recebeu aos molhos durante este mês de Janeiro!
Entretanto, hoje, durante o intervalo das 10 da manhã, o chamado intervalo grande, cantámos as Janeiras para toda a comunidade educativa presente na Sala de Professores e, depois, atacámos o "lanche" que já faz parte do nosso "trabalho" matinal às sextas-feiras.
E assim promovemos a união e a aproximação entre os vários elementos da comunidade educativa e estreitamos laços entre docentes mais velhos e docentes mais novos nesta nossa casa.
Mas sobre este e outros lanches falarei em próximo post.
Até lá!

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Partilha - Os Moinas - Respeito, Precisa-se!

Auto-Retrato em Trabalho - Les Eysies-de-Tayac - França
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
 
Partilha - Os Moinas - Respeito, Precisa-se!

Volta e meia vou sendo informada de práticas profissionais que não me agradam, que eu não subscrevo e com as quais não me identifico nem de longe... nem de perto!, envolvendo um trabalho que é unicamente meu e que está à distância de um clique, porque partilhado na NET, principalmente aqui e aqui, mas também aqui, aqui, aqui... e nem vos maço mais sob pena de vos cansar.  Este trabalho não pertence ao meu departamento, não é do meu grupo, não é de mais nenhum professor, esteja eu em que escola estiver. E isto apenas porque é meu, é da minha exclusiva autoria e lavra e, como podem calcular... ok, há gente que nem consegue calcular a trabalheira que isto me continua a dar!... este trabalho "roubou-me", "rouba-me" e continuará a "roubar-me" muitas e muitas horas de trabalho muito solitário, mas igualmente de trabalho muito prazenteiro já que eu sou, em trabalho, uma formiguinha/cigarrinha como podem verificar em artigo antigo, saído no blogue do DN e que pode ser lido aqui.
Não é a primeira vez que escrevo sobre esta falta de respeito perante o trabalho dos outros, sobre esta moinice, sobre esta prática nada decente docente moina do uso e abuso que se faz sobre material alheio, desta apropriação indevida de materiais pedagógicos mastigados por dentaduras estranhas que mastigam tudo como se faz a uma chiclete... mastiga deita fora se demora... como se fosse coisa nossa, resultante do nosso suor, mas sem o ser!
Já aqui referi, um dia que já lá vai, um caldo que se entornou em plena sala de aula com uma aluna recém chegada à minha sala de aula a virar-se para mim e a dizer-me "Que engraçado! A professora usa os PowerPoints da professora... !" ... pois como disse?!!! Como disse?!!!
Volta e meia também entram em contacto comigo, via net, alunos deste país que me vão informando de práticas muito pouco respeitadoras e que apontam para apropriações indevidas do meu trabalho. Sim, há quem tenha a distinta lata de usar e abusar dele, projectando os meus PowerPoints em contexto de sala de aula como se eles fossem sua propriedade, esquecendo-se que se o meu trabalho está à distância de um clique, para eles ou para elas, também o está para os alunos que chegam lá, às minhas casas virtuais, em três tempos e, espanto!, lá onde não faltam avisos sobre a autoria do meu trabalho e pedidos como este:
 
Este trabalho está licenciado sob uma Licença Creative Commons
Pode ser utilizado, mas não pode ser alterado. Se o utilizar, por favor, dê os créditos a quem de direito. Não pratique o plágio.
Se quiser esclarecer qualquer dúvida encontra-me em anabelapmatias@gmail.com
 
Ou:
 
Declaro que permito a utilização de todas as fotografias publicadas neste blogue, para os fins que entenderem, desde que ligados à Educação e desde que não omitam a autoria do trabalho.
O seu a seu dono.

Anabela Magalhães
 
ou:
 
Todo o trabalho partilhado neste blogue pode ser visionado, consultado e utilizado, mas, por favor, não apague os créditos de um trabalho que é meu. E não plagie. O plágio é uma prática muito feia. Se entender contactar-me o meu e-mail é anabelapmatias@gmail.com
 
ou ainda:
 
Todo o trabalho constante nesta página pode ser visionado, consultado e utilizado desde que não omitam a sua autoria
 
Moral da história - E peço eu por favor para respeitarem o meu trabalho! Precisarão os moinas e as moinas que eu espalhe estas informações em esquemas muito simplificados?

