Mais de 37 Mil Professores Sem Colocação
Ora estes dados só não são uma desgraça para quem não caiu em desgraça, ou para quem não os sente na pele.
A minha solidariedade para quem hoje se viu de fora das colocações. Para estes, uma mensagem de esperança - não se esqueçam que ainda aparecerão os horários dos que aguardam, ansiosamente, a reforma.
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
Só Boas Notícias
Só Boas Notícias
Cortes nas pensões acima do 1500 euros
Salários não sobem até 2013
Governo vai duplicar saídas na Função Pública
Morreremos da cura?
Cortes nas pensões acima do 1500 euros
Salários não sobem até 2013
Governo vai duplicar saídas na Função Pública
Morreremos da cura?
Listas de Colocação
Listas de Colocação
Agora sim, aqui estão elas no site da DGRHE.
Mais uma vez desejo muita sorte a todos.
Agora sim, aqui estão elas no site da DGRHE.
Mais uma vez desejo muita sorte a todos.
Divulgação a Pedido do Paulo Ambrósio
Divulgação a Pedido do Paulo Ambrósio
Colegas!!
Mais digno e eficaz que ir passear, é no dia 10 de Setembro, Sábado, enchermos TODOS o Rossio e gritar a esta gente que nos (des) governa, destrói o nosso futuro e atira para a caridade social, que assim não pode ser!
Eu vou lá estar. E vocês? Acordem!!!
Ambrósio
TODA A INFORMAÇÃO SOBRE A CONCENTRAÇÃO NO ROSSIO AQUI:
http://www.facebook.com/event.php?eid=174147465984580
http://www.saladosprofessores.com/index.php?option=com_smf&Itemid=62&topic=20233.0
Colegas!!
Mais digno e eficaz que ir passear, é no dia 10 de Setembro, Sábado, enchermos TODOS o Rossio e gritar a esta gente que nos (des) governa, destrói o nosso futuro e atira para a caridade social, que assim não pode ser!
Eu vou lá estar. E vocês? Acordem!!!
Ambrósio
TODA A INFORMAÇÃO SOBRE A CONCENTRAÇÃO NO ROSSIO AQUI:
http://www.facebook.com/event.php?eid=174147465984580
http://www.saladosprofessores.com/index.php?option=com_smf&Itemid=62&topic=20233.0
Listas de Colocação
Listas de Colocação
Consulte-as aqui. Mas tenham atenção que estas listas estiveram disponíveis por pouco tempo no site da DGRHE... por isso... conterão erros?
Consulte-as aqui. Mas tenham atenção que estas listas estiveram disponíveis por pouco tempo no site da DGRHE... por isso... conterão erros?
Dia D - Professores
Dia D - Professores
Hoje é Dia D para milhares de professores que aguardam colocação e que hoje saberão onde vai ser feita a sua vida nos próximos tempos.
Ao que parece as listas já estiveram online e foram retiradas. - Para quando um processo sério que não brinque com as expectativas, ansiedades e angústias das pessoas?
Desejo boa sorte para todos! Não me esqueço que ainda há pouco tempo a minha vida também era feita destes momentos avassaladores...
Entretanto no Professores Lusos a loucura é total...
Hoje é Dia D para milhares de professores que aguardam colocação e que hoje saberão onde vai ser feita a sua vida nos próximos tempos.
Ao que parece as listas já estiveram online e foram retiradas. - Para quando um processo sério que não brinque com as expectativas, ansiedades e angústias das pessoas?
Desejo boa sorte para todos! Não me esqueço que ainda há pouco tempo a minha vida também era feita destes momentos avassaladores...
Entretanto no Professores Lusos a loucura é total...
