Barros Basto
Novas de Barros Basto. Mais um amarantino de relevo...
quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
Estereótipos - Toda a Gente Sabe
Estereótipos - Toda a Gente Sabe
Eeheheh... eu gosto muito deles...
Agradecida, Cláudia Montenegro!
Eeheheh... eu gosto muito deles...
Agradecida, Cláudia Montenegro!
Dona Arminda
Bolo de Aniversário Confeccionado pelos Alunos dos CEF
Fotografia de Dona Susana
Nunca lhe dediquei um post, muito embora ela me tenha acompanhado e continue a acompanhar muitos anos profissionais pois eu já trabalhei na EB, já saí, já voltei a entrar, já voltei a sair e já voltei a entrar... nesta labuta de contratada quase até aos 40 anos, e depois integrando o quadro de zona quase até aos 50 anos... que o ministério sempre fez questão de me manter ágil e irrequieta, a mim e a mais uns quantos muiiiiitos neste país.
Pois a Dona Arminda, Armindinha para os mais íntimos, é a nossa funcionária do bar, aquela que nos atura as pancas feitas de pedidos estranhos - Dona Arminda, café cheio! - Dona Arminda, café curto! - Dona Arminda, café normal! - Dona Arminda, meia de leite escura! - Dona Arminda, meia de leite branco... eheheh... - Dona Arminda, não sei o que me apetece hoje...e a Dona Arminda lá nos satisfaz os pedidos com mais ou menos dificuldade que ela às vezes também se baralha toda e deixa-nos a gargalhar ao balcão.
Pois a Dona Arminda faz hoje anos e por isso não me admirei do seu ar fresco e jovial, mantidos anos a fio... pois se a Armindinha faz anos só de quatro em quatro anos... eheheh...
Os alunos do meu CEF de Pastelaria/Panificação brindaram-na com esta delícia de bolo que me acompanhou o café depois de almoço e a meia de leite branca ao lanche... e a Dona Arminda teve ainda direito a cantoria de parabéns afinados pelas vozes femininas que se juntaram e que mais pareciam... sei lá... umas aves a trinar uma maravilhosa melodia... eheheh...
Muitos parabéns, Dona Arminda! Aproveite bem. Agora só daqui a quatro anos.
A "Boa Vida" ou a "Vida Boa"
"Anabela no seu escritório" - S. Gonçalo - Amarante
Fotografia de Miguel Matias de Magalhães
Não sei que fama granjeei dentro do meu círculo de cunhados mais novos que me deviam respeitar e até mesmo venerar porque eu sou a mais velha e a mais sabedora... eheheh... para me terem baptizado com o cognome de "Boa Vida" ou "Vida Boa". E é assim que, durante todos estes anos que já vão longos, o caçula conheci-o era ele um bebé, chegada ao pé deles, normalmente risonha e muito bem disposta, sou recebida com um "Olha a Boa Vida! entre risadinhas de puro gozo porque eles estão mesmo convencidos que eu não faço nenhum, que eu não mexo uma palha, que eu não faço um caracol, por mais que eu lhes comprove, por A+B, que nada me caiu do céu, que eu não tenho secretárias de duas pernas e que eu trabalho muito sim senhora! Mas não adianta, para eles serei sempre a "Boa Vida" ou a "Vida Boa", talvez em consequência deste meu ar risonho e bem disposto que deus me deu, a esta gargalhada que me sai fácil e cheia, e a este aspecto de "turista"... eheheh... assim fui baptizada em tempos que já lá vão por um colega na Escola Secundária do Marco de Canaveses que, olhando fixamente para mim, me atirou um "Anabela, sabes que tu tens mesmo aspecto de turista?" Eheheh... e não é que eu e o turismo até casamos mui bien, isso é certo, e estou até farta de dizer que, sendo formiga, não deixo de ser cigarra e vai daí misturo tudo, trabalho e lazer, lazer e trabalho, que comigo tudo se confunde e um não vive sem o outro.
Vem isto a propósito desta fotografia, que um dos meus cunhados me surripiou em pleno Café-Bar em dia de cortejo de Carnaval e que agora publicou no seu mural no facebook, legendando-a assim nestes termos inacreditáveis "Anabela no seu escritório" provocando as risadinhas dos meus cunhados e cunhadas... bem sei... que sim, dizem eles, eu tenho escritório montado no Café-Bar há décadas, é bem verdade sim senhor e isso tem tudo a ver com as brincadeirinhas com que eles me brindam para além do cognome.
E pronto, a vida é também feita disto, de imagens de cigarras/formigas sendo que neste caso a formiga é que também é cigarra... o que faz toda a diferença!
Nota - Porra! Tenho 50 anitos, ando cansada com`ó catano... mas olho para a minha fotografia captada pela lente do meu cunhado Miguel... e não é que tenho mesmo um arzinho de Boa Vida ou de Vida Boa?
Família, família, é favor espreitarem aqui mesmo no lado direito deste blogue uma secção intitulada "Os sítios mesmo meus"... só para que conste... tudo feitinho aqui pela Je! Blogues, apresentações em PowerPoint, páginas web, aulinhas todas dadas cumpridas de fio a pavio, prospecções arqueológicas, Reencontros com a História...
Ok! Rendo-me! Jamais conseguirei convencê-los do meu cansaço...
terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
A Maria Adelaide e as Turmas dos CEF
Viagem Interior e Mimos - EB 2/3 de Amarante - S. Gonçalo
A Maria Adelaide e as Turmas dos CEF
A "aula" foi agendada entre a minha pessoa e a Maria Adelaide aquando da sua última deslocação à Escola a pedido do professor Gabriel Vilas Boas, a quem agradeço a possibilidade do copianço da ideia. Fascinada com a sua intervenção junto dos miúdos de uma das turmas do 8º ano da EB 2/3, solicitei-lhe, de imediato, uma intervenção junto dos alunos da minha direcção de turma e, já agora Adelaide, estendida aos alunos da outra turma de CEF a quem lecciono Cidadania e Mundo Actual que o saber nunca ocupou lugar e estas tuas aulas só lhes poderão fazer bem, nunca mal!
Confesso que ainda não desisti dos meus alunos. Confesso que ainda não desisti de os tentar ajudar e de contribuir, na medida do possível, para que eles façam escolhas adequadas, para que eles cresçam interiormente para os ver, em breve, assim o espero!, transformados em rapazes e raparigas respeitadores e responsáveis, assíduos e pontuais... e felizes... Alguns já o são, é certo, alguns estão a fazer um esforço muito grande e isso nota-se!, outros... pois... pois... vai daí pedi ajuda à minha querida Adelaide pois nunca fica mal pedir ajuda a quem sabe mais do que nós e tem a vida preenchida de experiências extraordinariamente enriquecedoras, sobre as quais medita, pondera, conclui, invertendo rumos se necessário for.
A aula foi do agrado de todos e isso foi notório na atenção, nos silêncios e nas intervenções cumpridos nos tempos certos, no empenho e na participação que todos manifestaram ao longo de 90 minutos com direito a fatia de delicioso bolo de chocolate no final, que eles, carinhosamente, confeccionaram logo pela manhã - Obrigada, Abel! - para a professora que já foi de muitos um dia e da qual estes alunos guardam excelentes recordações acompanhadas de grandes saudades.
A "viagem" proporcionada pela Adelaide foi ao interior de cada um deles e as sementes estão lançadas. Agora espero que a "viagem/sementes" frutifiquem.
Como te poderei agradecer a ajuda, minha querida Maria Adelaide?
E sim, lá para o terceiro período voltaremos a encontrar-nos...
E esperarei sempre que eles entrem em estágio no próximo ano, que o cumpram com êxito e que deixem uma excelente recordação pelos sítios onde estagiaram elevando a imagem da EB 2/3 de Amarante.
