segunda-feira, 31 de março de 2014

Ondas

Auto-Retrato-Sombra em Telhado Francês - França
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
 
Ondas

Depois das ondas provocadas pelo canhão da Nazaré, e que se elevam a mais de 30 metros de altura para o McNamara surfar, depois das ondas doidas que invadiram as orlas costeiras e derrubaram passadiços, paredões, bares, restaurantes e afins um pouco por todo o Norte, eis que agora vamos receber o embate de uma, ou mais?, onda/s de chineses.

Ok, tenho que constatar que as ondas, em Portugal, estão na moda. As que nos levam o dinheiro, sem parar, também...

'Onda' de chineses deverá invadir Portugal nos próximos meses

400 chineses esperam vistos gold para investir em Portugal

Animalesco

Animalesco

Animalesco comportamento, a propósito do futebol, vindo dos civilizados do Norte. Neste caso, dos suecos. Assustador.

Adepto espancado até à morte obriga ao cancelamento de jogo


domingo, 30 de março de 2014

Novas da Língua Portuguesa - Mas Está Tudo Louco?!

 
Novas da Língua Portuguesa - Mas Está Tudo Louco?!

Amo-a, tal como a aprendi, cheia de lógica e de sentido. Esta gramática, que agora pariram, abomino-a. Desconheço-a, não a compreendo e fico já aflita pelos meus sobrinhos a matarem neurónios com estas imbecilidades, muitas delas sem qualquer lógica, sem qualquer ponta por onde se lhe pegue.... mas e quando chegar a vez da Jóia de Luz estudar português???!!! Eu não saberei ensinar-lhe nada de nada da também minha língua materna? Mas está tudo louco? Resolveram endoidar-nos? E querem ver que eu chumbava a Português?!

O texto que se segue foi partilhado por uma mãe presente e preocupada no facebook do seu filhote, excelente aluno!, cuja pior nota é a Português, com a seguinte mensagem:

"Vê lá se estudas Português!!!"

O texto é de ir às lágrimas. Literalmente.

"Este texto é da autoria de Teolinda Gersão. Escritora, Professora Catedrática aposentada da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Escreveu-o depois de ajudar os netos a estudar Português. Colocou-o no Facebook"

"Vou chumbar a Língua Portuguesa, quase toda a turma vai chumbar, mas a gente está tão farta que já nem se importa. As aulas de português são um massacre. A professora? Coitada, até é simpática, o que a mandam ensinar é que não se aguenta. Por exemplo, isto: No ano passado, quando se dizia “ele está em casa”, ”em casa” era o complemento circunstancial de lugar. Agora é o predicativo do sujeito.”O ...Quim está na retrete”: “na retrete” é o predicativo do sujeito, tal e qual como se disséssemos “ela é bonita”. Bonita é uma característica dela, mas “na retrete” é característica dele? Meu Deus, a setôra também acha que não, mas passou a predicativo do sujeito, e agora o Quim que se dane, com a retrete colada ao rabo.
No ano passado havia complementos circunstanciais de tempo, modo, lugar etc., conforme se precisava. Mas agora desapareceram e só há o desgraçado de um “complemento oblíquo”. Julgávamos que era o simplex a funcionar: Pronto, é tudo “complemento oblíquo”, já está. Simples, não é? Mas qual, não há simplex nenhum, o que há é um complicómetro a complicar tudo de uma ponta a outra: há por exemplo verbos transitivos directos e indirectos, ou directos e indirectos ao mesmo tempo, há verbos de estado e verbos de evento, e os verbos de evento podem ser instantâneos ou prolongados; almoçar por exemplo é um verbo de evento prolongado (um bom almoço deve ter aperitivos, vários pratos e muitas sobremesas). E há verbos epistémicos, perceptivos, psicológicos e outros, há o tema e o rema, e deve haver coerência e relevância do tema com o rema; há o determinante e o modificador, o determinante possessivo pode ocorrer no modificador apositivo e as locuções coordenativas podem ocorrer em locuções contínuas correlativas. Estão a ver? E isto é só o princípio. Se eu disser: Algumas árvores secaram, ”algumas” é um quantificativo existencial, e a progressão temática de um texto pode ocorrer pela conversão do rema em tema do enunciado seguinte e assim sucessivamente.
No ano passado se disséssemos “O Zé não foi ao Porto”, era uma frase declarativa negativa. Agora a predicação apresenta um elemento de polaridade, e o enunciado é de polaridade negativa. No ano passado, se disséssemos “A rapariga entrou em casa. Abriu a janela”, o sujeito de “abriu a janela” era ela, subentendido. Agora o sujeito é nulo. Porquê, se sabemos que continua a ser ela? Que aconteceu à pobre da rapariga? Evaporou-se no espaço?
A professora também anda aflita. Pelo visto, no ano passado ensinou coisas erradas, mas não foi culpa dela se agora mudaram tudo, embora a autora da gramática deste ano seja a mesma que fez a gramática do ano passado. Mas quem faz as gramáticas pode dizer ou desdizer o que quiser, quem chumba nos exames somos nós. É uma chatice. Ainda só estou no sétimo ano, sou bom aluno em tudo excepto em português, que odeio, vou ser cientista e astronauta, e tenho de gramar até ao 12º estas coisas que me recuso a aprender, porque as acho demasiado parvas. Por exemplo, o que acham de adjectivalização deverbal e deadjectival, pronomes com valor anafórico, catafórico ou deítico, classes e subclasses do modificador, signo linguístico, hiperonímia, hiponímia, holonímia, meronímia, modalidade epistémica, apreciativa e deôntica, discurso e interdiscurso, texto, cotexto, intertexto, hipotexto, metatatexto, prototexto, macroestruturas e microestruturas textuais, implicação e implicaturas conversacionais? Pois vou ter de decorar um dicionário inteirinho de palavrões assim. Palavrões por palavrões, eu sei dos bons, dos que ajudam a cuspir a raiva. Mas estes palavrões só são para esquecer, dão um trabalhão e depois não servem para nada, é sempre a mesma tralha, para não dizer outra palavra (a começar por t, com 6 letras e a acabar em “ampa”, isso mesmo, claro.)
Mas eu estou farto. Farto até de dar erros, porque me põem na frente frases cheias deles, excepto uma, para eu escolher a que está certa. Mesmo sem querer, às vezes memorizo com os olhos o que está errado, por exemplo: haviam duas flores no jardim. Ou: a gente vamos à rua. Puseram-me erros desses na frente tantas vezes que já quase me parecem certos. Deve ser por isso que os ministros também os dizem na televisão. E também já não suporto respostas de cruzinhas, parece o totoloto. Embora às vezes até se acerte ao calhas. Livros não se lê nenhum, só nos dão notícias de jornais e reportagens, ou pedaços de novelas. Estou careca de saber o que é o lead, parem de nos chatear. Nascemos curiosos e inteligentes, mas conseguem pôr-nos a detestar ler, detestar livros, detestar tudo. As redacções também são sempre sobre temas chatos, com um certo formato e um número certo de palavras. Só agora é que estou a escrever o que me apetece, porque já sei que de qualquer maneira vou ter zero.
E pronto, que se lixe, acabei a redacção - agora parece que se escreve redação.O meu pai diz que é um disparate, e que o Brasil não tem culpa nenhuma, não nos quer impôr a sua norma nem tem sentimentos de superioridade em relação a nós, só porque é grande e nós somos pequenos. A culpa é toda nossa, diz o meu pai, somos muito burros e julgamos que se escrevermos ação e redação nos tornamos logo do tamanho do Brasil, como se nos puséssemos em cima de sapatos altos. Mas, como os sapatos não são nossos nem nos servem, andamos por aí aos trambolhões, a entortar os pés e a manquejar. E é bem feita, para não sermos burros.
E agora é mesmo o fim. Vou deitar a gramática na retrete, e quando a setôra me perguntar: Ó João, onde está a tua gramática? Respondo: Está nula e subentendida na retrete, setôra, enfiei-a no predicativo do sujeito."
João Abelhudo, 8º ano, setôra, sem ofensa para si, que até é simpática