Se isto é uma vergonha? É, é! Mas não é minha.

Novas do Grupo Coral Sem Nome - Cantar as Janeiras

Grupo Coral Sem Nome do Agrupamento de Escolas de Amarante
Fotografias de Vitória, Anabela e Alexandra
 

Novas do Grupo Coral Sem Nome - Cantar as Janeiras

Tanto quanto sei, o Grupo Coral Sem Nome do Agrupamento de Escolas de Amarante teve a sua génese há precisamente um ano, aquando da primeira cantoria das Janeiras. Digo tanto quanto sei porque não integrei esta primeira pequena mas enorme formação formada por gente irrequieta e que gosta de se mover, meia dúzia de valentes que meteram pés ao caminho para surpreender umas quantas casas e as pessoas que por lá habitam.
E o grupo Coral Sem Nome vingou, mesmo se Sem Nome e, quando o integrei, passei a dar novas da sua existência, dos ensaios, pouquíssimo! que a vida profissional é, muitas vezes!, arrasadora, e também das actuações públicas que esta gente é intrépida e está habituada a trabalhar frequentemente sem rede.
O Grupo Coral Sem Nome do Agrupamento de Escolas de Amarante não tem um número fixo de tocadores e de cantadores, pelo contrário, eles e elas juntam-se como podem, aparece quem pode e quem quer que já nos basta o toque de campainha, isto para não dizer que andamos na escola a toque de caixa! O mais das vezes aparecemos no mínimo muitos, porque o grupo foi crescendo, crescendo composto por uma mistura bem misturada de Alunos, Funcionários, deveria dizer Assistentes Operacionais?, e Professores.
Na passada terça-feira saímos para a estrada debaixo de um frio de cortar, todos muito bem preparados para o enfrentar de peito feito às balas... e tenho a registar que fomos excelentemente recebidos pelos habitantes de todas as casas por onde passamos. Foram momentos únicos, de cumplicidade e companheirismo, afinal de Vida porque a Vida também tem que conter momentos assim.

Obrigada, dona Fernanda! Obrigada, drª Maria José Lopes! Obrigada, professora Zinha do meu coração! Obrigada também aos vossos familiares que tão bem nos receberam!

Não há dúvida, as Janeiras, para além de ajudarem a manter uma tradição local, serviram também para regar os nossos corações. E, gostámos tanto, que hoje meteremos, de novo, pés ao caminho... Amarante aqui vamos nós...

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Novas da Jóia de Luz

 
Eu e Ele - S. Gonçalo - Amarante
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
 
Novas da Jóia de Luz

"Acontece, Avó Morcega e Voadora, que estou a evoluir e dei hoje os meus primeiros e sólidos passos...
Agora, segura-me... se fores capaz!"

Oficinas de Arqueologia Experimental do Paleolítico

Oficinas de Arqueologia Experimental do Paleolítico
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães

Oficinas de Arqueologia Experimental do Paleolítico

Dirigidas a todos os alunos do 7º ano de escolaridade do Agrupamento de Escolas de Amarante, turma do Marão incluída, as Oficinas de Arqueologia Experimental do Paleolítico decorreram durante todo o dia da passada segunda-feira com o êxito costumeiro. Ou seja, total! De facto, esta actividade é das mais interessantes que um Professor de História pode proporcionar aos seus alunos, como tenho vindo a registar neste blogue em postagens que podem ser lidas aqui. E isto não tem nada a ver com a Escola Folclore, sendo somente a Escola Pública que eu gostaria que o meu neto frequentasse um dia. A Escola tem de se fazer amar, tem de ser um espaço confortável para Alunos e Professores sob pena de falharmos todos os objectivos. A Escola tem de sair da sua zona de conforto e arriscar Fazer e arriscar Fazer Diferente.
Foi um prazer receber de novo o arqueólogo dr. Jorge Sampaio, desta vez acompanhado pela arqueóloga drª Carla Magalhães que integram os quadros técnicos superiores do Parque Arqueológico de Foz Côa e que dividiram a condução das oficinas entre si.
Ontem e hoje, à pergunta "Então, gostaram?" a resposta mais bela foi deveras expressiva "Ó professora, nós não gostámos. Adoráaaamos!" acompanhada com sorrisos largos de orelhas a orelhas.