A Palavra a Santana Castilho
A Palavra a Santana Castilho
* Professor do ensino superior (s.castilho@netcabo.pt)
Uma oportunidade perdida
in Público, 31 de Agosto de 2011
Uma oportunidade perdida
Santana Castilho *
Que temos, dois meses depois? Pensões e salários violentamente tributados, dividendos e transferências para os offshores isentadas. Dez por cento do PIB nas mãos dos 25 mais ricos, cujo património aumentou 17,8 por cento. Impostos e mais impostos, que juraram não subir e de que se serviram para correr com o outro. Aumentos brutais do que é básico, da saúde aos transportes, passando pela electricidade e gás. Venda em saldo do BPN, sem direito sequer a saber os critérios da escolha da proposta mais barata, depois de todos nós termos subsidiado com 2.400 milhões de euros, pelo menos, vigaristas, donos e falsos depositantes. Afã para vender a água que beberemos no futuro. Quinhentas nomeações para a máquina do Estado, cuja obesidade reprovavam. Abolição da gravata. Espionagem barata com muito, mesmo muito, por esclarecer. Descoberta de um caixote de facturas não contabilizadas no esconso de um instituto em vias de fusão. Início da recuperação do TGV, antes esconjurado. Promessa de bandeirinhas nacionais em tudo o que se exporte. Um presidente que se entretém no Facebook, cobardia colectiva e mais uma peregrinação reverencial à Europa, que o primeiro-ministro inicia hoje. A tesouraria do Estado necessitou da troika. Mas o país dispensava o repetido discurso de gratidão subserviente de Pedro Passos Coelho. Aquilo a que ele chama ajuda é um negócio atípico. Atípico pelos juros invulgarmente altíssimos e atípico por o prestamista se imiscuir violentamente na vida do devedor, a ponto de ter tornado o Governo de um país com mais de 800 anos de história, outrora independente, num grémio administrativo de aplicação do acordo com a troika.
A marca mais impressiva de um Governo que fala de mudança sem a saber operar está na Educação. Quem gere hoje o ensino só se distingue do Governo anterior no estilo. Na essência da política não diverge. O desejo de implodir o ministério sucumbiu à evidente falta de ideias reformistas e à ditadura das circunstâncias e da inércia de sempre. Dois meses volvidos, a oportunidade perdida é irreversível.
Sobre a avaliação do desempenho dos professores, está tudo dito, seja no plano técnico, seja no político. Os resultados de 4 anos de teimosia são evidentes e resumem-se à destruição da coesão docente e do espírito cooperativo, que marca a essência de uma Escola. Passos Coelho chamou-lhe monstruosa e kafkiana e jurou que a suspenderia de imediato, se fosse Governo. Mas, afinal, a liturgia voltou. Os resultados serão desastrosos. Certo teria sido suspender o processo, como prometido, e condicioná-lo ao que de seguida abordo. Não o ter feito foi uma oportunidade perdida.
A Educação não é uma actividade mercantil. Mas a tarefa de lhe medir os resultados começou a ser contaminada pelo mercantilismo a que econometristas de sucesso e organizações internacionais preponderantes a passaram a submeter, a partir da década de 80. Uns foram na onda, outros não. Uns reflectiram, outros engoliram. Nós tragámos sofregamente. Era altura de arrepiar caminho. Um Governo preparado teria tomado três medidas imediatas: alterar o modelo de gestão das escolas, responsabilizando todos, pela via eleitoral, pelas escolhas feitas; assumir que a avaliação do desempenho dos professores é parte da avaliação do desempenho das escolas, dela indissociável, e que estes processos não são compagináveis com modelos universais, outrossim instrumentos de gestão de cada escola; reformar drasticamente a Inspecção-Geral da Educação, reorganizando-a por áreas científicas e alocando equipas de inspecção a grupos fixos de escolas. Não ter feito isto, imediatamente, foi uma tremenda oportunidade perdida.
Um Governo preparado, com estudo produzido durante seis anos de oposição, saberia como limpar o lixo administrativo e legislativo, que transformou os professores em escravizados burocratas de serviço. Nada ter acontecido neste campo, nestes dois meses, foi outra oportunidade perdida.
Um Governo competente teria anunciado imediatamente um concurso nacional de professores, para ser lançado no próximo ano, visando a correcção possível das injustiças gritantes dos últimos tempos, e teria apresentado já uma revisão do estatuto da carreira docente, que devolvesse aos professores a autonomia, a dignidade profissional e a independência científica e intelectual perdidas. Não o ter feito foi uma grande oportunidade perdida.