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães
A "aula" foi agendada entre a minha pessoa e a Maria Adelaide aquando da sua última deslocação à Escola a pedido do professor Gabriel Vilas Boas, a quem agradeço a possibilidade do copianço da ideia. Fascinada com a sua intervenção junto dos miúdos de uma das turmas do 8º ano da EB 2/3, solicitei-lhe, de imediato, uma intervenção junto dos alunos da minha direcção de turma e, já agora Adelaide, estendida aos alunos da outra turma de CEF a quem lecciono Cidadania e Mundo Actual que o saber nunca ocupou lugar e estas tuas aulas só lhes poderão fazer bem, nunca mal!
Confesso que ainda não desisti dos meus alunos. Confesso que ainda não desisti de os tentar ajudar e de contribuir, na medida do possível, para que eles façam escolhas adequadas, para que eles cresçam interiormente para os ver, em breve, assim o espero!, transformados em rapazes e raparigas respeitadores e responsáveis, assíduos e pontuais... e felizes... Alguns já o são, é certo, alguns estão a fazer um esforço muito grande e isso nota-se!, outros... pois... pois... vai daí pedi ajuda à minha querida Adelaide pois nunca fica mal pedir ajuda a quem sabe mais do que nós e tem a vida preenchida de experiências extraordinariamente enriquecedoras, sobre as quais medita, pondera, conclui, invertendo rumos se necessário for.
A aula foi do agrado de todos e isso foi notório na atenção, nos silêncios e nas intervenções cumpridos nos tempos certos, no empenho e na participação que todos manifestaram ao longo de 90 minutos com direito a fatia de delicioso bolo de chocolate no final, que eles, carinhosamente, confeccionaram logo pela manhã - Obrigada, Abel! - para a professora que já foi de muitos um dia e da qual estes alunos guardam excelentes recordações acompanhadas de grandes saudades.
A "viagem" proporcionada pela Adelaide foi ao interior de cada um deles e as sementes estão lançadas. Agora espero que a "viagem/sementes" frutifiquem.
Como te poderei agradecer a ajuda, minha querida Maria Adelaide?
E sim, lá para o terceiro período voltaremos a encontrar-nos...
E esperarei sempre que eles entrem em estágio no próximo ano, que o cumpram com êxito e que deixem uma excelente recordação pelos sítios onde estagiaram elevando a imagem da EB 2/3 de Amarante.
Angela Merkel - Última Moda Alemã
Angela Merkel - Última Moda Alemã
Banho de cerveja... eheheh... lamentável para a cerveja...
Banho de cerveja... eheheh... lamentável para a cerveja...
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
Abraço na Vida, Paulo Ambrósio!
Abraço na Vida, Paulo Ambrósio!
Hoje dou-lhe a palavra de forma bem diferente e sentida.
Sossega-me sabê-lo um lutador. Desejo-te melhoras consolidadas.
Xi-coração apertadinho, Paulo Ambrósio!
1 comentários:
- Paulo Ambrósio disse...
- Informação aos colegas e justificação de “ausência” Agradecimento Público (H.F.F. e I.P.O.) No dia 16 de Janeiro do corrente ano, fui confrontado, em curtas horas, com um quadro clínico triplamente complexo (pneumonia, anemia aguda e leucemia aguda galopante) – em que 95 em cada 100 dos pacientes, estatisticamente, não sobrevivem às 48 horas seguintes à sua eclosão. Deste facto fui informado logo no primeiro local onde procurei ajuda primária, o Hospital Fernando Fonseca e a ele reagi calma mas simultaneamente com a força tranquila de o tentar inverter… Fui assistido, e objecto de pelo menos 17 actos clínicos de relevo – entre os quais 6 transfusões de sangue, 7 de plaquetas e colheita de medula – e diagnosticado de forma tão exemplar e como célere. Ainda neste final de dia 16 fui transferido velozmente de ambulância para o IPO e, neste segundo local, sem nunca ter perdido a consciência do que estava a passar, fui literalmente “levantado do chão” na Unidade de Cuidados Intensivos e tratado com desvelo até à data, por uma comunidade impressionante, do ponto de vista técnico e humano (motoristas, maqueiros, auxiliares, enfermeiros, técnicos laboratoriais, clínicos e directores de serviço), da qual já tinha “ouvido falar bem”, mas só agora comprovaria na “primeira pessoa”. Nesta luta “privada” já venci as duas primeiras e decisivas etapas (a inversão da fatalidade estatística e a reversão dos valores biológicos letais. Outras se seguirão. Ainda com visitas condicionadas, só familiares e mesmo estas doseadas, tenho Alta hospitalar prevista para meados de Fevereiro. “Prevista”, porque cada dia é uma batalha. Desde a adolescência que sempre vivi a vida da única forma que sei: apaixonadamente, em função do meu semelhante e de uma sociedade mais justa e fraterna, e por vezes sem limites. Hoje, igual a mim próprio, sinto-me a viver a nova vida – que de facto estou – com toda a paleta selvagem de cores, perfumes, sons.. e afectos. PS: por fim, um sentido agradecimento, sem funções, graus académicos ou apelidos às três Mulheres que contribuiram para que continuasse aqui convosco: Ana, Filipa e Marília. E um beijinho à Joana e boa sorte para o nosso “estudo de caso”!
- IPO, 31/01/2012
- Abraço na vida e na luta, Paulo Ambrósio
É Caso Para Ficar Preocupada?
A Minha Espace no Grande Sahara - Marrocos
Fotografia de Artur Matias de Magalhães
O que é que faz esta menina, eu, deslocar-se às bombas para meter gasóleo à outra menina, a minha carrinha voadora, e, em vez dele, introduzir-lhe gasolina?
Pois, não foi boa ideia... a diacha fumegava fumo branco que era um escândalo e engasgava-se toda tudinha como eu jamais a vi engasgada em todos os anos da sua já longa vida...
É certo que esta minha carrinha já levou coça velha... mas tanto... também não havia necessidade!
Esta baralhação deixou-me a pensar... não sei se deva ficar preocupada...
Vila do Conde - Palestra "Resistência a Antibióticos: do fundo do mar ao topo do mundo"
Vila do Conde - Palestra "Resistência a Antibióticos: do fundo do mar ao topo do mundo"
Ex.mos Srs.,
No âmbito da exposição patente no Centro de Monitorização e Interpretação Ambiental de Vila do Conde "Mentes Geniais – Descobertas Extraordinárias", vai realizar-se no próximo dia 1 de março, a palestra "Resistência a Antibióticos: do fundo do mar ao topo do mundo", a cargo da Prof.ª Doutora Sandra Quinteira, doutorada em Microbiologia e investigadora no CIBIO. Exerce as funções de Professor Coordenador no Instituto Politécnico de Saúde do Norte e de Prof. Auxiliar Convidado do Departamento de Biologia da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto.
A palestra tem início às 21h e decorre no auditório do Centro de Monitorização e Interpretação Ambiental de Vila do Conde – Av. Marquês Sá da Bandeira, 320 - Vila do Conde.
O acesso à palestra é livre.
Para informação mais detalhada, consultar documento em anexo, ou através de:
Tel. 252 637 002 | E-mail: cmiaviladconde@gmail.com
Nota - Aqui deixo a informação para quem se interessar pelo tema. A entrada é livre.
Cristas - Uma Mulher de Fé
Cristas - Uma Mulher de Fé
Será sempre uma mulher de fé, afirma Cristas. Sorte a dela? Azar o nosso? É que, nos entretantos, por aqui e por ali e por acolá também há incêndios vários todos os dias e incêndios para todos os gostos.
Nunca vi um Inverno assim...