Passados todos estes anos de profissão, confesso, continuo a gostar de observar este entusiasmo nos olhos dos meus alunos, nos seus sorrisos rasgados e nas suas palavras entusiasmadas...

Nota - Os meus agradecimentos ao arqueólogo dr. Jorge Sampaio que, conhecedor do meu carinho pelo Centro de Recursos da EB 2/3 de Amarante, nunca se esquece desta professora perdida algures aqui pelo interior. O instrumento lítico em sílex está já em depósito, na Caixa Paleolítica, junto das suas anteriores generosas ofertas que podem ser observadas aqui.

Ainda o Cinquentenário da ESA

Pavilhão Amadeo de Souza-Cardoso - Demolido
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
 
Ainda o Cinquentenário da ESA

Problemas:

A senhora Joaquina casou com o senhor Alberto em 24 de Setembro de 1982, depois de um namoro que se prolongou por seis anos.
Quantos anos tem o matrimónio da senhora Joaquina e do senhor Alberto?

A senhora Miquelina nasceu no dia 22... eheheh... para ser escorpião!... de Novembro de 1961, depois de uma gestação que se prolongou por um ano... eheheh... para ser original e para facilitar as contas...!
Quantos anos tem a senhora Miquelina?

O Ministério da Educação pariu a senhora ESA em 1975. Por aqui, por Amarante, antes dela, existiram uma Secção Liceal do Liceu de Guimarães, uma Escola Industrial, e... porque existiram mais escolas antes destas.
Quantos anos tem a senhora ESA?

Nojo

Nojo

É o que sinto por este desrespeito bárbaro e abjecto que vai-se fazendo sentir aqui, ali e acolá.
De notar que a maioria das vítimas destes terroristas, que se auto-denominam muçulmanos, são muçulmanos. Que ironia! Que loucura.

Corrida contra o tempo para salvar reféns japoneses nas mãos do Estado Islâmico

Palestiniano fere com faca vários passageiros em autocarro em Telavive

Boko Haram reivindica massacre de Baga e ameaça novos ataques
Islamitas somalis shebab convocam muçulmanos a atacar Europa

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Triste Fado o Nosso - A Municipalização da Educação

 
Triste Fado o Nosso - A Municipalização da Educação

Não sou adepta da municipalização da Educação. Não vislumbro vantagens decorrentes da possibilidade de se poder esquartejar um currículo nacional até 25% do seu desenho total num país pequeno como o nosso e que não tem no seu seio assimetrias assim tamanhas que o justifiquem resultantes de diferentes culturas, diferentes etnias, diferentes povos que por aqui habitem. Não reconheço essa autoridade ao poder político, seja ele central ou local e penso mesmo que essa competência só deve ser dada a quem tem preparação pedagógica para tomar tais decisões. Assim como não reconheço ao poder político, central ou local, competência para definir e decidir sobre a dimensão das turmas que existirão em Amarante, em Felgueiras, em Ourém... onde quer que seja!
E, confesso, para uma independente política como eu, a perspectiva da concretização desta municipalização não poderia ser mais triste...

E, armada agora em futuróloga, garanto, isto vai dar um péssimo resultado.

Se quiser pode ler uma notícia sobre esta tristeza aqui.
Entretanto a FENPROF já reagiu. E é claro que está contra.