Este texto é da autoria de Teolinda Gersão. Escritora, Professora Catedrática aposentada da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universida Nova de Lisboa. Escreveu-o depois de ajudar os netos a estudar Português. Colocou-o no Facebook

Hora de Verão

S. Gonçalinho Viradinho P`rá Vila - Amarante
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
 
Hora de Verão

Porra! Ainda ontem por esta hora eram duas da manhã e hoje já são três! Buáaaaaaaaaaaaaa... não há direito!

Equipas Educativas no Ensino Básico

Equipas Educativas no Ensino Básico

Já as há... quando as há... se as há... eu sei lá!

Fenprof debate equipas educativas no ensino básico

Sonho Doce

Sonho Doce em Chaise Longue do Corbusier - Amarante
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
 
Sonho Doce

Não, este não é um post sobre doçaria nataleira feita de sonhos, rabanadas, aletria, bolo-rei, mexidos e o mais que se usa em mesa farta q.b. e que nunca falha em Dezembro, na dobra de 24 para 25.
Este é mesmo um post sobre um sonho imperioso que brotou dentro da minha cabeça e se impôs, qual ditador de poder absoluto sem me deixar margem para ses e para mas.
O sonho relata-se em duas penadas - Vejo-me esparramada, num descanso perfeito, numa chaise-longue do Corbusier, sim, aquela que é equivalente a uma toma de Valium 10 para quem não está habituado a tomar o que quer que seja desta tipologia de pastilhame... e é só.
Este é o meu sonho doce feito de descanso sem fim.

sexta-feira, 28 de março de 2014

Um "Exercício Curioso" Realizado a Partir dos Portefólios de História


Sol - Procissão do Corpo de Deus - S. Gonçalo - Amarante
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
 
Um "Exercício Curioso" Realizado a Partir dos Portefólios de História

Em 16 de Julho de 2011, escrevi:

