CEFs - Portefólios
Por norma, as minhas turmas de CEFs, as que pela primeira vez lecciono, dão-me trabalho mais do que acrescido durante os primeiros dois meses. É o tempo de travarmos conhecimento mútuo, de eu lhes tirar a pinta, e de eles me tirarem a pinta também.
E a minha pinta de professora tira-se facilmente. Exijo trabalho aula a aula sem parar, tudo a par de um grande respeito mútuo que, sempre que é quebrado por parte dos alunos, dá direito a castigo dentro da sala de aula, nos casos mais ligeiros, ou, quando o caso é mais grave, dá direito a expulsão da sala e visita ao Núcleo de Apoios Educativos para "reflexão".
Depois dos primeiros testes à minha resistência dentro da sala de aula, os alunos, mesmo os mais problemáticos, rendem-se à evidência e desistem de me "dobrar".
É que esta professora gosta mesmo de trabalhar com os seus alunos e gosta especialmente do desafio que constitui uma turma de alunos dos CEFs.
Uma das estratégias que melhor resulta com estes alunos, incomparavelmente mais problemáticos do que os alunos das turmas do básico dito normal, é o trabalho constante. Estes miúdos precisam de estar ocupados e tem de se lhes dar rédea curta dentro da sala de aula.
Com rédea curta não quero dizer cara de pau, antipatia, autoritarismo, muito pelo contrário. A melhor forma de lidar com eles é de sorriso nos lábios e firmeza na voz, sempre afectuosamente, e com um enorme respeito pelos seres humanos que eles são. Sem permitir abusos. E sempre que o abuso acontecer o sorriso suspende-se e, se for preciso, eleva-se a voz.
Dito isto, partilho hoje uma exigência que faço a todos os meus alunos, sem excepção. Quero portefólios arrumados, organizados, limpos, actualizados, a cada dia que passa.
Assim sendo, os meus alunos, os dos CEF`s incluídos, lá fazem os registos mais importantes e fundamentais das matérias por mim leccionadas.
Devo esclarecer, para quem não lecciona Cursos de Educação e Formação, que nós, professores a leccionar estes cursos, temos que nos desenrascar como podemos e sabemos, para leccionar os conteúdos constantes nos programas, devido à inexistência de manuais adaptados e adequados a estes cursos, o que se por um lado é bastante trabalhoso, por outro também é um desafio à nossa criatividade.
Por norma não entrego fotocópias aos meus alunos, a não ser em casos absolutamente necessários. Tenho para mim que estes alunos precisam, mais do que quaisquer outros, de escrever, de ler, de fazer. Ora o portefólio que eles constroem é para eles o registo da vida dentro da sala de aula na disciplina de Cidadania e Mundo Actual.
Mas quem diz que os alunos dos CEFs não trabalham nunca?
Mas quem diz que os alunos dos CEFs não trabalham?
Os meus alunos trabalham e até estão a trabalhar muito bem, salvo uma ou outra excepção em cinco turmas bem diferentes entre si.
Os portefólios que ilustram este post foram fotografados em contexto de sala de aula, o que os deixou perplexos e orgulhosos, e pertencem a alunos da turma EI1, de Electricidade, e CL1, de Carpintaria, e servem como exemplo de uma estratégia bem simples e algo "antiquada" mas que para mim permanece absolutamente actual e eficaz.
Escusado será dizer que os seus portefólios andam "debaixo de olho" por parte desta professora que os obriga a corrigir cada erro, cada falta de acento, cada sumário em falta!
É a vida... é a nossa vida de trabalho... mas... também damos as nossas gargalhadas!
Nota - Estou com problemas no carregamento das fotografias. Logo que ultrapassados posto as ditas.
sábado, 31 de janeiro de 2009
O "Coiso"
O "Coiso" - Portugal
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
O "Coiso"
Vi e ouvi a entrevista de Manuela Moura Guedes a Júlio Monteiro e constatei que as pérolas continuam a sair, à velocidade luz, da boca deste senhor.
Júlio Monteiro afirma ter "muito orgulho" no sobrinho "Mas se provarem que ele teve alguma coisa a ver com o coiso, aí acho que vou ter menos orgulho".
Gostei da expressão "o Coiso" e registei-a.
De facto parece-me apropriado chamar "Coiso" ao "Coiso". Porque não interessa estar para aqui com rodeios quando é mesmo de um "Coiso" que se trata. E eu confesso, nunca vi "Coiso" assim com o primeiro-ministro do meu país, nunca vi "Coiso" assim com um qualquer primeiro ministro do meu país!
Sim, bem sei, e não estou esquecida... é verdade que já vi outros Coisos" a afectarem o "Zezito".
Vi e ouvi a entrevista de Manuela Moura Guedes a Júlio Monteiro e constatei que as pérolas continuam a sair, à velocidade luz, da boca deste senhor.
Júlio Monteiro afirma ter "muito orgulho" no sobrinho "Mas se provarem que ele teve alguma coisa a ver com o coiso, aí acho que vou ter menos orgulho".
Gostei da expressão "o Coiso" e registei-a.
De facto parece-me apropriado chamar "Coiso" ao "Coiso". Porque não interessa estar para aqui com rodeios quando é mesmo de um "Coiso" que se trata. E eu confesso, nunca vi "Coiso" assim com o primeiro-ministro do meu país, nunca vi "Coiso" assim com um qualquer primeiro ministro do meu país!
Sim, bem sei, e não estou esquecida... é verdade que já vi outros Coisos" a afectarem o "Zezito".
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
Ai Ai Ai
Cogumelos Venenosos
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães
Ai Ai Ai
Juízes dizem que poder político tem acesso a processos mesmo em segredo de justiça
Ontem às 15:21
Um manifesto subscrito por juízes denuncia o facto de o poder político ter acesso a todos os processos judiciais, mesmo os que estão sob segredo de justiça. Neste documento, os juízes dizem mesmo que é possível o acesso em tempo real a estes processos.
O novo sistema informático Citius permite o acesso em tempo real do poder político a todos os processos judiciais, mesmo os que estão sob segredo de justiça, permitindo mesmo introduzir alterações nos despachos de um juiz ou nas acusações de um advogado.
A denúncia está a ser feita por vários juízes através de um manifesto que já está a circular, onde esta situação está mesmo a ser considerada como um perigo e uma ameaça à independência do poder judicial.
Neste manifesto, os magistrados recordam que este sistema bem como o Habilus está centralizado na Direcção-geral da Administração da Justiça, que está directamente dependente do Ministério da Justiça e cuja directora-geral é nomeada politicamente, não sendo esta uma magistrada.
Os magistrados acrescentam que qualquer funcionário da Direcção-geral ou do Ministério tem a possibilidade real de ter acesso a todo e qualquer processo judicial inserido electronicamente no sistema, o que consideram perigoso.
Depois, é também dito que qualquer funcionário pode ler o que qualquer magistrado está a digitar em qualquer momento relativamente a processos que poderão mesmo estar em segredo de justiça.
Os juízes assinalam ainda que qualquer pessoa desta direcção-geral ou do ministério tem o chamado acesso de escrita, ou seja, o poder de alterar uma decisão de um juiz ou uma acusação elaborada por um procurador, sendo para isso apenas preciso aceder ao sistema com uma password de administrador.
O manifesto, que está a circular entre vários tribunais, tem como primeira subscritora a magistrada Solange Hasse, do Tribunal de Família e Menores do Tribunal de Lisboa, e está a ser subscrito por vários magistrados.
Cogumelos Venenosos
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães
Ainda a Avaliação do Desempenho Docente
As consequências da implementação desta "coisa", no terreno da minha Escola, estão a ganhar contornos intoleráveis.
Mas em nome de quê, em nome de quem, tenho eu de aturar reuniões estapafúrdias, e altamente perturbadoras, ao fim de um dia inteirinho de trabalho árduo e feliz com os meus alunos?
Por quanto tempo conseguirei manter a minha sanidade mental perante atitudes reveladoras de completa falta de bom senso, de equilíbrio, de respeito para com os outros?
Que nos candidatemos ao modelo de avaliação mais complex, que nos candidatemos ao Muito Bom e ao Excelente, é uma conta. Que pensemos poder ser considerados excelentes à custa de uma táctica de terra queimada, diminuindo os que se encontram à nossa volta, é outra bem diferente.
A nossa qualidade enquanto profissionais, ou a falta dela, não depende dos outros, depende apenas de nós. Depende apenas de nós.
E não é disparando sobre os outros, espezinhando-os, diminuindo-os, calcando-os, passando por cima deles, que a nossa qualidade, enquanto docentes, se eleva. Pelo contrário. Pelo contrário. E já nem falo da nossa qualidade enquanto seres humanos.
Há quem ainda não tenha percebido isto.
As consequências da implementação desta "coisa", no terreno da minha Escola, estão a ganhar contornos intoleráveis.
Mas em nome de quê, em nome de quem, tenho eu de aturar reuniões estapafúrdias, e altamente perturbadoras, ao fim de um dia inteirinho de trabalho árduo e feliz com os meus alunos?
Por quanto tempo conseguirei manter a minha sanidade mental perante atitudes reveladoras de completa falta de bom senso, de equilíbrio, de respeito para com os outros?
Que nos candidatemos ao modelo de avaliação mais complex, que nos candidatemos ao Muito Bom e ao Excelente, é uma conta. Que pensemos poder ser considerados excelentes à custa de uma táctica de terra queimada, diminuindo os que se encontram à nossa volta, é outra bem diferente.
A nossa qualidade enquanto profissionais, ou a falta dela, não depende dos outros, depende apenas de nós. Depende apenas de nós.
E não é disparando sobre os outros, espezinhando-os, diminuindo-os, calcando-os, passando por cima deles, que a nossa qualidade, enquanto docentes, se eleva. Pelo contrário. Pelo contrário. E já nem falo da nossa qualidade enquanto seres humanos.
Há quem ainda não tenha percebido isto.
Amarante de Ontem / Amarante de Hoje
S. Gonçalo - Amarante - Portugal
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
Amarante de Ontem / Amarante de Hoje
Missiva do meu pai para o Pedro Barros Pereira despoletada pelo post: http://dasmargensdorio.blogspot.com/2009/01/amarante-centro-historico-anos-30.html
Foi com grande satisfação que vi o seu post no blogue "Das Margens do Rio", pelo que lhe agradeço imenso ter-me feito lembrar passos vividos da minha infância, no Largo de Santa Clara e no Largo de S. Gonçalo.
No postal reconheço perfeitamente as traseiras da casa onde nasci, por trás da torre da Igreja de S. Gonçalo, que tinha uma janela e uma porta que abriam para uma varanda que corria ao longo da casa.
No Largo de S. Gonçalo, os carros, os "calças arregaçadas", três deles do meu pai e dos meus tios.
O café, que à época ocupava apenas duas portas, sendo que as três primeiras, a contar da esquerda para a direita, pertenciam à mercearia do Sr Cardoso, que se projectava para a Rua 5 de Outubro, ocupando as 5 portas até às escadas do Club Amarantino. A seguir ao café há mais três portas. A primeira pertencia a uma loja do meu pai e dos meus tios onde se vendia óleos para os carros. As duas últimas, à direita, eram da Dª Aninhas, mãe do Arturinho de Mancelos e das três irmãs.
Por trás da Igreja vê-se o antigo Caminho de Entre Muros que saía do Largo de Santa Clara e seguia em direcção à casa da Camilinha da Vinha, hoje Casa da Vinha, pertença do Nuno Baptista. O caminho seguia depois para o Sr Lima, irmão do Coronel Carvalho Lima e das meninas Lima e continuava até ao Penedo da Rainha, na margem direita do Tâmega, em frente às Veiguinhas, Madalena.
Tenho muito boas recordações de todos estes lugares, e não posso deixar passar em claro o Quiosque de S. Gonçalo, que foi destruído aquando do recente arranjo do Largo de S. Gonçalo.