Será sempre uma mulher de fé, afirma Cristas. Sorte a dela? Azar o nosso? É que, nos entretantos, por aqui e por ali e por acolá também há incêndios vários todos os dias e incêndios para todos os gostos.
Nunca vi um Inverno assim...
Novas da FENPROF
Car@ sóci@ do SPN,
Pela importância de que se revestem para a profissão docente, vimos desta forma dar-te a conhecer três importantes documentos recentemente divulgados.
Ø Decreto-Lei n.º 41/2012, de 21 de Fevereiro, que procede à 11.ª alteração do Estatuto da Carreira Docente (ECD);
Ø Decreto Regulamentar n.º 26/2012, de 21 de Fevereiro, que regulamenta o sistema de avaliação do desempenho do pessoal docente da educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário e revoga o Decreto Regulamentar n.º 2/2010, de 23 de Junho;
Ø Proposta de decreto-lei de nova regulamentação dos concursos nacionais e por contratação de escola, que visa revogar o Decreto-Lei n.º 20/2006, o Decreto-Lei n.º 35/2007 e o Decreto-Lei n.º 51/2009.
Os dois primeiros são diplomas legais que aguardavam publicação há vários meses e reflectem o resultado de uma negociação que já se realizara em Agosto de 2011, a qual terminara sem que a FENPROF assinasse o acordo proposto pelo MEC, que teve o aval de outras organizações sindicais.
Quanto à proposta de alteração da regulamentação dos concursos, apelamos a que os sócios possam colaborar connosco, através do envio de comentários e sugestões, a remeter para o e-mail geral@spn.pt, para que os possamos ter em conta durante o processo negocial a realizar, e que se inicia já na próxima 2.ª feira, dia 27 de Fevereiro.
Saudações sindicais!
‘A Direcção
José Manuel Costa
Reencontro Com a História
Kibla e Mihrab - Mesquita de Córdova - Córdova
Fotografia de Cláudia Montenegro
Já falei inúmeras vezes neste blogue desta actividade que, ao tempo em que eu leccionava na Escola Secundária de Amarante, integrava o Plano Anual de Actividades do grupo de História daquela escola e que desde que abri este Anabela Magalhães tem etiqueta própria e pode ser consultada em Reencontro com a História. Saída da ESA e vinda para a EB 2/3 de Amarante esta é uma das actividades que continuo a cumprir religiosamente, desde que tal me seja possível, e é mesmo uma das actividades mais produtivas para a minha actividade lectiva pois o que faço durante os normalmente três dias em que estou rodeada pelos meus pares profs de História são autênticos safaris fotográficos pelo país ou por terras de nuestros hermanos.
Por norma cumprimos o calendário da actividade entre finais de Julho e Agosto... mas ir se para Toledo em Agosto é realmente um toledo e para Zamora idem aspas aspas, arrancar para Granada e Córdova em pleno Verão seria certamente de loucos, e de esborrachar qualquer cristão, e vai daí partiremos na interrupção lectiva da Páscoa, com calma, na minha carrinha voadora tão, mas tão! familiarizada com terras do Sul.
A distância é considerável, cerca de mil quilómetros, e este Reencontro terá a duração de quatro dias que serão cheios e que me permitirão voltar a Granada, onde não vou há 27 anos, e conhecer, finalmente!, Córdova, ainda a tempo de chegar e reciclar e posteriormente usar a minha apresentação em PowerPoint onde abordo estas matérias das mil e uma noites... eheheh... fascinantes, pelo menos para mim, de tempos de Reino de Granada, civilizado e evoluído até dizer chega, de um tempo em que os árabes davam ainda cartas pela Península Ibérica...
Por hoje cumprimos a primeira reunião em café aqui do burgo e a planificação mental será grelhada nos próximos dias, em grelhado xpto próprio, pelo felizardo que entretanto se reformou e que igualmente fará a acta da dita... porque não é impunemente que esta gente vai para a reforma... é necessário atribuir-lhes afazeres, para eles não esquecerem como elas mordem... eheheh... atribuir-lhes, por exemplo, estas actividades gostosas que qualquer professor no activo ama fazer...
domingo, 26 de fevereiro de 2012
A Palavra a Paulo Guinote
A Palavra a Paulo Guinote
Quem Tem Capacidade/Legitimidade (E Como) Para Definir Ou Avaliar Um “Mestre”?
Posted by Paulo Guinote under Avaliação, Docentes, Ideias
[44] Comments
Quem Tem Capacidade/Legitimidade (E Como) Para Definir Ou Avaliar Um “Mestre”?
Posted by Paulo Guinote under Avaliação, Docentes, Ideias
[44] Comments
Sendo que por mestre se entende aquele professor que marca – no sentido positivo – a maioria dos seus alunos, determinando o seu trajecto escolar e permanecendo de forma perene na sua memória?
Ou assunto foi um dos abordados na 6ª feira em tertúlia restrita, por entre muitas ideias e opiniões trocadas.
Será heresia mas acho que esse tipo de avaliação só é passível de ser feita, anos depois, quiçá muitos anos depois, pelos seus alunos, depois de atingirem a maturidade e a experiência para estabelecerem paralelismos, comparações e assim fazerem o seu escrutínio retrospectivo.
Há por vezes casos de maior imediatismo, mas a verdade é que um aluno do 1º ou mesmo do 2º CEB ainda não tem a bagagem suficiente para fazer tal avaliação.
E há ainda mais um ou dois aspectos incontornáveis que tornam muito complicado identificar e avaliar um professor deste tipo no curto prazo.
Desde logo, quem tem a capacidade – entre pares ou com base em hierarquias burocráticas – para avaliar quem ultrapassa o avaliador e o faz de forma quase quotidiana nas suas aulas, na relação pedagógica com os alunos?
Serão os pais e encarregados de educação com base em testemunhos indirectos ou achismos? Até pode ser que sim, mas dificilmente como regra.
E será um professor desse tipo, diferenciado pela sua atitude e métodos, enquadrável em grelhas e submisso às tais hierarquias definidas por decreto?
O que torna qualquer avaliação de desempenho para consumo rápido uma péssima ferramenta para a detecção daqueles que melhor trabalho fazem, mesmo se com menos habilidade para o vender em forma de relações públicas e papelada.
ADD - Esquema
Surripiado ao Ad Duo a quem agradeço a trabalheira...
É que apesar disto ser um vómito, este é o vómito seguinte com que nos teremos de amanhar.
Ah! E estamos a aproximar-nos da terminologia futebolística... a CADD passou a SADD e parece que
vamos ter "comissão de três árbitros"... eheheh... eheheh... já estou a dar pulinhos de contente!
Yupi!
Bamos ser abaliados! Agora é que vai for!
Nota - Se pretender ler a imagem que esquematiza o vómito, clique sobre ela.
Fernando Barros
Pinturas de Fernando Barros
Fotografias de Pedro Barros Pereira
Fernando Barros
A inauguração das exposições subordinadas aos temas "A minha aldeia" e "Guerra dos porcos", de Fernando Barros, ocorreu ontem pelas 16 horas, nas instalações da Biblioteca Municipal Albano Sardoeira local onde permanecerão patentes ao público até ao próximo dia 16 de Março.
A inauguração foi concorrida... o que é reconfortante para o artista que percorreu já um longo caminho desde que se iniciou na pintura.
Gostei francamente da exposição e aconselho todos os meus leitores a visitá-la e a apreciarem estas pinturas fortes, densas e cheias com os vossos próprios olhos.
Entretanto deixo-vos uma pequena amostra em fotografias da autoria de um dos irmãos do Fernando Barros- um auto-retrato do artista no seu atelier e uma outra onde paira sobre nós um Teixeira de Pascoaes difuso, vindo lá atrás do tempo, para além de um diabo, entre outros motivos, que nós por aqui continuamos endiabrados e entre muitos diachos...