A Importância da Língua Portuguesa - Trabalho

A Língua Portuguesa é para nós, falantes dela, apenas basilar e estruturante de todo o pensamento e de todo o conhecimento. Pensamos em português, falamos em português, esta é a língua que utilizamos para comunicar desde que nascemos, ainda antes, para ser mais precisa, e é através dela que chegamos ao conhecimento seja do que for pois ela está sempre presente no nosso dia-a-dia, nas aprendizagens que fazemos no recato do nosso lar, nos espaços de convívio com os nossos pares e com os nossos ímpares também, na escola, obviamente, onde ela está omnipresente. É através dela que estruturamos o nosso pensamento e o nosso conhecimento, descodificamos e formulamos mensagens. Ou não.
Deparo-me, enquanto portuguesa, com um péssimo uso da Nossa Língua Materna e não me estou só a referir aos estratos sociais, económicos e culturais mais baixos da nossa sociedade. A cada passo, detecto erros ortográficos na legendagem de filmes, na "legendagem" dos noticiários, que mania de pôr aquela tira horrorosa que nos tapa o fundo do écran e nos dispersa a atenção para outras notícias que não a que está a ser dada!, até nos manuais escolares já para não falar nos pontapés de gramática dados por muitos dos nossos "governantes" que escrevem qualquer coisa que não português e cujo exemplar máximo é/foi, sem dúvida, a Directora Regional da Educação do Norte, Margarida Moreira de seu nome, que por certo todo o país fixou, dado o escândalo da coisa.
A Língua Portuguesa comanda-nos as aprendizagens em todas as áreas do Saber. Se eu não conseguir descodificar uma qualquer questão de Matemática ficarei por certo a olhá-la como um boi para um palácio. Se eu ler uma questão num teste de História e compreender o contrário do que me está a ser pedido está bom de ver qual vai ser o seu resultado final.
Por ter a consciência da importância da Língua Portuguesa e das debilidades sentidas pelos alunos neste domínio, quando estes me chegam à sala de aula no 7º ano de escolaridade, qual o papel que escolhi para mim, enquanto professora de História e de Língua Portuguesa?
Ficar somente a barafustar com os meus alunos porque os erros ortográficos assim e as construções frásicas assado e ai meus deuses, ai meus deuses que isto é inacreditável!?
Pois, também barafusto, mas, para além disso, exijo-lhes um português escorreito, frases completas nos exercícios e nos testes, portefólios, que já foram cadernos em tempos que já lá vão, ordenados e que são vistoriados por mim, de quando em vez, exaustivamente, fazendo a sinalização dos erros ortográficos que os alunos têm de corrigir dez vezes, das faltas de acentos, que os alunos têm de corrigir cinco vezes e a mesma coisa para os sumários inventados e que não correspondem minimamente ao que eu ditei e que, por vezes, me deixam verdadeiramente estupefacta perante a criatividade das criaturas.
Este meu trabalho enquanto docente, de portefólios à tiracolo que arrasto para a sala de professores ou mesmo para minha casa, num trabalho imenso que eu não sou obrigada a fazer mas faço por entender ser benéfico para os alunos, já foi alvo de gozos infindáveis por parte de outros meus colegas de profissão porque sim, eu ganho exactamente o mesmo que outros nas minhas circunstâncias e sim não tenho nada de mais interessante para fazer na vida e sim, contento-me muito e fico muito feliz quando mando os alunos, no início do 3º período, fazerem um exercício muito simples - contarem os erros dos seus portefólios no 1º e no 2º período que anotam no quadro em colunas separadas. No fim é só fazer o que o outro disse, é só fazer as contas e pedir aos alunos para encontrarem uma explicação para a tendência de os erros diminuírem, de um período para o outro, mais de dois terços. E sim, a cabeça deles também foi feita para pensar e lá me ensaiam explicações - Pois, professora, ficamos mais cuidadosos porque sabemos que a seguir temos de corrigir os erros! Pois, professora, mais vale estar mais atento e fazer logo bem à primeira! Pois, professora, não queremos o trabalho de corrigir os erros dez vezes.
É claro que eu podia simplesmente barafustar. É evidente que teria muiiiito menos trabalho com isso. É claro que também poderia fazer de conta que cumpro os critérios de avaliação dos alunos apenas a olhar de relance para os portefólios, tirando-lhes as medidas a olhómetro, ora deixa cá ver, sim senhora, está muito giro! A chatice é que acredito que esse é um péssimo caminho e que, por ser de tal qualidade, eu escolhi não ir por aí. Além de que o exemplo dado aos meus alunos seria o da desonestidade e eu também não admito ir por aí.
Ah! E as evidências deste meu trabalho, agora tão em moda, estão aqui.
E sim, tenho um saco deles, um Saco de Portefólios. Obrigada, Lai.
 
Hoje voltou a ser dia de fazer este exercício curioso de que já falei no post originalmente publicado em 2011. Mandei os alunos contarem os erros assinalados e por mim corrigidos a vermelho, para se ver bem!, nos seus portefólios, separados por períodos. Os resultados foram do agrado de todos e foi ver como portefólios de alunos com trinta erros no 1º período passaram para oito no 2º, dezoito para quatro e assim sucessivamente, nem um a fazer o movimento inverso, tudo a progredir no sentido da melhoria, do cuidado, do esmero, do respeito que devemos a esta língua que é a nossa.
Sem que eu seja uma expert de Língua Portuguesa, a verdade é que a vou dominando com relativa facilidade e grande respeito e vou fazendo o que está ao meu alcance para transmitir aos meus alunos um facto que nem sempre é muito claro para eles - O português que falamos e escrevemos é um dos cartões de visita mais importantes que podemos usar durante toda a nossa vida.

Capice?

Nota - Se eu gostei do exercício... eheheh... tenho a dizer-vos que os alunos não me ficaram atrás e foi vê-los a irromper em salvas de palmas sucessivas e sorrisos rasgados sempre que um deles apresentava os seus dados.

Valeu, Alunos Meus! As aprendizagens também têm de ser feitas com Alegria!

quinta-feira, 27 de março de 2014

Trabalho - Afogamento

Auto-Retrato Doce em Montra Francesa - França
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
 
Trabalho - Afogamento

Hoje foi dia de trabalho imenso feito de correcção de testes e de portefólios sem fim.
Hoje foi também dia de abrir o serviço de explicações on-line para os meus alunos que farão teste amanhã, aliás, este serviço está aberto em permanência... eles é que, por norma, só o usam em cima do acontecimento. É sempre um gosto atendê-los. Bons alunos, interessados, miúdos e miúdas que gostam de ver as suas dúvidas esclarecidas, com projectos de vida que não pretendem ver sair gorados lá mais à frente no tempo, fazem parte de uma turma de ensino articulado de música que qualquer professor gostaria, muito!, de lhe ver sair na rifa. Pena que não tenham todas estas características.
Entretanto, o meu outro trabalho foi interrompido, é claro!, continuando eu completamente afogada em trabalho vário que também não será feito amanhã, em dia cheiinho de aulas do primeiro tempo da manhã ao último da tarde, só com intervalo para almoço.
Cum catano! A coisa está bravíssima!

Bardamerda e Caladinhos

Bardamerda e Caladinhos

Assim nos querem. Mas assim não nos terão.


Emigração Assustadora

Imagem Poética para Contrabalançar o Pessimismo - França
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
 
Emigração Assustadora

Já falei aqui neste blog desta dimensão assustadora da emigração que nos sangra o país de gente válida e na maior força da vida, gente nova acima dos vinte anos, já bem formada, licenciada, mestrada, doutorada, que volta costas, zangada, ao país indecente e à gente que o fez/faz indecente, com níveis de pobreza a alastrar como ervas daninhas em campo lavrado e bem estrumado num país agora muiiiiiito melhor, segundo as palavras dos obscenos.
Hoje vou falar de uma outra dimensão, igualmente medonha, aquela que leva os mais novos, que nos leva os alunos e os faz desaparecer de dentro das nossas salas de aulas, miúdos e miúdas em idade escolar que não completarão, jamais!, a escolaridade obrigatória na Pátria/Madrasta que os viu nascer.
Acabei de falar pelo facebook com a última a desaparecer-me da sala de aulas, agora no Luxemburgo. No primeiro período já me tinha desaparecido uma outra com destino a França. Durante o ano lectivo anterior este movimento também foi bem perceptível.
Comecei a leccionar aos 25 anos. Tenho agora 52 e nunca antes vi com os meus olhos semelhante sangria. A somar à baixíssima taxa de natalidade temo que a viabilidade do país esteja posta em causa.