Estive presente aquando da sua demolição. Uma máquina escavadora levantou o Quiosque intacto e foi com grande espanto que assisti à sua destruição, ali mesmo, sem que alguém da Câmara Municipal de Amarante estivesse presente para que se pudesse preservar esse ex-libris do Largo de S. Gonçalo. Jaz enterrado no mesmo local, depois de transformado em entulho.
Estou-lhe imensamente grato por me ter facultado a observação deste postal.
Estou-lhe imensamente grato por me ter facultado a observação deste postal.
O amigo ao dispor
José Queirós
Reflexões de Um Professor
Reflexões de Um Professor
Um texto especial, que eu amaria ter escrito.
Obrigada, Maria.
Chamo-me Afonso da Silveira, sou professor do ensino secundário, participei nas manifestações de professores em Lisboa contra o modelo de avaliação docente, fiz greve nos dias 3 de Dezembro de 2008 e 19 de Janeiro de 2009, subscrevi todas as moções repudiando aquilo que sempre considerei uma farsa em matéria de avaliação dos profissionais de ensino e hoje estou confrontado com um despacho do Presidente do Conselho Executivo da minha escola que diz que até dia 7 do próximo mês de Fevereiro tenho de entregar os objectivos individuais e decidir-me se quero ou não ser avaliado na componente científica e pedagógica.
Que fazer? É a pergunta que não pára de me martelar na cabeça. Será que devo requerer ser avaliado na componente científica e pedagógica? Que ganho eu com isso? A possibilidade de poder ter uma classificação profissional de "Muito Bom" ou "Excelente", diz o Ministério da Educação. Bem, isso dava-me jeito, ajudava-me a progredir mais rapidamente na carreira e o dinheiro faz sempre falta. Lá estou eu a divagar. Ter a possibilidade de obter essas classificações altas não é a mesma coisa que consegui-las. O sistema de quotas é que "lixa" isto tudo. Só um número muito reduzido de professores é que será contemplado com estas avaliações e na maioria dos casos isso terá pouco a ver com as suas competências.
Aliás, foi esta uma das razões porque lutei contra este sistema de avaliação. Será que terei alguma possibilidade de obter um "Muito Bom" ou um "Excelente"? Não me parece. Faltei um dia por conta das férias porque tive de acompanhar a minha mãe ao médico e não me atribuíram qualquer cargo, nem mesmo uma direcção de turma. Para além disto, tal como as coisas estão, o mais natural é tudo ser corrido a "Bom". Bem vistas as coisas, nada ganharei em requerer ser avaliado na componente científica e pedagógica. Mas se, apesar de tudo, o fizer, que perderei? Nem quero pensar nisso. Até me dá calafrios. Para começar perderei a minha dignidade. Então, andei eu a manifestar-me contra este modelo de avaliação e agora, justamente na componente em que o Ministério recua, é que eu apareço a dizer que quero que se aplique à minha pessoa? Como me poderei ver diariamente ao espelho sem sentir uma profunda vergonha por aquilo em que me transformei? Não, não há nada que compre este andar de cabeça erguida.
Está decidido. Não apresentarei qualquer requerimento no sentido de pedir para ser avaliado na componente científica e pedagógica. Ainda agora tomei a decisão e até parece que respiro melhor. Isto da gente fazer o que tem a fazer até parece que nos dá anos de vida.E quanto aos objectivos individuais, que fazer? Entregá-los? Se os entregar que ganharei? Dizem-me, a possibilidade de ter "Bom" na minha classificação profissional. E para que é que isso me servirá? No fundo, para nada. Com "Bom" nunca chegarei a titular, nem nunca serei, eventualmente, beneficiado em concursos futuros. Ter "Bom" é, assim, uma espécie de viver como habitualmente. E se não entregar os referidos objectivos, o que me poderá acontecer? O período a que se reporta esta avaliação não será considerado para efeitos na progressão na carreira docente, diz o Ministério. Nada de muito pesado. Quem já marcou passo tanto tempo no mesmo escalão, também pode fazê-lo por mais uns meses e há sempre a possibilidade desta trapalhada ficar sem efeito no futuro, nomeadamente no caso do PS não alcançar uma maioria absoluta nas próximas eleições legislativas, o que é mais do que previsível. Mas também me sujeito à possibilidade de ter um "Regular" ou mesmo, num caso extremo, um "Insuficiente".
Ora, isto não me agrada mesmo nada. Mas atenção! Está garantido que as classificações inferiores a "Bom", obtidas este ano, poderão ser corrigidas por uma avaliação extraordinária a realizar no próximo ano. Afinal, o problema do "Regular" e do "Insuficiente" pode ser sempre ultrapassado. E processo disciplinar? Será que poderei ser alvo duma coisa dessas? Processos poderão sempre aparecer, agora sanções disciplinares é que não. Que estarei eu a fazer de mal se não entregar os ditos objectivos? Estarei a impedir o "patrão" de me avaliar? Não, ele pode sempre fazê-lo e, inclusivamente, até pode definir os objectivos que eu não entreguei e, em função disso, avaliar-me. Afinal, para que eu possa ser avaliado não tenho que entregar quaisquer objectivos, com isso colaborando num processo em que de todo discordo.
Está decidido, também não entrego os objectivos individuais.Sete horas, toca o despertador, Acordo meio estremunhado, entro aos tropeções dentro da banheira e acordo em definitivo por força dum jacto de água fria. Faço a ligação mental ao dia anterior, a memória sinaliza a decisão tomada em matéria da minha avaliação profissional e um imenso sorriso aflora-me aos lábios. Visto-me à pressa, saio de casa, e em passadas rápidas chego à praça pública. Abro os braços e um enorme grito sai do fundo das minhas entranhas, LIBERDADE! Dois transeuntes olham e ficam a olhar embasbacados. Eles não sabem, mas eu sei e tu também sabes: Só um homem que recusa ser escravo pode ser um "Excelente" professor.
Constantino Piçarra
"Diário do Alentejo", 30/01/09
Um texto especial, que eu amaria ter escrito.
Obrigada, Maria.
Chamo-me Afonso da Silveira, sou professor do ensino secundário, participei nas manifestações de professores em Lisboa contra o modelo de avaliação docente, fiz greve nos dias 3 de Dezembro de 2008 e 19 de Janeiro de 2009, subscrevi todas as moções repudiando aquilo que sempre considerei uma farsa em matéria de avaliação dos profissionais de ensino e hoje estou confrontado com um despacho do Presidente do Conselho Executivo da minha escola que diz que até dia 7 do próximo mês de Fevereiro tenho de entregar os objectivos individuais e decidir-me se quero ou não ser avaliado na componente científica e pedagógica.
Que fazer? É a pergunta que não pára de me martelar na cabeça. Será que devo requerer ser avaliado na componente científica e pedagógica? Que ganho eu com isso? A possibilidade de poder ter uma classificação profissional de "Muito Bom" ou "Excelente", diz o Ministério da Educação. Bem, isso dava-me jeito, ajudava-me a progredir mais rapidamente na carreira e o dinheiro faz sempre falta. Lá estou eu a divagar. Ter a possibilidade de obter essas classificações altas não é a mesma coisa que consegui-las. O sistema de quotas é que "lixa" isto tudo. Só um número muito reduzido de professores é que será contemplado com estas avaliações e na maioria dos casos isso terá pouco a ver com as suas competências.
Aliás, foi esta uma das razões porque lutei contra este sistema de avaliação. Será que terei alguma possibilidade de obter um "Muito Bom" ou um "Excelente"? Não me parece. Faltei um dia por conta das férias porque tive de acompanhar a minha mãe ao médico e não me atribuíram qualquer cargo, nem mesmo uma direcção de turma. Para além disto, tal como as coisas estão, o mais natural é tudo ser corrido a "Bom". Bem vistas as coisas, nada ganharei em requerer ser avaliado na componente científica e pedagógica. Mas se, apesar de tudo, o fizer, que perderei? Nem quero pensar nisso. Até me dá calafrios. Para começar perderei a minha dignidade. Então, andei eu a manifestar-me contra este modelo de avaliação e agora, justamente na componente em que o Ministério recua, é que eu apareço a dizer que quero que se aplique à minha pessoa? Como me poderei ver diariamente ao espelho sem sentir uma profunda vergonha por aquilo em que me transformei? Não, não há nada que compre este andar de cabeça erguida.
Está decidido. Não apresentarei qualquer requerimento no sentido de pedir para ser avaliado na componente científica e pedagógica. Ainda agora tomei a decisão e até parece que respiro melhor. Isto da gente fazer o que tem a fazer até parece que nos dá anos de vida.E quanto aos objectivos individuais, que fazer? Entregá-los? Se os entregar que ganharei? Dizem-me, a possibilidade de ter "Bom" na minha classificação profissional. E para que é que isso me servirá? No fundo, para nada. Com "Bom" nunca chegarei a titular, nem nunca serei, eventualmente, beneficiado em concursos futuros. Ter "Bom" é, assim, uma espécie de viver como habitualmente. E se não entregar os referidos objectivos, o que me poderá acontecer? O período a que se reporta esta avaliação não será considerado para efeitos na progressão na carreira docente, diz o Ministério. Nada de muito pesado. Quem já marcou passo tanto tempo no mesmo escalão, também pode fazê-lo por mais uns meses e há sempre a possibilidade desta trapalhada ficar sem efeito no futuro, nomeadamente no caso do PS não alcançar uma maioria absoluta nas próximas eleições legislativas, o que é mais do que previsível. Mas também me sujeito à possibilidade de ter um "Regular" ou mesmo, num caso extremo, um "Insuficiente".
Ora, isto não me agrada mesmo nada. Mas atenção! Está garantido que as classificações inferiores a "Bom", obtidas este ano, poderão ser corrigidas por uma avaliação extraordinária a realizar no próximo ano. Afinal, o problema do "Regular" e do "Insuficiente" pode ser sempre ultrapassado. E processo disciplinar? Será que poderei ser alvo duma coisa dessas? Processos poderão sempre aparecer, agora sanções disciplinares é que não. Que estarei eu a fazer de mal se não entregar os ditos objectivos? Estarei a impedir o "patrão" de me avaliar? Não, ele pode sempre fazê-lo e, inclusivamente, até pode definir os objectivos que eu não entreguei e, em função disso, avaliar-me. Afinal, para que eu possa ser avaliado não tenho que entregar quaisquer objectivos, com isso colaborando num processo em que de todo discordo.
Está decidido, também não entrego os objectivos individuais.Sete horas, toca o despertador, Acordo meio estremunhado, entro aos tropeções dentro da banheira e acordo em definitivo por força dum jacto de água fria. Faço a ligação mental ao dia anterior, a memória sinaliza a decisão tomada em matéria da minha avaliação profissional e um imenso sorriso aflora-me aos lábios. Visto-me à pressa, saio de casa, e em passadas rápidas chego à praça pública. Abro os braços e um enorme grito sai do fundo das minhas entranhas, LIBERDADE! Dois transeuntes olham e ficam a olhar embasbacados. Eles não sabem, mas eu sei e tu também sabes: Só um homem que recusa ser escravo pode ser um "Excelente" professor.
Constantino Piçarra
"Diário do Alentejo", 30/01/09
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
Concursos
Concursos
Desculpem a letra em maiúsculas mas entre não publicar e publicar assim mesmo escolhi a segunda opção, já que a informação é importantíssima. Os destaques são meus.
Obrigada, Marta.
