quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

A Carta Aberta "Prioridade à Escola" e Dois Pecados Originais


A Carta Aberta "Prioridade à Escola" e Dois Pecados Originais

Li tudo atentamente e até concordo com muito do que lá está escrito e foi subscrito por tanta individualidade importante neste/deste país.

Mas não ficaria bem comigo própria ao não alertar para dois pecados originais presentes nos pressupostos elencados no documento com os números 2 e 3. 

Vamos ao ponto dois e ao primeiro pecado capital que reza assim:

"Nas escolas são aplicados rígidos protocolos sanitários, que garantem o uso correto dos dispositivos de segurança individuais durante grande parte do dia e que evitam a formação de agrupamentos nesses espaços (ao contrário do que acontecia nas famílias, por exemplo). A aprendizagem dos gestos de proteção na escola promove a aplicação de medidas preventivas na comunidade e é bem conhecido o papel relevante das crianças nesse processo de disseminação às famílias de atitudes promotoras de saúde."

Não, senhores subscritores, a maioria das escolas não consegue aplicar rígidos protocolos sanitários a começar pela impossibilidade de fazer cumprir o tão propagandeado e determinante distanciamento social de, vá lá, 2 metros, no mínimo.

Como cumprir o que é básico, segundo a DGS, se nem as turmas diminuiram de tamanho nem as salas de aula cresceram?!

E vamos ao ponto três e só à primeira afirmação associada ao segundo pecado capital:

"Durante o primeiro período, as medidas sanitárias nas escolas impediriam numerosos casos e clusters (só houve 800 turmas que tiveram que fechar em todo o país neste período)." (...)

Não, senhores subscritores, o que foi feito na maioria das escolas deste país durante o primeiro período  foi: 

  • não testar
  • não isolar contactos, mas  nem os colados aos casos declaradamente positivos
  • enfim, foi deixar o SARS-CoV em roda livre na comunidade, passeando-se pela calada do dia e da noite porque o que não se detecta não existe, certo?
Assim e em síntese, como estamos perto da Páscoa podem cumprir a penitência sugerida no gif. Em alternativa podem fustigar-se com um bom molho de urtigas.

1 comentário:

  1. Partilho desta opinião.
    Não havendo e não há, protocolos de segurança que aguentem, há que continuar a confinar. Tenho 1 neto com 17 anos e outro com 13, e qq um deles me diz que prefere, neste momento, o ensino em casa. Estão mais tranquilos, assintem às aulas e depois das tarefas domésticas ainda têm tempo para outras actividades na internet e jogos em família.

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