quarta-feira, 26 de março de 2014

A Sala de Aula

A Sala de Aula

Ainda não li o livro, mas vou ler. E sei que não me vou surpreender... surpreendendo-me.
Sem estar de acordo com tudo, aqui deixo as palavras de Maria Filomena Mónica.
E sim, MEC, deixa os professores em paz!




terça-feira, 25 de março de 2014

Emigração Assustadora

Imagem Poética para Contrabalançar o Pessimismo - França
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
 
Emigração Assustadora

Estou farta de ler notícias sobre a emigração, já transformada em sangria, de jovens que todos os dias deixam o país. Mas uma coisa é ler, outra coisa é falar com amigos, casais desta minha idade, perguntar-lhes pelos filhos e tomar consciência que a minha família é agora uma raridade nacional ao manter-se junta e unida, na terra de onde somos originários, que nos viu nascer a alguns, literalmente, ainda no tempo em que se nascia em casa, eu no agora quarto onde dorme o Sr. Mário, dono da Confeitaria Mário.
Não é raro o dia em que quatro gerações descem e sobem juntas as ruas de Amarante, desde o bisavô, meu pai, ao bisneto, meu neto, passando por mim e pela minha filha, todos amarantinos de gema, mesmo os que foram nascer fora fisicamente, emprestados por breves horas ao Porto e a Vila Real mas amarantinos de alma e coração.
Aviso desde já que pretendo levar o meu neto à florestal, em passeios prolongados para lhe mostrar os pavões, os passarinhos muitos e variados, os patos, as gazelas, as açudes e a penedia no rio, a Ilha dos Amores, as azenhas, as árvores e as flores, os peixinhos no rio... tal como fiz um dia com a mãe dele, tal como muitos anos antes fizeram os meus pais levando-me ao colo ou pela mão. Aviso desde já que pretendo acompanhar o seu crescimento.
Vai daí, por estes dias tenho andado a pensar como sou sortuda... a pensar que não há dinheiro que pague esta situação familiar, especialmente quando sei que muitos dos meus amigos/conhecidos e até alguns familiares bem próximos! têm agora os seus filhos, médicos, economistas, arquitectos, farmacêuticos, gestores... bem longe de Portugal, em lugares tão distantes como Espanha, Inglaterra, Alemanha, Holanda, Brasil, México, Hong-Kong, Angola, Suíça... alguns não têm nem um filho próximo de si! começando a perspectivar uma velhice que poderá ser desamparada de afectos e de carinhos caso os seus rebentos não voltem e provavelmente muitos não voltarão, saídos à força, enxotados de um país que não os quer cá, mesmo se são gente bem preparada, licenciada, mestrada e doutorada, tanto dá!, façam-se à estrada que nós agora vamos incentivar outros a fixarem-se por cá, numa doideira de política que não tem explicação.
Pagaremos muito caro esta expulsão de gente. Cortaremos laços familiares e cortaremos laços com a Nação.
Mas, lembrei-me agora, por certo sou eu que estou/ando particularmente pessimista... afinal o país está agora muito melhor... não está?

Impossibilidade - Agradar a Gregos e a Troianos

Auto-Retrato Patisserie Pur Beurre - França
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
 
Impossibilidade - Agradar a Gregos e a Troianos

Sim, já o sabemos, é impossível agradar a gregos e a troianos, fruto das enormíssimas diferenças que os separam. E o mesmo é dizer que, a partir do momento em que se produz algo, se fica sujeito às críticas... positivas ou negativas... claro está! pois quem anda à chuva, molha-se!
Confesso que a esmagadora maioria dos comentários chegados ao meu blogue "História 3º Ciclo" são bastante elogiosos do trabalho que por lá desenvolvo de forma voluntária, e totalmente benemérita, na esperança de ser útil aos meus alunos e até na esperança de ser útil a outros alunos que não meus.
Bem sei que podia leccionar as aulas, fazer e corrigir testes, reunir e voltar a reunir, exercer os cargos que me são distribuídos, orientar o Clube de História... et voilá! com sete turmas, o trabalho já é dose de leão - e eu não tenho mais vinte anos! - e, por isso, no mais, estar quietinha no meu canto a pensar "Ok! É assim que eles querem... vai daí a ordenadito... pois trabalhito!"
Mas não é assim que eu penso, não é assim que eu sou, e por isso trabalho horas a fio sem receber qualquer remuneração, sem receber qualquer palavrinha doce da tutela, congelada vai fazer 10 anos... quando descongelar, descongelarei?, corro até o risco de me afogar na água libertada do meu gelo liquefeito!
Sei bem que a partir do momento em que partilho o meu trabalho, bom, péssimo, o que for, fico sujeita às críticas e à impossibilidade de agradar a gregos e a troianos e a consciência desse facto, confesso, não me tira o sono.
Foi o caso dos dois últimos comentários chegados ao meu blogue - a Roselene Rose considera-me um exemplo de professora a seguir, o anónimo acha que eu não consegui ajudá-lo em nadinha, tenho pena! e que o blogue podia estar muito melhor.
E eu, feliz com o comentário da Roselene Rose, só posso concordar com o anónimo, esperando que ele/ela se deixe de anonimatos e assine, assumindo, as opiniões que tem sobre isto ou sobre aquilo.
Melhor é sempre possível. Volto a repetir, melhor é sempre possível! Mas não com as condições de trabalho que tenho na actualidade, não com o desgaste profissional que tenho na actualidade e que, sei-o bem!, vai piorar nos próximos anos.
Vai daí, provavelmente estará já na hora de abrandar um pouco o ritmo de trabalho e a dedicação que tenho mantido perante a minha vida profissional, de abrandar o ritmo de trabalho de forma consciente, sob pena de chegar um trapo à reforma... terei reforma?... ou de lá nem chegar!... Confesso, ando a ruminar estes pensamentos desde o início deste ano lectivo... pois não sei... é que dado o país em que me encontro e do qual sou natural, o mais provável é chegar lá, à reforma! e ficar a ver Braga por um canudo!!! A coisa está negra. Depois de pagar os saques, as aldrabices, as corrupções, as máfias, os desatinos... huuuum... não sei se os euritos chegarão para pagar trabalho honesto de uma vida.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

domingo, 23 de março de 2014

Manif - 27 de Abril de 1974

Manifestação - 27 de Abril de 1974 - Amarante
Fotografia de Eduardo Teixeira Pinto
 