Muito obrigada pela atenção, Pedro Barros Pereira!
Os Fantásticos Livros Voadores do Senhor Lessmore
Os Fantásticos Livros Voadores do Senhor Lessmore
"Uma animação profundamente sensível da vida que os livros ganham e carregam. Vida e leitura transitam juntos atravessando a existência daqueles que lidam com eles e os deixam pousar em si mesmos e que se encantam em lhes dar vida, seja pela leitura ou pela escrita."
In Youtube, com os meus agradecimentos ao António Costa pelo envio do link.
Lindo!
"Uma animação profundamente sensível da vida que os livros ganham e carregam. Vida e leitura transitam juntos atravessando a existência daqueles que lidam com eles e os deixam pousar em si mesmos e que se encantam em lhes dar vida, seja pela leitura ou pela escrita."
In Youtube, com os meus agradecimentos ao António Costa pelo envio do link.
Lindo!
sábado, 25 de fevereiro de 2012
A Palavra a Mia Couto
A Palavra a Mia Couto
Um Dia Isto Tinha Que Acontecer, por Mia Couto
Está à rasca a geração dos pais que educaram os seus meninos numa abastança caprichosa, protegendo-os de dificuldades e escondendo-lhes as agruras da vida.
Está à rasca a geração dos filhos que nunca foram ensinados a lidar com frustrações.
A ironia de tudo isto é que os jovens que agora se dizem (e também estão) à rasca são os que mais tiveram tudo. Nunca nenhuma geração foi, como esta, tão privilegiada na sua infância e na sua adolescência. E nunca a sociedade exigiu tão pouco aos seus jovens como lhes tem sido exigido nos últimos anos.
Deslumbradas com a melhoria significativa das condições de vida, a minha geração e as seguintes (actualmente entre os 30 e os 50 anos) vingaram-se das dificuldades em que foram criadas, no antes ou no pós 1974, e quiseram dar aos seus filhos o melhor.
Ansiosos por sublimar as suas próprias frustrações, os pais investiram nos seus descendentes: proporcionaram-lhes os estudos que fazem deles a geração mais qualificada de sempre (já lá vamos...), mas também lhes deram uma vida desafogada, mimos e mordomias, entradas nos locais de diversão, cartas de condução e 1.º automóvel, depósitos de combustível cheios, dinheiro no bolso para que nada lhes faltasse. Mesmo quando as expectativas de primeiro emprego saíram goradas, a família continuou presente, a garantir aos filhos cama, mesa e roupa lavada.
Durante anos, acreditaram estes pais e estas mães estar a fazer o melhor; o dinheiro ia chegando para comprar (quase) tudo, quantas vezes em substituição de princípios e de uma educação para a qual não havia tempo, já que ele era todo para o trabalho, garante do ordenado com que se compra (quase) tudo. E éramos (quase) todos felizes.
Depois, veio a crise, o aumento do custo de vida, o desemprego, ... A vaquinha emagreceu, feneceu, secou.
Foi então que os pais ficaram à rasca.
Os pais à rasca não vão a um concerto, mas os seus rebentos enchem Pavilhões Atlânticos e festivais de música e bares e discotecas onde não se entra à borla nem se consome fiado.
Os pais à rasca deixaram de ir ao restaurante, para poderem continuar a pagar restaurante aos filhos, num país onde uma festa de aniversário de adolescente que se preza é no restaurante e vedada a pais.
São pais que contam os cêntimos para pagar à rasca as contas da água e da luz e do resto, e que abdicam dos seus pequenos prazeres para que os filhos não prescindam da internet de banda larga a alta velocidade, nem dos qualquercoisaphones ou pads, sempre de última geração.
São estes pais mesmo à rasca, que já não aguentam, que começam a ter de dizer "não". É um "não" que nunca ensinaram os filhos a ouvir, e que por isso eles não suportam, nem compreendem, porque eles têm direitos, porque eles têm necessidades, porque eles têm expectativas, porque lhes disseram que eles são muito bons e eles querem, e querem, querem o que já ninguém lhes pode dar!
A sociedade colhe assim hoje os frutos do que semeou durante pelo menos duas décadas.
Eis agora uma geração de pais impotentes e frustrados.
Eis agora uma geração jovem altamente qualificada, que andou muito por escolas e universidades mas que estudou pouco e que aprendeu e sabe na proporção do que estudou. Uma geração que colecciona diplomas com que o país lhes alimenta o ego insuflado, mas que são uma ilusão, pois correspondem a pouco conhecimento teórico e a duvidosa capacidade operacional.
Eis uma geração que vai a toda a parte, mas que não sabe estar em sítio nenhum. Uma geração que tem acesso a informação sem que isso signifique que é informada; uma geração dotada de trôpegas competências de leitura e interpretação da realidade em que se insere.
Eis uma geração habituada a comunicar por abreviaturas e frustrada por não poder abreviar do mesmo modo o caminho para o sucesso. Uma geração que deseja saltar as etapas da ascensão social à mesma velocidade que queimou etapas de crescimento. Uma geração que distingue mal a diferença entre emprego e trabalho, ambicionando mais aquele do que este, num tempo em que nem um nem outro abundam.
Eis uma geração que, de repente, se apercebeu que não manda no mundo como mandou nos pais e que agora quer ditar regras à sociedade como as foi ditando à escola, alarvemente e sem maneiras.
Eis uma geração tão habituada ao muito e ao supérfluo que o pouco não lhe chega e o acessório se lhe tornou indispensável.
Eis uma geração consumista, insaciável e completamente desorientada.
Eis uma geração preparadinha para ser arrastada, para servir de montada a quem é exímio na arte de cavalgar demagogicamente sobre o desespero alheio.
Há talento e cultura e capacidade e competência e solidariedade e inteligência nesta geração?
Claro que há. Conheço uns bons e valentes punhados de exemplos!
Os jovens que detêm estas capacidades-características não encaixam no retrato colectivo, pouco se identificam com os seus contemporâneos, e nem são esses que se queixam assim (embora estejam à rasca, como todos nós).
Chego a ter a impressão de que, se alguns jovens mais inflamados pudessem, atirariam ao tapete os seus contemporâneos que trabalham bem, os que são empreendedores, os que conseguem bons resultados académicos, porque, que inveja! que chatice!, são betinhos, cromos que só estorvam os outros (como se viu no último Prós e Contras) e, oh, injustiça!, já estão a ser capazes de abarbatar bons ordenados e a subir na vida.
E nós, os mais velhos, estaremos em vias de ser caçados à entrada dos nossos locais de trabalho, para deixarmos livres os invejados lugares a que alguns acham ter direito e que pelos vistos - e a acreditar no que ultimamente ouvimos de algumas almas - ocupamos injusta, imerecida e indevidamente?!!!
Novos e velhos, todos estamos à rasca.
Apesar do tom desta minha prosa, o que eu tenho mesmo é pena destes jovens.
Tudo o que atrás escrevi serve apenas para demonstrar a minha firme convicção de que a culpa não é deles.
A culpa de tudo isto é nossa, que não soubemos formar nem educar, nem fazer melhor, mas é uma culpa que morre solteira, porque é de todos, e a sociedade não consegue, não quer, não pode assumi-la. Curiosamente, não é desta culpa maior que os jovens agora nos acusam.
Haverá mais triste prova do nosso falhanço?
Nota - Agradecida pelo envio deste texto, Lai do meu coração!
Nota - Agradecida pelo envio deste texto, Lai do meu coração!
Uma Mãe Tem de Ser Chata
Uma Mãe Tem de Ser Chata
Eu sou. E assumo-o sem problemas.
Nota - Obrigada pela partilha, Raul!