Um Governo seguro e com contas feitas já teria proposto a extinção da Parque Escolar, Empresa Pública, já teria decretado a suspensão de todo e qualquer tipo de novas iniciativas do Programa Novas Oportunidades e já teria tornado público o plano de corte na Educação dos 370 milhões de euros previstos no acordo com a troika. Não o ter feito foi uma grave oportunidade perdida.
Um Governo com alternativas teria já divulgado um exigente estatuto do Aluno, um coerente plano de outorga de verdadeira autonomia às escolas, incluindo a gestão de um currículo local, e teria, naturalmente, suspendido o inadequado processo de junção forçada de escolas. Não o ter feito foi uma irrecuperável oportunidade perdida.
Um Governo corajoso, tanto mais que tem o ensino não superior e o superior sob tutela do mesmo ministro, teria já anunciado uma intervenção séria e exigente no processo de formação inicial dos professores. Não o ter feito foi, ainda, uma oportunidade perdida.
O que citei é apenas parte do que seria necessário fazer. Não salvaria o Governo. Mas já o condena pela oportunidade perdida.
* Professor do ensino superior (s.castilho@netcabo.pt)
Inadmissível
Inadmissível
De discriminação em discriminação, de divisao em divisão... até à guerra total?
Não entendo esta fase do modelito ADD. Sucessivamente remendado no tempo das outras senhoras, eis que surge agora um tempo estranho, um tempo de sucessivas propostas com apagões ou buracos negros. É uma fase estranha, esta, em que primeiro se apresenta um modelo que isenta de toda e qualquer avaliação os professores do 8º e do 9º escalão, já revisto na última proposta apresentada e revista, mas eis que aqui surge novo apagão ou buraco negro, agora para os contratados, que o MEC quer impedir de poderem aceder à classificação de excelente. Indecente, não?
O dinheiro não chega para tudo? O dinheiro não chega para nada? Admita-se, caramba!, que o modelo é ruinoso como grande parte da obra herdada do pê esse que nos legou este desvario. Monte-se outro, outro modelito, mais racional e correcto, que seja mais uniforme, mais formativo.
Afinal tanta coisa, tanta coisa, o modelo anterior não avaliava com rigor, e este de MLR avalia?! Um poço sem fundo de sorvedouro de dinheiro, de energias, de recursos... para chegarmos ao fim do primeiro ciclo avaliativo e termos 13 professores insuficientes em mais de uma centena de milhar?! Mas alguém acredita nisto? Estes governantes acharão mesmo que vale a pena insistir no aborto?
E se assumissemos, de uma vez por todas, as nossas debilidades e pobreza... também de espírito?
E se chamássemos os bois pelos nomes? E se deixássemos de fingir?
Não é de verdade que o país precisa?
De discriminação em discriminação, de divisao em divisão... até à guerra total?
Não entendo esta fase do modelito ADD. Sucessivamente remendado no tempo das outras senhoras, eis que surge agora um tempo estranho, um tempo de sucessivas propostas com apagões ou buracos negros. É uma fase estranha, esta, em que primeiro se apresenta um modelo que isenta de toda e qualquer avaliação os professores do 8º e do 9º escalão, já revisto na última proposta apresentada e revista, mas eis que aqui surge novo apagão ou buraco negro, agora para os contratados, que o MEC quer impedir de poderem aceder à classificação de excelente. Indecente, não?
O dinheiro não chega para tudo? O dinheiro não chega para nada? Admita-se, caramba!, que o modelo é ruinoso como grande parte da obra herdada do pê esse que nos legou este desvario. Monte-se outro, outro modelito, mais racional e correcto, que seja mais uniforme, mais formativo.
Afinal tanta coisa, tanta coisa, o modelo anterior não avaliava com rigor, e este de MLR avalia?! Um poço sem fundo de sorvedouro de dinheiro, de energias, de recursos... para chegarmos ao fim do primeiro ciclo avaliativo e termos 13 professores insuficientes em mais de uma centena de milhar?! Mas alguém acredita nisto? Estes governantes acharão mesmo que vale a pena insistir no aborto?
E se assumissemos, de uma vez por todas, as nossas debilidades e pobreza... também de espírito?