CONCURSOS 2009 - ED.INFÂNCIA/1º,2º e 3ºCICLOS/SEC/ENSINO ESPECIAL/PROFESSORES TITULARES
DEPOIS DE REUNIÃO NA DIRECÇÃO-GERAL DOS RECURSOS HUMANOS DA EDUCAÇÃO, ONTEM, DIA 27 DE JANEIRO, O SIPE INFORMA:
- O CONCURSO 2009 TERÁ INÍCIO LÁ PARA FINAIS DO MÊS DE FEVEREIRO;
- NOVIDADES: OS FINALISTAS, OU TODOS OS PROFESSORES QUE ESTEJAM ESTE ANO LECTIVO A FAZER PROFISSIONALIZAÇÃO, NÃO PODERÃO CONCORRER ESTE ANO;
- OS EDUCADORES DE INFÂNCIA E OS PROFESSORES DO 1º CICLO SÓ PODEM CONCORRER A CÓDIGOS DE AGRUPAMENTO, E NÃO DIRECTAMENTE AOS CÓDIGOS DOS JARDINS-DE-INFÂNCIA E ESCOLAS DO 1ºCICLO - NOVIDADE - É O CONSELHO EXECUTIVO/DIRECTOR QUE OS VAI COLOCAR DENTRO DO AGRUPAMENTO, MEDIANTE AS NECESSIDADES (QUEM JÁ ESTÁ EFECTIVO NUM JARDIM OU ESCOLA DO 1ºCICLO E QUE NÃO CONCORRA, ESSE NÃO SAIRÁ DO SEU LUGAR ACTUAL)- NÃO HÁ CRITÉRIOS DEFINIDOS PARA A COLOCAÇÃO PELO PRESIDENTE/DIRECTOR- ESTES FICAM AO SABOR DE QUEM DIRIGE OS AGRUPAMENTOS
- TODOS OS PROFESSORES EFECTIVOS (QE), SE QUISEREM, PODERÃO CONCORRER PARA MUDAR: QUEM NÃO QUISER CONCORRER, PASSA AUTOMATICAMENTE A QUADRO DE AGRUPAMENTO; PODEM COLOCAR 100 ESCOLAS E 50 CONCELHOS
- TODOS OS QUADROS DE ZONA PEDAGÓGICA (QZP'S) TÊM DE IR A CONCURSO: PODEM CONCORRER PARA 100 ESCOLAS / 50 CONCELHOS - TÊM, OBRIGATORIAMENTE, DE CONCORRER A TODAS AS ESCOLAS DO QZP EM QUE ESTÃO- MESMO QUE NÃO O FAÇAM, AUTOMATICAMENTE O SISTEMA INCORPORA TODAS AS ESCOLAS DESSE QZP E COLOCA-OS LÁ SEM A PREFERÊNCIA DO CANDIDATO - SE NO CONCURSO INTERNO (1ºFASE) NÃO FICAREM EM QUADRO DE AGRUPAMENTO, ENTÃO TERÃO DE CONCORRER NUMA 2º FASE AO SEU QZP E A MAIS UM OUTRO QZP -SE MESMO ASSIM NÃO FICAR EM QUADRO DE AGRUPAMENTO, FICA NUMA ESCOLA DO SEU QZP POR UM ANO, ENTRANDO NA BOLSA DE RECRUTAMENTO, SENDO QUE NO ANO SEGUINTE VOLTA A CONCORRER PARA ENTRAR PARA QUADRO DE AGRUPAMENTO.
- OS CONTRATADOS PODERÃO CONCORRER A ENTRADA NOS QUADROS DE AGRUPAMENTO (SEM NECESSIDADE DE EFECTUAR A PROVA DE INGRESSO) - SE NÃO ENTRAREM CONCORREM AO CONCURSO EXTERNO - NOVIDADE: A COLOCAÇÃO SERÁ FEITA APENAS COM O ENVIO PARA O EMAIL E SMS DO CANDIDATO COLOCADO, QUE TEM 48 HORAS PARA SE APRESENTAR. NÃO SAIRÃO LISTAS DE COLOCAÇÃO DAS CÍCLICAS,
- ENSINO ESPECIAL: TODOS OS EDUCADORES E PROFESSORES (MESMO OS REQUISITADOS, DESTACADOS, ETC.) TÊM DE IR A CONCURSO (EXCEPTUANDO AQUI TODOS OS QUE ESTÃO NOS QUADROS E NÃO PRETENDEM MUDAR). OU FICAM DEFINITIVAMENTE NOS QUADROS DE AGRUPAMENTO 910, 920 E 930, OU CONCORREM AO SEU GRUPO DE RECRUTAMENTO
NOVIDADE ENSINO ESPECIAL: AOS PROFESSORES COLOCADOS A PARTIR DE 2009 PODE SER DISTRIBUÍDO SERVIÇO NOUTRO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS OU ESCOLA NÃO AGRUPADA, SITUADA NO MESMO CONCELHO OU EM CONCELHO LIMÍTROFE (OU SEJA: PODE IR TRABALHAR EM 2 CONCELHOS DIFERENTES - O MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO (NA VOZ DO DIRECTOR-GERAL DOS REC. HUM. DA EDUCAÇÃO) DISSE QUE PAGARÁ AS DISTÂNCIAS PERCORRIDAS (EU, FILIPE ABREU, NÃO VI AINDA NADA LEGISLADO NESSE SENTIDO, POR ISSO...) - DIRECTOR-GERAL DISSE QUE ESTE GRUPO DE RECRUTAMENTO É MESMO ESPECIAL FACE AOS OUTROS, E TERÁ DE TER UMA OUTRA FLEXIBILIDADE.
- PROFESSORES TITULARES: CONCURSO É À PARTE (COMEÇA JÁ NA PRÓXIMA SEMANA - CONSULTAR http://www.dgrhe.min-edu.pt/) - ESTE PROCESSO DE TRANSFERÊNCIA DE PROFESSORES TITULARES É PARA SATISFAZER AS VAGAS A QUE O ME CHAMA DE 'VAGAS DESERTAS' (OU SEJA, VAGAS QUE NÃO FORAM DE ANTEMÃO CONSIDERADAS E QUE HÁ NECESSIDADE DE AS PREENCHER - NÃO SERÃO MUITAS, TALVEZ UMA 2000).
SAIRÁ UMA LISTA COM AS VAGAS DAS ESCOLAS - O CRITÉRIO DE DESEMPATE ENTRE OS PROFESSORES TITUALRES QUE CONCORREM PARA A MESMA ESCOLA É A PONTUAÇÃO OBTIDA NO CONCURSO DE 2007 (OS PROFESSORES TITULARES QUE CONCORRERAM EM 2008 VERÃO AS SUAS CLASSIFICAÇÕES ADAPTADAS, PELO ME, ÀS NORMAS DO CONCURSO DE 2007)
NOTA: Muitas destas medidas não foram negociadas com os sindicatos; foram agora apresentadas como algo quase definitivo, sem direito a negociação; muitas destas medidas são penalizadoras para os educadores e professores, pois põem o nosso futuro nas mãos do ME e no Presidente/Director. Como podem constatar, mais uma vez os educadores e professores foram enganados pelo ME! A luta tem de continuar! E vai continuar! Não se deixem enganar! Esta é mais uma afronta aos educadores e professores! E não esqueçamos que este concurso é para 4 (longos!) anos lectivos...
Desculpem a letra em maiúsculas mas entre não publicar e publicar assim mesmo escolhi a segunda opção, já que a informação é importantíssima. Os destaques são meus.
Obrigada, Marta.
CONCURSOS 2009 - ED.INFÂNCIA/1º,2º e 3ºCICLOS/SEC/ENSINO ESPECIAL/PROFESSORES TITULARES
DEPOIS DE REUNIÃO NA DIRECÇÃO-GERAL DOS RECURSOS HUMANOS DA EDUCAÇÃO, ONTEM, DIA 27 DE JANEIRO, O SIPE INFORMA:
- O CONCURSO 2009 TERÁ INÍCIO LÁ PARA FINAIS DO MÊS DE FEVEREIRO;
- NOVIDADES: OS FINALISTAS, OU TODOS OS PROFESSORES QUE ESTEJAM ESTE ANO LECTIVO A FAZER PROFISSIONALIZAÇÃO, NÃO PODERÃO CONCORRER ESTE ANO;
- OS EDUCADORES DE INFÂNCIA E OS PROFESSORES DO 1º CICLO SÓ PODEM CONCORRER A CÓDIGOS DE AGRUPAMENTO, E NÃO DIRECTAMENTE AOS CÓDIGOS DOS JARDINS-DE-INFÂNCIA E ESCOLAS DO 1ºCICLO - NOVIDADE - É O CONSELHO EXECUTIVO/DIRECTOR QUE OS VAI COLOCAR DENTRO DO AGRUPAMENTO, MEDIANTE AS NECESSIDADES (QUEM JÁ ESTÁ EFECTIVO NUM JARDIM OU ESCOLA DO 1ºCICLO E QUE NÃO CONCORRA, ESSE NÃO SAIRÁ DO SEU LUGAR ACTUAL)- NÃO HÁ CRITÉRIOS DEFINIDOS PARA A COLOCAÇÃO PELO PRESIDENTE/DIRECTOR- ESTES FICAM AO SABOR DE QUEM DIRIGE OS AGRUPAMENTOS
- TODOS OS PROFESSORES EFECTIVOS (QE), SE QUISEREM, PODERÃO CONCORRER PARA MUDAR: QUEM NÃO QUISER CONCORRER, PASSA AUTOMATICAMENTE A QUADRO DE AGRUPAMENTO; PODEM COLOCAR 100 ESCOLAS E 50 CONCELHOS
- TODOS OS QUADROS DE ZONA PEDAGÓGICA (QZP'S) TÊM DE IR A CONCURSO: PODEM CONCORRER PARA 100 ESCOLAS / 50 CONCELHOS - TÊM, OBRIGATORIAMENTE, DE CONCORRER A TODAS AS ESCOLAS DO QZP EM QUE ESTÃO- MESMO QUE NÃO O FAÇAM, AUTOMATICAMENTE O SISTEMA INCORPORA TODAS AS ESCOLAS DESSE QZP E COLOCA-OS LÁ SEM A PREFERÊNCIA DO CANDIDATO - SE NO CONCURSO INTERNO (1ºFASE) NÃO FICAREM EM QUADRO DE AGRUPAMENTO, ENTÃO TERÃO DE CONCORRER NUMA 2º FASE AO SEU QZP E A MAIS UM OUTRO QZP -SE MESMO ASSIM NÃO FICAR EM QUADRO DE AGRUPAMENTO, FICA NUMA ESCOLA DO SEU QZP POR UM ANO, ENTRANDO NA BOLSA DE RECRUTAMENTO, SENDO QUE NO ANO SEGUINTE VOLTA A CONCORRER PARA ENTRAR PARA QUADRO DE AGRUPAMENTO.
- OS CONTRATADOS PODERÃO CONCORRER A ENTRADA NOS QUADROS DE AGRUPAMENTO (SEM NECESSIDADE DE EFECTUAR A PROVA DE INGRESSO) - SE NÃO ENTRAREM CONCORREM AO CONCURSO EXTERNO - NOVIDADE: A COLOCAÇÃO SERÁ FEITA APENAS COM O ENVIO PARA O EMAIL E SMS DO CANDIDATO COLOCADO, QUE TEM 48 HORAS PARA SE APRESENTAR. NÃO SAIRÃO LISTAS DE COLOCAÇÃO DAS CÍCLICAS,
- ENSINO ESPECIAL: TODOS OS EDUCADORES E PROFESSORES (MESMO OS REQUISITADOS, DESTACADOS, ETC.) TÊM DE IR A CONCURSO (EXCEPTUANDO AQUI TODOS OS QUE ESTÃO NOS QUADROS E NÃO PRETENDEM MUDAR). OU FICAM DEFINITIVAMENTE NOS QUADROS DE AGRUPAMENTO 910, 920 E 930, OU CONCORREM AO SEU GRUPO DE RECRUTAMENTO
NOVIDADE ENSINO ESPECIAL: AOS PROFESSORES COLOCADOS A PARTIR DE 2009 PODE SER DISTRIBUÍDO SERVIÇO NOUTRO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS OU ESCOLA NÃO AGRUPADA, SITUADA NO MESMO CONCELHO OU EM CONCELHO LIMÍTROFE (OU SEJA: PODE IR TRABALHAR EM 2 CONCELHOS DIFERENTES - O MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO (NA VOZ DO DIRECTOR-GERAL DOS REC. HUM. DA EDUCAÇÃO) DISSE QUE PAGARÁ AS DISTÂNCIAS PERCORRIDAS (EU, FILIPE ABREU, NÃO VI AINDA NADA LEGISLADO NESSE SENTIDO, POR ISSO...) - DIRECTOR-GERAL DISSE QUE ESTE GRUPO DE RECRUTAMENTO É MESMO ESPECIAL FACE AOS OUTROS, E TERÁ DE TER UMA OUTRA FLEXIBILIDADE.