Para ler com conforto, clique sobre a imagem.
Susto
A Olhar Para a Madrugada - França
Fotografia de Artur Matias de Magalhães
Foi hoje de madrugada, ainda navegava pela net e eis que entro no meu blogue como tratadora e as imagens, todas sem excepção, estavam desaparecidas em combate, substituídas por um X a vermelho!
Mas o que é isto, mas o que é isto?! Entro como visitante e as imagens estão exactamente da forma como as descrevi... desaparecidas em combate... bolas, vou dormir sobre o assunto uma bela noite de sono profundo... acordei pela manhã aflita a sonhar que estava na escolinha e sabia que tinha reuniões e não sabia onde e ninguém me sabia informar e percorri a escolinha toda e não havia meio de encontrar as ditas e eu a saber que estava a faltar... ai que susto, acordei aflita... acabei por dar umas voltas na cama e voltei a adormecer.
Só reentrei agora e o peripaque de ontem está resolvido e tudo voltou a ser como dantes e hoje começa o fim-de-semana e porra! NÃO HÁ REUNIÕES Anabela Maria!
Vai-se a ver e foi tudo o mesmo pesadelo...
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012
Teixeira de Pascoaes e o Café-Bar
Chávena de Teixeira de Pascoaes - Café-Bar - Amarante
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
Teixeira de Pascoaes e o Café-Bar
Joaquim Pereira Teixeira de Vasconcelos, mais conhecido por Teixeira de Pascoaes, nasceu em Amarante, na freguesia de S. Gonçalo, em casa de família situada na rua Teixeira de Vasconcelos, a 2 de Novembro de 1877, dia curioso para nascer, que eu conheço bem, porque dia de Fiéis Defuntos ou Dia dos Mortos, o que faz dele um escorpião dos sete costados.
Depois de passagens por Coimbra, onde completou os estudos, e pelo Porto, voltou para a sua amada Amarante onde se fixou, pelos inícios da segunda década do século XX, na casa de família, o Solar de Pascoaes, que ainda hoje existe e pode ser visitado.
O Café-Bar abriu em meados da década de trinta e o Dr. Joaquim foi sempre, tanto quanto sei, uma das figuras ilustres que o frequentava quase diariamente.
O meu pai lembra-se bem dele, figura esguia e distinta, deslocando-se com uma pequena e fina bengala que ele próprio fabricou segundo a sua vontade, pertença hoje em dia do meu primo Luís, sentava-se à esquerda de quem entra no Café-Bar, que à época era de dimensões bem mais reduzidas do que na actualidade, ocupando a mesma mesa de sempre, a primeira mesa do canto, sentando-se exactamente na posição em que o Poeta está representado na estátua da alameda a que deu o nome. "Parece que o estou a ver!" diz-me o meu pai que com ele privou até 1952, data da sua morte aos 75 anos, tinha o meu pai 15 anos de idade. O café era-lhe normalmente servido pela minha tia Maria José, que, a dada altura, lhe comprou uma chávena por onde só ele bebericava o seu "precioso veneno", para usar as suas palavras.
À saída do colégio alguns estudantes passavam pelo café e ficavam a escutá-lo. O meu pai, filho de um dos donos do estabelecimento, era um deles e foi um dos felizardos que com ele privou, escutando e sorvendo as suas sábias palavras amarantinas.
Como o Dr. Joaquim não conduzia, normalmente era o meu tio Belchior ou o meu avô Rodrigo que o levavam, nos seus carros de praça, ao seu refúgio de Gatão, sobranceiro ao Tâmega, com vistas desafogadas para o seu tão cantado Marão.
Um dia destes, mais precisamente num sábado de Outubro para podermos ser muitos, organizei uma visita guiada a Pascoaes, aos aposentos do poeta. Fomos quase trinta que numa tarde ensolarada de sábado rumámos ao solar. O grupo era heterogéneo, alguns amarantinos que conheciam muito bem a casa de a frequentarem na infância e adolescência, outros que não a conheciam de todo, amarantinos e gente vinda do Porto que assim, à boleia, ficou a conhecer os aposentos que ainda se mantêm quase integralmente iguais ao que eram no tempo do Dr. Joaquim.
Numa parede, junto à janela no quarto do poeta, lá está ainda uma série de folhas de bloco pequeno com algumas contas dos serviços feitos a Pascoaes, escritas pela mão e com a letra, muito bela, do meu avô Rodrigo...
"Êste largo de S. Gonçalo é o centro da vila, o coração do próprio santo empedernido, mas sensível e aberto a todos os romeiros piedosos e a todos os turistes das camionetes, por mais heréticos ou apóstolos de Baco. Cabe tudo, dentro dêle, até o café do Belchior ou, antes da Maria Zé, a servir o precioso veneno... tão negro, e ela corada, loira, sorridente, em estilo da Renascença, uma perfeita Gioconda. Não será a Gioconda encarnada? E, por isso, fugiu do Louvre... para Amarante. Do que é capaz uma obra de arte! A si mesma se anima e liberta do mármore ou da tinta. Não é uma deusa aquela pomba? Não faz ela o milagre de viver?
... Tomei uma chávena do dito veneno precioso, enquanto o automóvel enchia o papo de gasolina, no meio de garotos, qual dêles o mais pitoresco e andrajoso. Como futuros portugueses, têm já, no rosto, não sei o quê de sebastianista. (...)"
In Duplo Passeio, Teixeira de Pascoaes, 1942
Síria - Pedido de Auxílio
Síria - Pedido de Auxílio
As minhas homenagens aos repórteres de guerra sem os quais o nosso conhecimento delas seria, quantas vezes!, silenciado.
Ontem perderam a vida mais dois. E há quem tenha ficado ferido e precise de auxílio urgente.
Divulgo este pedido, sóbrio e lúcido, esperando que a ajuda chegue a tempo. Já agora, que chegue também à população massacrada pelo animal.
As minhas homenagens aos repórteres de guerra sem os quais o nosso conhecimento delas seria, quantas vezes!, silenciado.
Ontem perderam a vida mais dois. E há quem tenha ficado ferido e precise de auxílio urgente.
Divulgo este pedido, sóbrio e lúcido, esperando que a ajuda chegue a tempo. Já agora, que chegue também à população massacrada pelo animal.
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
Zeca Afonso
Zeca Afonso
Passados 25 anos sobre a sua morte, as suas palavras nunca estiveram tão actuais.
Passados 25 anos sobre a sua morte, as suas palavras nunca estiveram tão actuais.
Reuniões Intercalares
Reuniões Intercalares
Na minha escola começaram hoje. O que fez com que entrasse ao serviço ao primeiro tempo da manhã, intervalasse para almoço depois de atacar portefólios em hora não lectiva, continuasse com aulas no turno da tarde e prosseguisse com três reuniões de rajada que me fizeram chegar agorinha mesmo a casa. E tenho sorte. Alguns ainda por lá ficaram reunidos, alguns têm ainda viagens longas até casa...
Na minha escola começaram hoje. O que fez com que entrasse ao serviço ao primeiro tempo da manhã, intervalasse para almoço depois de atacar portefólios em hora não lectiva, continuasse com aulas no turno da tarde e prosseguisse com três reuniões de rajada que me fizeram chegar agorinha mesmo a casa. E tenho sorte. Alguns ainda por lá ficaram reunidos, alguns têm ainda viagens longas até casa...
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
Prospecção Familiar
Bisavô Álvaro de Queiroz - Pintura de António Carneiro - 1893
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
Já aqui falei deste meu bisavô paterno, Álvaro de Queiroz de seu nome, e deste quadro a óleo existente na Casa de Pascoaes que para mim era, até hoje, completamente desconhecido. Depois de almoço desloquei-me ao Solar, em tarde soalheira e quente que convidava a passeios por terras de Gatão, muito embora ver e fotografar o meu bisavô Álvaro tenha sido o meu intuito não escondido... para assim possuir mais um pouco de uma história que também é minha.