E se chamássemos os bois pelos nomes? E se deixássemos de fingir?
Não é de verdade que o país precisa?
terça-feira, 30 de agosto de 2011
Novas do MEC - ADD
Novas do MEC - ADD
Pode ler o documento, na sua totalidade e com alterações a negrito, aqui. Há novidades. Todos passam a ser avaliados e não há cá professores do 8º e do 9º escalão isentos de avaliação ad eternum.
Ora o princípio está correcto. A avaliação quando nasce, nasce para todos. Foi para isto que lutei, para que ninguém ficasse isento, porque, se a avaliação é um dever, é certo que a avaliação é também um direito.
Mas quem disse que não vale a pena lutar? Pois não vale, quando nada se faz.
Mas atenção. O modelito continua péssimo. Com os do 2º e 4º escalão a gramarem com toda a avaliação complex e os restantes a beneficiarem de uma avaliação mais ou menos simplex.
Chamo a atenção para a obrigatoriedade das aulas observadas serem de 90 minutos. E levanto um problema. E quem as não tem? Os de Moral, por exemplo? E quem tem sempre os blocos desdobrados em dois tempos de 45 minutos cada como penso que vai ser o meu caso? Como se resolve este imbróglio?
E há um artigo intrigante. O Artigo 18.º - Observação de aulas - diz textualmente no seu ponto 7 - Não há lugar à observação de aulas dos docentes em regime de contrato.
Pode ler o documento, na sua totalidade e com alterações a negrito, aqui. Há novidades. Todos passam a ser avaliados e não há cá professores do 8º e do 9º escalão isentos de avaliação ad eternum.
Ora o princípio está correcto. A avaliação quando nasce, nasce para todos. Foi para isto que lutei, para que ninguém ficasse isento, porque, se a avaliação é um dever, é certo que a avaliação é também um direito.
Mas quem disse que não vale a pena lutar? Pois não vale, quando nada se faz.
Mas atenção. O modelito continua péssimo. Com os do 2º e 4º escalão a gramarem com toda a avaliação complex e os restantes a beneficiarem de uma avaliação mais ou menos simplex.
Chamo a atenção para a obrigatoriedade das aulas observadas serem de 90 minutos. E levanto um problema. E quem as não tem? Os de Moral, por exemplo? E quem tem sempre os blocos desdobrados em dois tempos de 45 minutos cada como penso que vai ser o meu caso? Como se resolve este imbróglio?
E há um artigo intrigante. O Artigo 18.º - Observação de aulas - diz textualmente no seu ponto 7 - Não há lugar à observação de aulas dos docentes em regime de contrato.
O que quer isto dizer? Como para se aceder à avaliação de excelente as aulas observadas são obrigatórias e como os contratados são excluídos da observação de aulas... pois! Teremos aqui mais uma discriminação grave, agora sobre os contratados?
E há uma passagem ridícula que precisa, do meu ponto de vista, de um apagamento total - A obrigatoriedade de ADD para quem já pediu a aposentação.
Do oito quer-se passar ao oitenta e... nem tanto ao mar, nem tanto à terra!
Acho eu.
E há uma passagem ridícula que precisa, do meu ponto de vista, de um apagamento total - A obrigatoriedade de ADD para quem já pediu a aposentação.
Do oito quer-se passar ao oitenta e... nem tanto ao mar, nem tanto à terra!
Acho eu.
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
Dia Cinco
Vinhedos do Douro - Património Mundial da Humanidade - Portugal
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães
E o dia de hoje fez-se de mergulho no Douro, de mergulho de cabeça numa das regiões mais belas e preservadas de Portugal, justamente considerada Património Mundial da Humanidade.
Iniciámos o dia em S. Leonardo da Galafura, em terras de Miguel Torga, onde as vistas se alargam sobre socalcos e mais socalcos de vinhedos que brotam do solo quente e xistoso, cortados a meio pelo Douro que corre, lá em baixo, bem encaixado nas encostas maravilhosas. Em S. Leonardo de Galafura, a paisagem é, verdadeiramente, de cortar a respiração. Para quem não conhece a beleza imperdível, não tem que enganar - em Vila Real apanhe a estrada para a Régua e vire na indicação do miradouro. Claro que também poderá fazer a visita viajandoem sentido contrário... de qualquer modo, garanto-lhe, não dará o seu tempo por perdido se pretende ficar com o Douro, literalmente, aos seus pés.