Manif - 27 de Abril de 1974

A fotografia que hoje partilho foi captada durante a primeira manifestação amarantina de apoio à Revolução dos Cravos, manifestação organizada localmente não sei bem em que circunstâncias, e que decorreu na noite de 27 de Abril de 1974 com o entusiasmo popular ao rubro e ainda não sequestrado por partidos políticos condicionadores, manipuladores e castradores das vontades populares.
O regime democrático dava, então, os primeiros passos numa direcção que nos trouxe aqui, ao local onde nos encontramos hoje, a exigir nova refundação do estado democrático.
Em primeiro plano, à direita, inundado pela luz do flash do fotógrafo, Eduardo Teixeira Pinto, vai calmo o meu avô Rodrigo Queiroz, sempre pendurado no seu cigarro sem filtro que ele saboreava bem devagar.
De notar a completa ausência do sector feminino, provavelmente ainda a adaptar-se, no recato do lar, aos ventos revolucionários que se abateriam sobre estas sociedades tão fechadas e provincianas e que mudariam para sempre usos e costumes arcaicos e sexistas.
Beneficiei enormemente destes ventos de Liberdade, confesso, e estou-lhes agradecida.

Nota - Agradeço a partilha da fotografia ao Zeca Pereira.

quinta-feira, 20 de março de 2014

Olá Primavera!

Olá Primavera! - S. Gonçalo - Amarante
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
 
Olá Primavera!

Ao menos tu, não nos chegues defraudada!

quarta-feira, 19 de março de 2014

Dia do Pai

 
Dia do Pai

Felizmente, a beleza do meu pai ainda me acompanha/aconchega os dias amarantinos, acompanhando/aconchegando também os dias amarantinos da sua neta e do seu bisneto Jóia de Luz. 
A caminho dos 80, está aí para as curvas e eu... eu só posso aspirar ser herdeira dos seus genes.

Da Vergonha - De Vómitos

 
Da Vergonha - De Vómitos

A poupança à custa das crianças e jovens com necessidades de apoio especializado?! Que vergonha! Que vómitos!

Crianças sem apoio por causa de cortes do Subsídio de Educação Especial

A Palavra a Carlos Fiolhais

 
A Palavra a Carlos Fiolhais

O colapso da escola

"O Jornal de Notícias de 11 de Fevereiro dava conta que, numa escola de Braga, um grupo de pais tinha denunciado ao Ministério Público a prática de masturbação e o arremesso de bolas de papel incendiadas contra professores em salas de aula do 9.º ano. O director do agrupamento desmentiu a primeira parte, mas confirmou a segunda. Teve mesmo de chamar a PSP. Escassos dias antes, o mesmo jornal informava que, noutra escola básica de Braga, tinha havido um arraial de pancadaria no recreio, que causou vários feridos entre alunos e professores. Foi necessária a intervenção da GNR, tendo dois alunos ido parar ao hospital.
O que se passa nas nossas escolas? O livro A Sala de Aula, da socióloga Maria Filomena Mónica, que acaba de sair do prelo da Fundação Francisco Manuel dos Santos, revela o interior dos edifícios escolares. Para o conhecer melhor a autora pediu a alguns professores e alunos que, sob a forma de diários anónimos, contassem o seu dia-a-dia na sala de aula e à volta dela. O que se passa dentro dos muros das escolas é, por vezes, tão chocante que ficamos a não estranhar casos como os de Braga, que, ao contrário de muitos outros, chegam aos jornais. No volume Diários de uma Sala de Aula, que acompanha A Sala de Aula, uma professora relata a violência usada por uma aluna contra a mãe. Segundo a docente, numa reunião tida com as duas, a aluna “reagiu muito agressivamente, a sua expressão foi assustadora, a linguagem muito ordinária”. O pai, separado da mãe, era toxicodependente, tendo ele próprio iniciado a filha no haxixe. Noutra escola, esta frequentada por meninos ricos, uma aluna diarista descreve uma cena de uma aula do 10.º ano: “Durante um minuto, a professora grita com o aluno que a ignorou, até perceber que é inútil. Como sempre aliás”. E outra aluna retrata assim o ambiente escolar: “A porta da escola mais parece uma chaminé de fábrica. Todos os intervalos é possível encontrar uma boa parte da população estudantil a fumar. Ora tabaco, ora charros. (...) Se os papás soubessem o que os filhos fazem durante o dia, provavelmente não os deixariam ir às aulas...” Segundo a própria aluna, os pais que não sabem estão a trabalhar para comprarem roupas de marca para os seus rebentos. Estas descrições serão extremas, mas não completamente atípicas. As escolas albergam uma multidão de alunos, pobres ou ricos, que tudo fazem para não ir às aulas e, quando vão, as boicotam por todos meios ao seu alcance. Nas salas de aula é hoje, por vezes, muito difícil senão mesmo impossível ensinar e aprender.
Filomena Mónica, que em 1997 tinha escrito Os Filhos de Rousseau, condenando as teorias românticas que em grande parte são responsáveis pela indisciplina reinante (de facto, o bom comportamento não surge espontaneamente, como pensava o filósofo suíço), analisa agora em profundidade a realidade educativa nacional. Passa em revista os alunos, a família e a comunidade, os cursos profissionais, os exames, as matérias, os professores, os sindicatos e o Ministério. Com uma clareza meridiana, que não é normal nos autores de ciências sociais e humanas, e apoiada não só nos depoimentos dos diários mas também em documentos oficiais, apresenta os pontos fracos da educação nacional. Não foge às comparações com a escola de antigamente, que critica sem hesitar, e com a escola de outros países mais desenvolvidos, que gostaria de ver aqui emulada. Sublinha alguns bons exemplos na escola portuguesa: a luta heróica de alguns professores que conseguem cumprir a sua missão num clima adverso. Embora verifique o colapso educativo, defende o papel insubstituível da escola pública como elevador social: “Continuo a acreditar que, se as escolas públicas forem boas, os filhos dos pobres poderão, até certo ponto, sair do círculo de miséria em que estão encerrados.” A autora é particularmente severa para com o Ministério, ou melhor para com os seus sucessivos ocupantes (28) após 1974. Critica o actual ministro, em quem muita gente, incluindo a maioria dos professores, depositava fundadas esperanças, por pouco ter feito para tornar a escola um lugar onde se ensina e aprende sem bolas de fogo ou refregas como as de Braga. Apesar de partilhar com Nuno Crato a aversão ao “eduquês”, a novilíngua que o Ministério criou e mantém, verifica com mágoa que ele não implodiu a máquina ministerial como queria fazer, que não deu às escolas a autonomia de que fala e que não tem dado poder aos professores como é preciso. Pelo contrário, o Ministério, povoado por assessores incompetentes e sustentado por plataformas informáticas que Kafka não imaginou, continua a infernizar a vida a professores e alunos. Conclui Filomena Mónica o seu capítulo sobre os docentes: “Além de não assegurar a qualidade do ensino, o Ministério impede o normal funcionamento das aulas.” Tendo a concordar."