- PROFESSORES TITULARES: CONCURSO É À PARTE (COMEÇA JÁ NA PRÓXIMA SEMANA - CONSULTAR http://www.dgrhe.min-edu.pt/) - ESTE PROCESSO DE TRANSFERÊNCIA DE PROFESSORES TITULARES É PARA SATISFAZER AS VAGAS A QUE O ME CHAMA DE 'VAGAS DESERTAS' (OU SEJA, VAGAS QUE NÃO FORAM DE ANTEMÃO CONSIDERADAS E QUE HÁ NECESSIDADE DE AS PREENCHER - NÃO SERÃO MUITAS, TALVEZ UMA 2000).
SAIRÁ UMA LISTA COM AS VAGAS DAS ESCOLAS - O CRITÉRIO DE DESEMPATE ENTRE OS PROFESSORES TITUALRES QUE CONCORREM PARA A MESMA ESCOLA É A PONTUAÇÃO OBTIDA NO CONCURSO DE 2007 (OS PROFESSORES TITULARES QUE CONCORRERAM EM 2008 VERÃO AS SUAS CLASSIFICAÇÕES ADAPTADAS, PELO ME, ÀS NORMAS DO CONCURSO DE 2007)
NOTA: Muitas destas medidas não foram negociadas com os sindicatos; foram agora apresentadas como algo quase definitivo, sem direito a negociação; muitas destas medidas são penalizadoras para os educadores e professores, pois põem o nosso futuro nas mãos do ME e no Presidente/Director. Como podem constatar, mais uma vez os educadores e professores foram enganados pelo ME! A luta tem de continuar! E vai continuar! Não se deixem enganar! Esta é mais uma afronta aos educadores e professores! E não esqueçamos que este concurso é para 4 (longos!) anos lectivos...
A Alegria da Partilha
A Alegria da Partilha
Desta vez não é um post sobre a dimensão da minha fúria. Desta vez não é a resposta àquela coisa mesquinha de saber em que sítio da página da ESA foi colocado o link para a minha página de recursos, se à esquerda, se à direita, se na página de abertura ou na página do meu departamento, como se isso fosse relevante ou valorizador da minha pessoa, ou até do meu trabalho.
Não, desta vez o meu post não tem nada a ver com coisas desse calibre ridículo.
Desta vez vou escrever um post inteiramente dedicado à alegria da partilha entre gente civilizada.
Ontem, quando pouco passava das 13 horas da tarde, entrou-me uma notificação de mensagem de um tal de Vitor Menas que me fez sorrir e comentar com o A, mesmo ao meu lado, "Deve ser um colega a pedir os códigos das apresentações."
Com efeito, desde que publiquei os recursos em PowerPoint na minha página web recebo, amiúde, pedidos de códigos, que eu não posso satisfazer devido às razões já expostas na própria página e neste mesmo blogue, muito embora com grande pena minha.
Ora o meu palpite revelar-se-ia completamente infundado e o conteúdo da mensagem do Vitor deixou-me deveras surpreendida e sensibilizada.
O Vitor revelar-se-ia, afinal, um encarregado de educação, que eu não conheço, e que entrou em contacto comigo para me agradecer esta partilha que eu defendo e, mais importante ainda, que eu pratico, para me agradecer pelo meu trabalho, aquele que eu desenvolvi e desenvolvo apenas porque sim.
Porque me sinto de algum modo pioneira, pelo menos no meio onde me movo, desta partilha que eu defendo com unhas e dentes, e que pratico apesar da catástrofe que se abateu sobre a Escola Pública Portuguesa, chamada de ADD, e que já despoletou os comportamentos mais abjectos, mais absurdos, de intriga e de queixas e de queixinhas que já foram aflorados, apenas aflorados, neste blogue, partilho esta troca de correspondência entre mim e o Vitor reafirmando que vale a pena partilhar. Apesar dos riscos inerentes à exposição, e os meus leitores mais antigos devem estar lembrados do ataque torpe de um canalha à minha pessoa, e ao meu trabalho, no ano de 2008, quero reafirmar, aqui e agora, que jamais me arrependi desta partilha iniciada no já longínquo ano de 2007.
E aproveito este post para desafiar outros a fazerem o mesmo. Editem os vossos materiais pedagógicos. Vamos mostrar à ministra e aos seus secretários de estado porque não pode tratar-nos de professorzecos. Este é o caminho correcto. Canalizemos as nossas energias para algo de positivo. E o algo de positivo é trabalho constante na Escola Pública, direccionado para os nossos alunos, trabalho constante em todos os lugares onde nos encontremos contra um ME invulgarmente incompetente.
Aqui deixo o mail recebido do Vitor, que publico com a sua autorização, aproveitando mais uma vez para lhe agradecer, agora publicamente, tão generosas palavras.
Cara professora, tenho um enorme prazer em utilizar o seu excelente trabalho como grande apoio ao meu educando, e agradeço-lhe em nome de um ensino com qualidade o facto de estar acessível a quem o procure. Só é pena que os burocratas nos gabinetes ignorem estas mais valias da educação e tentem valorizar o que não tem nem nunca terá valor.
Bem haja quem!
Cumprimentos
Vitor Menas
E agora a minha resposta... que diacho, acho que exagerei na escrita!
Vítor Menas
Foi com enorme prazer que li o seu e-mail e confesso-lhe que o seu cuidado, atenção e delicadeza revelados para comigo, deixaram-me até comovida, não só pelo conteúdo da missiva, mas também porque foi a primeira vez que um encarregado de educação, que eu presumo desconhecer, me agradeceu pelo trabalho por mim desenvolvido.
As apresentações em PowerPoint, que publiquei na minha página de recursos, são o resultado de um trabalho imenso e árduo, de anos, que jamais me será pago pelo Ministério da Educação e que eu considero saldado sempre que vejo os olhitos dos meus alunos a brilhar dentro da minha sala de aula. A partilha deste material resulta, em primeiro lugar, dos pedidos mais do que insistentes da parte deles para que eu lhes disponibilizasse este material, o que me fez meter pés ao caminho e aprender a fazer uma página web, coisa completamente desconhecida até então para mim. Poderia ter deixado o acesso reservado aos meus alunos, mas optei por partilhar com o mundo o meu trabalho. Tenho a firme convicção que partilhando experiências e trabalho "o mundo pula e avança" mais rapidamente e melhor. Defendo, afirmo e pratico.
Ironia das ironias, hoje, com a Avaliação do Desempenho a entrar como uma bomba de fragmentação escolas adentro provocando uma degradação, nunca por mim vista anteriormente, no entusiasmo, na alegria, na tranquilidade, na disponibilidade, no tempo necessário para se proceder a um trabalho destes, confesso-lhe que jamais conseguiria produzir o que produzi no passado. Papéis, papéis, papéis em quintuplicado, tudo fotocopiadinho e arquivadinho em pastinhas de Lúcifer, relatórios e mais relatórios, reuniões em cima de reuniões, justificações e mais justificações, tudo por escrito, tudo monitorizado... que aberração quando toda esta monitorização só nos serve para tolher os passos, só nos serve para impedir de caminhar.
Desculpe-me o desabafo Vítor, mas não pude deixar de o fazer, magoada que estou pelo tratamento dado a todos os professores, tratados como um bando de anormais, um bando de malandros, um bando de doidos e de incompetentes por estes políticos.
Voltando ao conteúdo do seu mail deixe-me dizer-lhe que fico muito feliz por ser útil ao seu educando. Espero poder contribuir para que ele desenvolva o gosto pelo conhecimento, neste caso histórico.
Deixe-me ainda confessar-lhe que, não estando completamente satisfeita com o trabalho já desenvolvido, estou a reformular as apresentações para o 7º ano de escolaridade.
E em tom de desabafo último, gostaria que o Ministério da Educação não me impedisse de prosseguir o meu trabalho.
Grata pelas suas generosas palavras e pela sua atenção.
Ao dispor
Anabela Magalhães
Faço-lhe ainda um pedido. Pela importância que dou à partilha que conscientemente faço arriscando críticas, mas também recebendo provas de carinho como esta, pela minha determinação em mudar mentalidades, mesmo entre os professores, muitos de nós com materiais de apoio espantosos fechados a sete chaves em plataformas Moodle promovidas pelo ME, deixa-me publicar o seu e-mail apelando de novo à partilha pública de recursos pedagógicos, sem portas fechadas?
Agradeço-lhe mais uma vez e aguardo a sua resposta
Anabela Magalhães
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
Pérola
Pérola
Este relatório é mais uma pérola portuguesa. Aliás toda a gente sabe que os projectos são aprovados nas câmaras com esta rapidez toda... ou não sabem e ficaram agora a saber?
Este relatório é mais uma pérola portuguesa. Aliás toda a gente sabe que os projectos são aprovados nas câmaras com esta rapidez toda... ou não sabem e ficaram agora a saber?
O Caso Freeport
O Caso Freeport
Autoridades inglesas consideram Sócrates suspeito e querem ver contas bancárias do primeiro-ministro
28.01.2009 - 19h22 PÚBLICO
As autoridades inglesas consideram o primeiro-ministro José Sócrates suspeito no caso Freeport, de acordo com a próxima edição da revista "Visão" que sairá para as bancas amanhã. Por seu lado, a revista "Sábado" afirma na edição que também será publicada amanhã que "os investigadores ingleses querem ver as contas bancárias do primeiro-ministro". A Procuradoria-Geral da República informou que amanhã será divulgado um comunicado sobre o caso.
Ainda de acordo com a "Sábado", "as autoridades portuguesas estão a investigar um email que terá sido enviado pela empresa Smith & Pedro [intermediária no processo de licenciamento do "outlet"] para um alegado domínio pessoal de Sócrates". Este pedido, avança a mesma revista, "consta da carta rogatória que chegou este mês à Procuradoria-Geral da República" e "implicaria a quebra do sigilo bancário relativo às contas do primeiro-ministro".
Na carta rogatória, enviada às autoridades portuguesas pelo Serious Fraud Office - a unidade da justiça inglesa que investiga crimes económicos mais complexos -, a polícia quer ainda saber se José Sócrates terá “solicitado, recebido ou facilitado” pagamentos no âmbito do licenciamento do "outlet", diz a "Visão". Ainda de acordo com na revista, “os investigadores também apontam o dedo a Manuel Pedro e Charles Smith”, consultores contratados pelo Freeport para ajudarem nos trâmites necessários ao licenciamento do processo, e a quatro responsáveis ingleses ligados à empresa promotora.
A “Visão” recorda ainda o DVD com uma conversa entre Charles Smith e um administrador do Freeport, em que o primeiro terá confessado o pagamento de luvas e referido o nome de José Sócrates, na altura ministro do Ambiente . A alegada prova terá sido dada a conhecer às autoridades portuguesas em Novembro, mas a procuradora Cândida Almeida terá dito que aquele material nunca poderia ser incluído num processo em Portugal. Charles Smith já desmentiu também o pagamento de quaisquer luvas.
