Para a FENPROF, o insustentável clima que se vive nas escolas exige reunião urgente com a Ministra da Educação
Nem as sucessivas iniciativas de propaganda que, pelo país, têm sido promovidas conseguem disfarçar o clima muito negativo que se vive nas escolas.
Horários de trabalho ilegais, arbitrariedades e procedimentos abusivos no âmbito da avaliação de desempenho (que acrescem ao próprio problema, gravíssimo, que é o modelo de avaliação imposto) e, ainda, a instalação do novo modelo de gestão são, apenas, três componentes de um contexto que tem feito aumentar o mal-estar, a insatisfação e o protesto dos professores, para além de estar a criar graves dificuldades ao normal funcionamento das escolas.
Neste momento de início de ano lectivo, em que os professores tanto necessitavam de se concentrar na sua actividade com os alunos, as pressões que recaem sobre eles são de tal ordem fortes que a sua disponibilidade, para o que seria fundamental, fica muito limitada.
A Ministra da Educação não pode continuar a ignorar esta situação e a fazer, apenas, o mais fácil que é envolver-se nos "shows" mediáticos montados pela máquina de propaganda do Governo e fingir que, de resto, tudo decorre dentro da normalidade.
A Ministra da Educação é a responsável política pela situação que se vive nas escolas, tanto mais que, no que concerne à avaliação, estamos perante um modelo apenas defendido por um Ministério que já começou a "sacudir" responsabilidades para os órgãos de gestão das escolas; no que respeita aos horários de trabalho, muitas das violações à lei, que foram registadas nas escolas, decorrem de orientações ilegais divulgadas pela DGRHE/ME em documento que se encontra na sua página electrónica.
É neste quadro tão negativo - em que se referem apenas alguns dos aspectos de maior relevo - que a FENPROF considera indispensável confrontar a Ministra da Educação no plano político e exigir medidas que permitam superar os problemas que afectam as escolas e os professores. Nesse sentido, foi entregue, hoje, no Ministério da Educação, um pedido de reunião com a Ministra a realizar com carácter de urgência. Seria uma irresponsabilidade a recusa desta reunião, ou o seu adiamento para mais tarde.
O Secretariado Nacional da FENPROF29/09/2008
Será que vai responder "era o que faltava!"?
ResponderEliminarAcho que vai, Elsa. Quer ela lá saber do clima e do cansaço que já está instalado na escola!
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