Nota - O artigo, integralmente transcrito, foi surripiado aqui. Só quero acrescentar que eu tenho a certeza que concordo. O MEC actua, frequentemente, como uma espécie de sabotador do trabalho que se realiza nas escolas.

terça-feira, 18 de março de 2014

A Palavra de Um Estadista

 
A Palavra de Um Estadista

Sem comentários. Só vómitos.

Nota - Recorte surripiado aqui.

Fónix! Isto É que É Qualidade Legislativa!

Emaranhado Contra Fundo Azul - Barca - Serra da Aboboreira
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
 
Fónix! Isto É que É Qualidade Legislativa!

Ora espreite aqui. E confirme se isto não é feito por cavalgaduras, de propósito para que ninguém se entenda!!!!

Nota - Surripiado à Sofia Freitas a quem agradeço a partilha.

Salvem os Ricos! Ajudem os Milionários!

Salvem os Ricos! Ajudem os Milionários!

E sim, livrem-se dos pobres! Afinal só dão despesa.

OCDE acusa Portugal de ser pouco generoso com os mais pobres

Estou mais descansada. Estamos no bom caminho.


Convite

 
Convite

Aqui fica, partilhado com os meus leitores. O programa é interessante, mas, infelizmente, tenho aulas e não posso, de modo algum!, faltar já que o evento calhou mesmo em cima da temporada de testes, alguns já dados, alguns ainda a dar... todos para corrigir... mais os respectivos portefólios... ufa, ufa, que estes são os dias abaixo de cão!

segunda-feira, 17 de março de 2014

Caminhos da Barca

Caminhos da Barca - Serra da Aboboreira - Amarante
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães
 
Caminhos da Barca

São todos meus. E foram todos construídos pelas minhas mãos irrequietas.

Cai Neve em Amarante?


Cai Neve em Amarante?
Fotografias de Artur Matias de Magalhães
 
Cai Neve em Amarante?

Não cai. Aliás, por aqui esteve uma caloraça danada...

domingo, 16 de março de 2014

Política Nojenta

 
Política Nojenta

É por estas e por outras que eu não acredito na política feita por estes políticos que a vão exercendo apenas cumprindo ordens, apenas cumprindo um número/coreografia que não pode/não deve falhar.
Acho-a nojenta, a política. E acho que, com atitudes destas, os políticos envergonham a Nação que se tenta manter minimamente digna e de coluna vertebral na vertical.
Mesmo se estas cenas são protagonizadas por pessoas que me merecem toda a consideração pessoal, continuo a pensar exactamente da mesma maneira quando penso o comportamento político.
Não gosto disto. A falta de tomates é tanta que até dói.

As lágrimas da deputada Maria

Serra da Aboboreira - Magia

 

Serra da Aboboreira - Amarante/Baião - Portugal
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães
 
Serra da Aboboreira - Magia

Com neve ou com sol a rodos, a Serra da Aboboreira permanece prenhe de magia. Talvez continuem a pairar por lá espíritos de antepassados nossos que, bem lá atrás no tempo, em pleno Neolítico, calcorrearam a serra deixando-nos, até hoje, vestígios da sua presença feitos de um megalitismo muito belo.
Aconselho a visita aos meus leitores. E recomendo-a especialmente para quem gosta de caminhadas com paisagens desafogadas a perder de vista.

Nota - Esta é a "Minha Serra" de eleição! Com direito a etiqueta neste blogue.

Festival da Canção - Estado de Choque

Festival da Canção - Estado de Choque

Meus deuses, ao que nós chegamos! E mais não digo.


sábado, 15 de março de 2014

Alunos - Visita Inesperada

Alunos - Visita Inesperada - S. Gonçalo - Amarante
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
 
Alunos - Visita Inesperada

A história desta visita, inesperada e acabada de acontecer, conta-se em duas penadas.
Sábado à noite, alunos meus em jantar de aniversário da D., em restaurante aqui no centro da cidade, e depois o que fazer... o que fazer?... o que fazer?! pois vamos visitar a nossa professora de História!
Vai daí, se bem o pensaram, melhor o fizeram e zás!, tocam-me à campainha um bando de pardalitos, simpáticos e chilreantes de animação, que me alegraram e confortaram a noite até mais não, de forma totalmente inesperada e, por isso mesmo, especialmente saborosa.

Por isso, obrigada pela vossa alegre visita inesperada, Alunos Meus! Já sabeis que será sempre um prazer receber-vos nesta minha casa. Amanhã também. Mesmo depois de se escapulirem para longe da minha alçada... a porta de minha casa estará sempre aberta para vocês.

Nota - Muitos parabéns, D! Agora por aqui!