Municipalização da Educação: segunda versão de contrato tenta tornear críticas mas mantém o essencial

Nota - É claro que não faltarão professores a defender a municipalização... ai os lugarzinhos... talvez... asseguradinhos... talvez num futuro próximo? Num futuro liderado pelo pê esse? Pelo pê esse dê? O que, para o caso, tanto dá!

Ainda o Cinquentenário da Escola Secundária de Amarante

"Pavilhão Amadeo de Souza-Cardoso" - Demolido - ESA
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
 
Ainda o Cinquentenário da Escola Secundária de Amarante

Sem mais comentários, apenas com a letra da lei. Toda e não apenas pedaços soltos.
As letras muiiiiito grandes são minhas, assim como os sublinhados e a cor vermelha... para que se leia bem. Apenas porque eu sou a autora e editora deste blogue e, confesso, hoje estou para aqui virada.

Sumário

Cria escolas secundárias em várias localidades.

Texto do documento

Decreto-Lei 260-B/75
de 26 de Maio
A reconversão global do sistema educativo irá exigir, na elaboração e discussão dos estudos que a hão-de fundamentar, o empenhamento e a participação de todos os cidadãos responsáveis.
Impõe-se, no entanto, corrigir, desde já, algumas assimetrias da rede escolar, ensaiar alguns passos que favoreçam a existência de escolas ao serviço dos genuínos interesses regionais e promover uma maior rentabilidade do ensino, sem prejuízo de uma decisão sobre a estrutura do futuro ensino secundário, cuja definição beneficiará das experiências pedagógicas em curso, nomeadamente a dos 3.º e 4.º anos experimentais do ensino preparatório.
Dentro dos princípios expostos, são agora criadas escolas secundárias, a maior parte das quais já em funcionamento desde o ano lectivo de 1973-1974, ao abrigo do Decreto-Lei 47587, de 10 de Março de 1967, actualizando-se, todavia, o âmbito dos seus objectivos e concretizando-se novas directrizes pedagógicas que a análise da experiência aconselhou.
Assim, além de cursos existentes nos actuais ensinos liceal e técnico profissional, as escolas secundárias poderão igualmente ministrar outros cursos ou promover actividades de educação permanente. Ao mesmo tempo, unificam-se, onde for possível, os programas das disciplinas comuns daqueles ensinos e caminha-se decididamente para a integração do ensino secundário, através da promulgação de medidas complementares ao presente diploma, com a criação de quadros a que poderá indistintamente concorrer o pessoal dos ensinos liceal e técnico secundário.
Finalmente, espera-se também que os novos estabelecimentos, resultantes, uns, da fusão de estabelecimentos ou secções já existentes e, outros, criados de raiz em zonas desprovidas de ensino secundário oficial, representem um apreciável progresso na gestão dos recursos humanos, materiais e financeiros disponíveis para a acção educativa.
Nestes termos:
Usando da faculdade conferida pelo artigo 16.º, n.º 1, 3.º, da Lei Constitucional 3/74, de 14 de Maio, o Governo decreta e eu promulgo, para valer como lei, o seguinte:
Artigo 1.º - 1. São criadas escolas secundárias nas localidades indicadas no mapa anexo ao presente diploma.
2. As escolas secundárias serão criadas de raiz em localidades onde até agora não existia o ensino secundário oficial ou resultarão da transformação de estabelecimentos ou secções dos ensinos liceal e técnico secundário já existentes.
Art. 2.º - 1. No prazo de trinta dias, a contar da publicação do presente diploma, os Ministros das Finanças e da Educação e Cultura definirão em portaria a constituição dos quadros do pessoal docente, técnico, administrativo e auxiliar das escolas secundárias e as regras de provimento dos titulares dos lugares dos quadros dos estabelecimentos agora transformados, a situação do respectivo pessoal provisório ou eventual, bem como a possível extensão ou alteração de quadros já existentes.
2. Na portaria referida no número anterior serão igualmente definidas as habilitações próprias para o magistério das escolas secundárias, bem como as respectivas regras de recrutamento e de provimento e ainda as regras de transição para os quadros das escolas secundárias, do pessoal administrativo e auxiliar dos estabelecimentos de ensino particular agora extintos pela sua criação.
3. Sempre que a especificidade dos cursos ou actividades a realizar em escolas secundárias exijam para a sua regência profissionais de que os quadros não dispõem, poderão ser estabelecidas normas especiais de contratação, segundo regime a definir em portaria conjunta dos Ministros das Finanças e da Educação e Cultura.
Art. 3.º - 1. O Ministro da Educação e Cultura determinará, mediante portaria, os cursos que serão ministrados em cada escola secundária, bem como os respectivos planos de estudos e programas, que, neste último caso, incluirão para vigorar já no ano lectivo de 1975-1976 os das disciplinas comuns aos ensinos liceal e técnico secundário que for julgado oportuno unificar.