No artigo é ainda referida uma carta enviada pelas autoridades portuguesas, em que pedem aos ingleses para dizerem se Júlio Monteiro, tio de Sócrates, Charles Smith ou Manuel Pedro (sócio da consultora) tinham contas bancárias em Inglaterra ou em “paraísos fiscais”. A resposta nunca chegou mas a insistência sobre Sócrates manteve-se o que, segundo a “Visão”, pode dever-se aos conflitos institucionais que ficaram depois do caso Maddie e ao convite a Robert Mugabe para estar presente na Cimeira UE/África, sabendo que isso implicaria a ausência no primeiro-ministro inglês,Perante as novas informações divulgadas hoje, o assessor de José Sócrates, Luís Bernardo, declarou ao PÚBLICO: “Remetemos qualquer questão sobre essas notícias para as declarações de hoje da procuradora Cândida Almeida e também para as declarações do próprio José Sócrates no hemiciclo da Assembleia da República e ainda para o comunicado anteriormente divulgado”.
José Sócrates nega assim, através da declaração do seu assessor qualquer actuação irregular em relação ao caso de aprovação da construção do complexo do Freeport em Alcochete, tal como tem feito desde o primeiro momento deste caso.Alterações à Zona de Protecção EspecialO caso Freeport tornou-se público em Fevereiro de 2005, quando uma notícia do jornal “O Independente”, a escassos dias das eleições legislativas, divulgou um documento da Polícia Judiciária (PJ) que mencionava José Sócrates, então líder da oposição, como um dos suspeitos, por ter sido um dos subscritores daquele decreto-lei quando era ministro do Ambiente. Posteriormente, a PJ e a Procuradoria-Geral da República (PGR) negaram qualquer envolvimento do então candidato a primeiro-ministro no caso Freeport. Em Setembro passado, o processo do Freeport passou do Tribunal do Montijo para o Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP).
Já este ano, a 10 e 17 de Janeiro, o Ministério Público emitiu comunicados a esclarecer que, até àquele momento, não havia indícios do envolvimento de qualquer ministro português, do actual governo ou de anteriores, em eventuais crimes de corrupção relacionados como o caso e, na semana passada, prometeu levar a investigação até ao fim.
O processo relativo ao espaço comercial do Freeport de Alcochete está relacionado com suspeitas de corrupção na alteração à Zona de Protecção Especial do Estuário do Tejo decidida três dias antes das eleições legislativas de 2002 através de um decreto-lei. Apesar disso, no fim-de-semana passado, o primeiro-ministro garantiu que participou em apenas uma reunião relacionada com o empreendimento Freeport, na Câmara Municipal de Alcochete, que teve como único objectivo "a apresentação das exigências ambientais que tinham levado ao chumbo do projecto".
Autoridades inglesas consideram Sócrates suspeito e querem ver contas bancárias do primeiro-ministro
28.01.2009 - 19h22 PÚBLICO
As autoridades inglesas consideram o primeiro-ministro José Sócrates suspeito no caso Freeport, de acordo com a próxima edição da revista "Visão" que sairá para as bancas amanhã. Por seu lado, a revista "Sábado" afirma na edição que também será publicada amanhã que "os investigadores ingleses querem ver as contas bancárias do primeiro-ministro". A Procuradoria-Geral da República informou que amanhã será divulgado um comunicado sobre o caso.
Ainda de acordo com a "Sábado", "as autoridades portuguesas estão a investigar um email que terá sido enviado pela empresa Smith & Pedro [intermediária no processo de licenciamento do "outlet"] para um alegado domínio pessoal de Sócrates". Este pedido, avança a mesma revista, "consta da carta rogatória que chegou este mês à Procuradoria-Geral da República" e "implicaria a quebra do sigilo bancário relativo às contas do primeiro-ministro".
Na carta rogatória, enviada às autoridades portuguesas pelo Serious Fraud Office - a unidade da justiça inglesa que investiga crimes económicos mais complexos -, a polícia quer ainda saber se José Sócrates terá “solicitado, recebido ou facilitado” pagamentos no âmbito do licenciamento do "outlet", diz a "Visão". Ainda de acordo com na revista, “os investigadores também apontam o dedo a Manuel Pedro e Charles Smith”, consultores contratados pelo Freeport para ajudarem nos trâmites necessários ao licenciamento do processo, e a quatro responsáveis ingleses ligados à empresa promotora.
A “Visão” recorda ainda o DVD com uma conversa entre Charles Smith e um administrador do Freeport, em que o primeiro terá confessado o pagamento de luvas e referido o nome de José Sócrates, na altura ministro do Ambiente . A alegada prova terá sido dada a conhecer às autoridades portuguesas em Novembro, mas a procuradora Cândida Almeida terá dito que aquele material nunca poderia ser incluído num processo em Portugal. Charles Smith já desmentiu também o pagamento de quaisquer luvas.
No artigo é ainda referida uma carta enviada pelas autoridades portuguesas, em que pedem aos ingleses para dizerem se Júlio Monteiro, tio de Sócrates, Charles Smith ou Manuel Pedro (sócio da consultora) tinham contas bancárias em Inglaterra ou em “paraísos fiscais”. A resposta nunca chegou mas a insistência sobre Sócrates manteve-se o que, segundo a “Visão”, pode dever-se aos conflitos institucionais que ficaram depois do caso Maddie e ao convite a Robert Mugabe para estar presente na Cimeira UE/África, sabendo que isso implicaria a ausência no primeiro-ministro inglês,Perante as novas informações divulgadas hoje, o assessor de José Sócrates, Luís Bernardo, declarou ao PÚBLICO: “Remetemos qualquer questão sobre essas notícias para as declarações de hoje da procuradora Cândida Almeida e também para as declarações do próprio José Sócrates no hemiciclo da Assembleia da República e ainda para o comunicado anteriormente divulgado”.
José Sócrates nega assim, através da declaração do seu assessor qualquer actuação irregular em relação ao caso de aprovação da construção do complexo do Freeport em Alcochete, tal como tem feito desde o primeiro momento deste caso.Alterações à Zona de Protecção EspecialO caso Freeport tornou-se público em Fevereiro de 2005, quando uma notícia do jornal “O Independente”, a escassos dias das eleições legislativas, divulgou um documento da Polícia Judiciária (PJ) que mencionava José Sócrates, então líder da oposição, como um dos suspeitos, por ter sido um dos subscritores daquele decreto-lei quando era ministro do Ambiente. Posteriormente, a PJ e a Procuradoria-Geral da República (PGR) negaram qualquer envolvimento do então candidato a primeiro-ministro no caso Freeport. Em Setembro passado, o processo do Freeport passou do Tribunal do Montijo para o Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP).
Já este ano, a 10 e 17 de Janeiro, o Ministério Público emitiu comunicados a esclarecer que, até àquele momento, não havia indícios do envolvimento de qualquer ministro português, do actual governo ou de anteriores, em eventuais crimes de corrupção relacionados como o caso e, na semana passada, prometeu levar a investigação até ao fim.
O processo relativo ao espaço comercial do Freeport de Alcochete está relacionado com suspeitas de corrupção na alteração à Zona de Protecção Especial do Estuário do Tejo decidida três dias antes das eleições legislativas de 2002 através de um decreto-lei. Apesar disso, no fim-de-semana passado, o primeiro-ministro garantiu que participou em apenas uma reunião relacionada com o empreendimento Freeport, na Câmara Municipal de Alcochete, que teve como único objectivo "a apresentação das exigências ambientais que tinham levado ao chumbo do projecto".
The Independent
The Independent
Portugal PM vows to defend honour over mall
By Elizabeth NashTuesday, 27 January 2009
Portugal's prime minister, Jose Socrates, is embroiled in an alleged corruption scandal over permission granted for a British development on protected land outside Lisbon.
Police searched the home of Mr Socrates's uncle this week in connection with the affair, which is said to have taken place when Mr Socrates was environment minister in a previous socialist government. Britain's Serious Fraud Office is said to be investigating the unexplained transfer of some 4m euros to bank accounts in Portugal at the time of the deal, press reports say.
Mr Socrates is alleged to have waived environmental restrictions in 2002, following intervention by his uncle and cousin, to grant the British company Freeport a licence to build the Alcochete mall or "village outlet", a gigantic emporium of designer shops south of the Portuguese capital.
The English royal family is reported to have a large stake in Freeport, which was taken over by the US conglomerate Carlyle in 2007.
Mr Socrates denies having misused his ministerial position to allow the shopping mall to go ahead, or having taken bribes from Freeport. In a rare television appearance at the weekend, he scorned the storm of media allegations, which was spearheaded by Lisbon weekly "Sol".
Nota- Thanks, Elsa C.
Portugal PM vows to defend honour over mall
By Elizabeth NashTuesday, 27 January 2009
Portugal's prime minister, Jose Socrates, is embroiled in an alleged corruption scandal over permission granted for a British development on protected land outside Lisbon.
Police searched the home of Mr Socrates's uncle this week in connection with the affair, which is said to have taken place when Mr Socrates was environment minister in a previous socialist government. Britain's Serious Fraud Office is said to be investigating the unexplained transfer of some 4m euros to bank accounts in Portugal at the time of the deal, press reports say.
Mr Socrates is alleged to have waived environmental restrictions in 2002, following intervention by his uncle and cousin, to grant the British company Freeport a licence to build the Alcochete mall or "village outlet", a gigantic emporium of designer shops south of the Portuguese capital.
The English royal family is reported to have a large stake in Freeport, which was taken over by the US conglomerate Carlyle in 2007.
Mr Socrates denies having misused his ministerial position to allow the shopping mall to go ahead, or having taken bribes from Freeport. In a rare television appearance at the weekend, he scorned the storm of media allegations, which was spearheaded by Lisbon weekly "Sol".
Nota- Thanks, Elsa C.
NIB E IBAN
NIB E IBAN
O Paulo Guinote, que edita o blogue Educação do meu Umbigo, já disponibilizou os números da conta para onde todos os professores que estão contra a palhaçada da legislação que nos afecta diariamente deverão transferir 10 euros para pagamento de honorários a Garcia Pereira.
Participa. Contribui. Alguém tem de pôr cobro a tamanha incompetência!
E agora que ninguém nos ouve... nunca pensei assistir a semelhante coisa no meu país, quanto mais participar nela!
Força Paulo Guinote e obrigada. É com orgulho que faço este post.
Chega de incompetência e de mentira!
NIB: 0018.0003.20167359020.29
IBAN: PT50.0018.0003.20167359020.29
O Paulo Guinote, que edita o blogue Educação do meu Umbigo, já disponibilizou os números da conta para onde todos os professores que estão contra a palhaçada da legislação que nos afecta diariamente deverão transferir 10 euros para pagamento de honorários a Garcia Pereira.
Participa. Contribui. Alguém tem de pôr cobro a tamanha incompetência!
E agora que ninguém nos ouve... nunca pensei assistir a semelhante coisa no meu país, quanto mais participar nela!
Força Paulo Guinote e obrigada. É com orgulho que faço este post.
Chega de incompetência e de mentira!
NIB: 0018.0003.20167359020.29
IBAN: PT50.0018.0003.20167359020.29
Fenprof
Fenprof
NOTA À COMUNICAÇÃO SOCIAL
CONCURSOS 2009: CONSEQUÊNCIAS MUITO NEGATIVAS
NO PLANO PROFISSIONAL E PESSOAL DOS PROFESSORES
E NO FUNCIONAMENTO DAS ESCOLAS
Realizou-se hoje uma reunião das organizações sindicais com a Direcção Geral dos Recursos Humanos de Educação, cujo responsável se apresentou como um mero divulgador das decisões finais relativas às alterações introduzidas na legislação de concursos e colocações.