Este retrato a óleo, datado de 1893, que agora partilho com os meus leitores, tem, sem sombra de dúvidas, a assinatura do grande pintor amarantino António Carneiro e reproduz o meu bisavô pelos 13 anos, em idade um pouco mais avançada que o anterior quadro aqui partilhado, cara mais velhita e espigadota, já com a sombra do bigode a despontar, bigode que o iria acompanhar para o resto da vida segundo me é dado observar nos retratos que dele conservo em idades mais tardias.
Quanto às circunstâncias que rodeiam esta pintura, desconheço-as por completo... sendo certo que o meu avô, pelos vistos, era possuidor de um rosto cobiçado pelos pintores que por aqui nasceram e por aqui circularam...
Cargos Intermédios
Cargos Intermédios
Que fique bem claro que eu abomino cargos, sejam eles intermédios ou por intermediar, e, talvez por isso mesmo tenha sido sempre muito crítica relativamente à proliferação deles nas estruturas do estado. As escolas, sendo organismos públicos, não escaparam a esta praga que corresponderá, por certo, a desejos de alguma gente com baixa auto-estima que se sente algo mais à custa dos seus artificiais galões, esquecendo que cada um de nós vale por aquilo que é e não pelos cargos que ocupa, sendo certo que outros há que os ocupam à força e deveras contrariados.
Assim eles proliferaram pelas escolas, câmaras, hospitais, repartições públicas... reproduzindo-se como coelhos, acalmando clientelas partidárias, subserviências várias e o mais que aqui nem digo.
E eis que chegou a Troika, aquela gaja musculada que nos dá cabo do juízo mas que, nalguns casos, nos obriga a ter algum juízo nestas cabeças de neurónios baralhados.
A eliminação de cargos intermédios em 2011, e a poupança daí decorrente de 50 milhões de euros, tem o meu aplauso. Mas atenção, o trabalho tem ainda pano para mangas...
Que fique bem claro que eu abomino cargos, sejam eles intermédios ou por intermediar, e, talvez por isso mesmo tenha sido sempre muito crítica relativamente à proliferação deles nas estruturas do estado. As escolas, sendo organismos públicos, não escaparam a esta praga que corresponderá, por certo, a desejos de alguma gente com baixa auto-estima que se sente algo mais à custa dos seus artificiais galões, esquecendo que cada um de nós vale por aquilo que é e não pelos cargos que ocupa, sendo certo que outros há que os ocupam à força e deveras contrariados.
Assim eles proliferaram pelas escolas, câmaras, hospitais, repartições públicas... reproduzindo-se como coelhos, acalmando clientelas partidárias, subserviências várias e o mais que aqui nem digo.
E eis que chegou a Troika, aquela gaja musculada que nos dá cabo do juízo mas que, nalguns casos, nos obriga a ter algum juízo nestas cabeças de neurónios baralhados.
A eliminação de cargos intermédios em 2011, e a poupança daí decorrente de 50 milhões de euros, tem o meu aplauso. Mas atenção, o trabalho tem ainda pano para mangas...
Novas dos Funcionários Públicos
Novas dos Funcionários Públicos
Sairam cerca de 20 mil durante o ano de 2011, a esmagadora maioria saídos para aposentação. Muitos professores. Estes dados não me espantam. Escorraçados, perseguidos, prejudicados, os funcionários públicos vão pregar para outras freguesias mais tranquilas.
Eu também iria e já... só para não ter que aturar doidos... e não, não estou a falar dos alunos.
Sairam cerca de 20 mil durante o ano de 2011, a esmagadora maioria saídos para aposentação. Muitos professores. Estes dados não me espantam. Escorraçados, perseguidos, prejudicados, os funcionários públicos vão pregar para outras freguesias mais tranquilas.
Eu também iria e já... só para não ter que aturar doidos... e não, não estou a falar dos alunos.
terça-feira, 21 de fevereiro de 2012
Avaliação
Avaliação
AVALIAÇÃO DE TRABALHADORES
Aqui fica o meu contributo para a análise do Decreto Regulamentar 26/2012, que foi publicado em dia tão auspicioso.
Luís Costa
Nota - Este post foi inteiramente surripiado ao Luís Costa a quem agradeço o vómito emoldurado.
Para quê perder mais tempo à conta de mais uma variante do vómito original parido por MLR?
Hoje Por Amarante
Auto-Retrato com Fundo de Japoneira - S. Gonçalo - Amarante
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães
Houve quem trabalhasse, é certo, mas a verdade é que, tirando a repartição de finanças e outras coisas do mesmo teor, a cidade parou. O comércio não abriu, excepção para as excepções costumeiras de confeitarias, bares, cafés... o que nos possibilitou uma conversinha tertulienta entre gargalhadas até às cinco horas da tarde, desfiando memórias e mais memórias boas de infância e adolescência, passadas lá atrás no tempo, em pleno século passado, num tempo em que o tempo escoava bem mais devagar.
Decreto-Lei n.º 41/2012 - Artigo 4º
Decreto-Lei n.º 41/2012 - Artigo 4º
Aqui o deixo, para quem interessar... e sem comentários...
4 — O ano escolar de 2011 -2012 destina -se à concepção e implementação dos instrumentos necessários à aplicação do novo modelo de avaliação do desempenho e à formação dos avaliadores internos e externos, não havendo lugar à observação de aulas.
Aqui o deixo, para quem interessar... e sem comentários...
Artigo 4.º
Disposição transitória
1 — Após a avaliação do desempenho obtida nos termos do modelo de avaliação do desempenho aprovado pelo presente diploma, no final do primeiro ciclo de avaliação, e observando o princípio de que nenhum docente é prejudicado em resultado das avaliações obtidas nos modelos de avaliação do desempenho precedentes, cada docente opta, para efeitos de progressão na carreira, pela classificação
mais favorável que obteve num dos três últimos ciclos avaliativos.2 — A classificação atribuída na observação de aulas de acordo com modelos de avaliação do desempenho docente anteriores à data de entrada em vigor do presente diploma pode ser recuperada pelos docentes integrados nos 2.º e 4.º escalões da carreira e para atribuição da menção de
Excelente, em qualquer escalão, no primeiro ciclo de avaliação, nos termos do regime de avaliação aprovado pelo presente diploma.
3 — Para efeitos do número anterior, considera-se a classificação obtida nos domínios correspondentes à observação de aulas na dimensão desenvolvimento do ensino e da aprendizagem.
4 — O ano escolar de 2011 -2012 destina -se à concepção e implementação dos instrumentos necessários à aplicação do novo modelo de avaliação do desempenho e à formação dos avaliadores internos e externos, não havendo lugar à observação de aulas.
5 — No decurso do ano escolar do ano de 2011 -2012, os docentes em regime de contrato de trabalho em funções públicas a termo resolutivo são avaliados através de um procedimento simplificado a adoptar pelo agrupamento de escolas ou escola não agrupada onde exercem funções ou com os quais celebram o último contrato a termo, considerando o disposto no n.º 1 do artigo 45.º
Nota - Esta transcrição não invalida que leiam o documento na íntegra. Para isso basta clicarem no link a vermelho.