2. As escolas secundárias poderão ainda ser autorizadas a ministrar outros cursos não incluídos no esquema geral do ensino, promover ou colaborar na realização de actividades de reconversão, animação ou extensão culturais ou profissionais de verdadeiro interesse no desenvolvimento da região onde estão situadas.
Art. 4.º A criação de escolas secundárias, bem com todas as alterações nos seus quadros privativos, dependem de portaria do Ministro da Educação e Cultura e de portaria conjunta com o Ministro das Finanças, sempre que envolvam aumento de encargos.
Art. 5.º - 1. As escolas secundárias serão designadas pelo nome da localidade em que funcionam.
2. Se na mesma localidade existirem duas ou mais escolas secundárias, cada uma delas será designada pelo nome do patrono que lhe for atribuído.
Art. 6.º - 1. A superintendência pedagógica, administrativa e disciplinar de cada escola secundária, mesmo que funcionando em diversas instalações, é exercida nos termos da legislação em vigor.
2. Sem prejuízo dos ajustamentos e reformulações que a implantação do novo sistema educativo vier a determinar e mediante audição prévia dos estabelecimentos interessados, o Ministro da Educação e Cultura publicará em portaria, no prazo de cento e vinte dias, o regulamento das escolas secundárias.
Art. 7.º - 1. Os estabelecimentos de ensino secundário ou secções existentes nas localidades mencionadas no mapa anexo ao presente diploma são extintos, à excepção dos Liceus Nacionais de Aveiro, Cascais e Setúbal e das Escolas Industriais e Comerciais de Aveiro, Caldas da Rainha, Setúbal e Vila Franca de Xira.
2. Ficam afectos às escolas secundárias criadas pelo presente diploma as instalações e o equipamento dos estabelecimentos e secções referidos na primeira parte do número anterior.
Art. 8.º Nos três anos subsequentes à entrada em vigor do presente diploma, o Ministro da Educação e Cultura tomará por meio de portarias ou despachos as providências necessárias para adaptar o regime das escolas secundárias à implantação da reforma do ensino.
Art. 9.º Ao pessoal docente, técnico, administrativo e auxiliar dos estabelecimentos de ensino técnico, agora transformados em escolas secundárias, são aplicáveis todas as disposições do Decreto-Lei 260-A/75, de 26 de Maio, que não contrariem o presente diploma.
Art. 10.º As dúvidas ou casos omissos que se suscitarem na execução do presente diploma serão resolvidos por despacho do Ministro da Educação e Cultura desde que não envolvam aumento de encargos, caso em que será necessário despacho conjunto dos Ministros das Finanças e da Educação e Cultura.
Art. 11.º Os encargos resultantes da execução do presente diploma serão suportados, no presente ano económico, por verbas inscritas no Orçamento Geral do Estado, expressamente destinadas ao funcionamento das escolas secundárias ou, no caso das secções agora transformadas, por verbas inicialmente inscritas no orçamento dos estabelecimentos de que dependiam.
Art. 12.º O presente diploma entra imediatamente em vigor.
Visto e aprovado em Conselho de Ministros. - Vasco dos Santos Gonçalves - José Joaquim Fragoso - Mário Luís da Silva Murteira - José Emílio da Silva.
Promulgado em 23 de Maio de 1975.
Publique-se.
O Presidente da República, FRANCISCO DA COSTA GOMES.
Mapa a que se refere o n.º 1 do artigo 1.º do Decreto-Lei 260-B/75, de 26 de MaioEscolas secundárias
Distrito de Aveiro:
Águeda, Albergaria-a-Velha, Anadia, Arouca, Aveiro, Estarreja, Mealhada, Vale de Cambra e Vila da Feira.
Distrito de Beja:
Moura.
Distrito de Braga:
Fermil de Basto, Fafe.
Distrito de Bragança:
Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Mogadouro e Torre de Moncorvo.
Distrito de Castelo Branco:
Aldeia do Souto, Fundão e Sertã.
Distrito de Coimbra:
Arganil, Cantanhede, Lousã, Mira, Montemor-o-Velho, Oliveira do Hospital, Penacova, Soure e Tábua.
Distrito de Évora:
Estremoz, Montemor-o-Novo, Redondo, Reguengos de Monsaraz e Vila Viçosa.
Distrito de Faro:
Lagos, Loulé, Olhão, Silves, Tavira e Vila Real de Santo António.
Distrito da Guarda:
Gouveia, Pinhel e Seia.
Distrito de Leiria:
Alcobaça, Caldas da Rainha, Marinha Grande, Mira de Aire, Nazaré, Pombal e Porto de Mós.
Distrito de Lisboa:
Alenquer, Azambuja, Cascais, Loures, Lourinhã, Mafra e Vila Franca de Xira.
Distrito de Portalegre:
Campo Maior, Elvas e Ponte de Sor.
Distrito do Porto:
Águas Santas, Amarante, Carvalhos, Ermesinde, Felgueiras, Maia, Marco de Canaveses, Paços de Ferreira, Paredes, Valongo e Vila do Conde.
Distrito de Santarém:
Alcanena, Alpiarça, Benavente, Coruche, Entroncamento, Rio Maior, Torres Novas, Tramagal e Vila Nova de Ourém.
Distrito de Setúbal:
Amora, Laranjeiro, Moita, Montijo, Palmela, Santiago do Cacém e Setúbal.
Distrito de Viana do Castelo:
Arcos de Valdevez, Monção, Ponte da Barca, Valença e Vila Nova de Cerveira.
Distrito de Vila Real:
Alijó e Peso da Régua.
Distrito de Viseu:
Carregal do Sal, Castro Daire, Mangualde, Moimenta da Beira, Nelas, S. Pedro do Sul, Vila Nova de Paiva e Vouzela.
Distrito de Ponta Delgada:
Ribeira Grande.
O Ministro da Educação e Cultura, José Emílio da Silva.
 