Esta reunião, que supostamente culmina o processo negocial, fez-se:
— Sem o conhecimento do texto final do diploma legal. Este, entretanto, a acreditar na informação aí veiculada, foi já aprovado, há várias semanas, em Conselho de Ministros e, de acordo com o Director Geral dos Recursos Humanos, aguarda promulgação pelo Presidente da República;
— Com a divulgação de informações sobre matérias contidas no diploma, mas que não foram objecto de negociação nem do conhecimento prévio à sua aprovação em conselho de ministros (por ex: aos docentes de Educação Especial poder ser-lhes atribuídas actividades a realizar no seu agrupamento de origem e em outro/outros agrupamentos do concelho ou limítrofes).
Confirma-se, ainda, que o Ministério da Educação decidiu, apesar de se encontrar em negociação e ser alvo de enorme contestação nas escolas, manter as suas intenções de estabelecer uma ligação estreita entre o modelo de avaliação do desempenho em vigor e o modelo de concursos, para efeitos de graduação profissional.
Ou seja, perante a impossibilidade prática de aplicar tal medida nos concursos que se realizam no presente ano, o ME insiste em mantê-la, apesar de repudiada por toda a classe, em concursos futuros, isto é, já depois das próximas eleições legislativas. Tal só pode ser interpretado como um sintoma de falta de honestidade politica e de total desprezo pelo desenvolvimento do processo negocial em curso.
Os professores compreenderão o alcance deste “expediente” do ME e não deixarão de continuar a sua luta em torno da suspensão do modelo de avaliação do ME!
Por outro lado, um grupo profissional que vai sentir fortemente as medidas restritivas do governo, no acesso a vagas que lhes confiram maior estabilidade profissional, é o dos que se encontram, agora, a concluir os seus estágios profissionais para a docência e os professores com habilitação própria a concluir a sua profissionalização. Estes perderão o direito a se candidatarem ao concurso nacional (como até agora acontecia). Ou seja, estes jovens só terão oportunidade de colocação em regime de contratação directa pelas escolas, estando por isso sujeitos à falta de transparência que daí decorre.
Num quadro de grande contestação dos professores e educadores, designadamente em relação ao modelo de concursos que o governo pretende implementar, a FENPROF reafirma a sua oposição em relação aos seguintes aspectos:
• A conversão dos actuais quadros de escola (QE) para quadros de agrupamento (QA), com a consequente transferência automática dos docentes de quadro de escola para quadros de agrupamento;
• A obrigatoriedade de os docentes de quadro de zona pedagógica (QZP) serem opositores a um outro quadro de zona pedagógica ou passarem ao regime de mobilidade especial, na ausência de colocação no seu QZP;
• A avaliação do desempenho ser um factor a contemplar ao nível da graduação profissional;
• A prestação da prova de ingresso;
• A eliminação do contrato administrativo de provimento e a sua substituição pelo contrato de trabalho a termo resolutivo;
• A impossibilidade de os professores titulares concorrerem nestes concursos, designadamente para destacamento por condições específicas;
• A imposição do carácter plurianual das colocações, desta feita pelo período de quatro anos.
Finalmente o Director Geral informou que até ao final do mês decorrerá um procedimento de mobilidade dos professores titulares, impedidos de se candidatarem ao concurso nacional. Tal mobilidade far-se-á apenas para as vagas que ficaram desertas no primeiro concurso a professor titular, desde que validadas pelos órgãos de gestão das escolas. Significa, pois, a perpetuação de milhares de professores em lugares de quadro mas longe dos seus locais de residência, por força desta divisão artificial da carreira docente.
Confirma-se, também, a impossibilidade de introduzir, este ano, já para este concurso, a Prova de Ingresso. Situação que ocorre por força da justa luta que os docentes contratados têm desenvolvido e que a FENPROF tem organizado, a que não é alheia a forte intervenção desenvolvida junto da Assembleia da República e a sua denúncia pública. O Secretariado Nacional da FENPROF apresentou no ME uma proposta concreta que visa a eliminação do articulado do Estatuto da Carreira Docente que determina a existência desta prova, matéria, aliás, cuja negociação se iniciará amanhã.
NOTA À COMUNICAÇÃO SOCIAL
CONCURSOS 2009: CONSEQUÊNCIAS MUITO NEGATIVAS
NO PLANO PROFISSIONAL E PESSOAL DOS PROFESSORES
E NO FUNCIONAMENTO DAS ESCOLAS
Realizou-se hoje uma reunião das organizações sindicais com a Direcção Geral dos Recursos Humanos de Educação, cujo responsável se apresentou como um mero divulgador das decisões finais relativas às alterações introduzidas na legislação de concursos e colocações.
Esta reunião, que supostamente culmina o processo negocial, fez-se:
— Sem o conhecimento do texto final do diploma legal. Este, entretanto, a acreditar na informação aí veiculada, foi já aprovado, há várias semanas, em Conselho de Ministros e, de acordo com o Director Geral dos Recursos Humanos, aguarda promulgação pelo Presidente da República;
— Com a divulgação de informações sobre matérias contidas no diploma, mas que não foram objecto de negociação nem do conhecimento prévio à sua aprovação em conselho de ministros (por ex: aos docentes de Educação Especial poder ser-lhes atribuídas actividades a realizar no seu agrupamento de origem e em outro/outros agrupamentos do concelho ou limítrofes).
Confirma-se, ainda, que o Ministério da Educação decidiu, apesar de se encontrar em negociação e ser alvo de enorme contestação nas escolas, manter as suas intenções de estabelecer uma ligação estreita entre o modelo de avaliação do desempenho em vigor e o modelo de concursos, para efeitos de graduação profissional.
Ou seja, perante a impossibilidade prática de aplicar tal medida nos concursos que se realizam no presente ano, o ME insiste em mantê-la, apesar de repudiada por toda a classe, em concursos futuros, isto é, já depois das próximas eleições legislativas. Tal só pode ser interpretado como um sintoma de falta de honestidade politica e de total desprezo pelo desenvolvimento do processo negocial em curso.
Os professores compreenderão o alcance deste “expediente” do ME e não deixarão de continuar a sua luta em torno da suspensão do modelo de avaliação do ME!
Por outro lado, um grupo profissional que vai sentir fortemente as medidas restritivas do governo, no acesso a vagas que lhes confiram maior estabilidade profissional, é o dos que se encontram, agora, a concluir os seus estágios profissionais para a docência e os professores com habilitação própria a concluir a sua profissionalização. Estes perderão o direito a se candidatarem ao concurso nacional (como até agora acontecia). Ou seja, estes jovens só terão oportunidade de colocação em regime de contratação directa pelas escolas, estando por isso sujeitos à falta de transparência que daí decorre.
Num quadro de grande contestação dos professores e educadores, designadamente em relação ao modelo de concursos que o governo pretende implementar, a FENPROF reafirma a sua oposição em relação aos seguintes aspectos:
• A conversão dos actuais quadros de escola (QE) para quadros de agrupamento (QA), com a consequente transferência automática dos docentes de quadro de escola para quadros de agrupamento;
• A obrigatoriedade de os docentes de quadro de zona pedagógica (QZP) serem opositores a um outro quadro de zona pedagógica ou passarem ao regime de mobilidade especial, na ausência de colocação no seu QZP;
• A avaliação do desempenho ser um factor a contemplar ao nível da graduação profissional;
• A prestação da prova de ingresso;
• A eliminação do contrato administrativo de provimento e a sua substituição pelo contrato de trabalho a termo resolutivo;
• A impossibilidade de os professores titulares concorrerem nestes concursos, designadamente para destacamento por condições específicas;
• A imposição do carácter plurianual das colocações, desta feita pelo período de quatro anos.
Finalmente o Director Geral informou que até ao final do mês decorrerá um procedimento de mobilidade dos professores titulares, impedidos de se candidatarem ao concurso nacional. Tal mobilidade far-se-á apenas para as vagas que ficaram desertas no primeiro concurso a professor titular, desde que validadas pelos órgãos de gestão das escolas. Significa, pois, a perpetuação de milhares de professores em lugares de quadro mas longe dos seus locais de residência, por força desta divisão artificial da carreira docente.
Confirma-se, também, a impossibilidade de introduzir, este ano, já para este concurso, a Prova de Ingresso. Situação que ocorre por força da justa luta que os docentes contratados têm desenvolvido e que a FENPROF tem organizado, a que não é alheia a forte intervenção desenvolvida junto da Assembleia da República e a sua denúncia pública. O Secretariado Nacional da FENPROF apresentou no ME uma proposta concreta que visa a eliminação do articulado do Estatuto da Carreira Docente que determina a existência desta prova, matéria, aliás, cuja negociação se iniciará amanhã.
O Secretariado Nacional
Adivinha II
Adivinha II
Não deixes para amanhã o que podes fazer hoje.
Deixa a tua opinião, via Internet, sobre a actuação do governo.
Eu já deixei a minha. Adivinha qual foi.
Acede a http://www.novasfronteiras.pt/index.php e manifesta o teu descontentamento. Inverte a tendência já!
Replica.
Nota- Obrigada pela informação pertinente, Elsa D.
Não deixes para amanhã o que podes fazer hoje.
Deixa a tua opinião, via Internet, sobre a actuação do governo.
Eu já deixei a minha. Adivinha qual foi.
Acede a http://www.novasfronteiras.pt/index.php e manifesta o teu descontentamento. Inverte a tendência já!
Replica.
Nota- Obrigada pela informação pertinente, Elsa D.
Adivinha
Adivinha I
"No debate quinzenal desta semana, o PSD escolheu a economia como tema, mas Paulo Rangel aproveitou por referir o relatório sobre a Educação que o Governo apresentou esta semana.
«Isto não é um relatório da OCDE», acusou o líder parlamentar, dizendo que foi encomendado pelo Governo.
«Os senhores não suportam o sucesso do país», respondeu Sócrates."
In http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/
Adivinha:
Como se chama o país de Sócrates?
"No debate quinzenal desta semana, o PSD escolheu a economia como tema, mas Paulo Rangel aproveitou por referir o relatório sobre a Educação que o Governo apresentou esta semana.
«Isto não é um relatório da OCDE», acusou o líder parlamentar, dizendo que foi encomendado pelo Governo.
«Os senhores não suportam o sucesso do país», respondeu Sócrates."
In http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/
Adivinha:
Como se chama o país de Sócrates?
Namíbia
Namíbia
Hoje apresento um deserto que nunca tive o prazer de pisar e que, sem ter a dimensão avassaladora do Sahara, tem uma beleza rara e única que engloba paisagens de dunas gigantescas e árvores petrificadas.
Porque todos os desertos são diferentes e monotonia é palavra que não pode ser conjugada por estas paragens, partilho o link que nos transporta para paisagens calmas, reconfortantes, acolhedoras e belas, como só estes lugares sabem ter.
As notícias que nos chegam do mundo são de tal modo deprimentes e desanimadoras, com despedimentos de trabalhadores aos milhares e políticos nacionais e estrangeiros que continuam a comportar-se como se nada fosse, que realmente só nos resta reencontrar alguma da tranquilidade perdida nestas paragens, ainda que em visita virtual.
Deserto, aqui vou eu...
http://www.flickr.com/photos/87352324@N00/sets/72157600029503610/show/
Hoje apresento um deserto que nunca tive o prazer de pisar e que, sem ter a dimensão avassaladora do Sahara, tem uma beleza rara e única que engloba paisagens de dunas gigantescas e árvores petrificadas.
Porque todos os desertos são diferentes e monotonia é palavra que não pode ser conjugada por estas paragens, partilho o link que nos transporta para paisagens calmas, reconfortantes, acolhedoras e belas, como só estes lugares sabem ter.
As notícias que nos chegam do mundo são de tal modo deprimentes e desanimadoras, com despedimentos de trabalhadores aos milhares e políticos nacionais e estrangeiros que continuam a comportar-se como se nada fosse, que realmente só nos resta reencontrar alguma da tranquilidade perdida nestas paragens, ainda que em visita virtual.