Anedota Triste
Anedota Triste
"O presente diploma procede à alteração do Estatuto da Carreira dos Educadores de Infância e dos Professores dos Ensinos Básico e Secundário, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 139 -A/90, de 28 de Abril, alterado pelos Decretos -Lei n.ºs 105/97, de 29 de Abril, 1/98, de 2 de Janeiro, 35/2003,
de 27 de Fevereiro, 121/2005, de 26 de Julho, 229/2005, de 29 de Dezembro, 224/2006, de 13 de Novembro, 15/2007, de 19 de Janeiro, 35/2007, de 15 de Fevereiro, 270/2009, de 30 de Setembro, e 75/2010, de 23 de Junho, adiante abreviadamente designado por Estatuto da Carreira Docente."E agora pergunto eu que não tenho nada melhor para fazer do que divertir-me à conta deste decreto-lei carnavalesco - Qualquer pessoa que possua dois neurónios, vá lá um, e que leia este artigo 1º entende porque estamos como estamos, não é assim?
Anedota Triste
Anedota Triste
"O Estatuto da Carreira Docente tem sido, também, objecto de repetidas alterações, o que frequentemente, constitui uma fonte de problemas, de dificuldades de interpretação e até de leituras erróneas realizadas em virtude dos múltiplos diplomas legais que constituem o edifício normativo que o concretiza. Em consequência, e tendo em vista a necessidade de clarificação do seu conteúdo e interpretação, a presente alteração origina a necessidade de se proceder, nos termos legais, à sua republicação."
Pois, digo eu! De facto vamos de alteração em alteração... até à alteração final. Será?!!!
E só mais uma coisa... não faltará uma vírgula antes do frequentemente para que a frase faça sentido? Ou, em alternativa, não terão de retirar a vírgula depois do frequentemente?
Ah! Ok! Devem ser regras do novo acordo ortográfico...
Nota - Os sublinhados no decreto-lei são meus.
Nota - Os sublinhados no decreto-lei são meus.
Anedota Triste
Uma mentira mil vezes repetida torna-se verdade?
"A diferenciação na avaliação faz-se com recurso a cinco menções qualitativas (Insuficiente, Regular, Bom, Muito bom e Excelente). De modo análogo ao regime de avaliação do desempenho aplicável aos funcionários e agentes da Administração Pública, procede-se a uma contingentação das duas classificações superiores que conferem direito a uma bonificação no ritmo de progressão na carreira e a um prémio de desempenho."
Desde que começaram a escrever estas pérolas nos decretos lei, estou estagnada na carreira e Supremo gozo! a ganhar cada vez menos.
E se por uma vez escrevessesm aquilo que sabem que vão conseguir cumprir?
Eu agradecia! É que para palhaçadas já bastam as do Carnaval!
Não acham que está na hora de deixarem de gozar os Funcionários Públicos com diplomas irrealizáveis escritos a deitar areia para os olhos?
Nota - O sublinhado no decreto-lei é meu.
Nota - O sublinhado no decreto-lei é meu.
Diplomas Carnavalescos
Diabos de Amarante - S. Gonçalo - Amarante
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
Sobre ECD e ADD... publicados hoje.
Parece palhaçada... é?
As diabruras não têm fim...
Quem quer analisar o diploma carnavalesco publicado hoje mesmo sobre Avaliação do Desempenho Doente?
Façam isso... façam...
Quanto ao ECD, consulte-o no link que lhe deixei agorinha mesmo a vermelho.
Pedido Muito Especial
Pedido Muito Especial
Este pedido é, de facto, muito especial... e faço-o de forma sentida. Não conheço o Paulo Ambrósio pessoalmente mas estou habituada a receber as suas missivas solicitando-me a ampliação desta ou daquela forma de luta pelos direitos dos professores contratados que ele é um lutador nato e não baixa os braços não. E é precisamente esta característica do Paulo que me deixa optimista face ao futuro.
Força, Paulo!
Infelizmente não tenho idade para ser dadora de medula mas não deixo de aqui fazer um pedido a todos os meus leitores que ainda não são dadores e têm condições para o ser... doem, vão ver que não dói nada! E pelo caminho podeis salvar vidas. Talvez a do Paulo Ambrósio.
Este pedido é, de facto, muito especial... e faço-o de forma sentida. Não conheço o Paulo Ambrósio pessoalmente mas estou habituada a receber as suas missivas solicitando-me a ampliação desta ou daquela forma de luta pelos direitos dos professores contratados que ele é um lutador nato e não baixa os braços não. E é precisamente esta característica do Paulo que me deixa optimista face ao futuro.
Força, Paulo!
Infelizmente não tenho idade para ser dadora de medula mas não deixo de aqui fazer um pedido a todos os meus leitores que ainda não são dadores e têm condições para o ser... doem, vão ver que não dói nada! E pelo caminho podeis salvar vidas. Talvez a do Paulo Ambrósio.
É Carnaval, Ninguém Leva a Mal!
Fotografia de Flora Queirós
Carnaval Com/Sem Cavalo de Troika 2012 - Amarante
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães
É Carnaval, Ninguém Leva a Mal!
Coelhooooo!!!! Uuuuuu! Uuuuuuu!
segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012
Carnaval
Auto-Retrato Com a Minha Boneca ao Fundo
Carnaval
Vou ali quilhar um coelho e já venho.
Ah! E levo a minha boneca comigo...
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
Vou ali quilhar um coelho e já venho.
Ah! E levo a minha boneca comigo...
A Palavra a Elisabete Pacheco Ribeiro
A Palavra a Elisabete Pacheco Ribeiro
Post inteiramente surripiado ao Paulo Guinote.
Já publicada também, pelo menos, no Blog DeAr Lindo:
Exmo. Senhor Ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato,
C/ conhecimento dos Exmo. Senhores e Senhoras dirigentes sindicais, dos Exmo. Senhores e Senhoras professores e professoras e de toda a população portuguesa.
Escrevo-lhe esta mensagem para lhe dar a conhecer a minha indignação em relação ao oásis de asneiras em que se transformou a vossa proposta de decreto-lei que regula os concursos para selecção, recrutamento e permuta do pessoal docente da educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário publicada no portal do governo no dia 18 de Fevereiro de 2012 às 18h00.
Fiquei perplexa com a maioria das alterações e pelo vosso desleixo em relação às injustiças que esta proposta proporciona à maioria dos professores contratados. Pergunto, é simplesmente negligência ou desrespeito pelos professores contratados, que na vossa opinião não fazemos parte do sistema? Informo-lhe que somos nós que asseguramos uma grande parte do funcionamento do dito sistema.
Vejamos alguns aspectos mais gravosos da vossa proposta de uma forma muito simplista e com uma linguagem compreensível e objectiva:
Artigo 9.º (Preferências), alínea 7 – “Os candidatos à contratação a termo resolutivo podem, respeitados os limites fixados no n.º 2, manifestar preferências para cada um dos intervalos seguintes: a) Horário completo; b) Horário entre 6 e 21 horas” – um perfeito disparate alargar os limites do segundo intervalo de horário agregando os intervalos do decreto-lei ainda em vigor. Que mal tinha os antigos limites (relembro: a) horário completo; b) Horário entre 18 e 21; c) Horário entre 17 e 12; d) Horário 11 a 8)? Não percebe que concorrer a um horário de 20 horas a 100km de casa é diferente se concorrer a um horário de 6 horas à mesma distância?? Sabe que o ordenado não é igual para os dois horários, não sabe?? Por isso, teria de pagar para dar 6h a 100km de casa… Vou-lhe dar um exemplo para lhe iluminar as ideias: um contratado de Braga não vai concorrer a um horário de 6h para o Algarve mas sim para Braga. Mas o contratado de Braga já concorre para um horário de 20h para o Algarve, assim já compensa economicamente. Como é que teve a ideia fuscada de criar um limite de horário entre 6 e 21 horas para os professores contratados? Assim, como está na vossa proposta, o contratado de Braga ao concorrer para o Algarve pode ter a sorte de ficar com 21h ou o azar de ficar com as 6h… Percebeu o disparate desta alínea??