Diário da República aqui.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Maqueta - As Pirâmides do Egipto


Maqueta de Pirâmides do Egipto - Centro de Recursos de História
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães

Maqueta - As Pirâmides do Egipto

Naquele dia, um dia da semana passada, o H. entrou na Sala de História carregando cuidadosamente um grande saco de plástico, assim como quem carrega um tabuleiro onde se encontra pousado o nosso melhor serviço de chá. A sua cara irradiava felicidade que se notava no sorriso rasgado de orelha a orelha e, dirigindo-se a mim, sua Professora de História, informou-me, orgulhoso, que tinha realizado uma maqueta das pirâmides do Egipto durante as suas Férias do Natal.
O caso não era para sentir menos orgulho e satisfação do que aqueles que eu lhe observava estampados na face, e o H., enquanto falava, ia retirando do interior do grande saco uma maravilhosa maqueta das pirâmides do Egipto que enriquece, desde esse dia, o nosso Centro de Recursos da Sala de História da EB 2/3 de Amarante.
Hoje partilho com os meus leitores esta dádiva generosa e desprendida de quem trabalhou para o Bem Comum, de quem utilizou grande parte do seu tempo de merecidas férias escolares a contribuir para o melhoramento da Escola Pública.
Esta maqueta integrará a exposição que realizaremos em data a definir, lá para o terceiro período, na EB 2/3 de Amarante e que será trabalho dos alunos sócios do Clube História em Movimento, do ano lectivo de 20014/2015.