Deserto, aqui vou eu...
http://www.flickr.com/photos/87352324@N00/sets/72157600029503610/show/
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
A Fêmea
A Fêmea dos Cabelos Cor de Fogo
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
A Fêmea
Estão a ver o que eu dizia????!!! Aqui está a prova provada de um comentário que jamais poderia ser escrito por um homem!
Ou poderia?
"Fui implacável com muitos carecas. Serei apodíctica relativamente às mulheres.
Gráfico 1 - A Mulher...
- Gosta de ir acompanhada ao W.C.?
a) Sim. Aproveita para conversar. Logo, não discrimina os lugares. Todos são propícios à cavaqueira.
b) Talvez. Depende da companhia...
c) Nunca. Quando se tratam das casas de banho da ESA!
- É maníaca pela "higiene sanitária"?
a) Eu sou. Não sei se as restantes subscrevem...
- Demora imenso tempo no W.C.?
a) Se forem públicos, evito-os...por precaução e receio de "revelações flutuantes".
Gráfico 2 - Preocupa-se com a indumentária?
a) Sim. As questões "estéticas" são importantes, pelo que se veste adequadamente em função do tempo, lugar, evento.
b) Nunca. São desleixadas. Há funcionárias da ESA mais apresentáveis do que algumas professoras.
Gráfico 3- Quando é correspondida cogita imediatamente em casamento e na (futura) prole?
a) Sim. A que se recusa morrer solteira.
b) Não. A que prefere os "rendez-vous" intermitentes porque sabe que são imprevisíveis e menos desgastantes.
c) Talvez.
Depende...
- Comete o pecado da gula (geladinho) e perde/ganha tempo com telefonemas como terapêutica do insucesso?
a) Algumas.
b) Nunca.
C.C.: come e conversa por prazer, apenas.
Conclui-se que:
Algumas mulheres são confusas; outras, labirinticamente complexas.
Há um erro na generalização abusiva: nunca contempla os casos particulares.
O padrão é sempre o que se observa com regularidade ou frequência.
Assumo: há mulheres e homens com os quais jamais me relacionarei. Incompatibilidades epidérmicas, culturais e de carácter. Portanto, recusarei os discursos sexistas. Mas que sou mais perfeita do que a maioria deles... não tenho dúvida!"
Elsa C.
Dia Atípico
Dia Atípico
Ontem, Monday, January 26, 2009, foi um dia perfeitamente atípico neste blogue.
O Ramiro Marques publicou um post no seu ProfAvaliação em que elogiou este Anabela Magalhães e sempre que o Ramiro faz tal coisa as entradas no meu bloguito disparam. De relembrar que o Ramiro Marques já classificou o meu blogue de viciante, algures pelo Verão passado, o que me deixou perfeitamente surpreendida, e me deixou o gráfico de entradas de visitantes apontadito para o céu, num sentido absolutamente crescente que posteriormente serenou.
Foi o que aconteceu ontem, com 700 entradas, em que bati todos os recordes de audiência, deixando muito lá atrás o máximo de 400 visitas diárias.
Aqui lhe deixo o meu obrigada. Não só pela referência elogiosa mas principalmente pelo facto de ser um indivíduo generoso, empenhado, corajoso, enérgico como muitos jovens não conseguem ser.
O Ramiro Marques já faz parte da História. Da nossa História.
E finalmente aqui deixo o link para o dito post, para quem for mais curioso.
http://www.profblog.org/2009/01/mais-um-blog-de-professores-que-vale_26.html
E para o post mais antigo de Junho, para quem for ainda mais curioso!
http://www.profblog.org/2008/06/os-blogs-que-eu-visito-diariamente.html
Ontem, Monday, January 26, 2009, foi um dia perfeitamente atípico neste blogue.
O Ramiro Marques publicou um post no seu ProfAvaliação em que elogiou este Anabela Magalhães e sempre que o Ramiro faz tal coisa as entradas no meu bloguito disparam. De relembrar que o Ramiro Marques já classificou o meu blogue de viciante, algures pelo Verão passado, o que me deixou perfeitamente surpreendida, e me deixou o gráfico de entradas de visitantes apontadito para o céu, num sentido absolutamente crescente que posteriormente serenou.
Foi o que aconteceu ontem, com 700 entradas, em que bati todos os recordes de audiência, deixando muito lá atrás o máximo de 400 visitas diárias.
Aqui lhe deixo o meu obrigada. Não só pela referência elogiosa mas principalmente pelo facto de ser um indivíduo generoso, empenhado, corajoso, enérgico como muitos jovens não conseguem ser.
O Ramiro Marques já faz parte da História. Da nossa História.
E finalmente aqui deixo o link para o dito post, para quem for mais curioso.
http://www.profblog.org/2009/01/mais-um-blog-de-professores-que-vale_26.html
E para o post mais antigo de Junho, para quem for ainda mais curioso!
http://www.profblog.org/2008/06/os-blogs-que-eu-visito-diariamente.html
A Fêmea
O mulherio é complicado.
Não adianta estar para aqui a dourar a pílula e a disfarçar esta evidência patente a todos os olhos femininos ou masculinos.
Ok, ok... bem sei que as mulheres não padecem todas no mesmo grau desta doença infecciosa que se instala em nós desde a mais tenra idade e que parece não ter antídoto. O que não altera a constatação - todas nós somos complicadas. Mais ou menos. A maior parte das vezes mais.
Daí até os publicitários aproveitarem esta evidência, para os muitos spots que surgem por esse mundo fora, foi um pulinho, bem pequenino!
Neste caso trata-se de uma campanha publicitária que ridiculariza o comportamento feminino, e vejam, vejam mulheres!, a forma como somos tratadas!
Hoje é dia de redenção da provocação aos homens que ontem deixei aqui no blogue, constatando que não houve unzinho que defendesse a honra da classe.
Vai daí hoje provoco o mulherio, no qual estou incluída, e aposto que vou levar troco!
É, o mulherio é complicado!
Mas, mas... Thank God I`m a Women!
Nota- É favor clicar sobre as fotografias para as gozar em todo o seu esplendor.
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
Campanha Eleitoral
Campanha Eleitoral
E porque a luta continua, e porque a campanha eleitoral já se iniciou na blogosfera, partilho este post que me foi enviado pelo João Vasconcelos, sempre atento às novidades e a quem aproveito para agradecer.
Repliquem.
A campanha eleitoral já começou!
1. Início da primeira fase da Campanha Anti-PS.
Divulguem por todo o País.
OBJECTIVO: dois milhões de não votantes PS!
Esta noite tracei a minha Planificação Anual para esta campanha anti-PS. Estes produtos são os resultados da minha primeira aula assistida em que tive um Excelente por ter cumprido na íntegra os objectivos traçados no meu Plano da Aula. Como resultado final de todo este trabalho burocrático: O PS que se cuide.
MUP - Movimento para a Mobilização e Unidade dos Professores
http://mobilizacaoeunidadedosprofessores.blogspot.com/
Descobrir a Careca
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães
Descobrir a Careca
As minhas idas às Manifes a Lisboa e ao Porto têm-me proporcionado fotografias improváveis de conseguir noutras circunstâncias, improváveis de conseguir em circunstâncias normais.
É verdade que eu de máquina fotográfica em punho sou um perigo e disparo sobre tudo o que mexe. E, já agora, sobre tudo o que não mexe também.
Daí esta outra visão sobre os professores da ESA, ou os professores da ESA como nunca os viu antes!
Daí este "descobrir a careca"!
Nota Final - Espero continuar viva amanhã por esta hora... estejam atentos ao bloguito...
E aqui deixo a promessa... amanhã será a vez de provocar o mulherio... sim, porque não pensem que se livram de mim com essa facilidade toda!
Quanto a vocês, Homens, um grande muuuuuuuuuuuaaaah para todos e obrigada por me acompanharem os dias, às vezes difíceis e complicados, na ESA.
Le Male
Le Male
Porque o prometido é devido, e eu prometi lá atrás nos comentários que os meus posts de hoje seriam dedicados aos machos que por aqui pululam no bloguito, o mais das vezes sem deixarem ponta de rasto, aqui deixo esta provocação, em forma de spot publicitário, de um provocador nato, que já postei inúmeras vezes neste blogue, Jean Paul Gaultier.
Com efeito o macho sofre duma crise de identidade mais que latente, e cada vez mais notória e impossível de disfarçar desde que as mulheres resolveram viver a sua vida sem estarem na sua dependência, e passaram a olhá-lo posicionando-se no mesmo patamar.
As mulheres começaram a usar calças e a fumar as suas cigarrilhas; as mulheres cortaram os seus longos cabelos e algumas atreveram-se mesmo a ir à tosquia, tosquiando os seus cabelos em cortes curtíssimos à moço; as mulheres invadiram-lhes os postos de trabalho entrando em competição directa com eles, disputando-lhes o emprego que antes era seu monopólio sagrado; as mulheres sentaram-se ao seu lado e passaram-lhes mesmo à frente nos bancos da escola, progredindo, invadindo lugares nas universidades, ocupando lugares nos centros de investigação mais avançados; as mulheres começaram a sair de casa sem a sua autorização, sem a sua protecção de machos; as mulheres conquistaram o mundo e até o Espaço...
Claro, sofrendo com esta investida das mulheres, os machos baralharam e alguns encontram-se mesmo perdidos sem saberem qual o papel que lhes é devido neste mundo.
Assim? Assado? Frito? Cozido? Estufado?
Por tudo isto aqui deixo esta provocação ao macho, ao male, que passar por este bloguito.
Quem é o primeiro a manifestar-se?
Ou será uma primeira?
Porque o prometido é devido, e eu prometi lá atrás nos comentários que os meus posts de hoje seriam dedicados aos machos que por aqui pululam no bloguito, o mais das vezes sem deixarem ponta de rasto, aqui deixo esta provocação, em forma de spot publicitário, de um provocador nato, que já postei inúmeras vezes neste blogue, Jean Paul Gaultier.
Com efeito o macho sofre duma crise de identidade mais que latente, e cada vez mais notória e impossível de disfarçar desde que as mulheres resolveram viver a sua vida sem estarem na sua dependência, e passaram a olhá-lo posicionando-se no mesmo patamar.
As mulheres começaram a usar calças e a fumar as suas cigarrilhas; as mulheres cortaram os seus longos cabelos e algumas atreveram-se mesmo a ir à tosquia, tosquiando os seus cabelos em cortes curtíssimos à moço; as mulheres invadiram-lhes os postos de trabalho entrando em competição directa com eles, disputando-lhes o emprego que antes era seu monopólio sagrado; as mulheres sentaram-se ao seu lado e passaram-lhes mesmo à frente nos bancos da escola, progredindo, invadindo lugares nas universidades, ocupando lugares nos centros de investigação mais avançados; as mulheres começaram a sair de casa sem a sua autorização, sem a sua protecção de machos; as mulheres conquistaram o mundo e até o Espaço...
Claro, sofrendo com esta investida das mulheres, os machos baralharam e alguns encontram-se mesmo perdidos sem saberem qual o papel que lhes é devido neste mundo.
Assim? Assado? Frito? Cozido? Estufado?
Por tudo isto aqui deixo esta provocação ao macho, ao male, que passar por este bloguito.
Quem é o primeiro a manifestar-se?
Ou será uma primeira?
domingo, 25 de janeiro de 2009
Le Cancre
Alunos - Museu Amadeo de Souza-Cardoso
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
Le Cancre
E porque hoje estamos numa de poesia, partilho esta preciosidade que a Elsa D deixou lá atrás nos comentários.
Ilustrei a poesia com uma fotografia propositadamente desfocada onde os alunos se misturam formando uma amálgama de gente indistinta, que para nós nunca o são. Para nós são o Manuel, o Ricardo, o Pedro, o Miguel, a Ana, a Rita, o Gil, o Gabriel, a Susana... todos diferentes, todos iguais. Todos a precisarem de nós. E nós a precisarmos deles.