Amianto nas Escolinhas

Escola EB 2/3 de Amarante - S. Gonçalo - Amarante
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
 
Amianto nas Escolinhas

É claro que a vergonha pela existência de amianto em tantas e tantas escolas deste Portugal à beira mar plantado, na minha também!, devia andar estampada/escarrada na cara do actual ministro Nuno Crato, mas também dos que o antecederam, a saber: Isabel Alçada, Maria de Lurdes Rodrigues, Maria do Carmo Seabra, David Justino, Júlio Pedrosa, Augusto Santos Silva, Guilherme de Oliveira Martins, Eduardo Marçal Grilo... e por aí adiante que a lista é extensa e todos têm culpas no cartório.
Com tantos milhões a entrarem por dia neste país de fundos comunitários fruto da nossa adesão à CEE/UE... não podiam já ter tratado de cumprir a porra da lei? E ainda não têm a lista das escolas com amianto pronta?!!!!
A sério?!!!!!

Pressão, é preciso! Para ver se estes governantes se enxergam e cumprem a lei.

Ministério da Educação tem 10 dias para responder a intimação sobre amianto - FENPROF

sexta-feira, 14 de março de 2014

Jardim Interior


Auto-Retrato em Jardim Interior - S. Gonçalo - Amarante
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães

Jardim Interior

O meu é feito essencialmente de japoneiras e azáleas. Ok e também orquídeas e gerânios e cactos e suculentas sem fim...

quinta-feira, 13 de março de 2014

Janela Aberta Sobre Amarante

Janela Aberta Sobre Amarante - S. Gonçalo - Amarante
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
 
Janela Aberta Sobre Amarante

Continuo a gostar desta interioridade que por vezes se faz de dias pesados mas, o mais das vezes, os torna leves leves...
Este jardim, hoje também fotografado através destes vidros transparentes, pertenceu, um dia, aos meus queridos avós paternos Luzia e Rodrigo. Ainda recordo o sabor das deliciosas laranjas, de umbigo!, colhidas e comidas de imediato...

Amar ante Bela

Varanda Bela Amarantina - S. Gonçalo - Amarante
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
 
Amar ante Bela

Sei quem vai gostar disto... eheheh...

Quatro Gerações

Auto-Retrato com Companhia - S. Gonçalo - Amarante
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
 
Quatro Gerações

E sim, estão quatro gerações presentes nesta fotografia em fundo de girafa multicolor pós-moderna.
O Bisavô, a Avó Morcega, a Super-Mãe e a Jóia de Luz.

Trabalho - Agradecimentos a Eduardo Teixeira Pinto e Família

Café- Bar - S. Gonçalo - Amarante
Fotografia de Eduardo Teixeira Pinto
 
Trabalho - Agradecimentos a Eduardo Teixeira Pinto e Família

Este é um post de agradecimentos públicos. Em primeiro lugar ao enormíssimo fotógrafo Sr. Eduardo Teixeira Pinto que, infelizmente, já não se encontra entre nós e que me fotografou inúmeras vezes ao longo da minha vida, que fotografou o meu casamento, que fotografou grande parte dos meus familiares, tal como fez, de resto, com a maioria dos amarantinos que povoaram e ainda povoam a nossa cidade, antigamente vila. Um dia, moradores na mesmíssima rua, autorizou-me a usar quatro fotografias da sua autoria que retratam a vinda do Almirante Américo Tomás a Amarante, aquando da inauguração da Ponte Nova, no dia 14 de Outubro de 1967. Solicitei-lhe a sua autorização para o uso das fotografias em contexto de sala de aula e assim as tenho usado ao longo dos anos.
Entretanto, esta semana, estive a reformular a apresentação em PowerPoint sobre o Estado Novo e solicitei, ontem pela noitinha, autorização aos seus herdeiros para as incluir na apresentação a publicar na Internet, na minha página de recursos. A autorização chegou logo de seguida e assim este post serve ainda para agradecer à Verónica Pinto, ao Filipe Augusto Silva e demais familiares pela generosidade do seu gesto.

O site de fotografia de Eduardo Teixeira Pinto, maravilhoso, pode ser visto aqui e deve ser percorrido com cuidado e atenção, absorvendo toda a poesia constante em tão belas imagens que também constituem um legado patrimonial, sem preço, para Amarante e para os seus habitantes.
O seu blogue pode ser visionado aqui... façam-se seguidores!

Nota - A apresentação em PowerPoint intitulada H - O fascismo italiano e português pode ser visionada aqui, na minha página de recursos pedagógicos que abrange todos os conteúdos do 3º Ciclo de História. E sim, continuo a achar importante a introdução de umas pitadinhas de história local num currículo que não a prevê.

quarta-feira, 12 de março de 2014

Trabalho - Partilha

Prova Digitalizada em três partes por não caber no scanner...
 
Trabalho - Partilha

Hoje partilhei/partilho duas apresentações em PowerPoint, já inteiramente reformuladas, intituladas H - O fascismo italiano e português e I - O nazismo, ambas dirigidas a um público a frequentar o 9º ano de escolaridade e que podem ser visionadas aqui, na minha página de recursos pedagógicos que abrange todos os conteúdos do 3º Ciclo de História.
Aqui fica a informação. Quem sabe será útil a alguém.

Nota - A Prova de Redacção, realizada naquelas folhas de linhas, grandes, duplas, dobradas do lado esquerdo... aí desse lado quem as usou?, que hoje partilho aqui no blogue, foi escrita por mim a menos de dois anos da Revolução do 25 de Abril. Devo notar que a Educação imposta pelo Estado Novo, à época, foi sobre mim exercida de forma bastante eficaz como pode ser comprovado pela leitura deste meu texto de criança.

Ainda as Ondas de Choque do Manifesto pela Reestruturação da Dívida - Vergonha

Ainda as Ondas de Choque do Manifesto pela Reestruturação da Dívida - Vergonha

Leia aqui, na íntegra, o Manifesto pela Reestruturação da dívida.