Agradecida pela tua generosidade e empenho, Aluno Meu!

Nota - Finalmente consegui carregar as fotografias para o blogue através do Mozilla.
Aleluia, aleluia, aleluia! Entretanto espero que o bug seja rapidamente ultrapassado,... sim?

domingo, 18 de janeiro de 2015

A Luta Continua

 
 A Luta Continua

Um mês de greve a prova de avaliação de professores

Serve este pré-aviso de greve, para todo o mês de Fevereiro em potencial, para que qualquer dia desse mesmo mês possa estar coberto para uma possível greve à vigilância da PACC que ainda falta marcar. Sim, estamos quase lá e o do MEC... nada!
Já o afirmei frequentes vezes neste blogue - só aceitarei uma PACC, e nunca nestes moldes, à entrada da profissão, ou seja, imediatamente antes do ingresso na docência.
É claro que, se eu estivesse colocada numa escola onde se realizasse alguma destas provas, faria greve. E ponto final.

Fenprof realiza quinta-feira a primeira de várias ações de protesto

Assim, a luta continua. E ponto final.

O Cinquentenário da Escola Secundária de Amarante

Espreitadela para a Verdade? - Museu de Arte de Roterdão
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
 
O Cinquentenário da Escola Secundária de Amarante

Pode a Escola Secundária de Amarante comemorar o seu cinquentenário no ano lectivo de 2014/2015 somando os anos de um projecto extinto, chamado Escola Industrial de Amarante e que ministrava cursos que obedeciam a planos curriculares tão distintos, aos seus próprios anos?

Ora vejamos o que diz o decreto lei nº 45 980, datado de 1964:

" É criado no concelho de Amarante um estabelecimento de ensino técnico profissional, com a denominação de Escola Industrial de Amarante, no qual será ministrado o ensino do ciclo preparatório e o dos cursos de electromecânica e de formação feminina."

Pode a Escola Secundária de Amarante comemorar o seu cinquentenário no ano lectivo de 2014/2015 somando os anos de um projecto extinto, chamado Escola Industrial de Amarante e que ministrava cursos que apenas por aqui contemplavam o nosso antigo 5º ano, aos seus próprios anos?

Pode a Escola Secundária de Amarante comemorar o seu cinquentenário, no ano lectivo de 2014/2015, somando os anos de um projecto extinto, chamado Escola Industrial de Amarante, baseada no decreto lei nº 45 980 de 20 de Outubro de 1964 quando o ensino secundário não tinha ainda sido parido? Na verdade a ESA apenas foi criada em 1975, pelo Decreto-Lei 260-B/75, de 26 de Maio...

Sim, é claro que se podem comemorar os cinquenta anos da ESA, mas só se formos muiiiiiito criativos e tivermos muita vontade de comemorar esses inexistentes cinquenta anos.... e isto é para dizer as coisas com muita suavidade. E sim, é claro que se podem comemorar os cinquenta anos da ESA mas apenas se conseguirmos somar alhos com bugalhos... coisa que nos disseram, logo na 1ª classe!, em tempos que já lá vão, ser coisa impossível... mas... já não é? Também tem-se visto cada fenómeno que este é apenas mais um...

É claro que alguns antigos alunos, felizmente não desmemoriados e que ainda se lembram que depois do 5º ano se tinha de ir estudar para Penafiel, ou para o Porto, ou... o que entendessem, para poderem fazer o antigo 6ª e 7º ano, equivalentes aos 10 e 11º actuais, e que a primeira coisa que por cá abriu foi uma Secção do Liceu de Guimarães, inacreditavelmente omissa em todo o historial que se encontra nas páginas das comemorações, esforçam-se por repor a verdade porque ela não é aquilo que com ela queremos fazer sendo apenas aquilo que é.