Artigo 10.º (Prioridades na ordenação dos candidatos), alínea 2 – “Os candidatos ao concurso externo são ordenados, na sequência da última prioridade referente ao concurso interno, de acordo com as seguintes prioridades:
a) 1.ª Prioridade — indivíduos qualificados profissionalmente para o grupo de recrutamento a que se candidatam, que tenham prestado funções docentes, em horário anual e completo, em quatro dos seis anos letivos imediatamente anteriores ao da data de abertura do concurso em agrupamentos de escolas ou escolas não agrupadas integrados na rede de estabelecimentos públicos de educação pré -escolar e dos ensinos básico e secundário do Ministério da Educação e Ciência ou em estabelecimentos com contrato de associação;
b) 2ª Prioridade — indivíduos qualificados profissionalmente para o grupo de recrutamento a que se candidatam.” – Senhor Ministro, esta alínea é brincadeira de carnaval? Está mesmo a brincar connosco? Vejamos: os professores contratados que sempre trabalharam durante os seis anos lectivos imediatamente anteriores ao da data de abertura do concurso, por vezes em várias escolas ao mesmo ano, mas infelizmente com horário anual e incompleto ou mesmo temporário, passam imediatamente para 2ª prioridade… Isto é justo?! E por consequência, colegas que estiveram a trabalhar 4 anos seguidos numa privada (estabelecimento com contrato de associação), por cunha, passam a 1ª prioridade!? Por acaso o senhor ministro não trocou as prioridades? Vejamos outro caso: colegas que infelizmente não foram reconduzidos mas têm uma graduação muito superior do que aqueles que foram reconduzidos, também podem passar para 2ª prioridade se não tiverem os tais quatro anos completos e anuais. No conjunto dos 6 anos até podem ter, mas não os 4 anos… O meu caso demonstra isso: Eu tenho 3 anos com horários completos e anuais mas infelizmente não fui reconduzida por falta de horário. Centenas de colegas com graduação muito inferior foram reconduzidos e ficaram com os horários que deveriam ser meus pois eu tenho maior graduação. Este ano fiquei num horário temporário e para o ano também ficarei pois os centenas de colegas com menor graduação irão ser novamente reconduzidos. Pela proposta apresentada eu vou para 2ª prioridade quando eu trabalhei e trabalho há 9 anos como uma escrava! Sempre estive em 1ª prioridade, segundo o decreto-lei que ainda está em vigor, e agora vou para a 2ª prioridade quando sempre trabalhei em escolas públicas! Isto é indecente! Sabe, o ano passado convidaram-me para leccionar numa escola privada porque gostaram imenso do meu currículo. Não conheço ninguém nessa escola privada, mas acharam que eu seria uma mais-valia para a escola. Estupidamente recusei por duas razões: para não perder a 1ª prioridade nos concursos nacionais e porque acreditava na escola pública. Fui mesmo burra por não ter aceitado a proposta por duas razões: eu vou perder a 1ª prioridade nos concursos nacionais e porque deixei de acreditar na escola pública cheia de injustiças e cunhas.
Ainda digo mais, se esta medida é para seguir em frente, em parte ou por inteiro, então tem a OBRIGAÇÃO de colocar a concurso TODOS os lugares disponíveis nos estabelecimentos com contrato de associação juntamente com os lugares das escolas ditas públicas!
Artigo 11.º (Graduação dos docentes), alínea 1 c) “Para os docentes em regime de contrato de trabalho em funções pública a termo resolutivo que na última avaliação de desempenho realizada nos termos do ECD tenham obtido a menção qualitativa de Muito Bom ou Bom, 1 valor.” – Mais uma injustiça. Ainda não consegui perceber a razão de atribuir 1 valor a quem tem Bom na avaliação. Não vejo qualquer fundamento! Isto porque, prejudica quem não pôde ser avaliado por não conseguir os 180 dias de serviço – tempo mínimo exigido para a avaliação de desempenho, nomeadamente quem está em horários temporários ou que, por exemplo este ano ficou de fora devido aos falsos horários temporários. Todos os professores terão no mínimo Bom, isso toda a gente sabe. Agora não percebo porquê atribuir a bonificação por isso!? Ou então, deve abolir o tempo mínimo exigido para a avaliação de desempenho!! Mal por mal seria preferível o decreto-lei em vigor onde o Muito Bom vale 1 ponto e o Excelente 2 pontos. Esta alínea deve ser urgentemente alterado em nome da igualdade. Sabemos que a avaliação é diferente em todas as escolas e há muitas injustiças na atribuição das menções.
Artigo 36.º (Contratação Inicial), alínea 3 — “A colocação é efetuada pelo período de um ano letivo, podendo ser renovada por iguais e sucessivos períodos, até ao limite de quatro anos letivos, incluindo o 1.º ano de colocação.” – O Senhor Ministro ainda insiste na duração dos concursos por um período de 4 anos e na renovação dos contratos por períodos até ao limite de 4 anos. Esta medida convém para os que têm menor graduação e tiveram a sorte de serem reconduzidos. Mas para a maioria dos professores contratados isto não é justo, principalmente para quem tem graduação superior pois estes são prejudicados quando não são reconduzidos. No meu caso e em dezenas de outros casos, não fomos reconduzidos mas centenas de colegas com menor graduação foram e tiraram-nos o lugar. Um limite de dois anos seria o mais razoável e um concurso para professores contratados cujo critério fosse única e simplesmente a graduação é o mais justo. Já que há concurso para contratados todos os anos, porque não fazer este concurso para todos, sem reconduções? É o mais justo para quem já está há muito tempo em regime de contratação. E se defendem a continuidade pedagógica, esta continuidade é sempre assegurada mesmo por outro professor porque nós fazemos sempre um trabalho bem feito.
Artigo 42.º (Abertura do procedimento e critérios de seleção), alínea 6 b) – “Um dos critérios, seguidamente identificados, com uma ponderação de 50%: i) Entrevista de seleção; ii) Avaliação curricular.”– O tal contratado de Braga se for contactado de manhã por uma escola do Algarve, terá que se deslocar para o Algarve à tarde, fazer a entrevista e depois ficar de fora? Ou fica logo eliminado? E a avaliação curricular é feita com Currículo Vitae?
Artigo 42.º (Abertura do procedimento e critérios de seleção), alínea 6 c) – “Tempo de serviço (expresso em dias) após a profissionalização com uma ponderação de 25%” – e o tempo de serviço antes da profissionalização não conta? Porquê? Há muitos colegas contratados com muito tempo de serviço antes da profissionalização. Esqueceram-se deles?
Diga-me Senhor Ministro, ainda em relação ao artigo 42.º ou melhor, à SECÇÃO VI – Contratação de Escola, porque é que para o concurso dito normal há umas regras e para o concurso de contrato de escolas há outras? Porque é que o contrato de escola não segue as normas do decreto-lei que regula os concursos em vigor à data da contratação? Qual o objectivo dos critérios de selecção? Porque é que o único critério não é o número de ordenação ou melhor, apenas a graduação? Para que servem estas ponderações? Em que teoria pedagógica se baseou para eu poder perceber melhor? Compreendo estas regras para contratar técnicos especializados, nada mais…
Senhor Ministro, dou-lhe uma solução para este problema: retirar tudo que foi introduzido depois do decreto-lei n.º 20/2006 de 31 de Janeiro com alteração do artigo Artigo 8.ª e semelhantes.
Sabe, apesar de eu adorar a minha profissão, um dia vou seguir o conselho do meu marido: Mais vale o sistema educacional português perder uma excelente professora do que a excelente professora perder a sua família e a sua saúde.
Cumprimentos,
Elisabete Ribeiro Pacheco
Nota: Esta mensagem não aplica o Acordo Ortográfico de 1990, vulgo Novo Acordo Ortográfico.