E veja a lista das 70 personalidades portuguesas que assinaram este manifesto e que são gente tão diversa como: Adalberto Campos Fernandes, Adriano Moreira, Adriano Pimpão, Alberto Ramalheira, Alberto Regueira, Alexandre Quintanilha, Alfredo Bruto da Costa, André Machado, António Bagão Félix, António Capucho, António Carlos Santos, António Sampaio da Nóvoa, António Saraiva, Armando Sevinate Pinto, Artur Castro Neves, Boaventura Sousa Santos, Carlos César, Constantino Sakellarides, Diogo Freitas do Amaral, Eduardo Cabrita, Eduardo Ferro Rodrigues, Eduardo Paz Ferreira, Emanuel Santos, Esmeralda Dourado, Eugénio Fonseca, Fausto Quadros, Fernanda Rolo,, Fernando Gomes da Silva, Fernando Rosas, Francisco Louçã, Henrique Neto, João Cravinho, João Galamba, João Vieira Lopes, Joaquim Canotilho, Jorge Malheiros, José Maria Brandão de Brito, José Maria Castro Caldas, José Reis, José Silva Lopes, José Vera Jardim, José Tribolet, Júlio Mota, Luís, Braga da Cruz, Luíz Nazaré, Manuela Arcanjo, Manuela Ferreira Leite, Manuela Morgado, Manuela Silva, Manuel de Lemos, Manuel Macaísta Malheiros, Manuel Porto, Manuel Carvalho da Silva, Miguel Anacoreta Correia, Paulo Trigo Pereira, Pedro Adão e Silva, Pedro Bacelar de Vasconcelos, Pedro Delgado Alves, Pedro Lains, Pedro Marques Lopes, Ricardo Bayão Horta, Ricardo Cabral, Ricardo Paes Mamede, Rui Marques, Teresa Pizarrro Beleza, Viriato Soromenho-Marques, Vitor Martins e Vitor Ramalho.

Destes setenta, dois, Vítor Martins e Sevinate Pinto, eram conselheiros do Presidente da República. Digo eram. Passado. No presente, já não o são.

terça-feira, 11 de março de 2014

Um País Estranho?

 
Um País Estranho?

O que é que junta Manuela Ferreira Leite, João Cravinho, Francisco Louçã, Carvalho da Silva, Sampaio da Nóvoa, Bagão Félix e todos os outros surpreendentemente de acordo e do mesmo lado da barricada?
Estará Manuela Ferreira Leite uma perigosa esquerdista?
Estará Carvalho da Silva um perigoso direitista?
Pois não. Apenas assinaram juntos um manifesto para reestruturar a dívida portuguesa.

Nota - Aviso desde já que PPC e PP não assinaram.

Amarante - Bom Dia Preguiça?


Bom Dia Preguiça - Lisboa
Fotografia de Ricardo Miguel Pinto
Bom Dia Preguiça? - S. Gonçalo - Amarante
Fotografia de anabela Matias de Magalhães
 
Amarante - Bom Dia Preguiça?
 
"Bom dia preguiça" é o título desta foto... as couves (designação minha) crescem um pouco por toda a cidade de Lisboa, não têm conta os casos, este na foto é mesmo em frente ao Museu Nacional de Arte Antiga, uma vergonha nacional, que rai...o de Câmara Municipal é esta, e por onde anda o Presidente da CML?"
 
Um dia destes, o Ricardo Pinto resolveu partilhar connosco, no facebook, as "couves" de Lisboa em foto que lhe surripiei bem como em texto igualmente surripiado.
 
Hoje resolvi eu partilhar convosco as "couves" de Amarante, que também as temos  espalhadas pelas ruas da city que, querendo afirmar-se como destino turístico, deixa muito a desejar apresentando-se assim desleixada e destratada aos olhos do mundo.
Mas não é cidade que tem culpa, pois não?

E... será que as couves vão virar moda?s

Convite - Acção de Limpeza - Marão

Convite - Acção de Limpeza - Marão

Para quem puder, para quem quiser, aqui fica o convite.

"A Geocachig.com, a AMO Portugal de Amarante e a Camara Municipal de Amarante vão no dia 26 de Abril (Sábado) fazer uma limpeza na serra do Marão pedimos as todas as pessoas que se queiram juntar a esta iniciativa que apareçam no Parque de merendas da Lameira.
Informações (Rodrigo Oliveira 933939963) ou socorrista1009@gmail.com ou ainda nas redes sociais aderentes."

Informação surripiada aqui.

segunda-feira, 10 de março de 2014

Emprego - General Electric

Emprego - General Electric

"As áreas com maior número de vagas são Accounting, Serviços de Saúde, Software, Aviação, Energias, Marketing, Administração, Publicidade, Auditoria, Call Center, Engenharia, Serviço ao Cliente, Manufacturação e Finanças.

Pode candidatar-se em http://jobs.gecareers.com/viewalljobs/."

Informação surripiada aqui.

domingo, 9 de março de 2014

Jóia de Luz e Avó Morcega

Jóia de Luz e Avó Morcega - S. Gonçalo - Amarante
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
 
Jóia de Luz e Avó Morcega

Pode uma Avó Morcega reflectir-se numa Jóia de Luz?
Ah pois pode!

Educação Especial - Auscultação a Docentes

Luz Sobre Parede Cinza Esponjada - Arles - França
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
 
Educação Especial - Auscultação a Docentes

Em nome da DISLEX peço a colaboração de todos os professores para o preenchimento de um brevíssimo mas importante inquérito sobre o que precisa ser alterado relativamente à Educação Especial. A sua opinião é importante. A sua opinião conta.

Pode preencher o inquérito, depois de clicar aqui.


Auscultação de parecer dos DOCENTES sobre o atual Diploma que regulamenta a Educação Especial e propostas para a nova legislação

"No próximo dia 13.03.2014, a DISLEX-Associação Portuguesa de Dislexia irá reunir com o Grupo de Trabalho constituído ao abrigo do Despacho nº 706-C/2014, de 15 de janeiro. Por esse motivo, pretende reunir informação sobre a opinião dos DOCENTES relativamente ao atual Diploma que regulamenta a Educação Especial (o DL 3/2008, de 7 de janeiro, com as alterações redigidas na Lei n.º 21/2008, de 12 de Maio). A DISLEX-Associação Portuguesa de Dislexia agradece, em nome de todos os alunos com Dislexia, a sua colaboração."

Utopias 2014

 
Recorte surripiado aqui.
 
Utopias 2014

Gostaria de poder estar presente...

Saiba mais aqui.