No dia 4 de dezembro de 1964, a nossa Escola, então chamada Escola Industrial de Amarante, iniciou as aulas. ?!!!!



https://www.facebook.com/pages/Escola-Secund%C3%A1ria-de-Amarante-Cinquenten%C3%A1rio/662148443853316

Aqui fica o que vai pelo facebook, numa página que é pública e que, por isso, tomo a liberdade de transcrever.
  • António Patrício ...50 anos de bem-servir...
  • José Emanuel Queirós Nem a Escola nem o ensino secundário em Amarante perfizeram cinquenta anos.
  • José Emanuel Queirós A ESA, sempre foi criada em 1975, por via do Decreto-Lei 260-B/75, de 26 de Maio, como consta http://dre.tretas.org/dre/115579/
  • Anabela Magalhaes Eheheh... por pouco também tinha de me ir inscrever a Guimarães... valeu-me ser ligeiramente mais nova. Já os ligeiramente mais velhos que nós, que remédio tiveram eles... lá foram para Penafiel, Porto... o que calhou porque em Amarante só existia ensino até ao antigo 5º ano...
  • José Emanuel Queirós É não recomendável o senso matemático e a extrapolação sem rigor que leva à conclusão equívoca das comemorações de um cinquentenário serôdio antecipado uma década.
  • Julieta Freitas Essa está boa! Quem se der ao trabalho de ler o Decreto- Lei, pode confirmar que na realidade é criada a Escola Secundária em Amarante, resultando da transformação dos estabelecimentos de Ensino Técnico existentes.
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    Anabela Magalhaes Exacto - É criada a Escola Secundária de Amarante por esse Decreto-Lei. O que está para trás é uma outra coisa. Que por acaso até foi bem mal extinta!
  • Anabela Magalhaes Isto é que vai aqui uma conversa... eheheh...
  • Julieta Freitas Realmente. Parece que falamos de coisas diferentes e se calhar é isso mesmo.
  • Anabela Magalhaes Mas... não se podem somar alhos com bugalhos... podem? E vocês estão a somar os anos de vida da Escola Técnica, que foi estupidamente extinta, com os anos de vida da Escola Secundária.
  • Julieta Freitas Com a informação que já foi aqui divulgada e também no perfil da secundária 50 anos, penso que aqueles que tiverem dúvidas podem fazer a leitura que entenderem. De lembrar que os 25 anos foram festejados na direção do Dr Batista Martins. A conversa foi boa. Bom fim de semana.
  • Anabela Magalhaes É aquela história de uma mentira repetida mil vezes... pois nem que sejam duas mil repetições... eheheh... não transformam a mentira em verdade! A conversa foi excelente, Julieta Freitas! Beijocas e bom fim-de-semana!
  • Julieta Freitas Retifico, os 25 anos foram festejados com a presença do Dr Batista Martins, 1º Diretor da então Escola Industrial, Beijinhos
  • Raul Lopes Relembro que, com a criação do ESA, foi também extinta a Secção Liceal de Amarante do Liceu Nacional de Guimamães, que a Julieta Freitas frequentou.
  • Anabela Magalhaes Exactamente, Raul Lopes! Haja memória! Aliás, a Julieta, assim como o meu irmão, ainda se inscreveram em Guimarães. Eu vinha a seguir e já me matriculei aqui mesmo.
  • António Luís Guimarães Gomes Meus caros amigos , sem querer entrar em polémicas , e resumindo, comemorar 50 anos da Escola Secundária de Amarante é uma "treta"! ...Raul, nós os dois com mais cerca de 90 alunos, " abrimos" a Secção Liceal de Amarante do Liceu Nacional de Guimarães, infelizmente , "ninguém, político" comemora esse evento !
  • José Emanuel Queirós É incrível, Luís, como as conveniências fazem esquecer factos, alterar marcadores e istrumentalizam pessoas e instituições à conta de alguma crendice sem nexo nem rigor. Sobra a festa...
  • Anabela Magalhaes E a festa vai bem gira... eheheh...