E não posso deixar de acrescentar que ao ler este título e este conteúdo pensei imediatamente nos meus alunos dos CEFs... tantas e tantas vezes a dizerem-nos Não com a cabeça e com a palavra, e a dizerem-nos Sim com o coração.
Saibamos nós, professores, ser dignos de lá chegar.
“Le cancre”
Il dit non avec la tête
Il dit oui avec le coeur
Mais il dit oui à ce qu’il aime~
Il dit non au professeur.
Il est debout
On le questionne
Et tous les problèmes sont posés.
Soudain le fou rire le prend
Et il efface tous les chiffres et les mots,
Les dates et les noms,
Les phrases et les pièges.
Et malgré les menaces du maître,
Sous les huees des enfants prodiges
Avec des craies de toutes les couleurs
Sur le tableau noir du malheur
Il dessine le visage du bonheur.
Jacques Prévert
Não tenho Memória II
Auto-Retrato
Fotografia de Maria Eduarda
Não tenho Memória II
Alunos meus,
Eis uma imagem que vos mostro,
parecida e coisa e tal,
com a unidade igual,
referida no manual,
de um dia outro,
do qual já não tenho memória,
tão complexa foi a história!
Entenderam este ponto de vista?
Pois, ó coisa e tal, não desista,
fraca é minha, a estória.
Maria Eduarda
Não tenho memória
Não tenho Memória - Cinza e mais Cinza
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
Não tenho Memória I
O Estado da Nação:
A amnésia do P. M.
Não tenho memória...
de um dia ter sido P.M.
Admito que possa ter acontecido.
Não tenho memória
Do País
Do Futuro
Encontro-me num presente,
despido de memórias
(valores,
tradições
e afectos)
Admito que possa ter existido...
Mas confesso:
Um País?
Um outro para além de mim?
Não tenho memória
Não tenho memória
Não tenho memória.
Elsa C.
Seguro Versus Eugénio
Eugénio - Manif - 8 de Novembro de 2008
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
Seguro Versus Eugénio
As missivas continuam a ser trocadas entre este deputado da Nação, de nome Seguro, e este Professor de Filosofia, de nome Eugénio.
A cada dia que passa mais admiro o segundo.
E sim, é verdade, a vida pública destes políticos com p pequeno fala por eles. É por estas e por outras que os políticos exercem uma das profissões em que os portugueses mais confiam, não é assim?
Boa noite Senhor Professor
A política não é sã quando os representantes fazem, ou votam, o que nós queremos. A política é sã quando os representantes são honestos e honram os seus compromissos. E aqui, meu caro Senhor, a minha vida publica fala por mim.
Com os meus cumprimentos
António Seguro
Boa noite, Senhor Deputado António José Seguro
O Srº foi o único parlamentar da sua bancada que se dignou responder às minhas solicitações e às de muitos outros professores deste país, só por isso merecedor de todo o meu respeito. A minha consideração pelo Srº é ainda maior pela sua preocupação e envolvimento nos problemas das Escolas e em particular na Avaliação do Desempenho dos professores. O que não entendi nem entendo é como cumpre o seu dever votando contra a suspensão deste modelo em nome da sua responsabilidade política, honrando compromissos partidários. Há um dever pelo dever Srº Deputado, e os verdadeiros compromissos políticos são com os cidadãos, com as multidões de pessoas que fazem este país e que vivem os problemas reais e que sabem, mais do que os senhores, quais os melhores caminhos, quais as melhores acções. A política é um contrato social e a Educação e a Escola são problemas sociais sérios, questões de fundo, não redutíveis ao meu ou ao seu desejo, com um alcance nacional que ultrapassam as disputas e compromissos ideológico-partidários e os jogos de poder, e que só se resolverão com consensos e bons sensos. É esta a política sã de que lhe falava, mais, a política que não promove a ruptura ou a instabilidade das pessoas e das instituições. O Srº conhece os primeiros efeitos práticos da “aplicação” nas Escolas deste modelo de avaliação e do E.C.D.? O Srº já se apercebeu da deterioração das relações interpessoais ao nível profissional e o grande clima de instabilidade, até emocional, que se vive na Escola Pública Portuguesa? O Srº já sentiu a agitação latente nos alunos e nos pais/encarregados de educação?
Com os melhores cumprimentos
O professor da Escola Secundária de Amarante
Eugénio Mourão
sábado, 24 de janeiro de 2009
Ou Coisa Parecida e Tal
Ou Coisa Parecida e Tal
Confesso que gostei das expressões "... associação de não sei quê..", "... ou coisa parecida...", "... 4 milhões de contos, ou não sei quê, e tal..".
Confesso que também adorei aquela parte em que o tio de Sócrates se refere ao Ministério do Ambiente como "o ministério do não sei quê".
Ou coisa parecida e tal.
Confesso que gostei das expressões "... associação de não sei quê..", "... ou coisa parecida...", "... 4 milhões de contos, ou não sei quê, e tal..".
Confesso que também adorei aquela parte em que o tio de Sócrates se refere ao Ministério do Ambiente como "o ministério do não sei quê".
Ou coisa parecida e tal.
Manif
Manif
Está a decorrer agorinha mesmo em Lisboa.
Estou em Amarante, mas o meu pensamento está em protesto, lá longe pela capital.
Já fiz saber ao meu sindicato que a próxima manif convocada para Lisboa terá de se realizar durante a semana e não mais ao sábado. Chega de paninhos quentes. Endurecer a luta é preciso!
Acho, sinceramente, que esta luta se tem feito com demasiados paninhos quentes e está na hora de endurecer procedimentos. Parece que só assim os nossos governantes ouvem os protestos!
O Caso
O Caso
Gostei particularmente do "... não tenho memória..." e do "... não registei isso na minha memória..."
Sem comentários. Sem comentários.
Entrevista num País Anedótico
Entrevista num País Anedótico
"Júlio Eduardo Coelho Monteiro, empresário, contou ao SOL como pôs o representante da Freeport em contacto com o sobrinho, José Sócrates. E responde às suspeitas sobre as suas offshores
Na investigação das autoridades inglesas sobre o ‘caso Freeport’, o senhor aparece ligado a uma empresa consultora do outlet, a Smith & Pedro, como intermediário para obter o licenciamento para o projecto...
Completamente falso. Eu conheci o Charles Smith através da sua mulher, que era administradora de um condomínio na Quinta do Lago onde comprei um apartamento em 1992. Esse senhor, mais tarde, estava ligado ao Freeport – e um dia queixou-se-me de que um gabinete de advogados estava a pedir-lhe quatro milhões de contos para obter o licenciamento.
E teve alguma intervenção nisso?
Eu disse-lhe: ‘Eh pá, não acredito que isso seja possível. Vou falar com o meu sobrinho’.
E falou?
Falei e ele disse: ‘Tio, isso é uma mentira pegada, porque eu é que trato desses assuntos. Mande vir esse fulano falar comigo’.
Foi o que fez?
Disse ao Charles para ligar para o Ministério do Ambiente e dizer que ia da parte do ministro José Sócrates.
E o assunto foi resolvido?
Nunca mais soube de nada… Depois até fiquei chateado, porque usou o meu nome e nem obrigado me disse. Nunca soube mais nada sobre o assunto.
Mas os ingleses dizem…
Peço desculpa de a interromper, mas não me interessa o que os ingleses dizem. Só eu é que sei, porque fui eu quem falou directamente com o meu sobrinho. E ele ficou completamente indignado, porque nessas questões era ele quem mandava. Se falar com o Charles, pergunte-lhe o que ele disse e o que lá foi fazer. Estou altamente arrependido de ter proporcionado isto…
Mas as autoridades têm indícios de que a Smith & Pedro terá obtido o licenciamento através…
Só quem não me conhece.
… através da sua influência junto do ministro do Ambiente.
Isso é mentira e vou pô-los em tribunal!
Mas o senhor é ‘suspeito’, o que não é o mesmo que ser ‘culpado’…
Eu sou suspeito, mas até agora não sabia de nada!
Suspeita-se que lhe terão sido pagas comissões, que foram para duas offshores…
Duas offshores em meu nome?
Sim. A Glenstal Trading Limited, constituída em Gibraltar pelo BCP e com conta numa sucursal no Funchal, mas que também tem conta no BPN, aberta em Cayman; e outra offshore também criada pelo BCP mas num estado americano, com conta em Cayman.
Realmente isso existe. Quer dizer, existiu. Mas não teve movimento nenhum, nem conseguem provar. É uma pura mentira que eu tenha recebido… Até fiquei muito chateado por o Smith nem me agradecer – e isto era altamente confidencial. Mas como vieram a saber das minhas offshores?
Continue a ler esta entrevista na edição impressa disponível nas bancas espalhadas por todo o país"
Leia mais no Sol clicando em http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/
"Júlio Eduardo Coelho Monteiro, empresário, contou ao SOL como pôs o representante da Freeport em contacto com o sobrinho, José Sócrates. E responde às suspeitas sobre as suas offshores
Na investigação das autoridades inglesas sobre o ‘caso Freeport’, o senhor aparece ligado a uma empresa consultora do outlet, a Smith & Pedro, como intermediário para obter o licenciamento para o projecto...
Completamente falso. Eu conheci o Charles Smith através da sua mulher, que era administradora de um condomínio na Quinta do Lago onde comprei um apartamento em 1992. Esse senhor, mais tarde, estava ligado ao Freeport – e um dia queixou-se-me de que um gabinete de advogados estava a pedir-lhe quatro milhões de contos para obter o licenciamento.
E teve alguma intervenção nisso?
Eu disse-lhe: ‘Eh pá, não acredito que isso seja possível. Vou falar com o meu sobrinho’.
E falou?
Falei e ele disse: ‘Tio, isso é uma mentira pegada, porque eu é que trato desses assuntos. Mande vir esse fulano falar comigo’.
Foi o que fez?
Disse ao Charles para ligar para o Ministério do Ambiente e dizer que ia da parte do ministro José Sócrates.
E o assunto foi resolvido?
Nunca mais soube de nada… Depois até fiquei chateado, porque usou o meu nome e nem obrigado me disse. Nunca soube mais nada sobre o assunto.
Mas os ingleses dizem…
Peço desculpa de a interromper, mas não me interessa o que os ingleses dizem. Só eu é que sei, porque fui eu quem falou directamente com o meu sobrinho. E ele ficou completamente indignado, porque nessas questões era ele quem mandava. Se falar com o Charles, pergunte-lhe o que ele disse e o que lá foi fazer. Estou altamente arrependido de ter proporcionado isto…
Mas as autoridades têm indícios de que a Smith & Pedro terá obtido o licenciamento através…
Só quem não me conhece.
… através da sua influência junto do ministro do Ambiente.
Isso é mentira e vou pô-los em tribunal!
Mas o senhor é ‘suspeito’, o que não é o mesmo que ser ‘culpado’…
Eu sou suspeito, mas até agora não sabia de nada!
Suspeita-se que lhe terão sido pagas comissões, que foram para duas offshores…
Duas offshores em meu nome?
Sim. A Glenstal Trading Limited, constituída em Gibraltar pelo BCP e com conta numa sucursal no Funchal, mas que também tem conta no BPN, aberta em Cayman; e outra offshore também criada pelo BCP mas num estado americano, com conta em Cayman.
Realmente isso existe. Quer dizer, existiu. Mas não teve movimento nenhum, nem conseguem provar. É uma pura mentira que eu tenha recebido… Até fiquei muito chateado por o Smith nem me agradecer – e isto era altamente confidencial. Mas como vieram a saber das minhas offshores?
Continue a ler esta entrevista na edição impressa disponível nas bancas espalhadas por todo o país"
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