Dali seguimos até ao Pinhão, por montes e vales mais ou menos suaves, feitos de mais e mais socalcos verdes, já a começar a raiar de vermelho, que o Outono aproxima-se a passos largos e já há vindimas no Douro.
Finalmente chegámos a Foz Côa, não atraídos pela povoação em si, mas pelo seu Museu, fabuloso edifício já falado neste blogue e que vale bem a deslocação só pela arquitectura, como foi o caso de hoje, segunda-feira, museu encerrado, azar! Porque o interior também vale bem a visita.
E encerrámos o dia cinco de férias portuguesas, "concertezas"!, que o país está em profunda crise e todos temos de contribuir para a retoma desta coisa sob pena de sucumbirmos...
Dear Telephone - Providence
Dear Telephone - Providence
Porque a vida também é feita de música e eu acabo de acabar o meu ralatório... Yupi! mas que raio de tempo mais mal gasto!... e agora só me falta fazer a revisão final... Yupi! Yupi Oh!... apresento este grupo português - Dear Telephone - surpreendentemente bom e com uma sonoridade que eu amo.
Porque a vida também é feita de música.
Porque a vida também é feita de música e eu acabo de acabar o meu ralatório... Yupi! mas que raio de tempo mais mal gasto!... e agora só me falta fazer a revisão final... Yupi! Yupi Oh!... apresento este grupo português - Dear Telephone - surpreendentemente bom e com uma sonoridade que eu amo.
Porque a vida também é feita de música.
domingo, 28 de agosto de 2011
Vergonha
Vergonha
Mas vergonha mesmo é o que sinto por um país que monta um sistema de ADD que exclui as professoras grávidas e as penaliza com a não progressão na carreira.
Mas vergonha mesmo é o que sinto por um país que monta um sistema de ADD que exclui as professoras grávidas e as penaliza com a não progressão na carreira.
Concursos à Medida
Concursos à Medida
Os exemplos dos concursos à medida, à medida de quem contrata e à medida de quem se pretende contratar, abundam e têm sido denunciados pelo Ricardo Montes, do blogue Professores Lusos.
A notícia chegou agora ao DN. Leia aqui.
Os exemplos dos concursos à medida, à medida de quem contrata e à medida de quem se pretende contratar, abundam e têm sido denunciados pelo Ricardo Montes, do blogue Professores Lusos.
A notícia chegou agora ao DN. Leia aqui.
sábado, 27 de agosto de 2011
A "Fotógrafa" Fotografada
A "Fotógrafa" Fotografada - Guimarães
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
Agora em auto-retrato. No Paço dos Duques de Bragança.
A "Fotógrafa" Fotografada
A "Fotógrafa" Fotografada - Guimarães - Portugal
Fotografia de Paulo Teixeira
Igreja de S. Miguel - Guimarães - Portugal
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
Apanhada em pleno acto fotográfico, completamente sem dar conta que algures nos meus arredores um paparazzo amarantino captava uma fotografia aqui da "fotógrafa", fotografando mais um monumento românico, desta feita a pequena Igreja de S. Miguel, do século XIII, nos arredores do Castelo de Guimarães.
Partilho as duas fotografias. As duas de autorias distintas, as duas do dia dois.
Obrigada, Paulo Teixeira, pela surpresa inimaginável!
Decepção de Cavaco
Decepção de Cavaco
Não é o momento de falarmos sobre o pagamento de impostos diminuto que proporcionalmente pagam os multimilionários? E então se não é agora, em que milhões vêem as suas rendas reduzidas quer por via do aumento de impostos, quer por cortes nas ajudas sociais, quer por confiscação de parte do 13º mês... se não é agora, é quando?
Não é exactamente agora que devemos exigir moralidade para este mundo imoral, agora que muitos vêem a sua vida fazer marcha atrás? Agora que até os megarricos do planeta levantam a sua voz para exigir moralidade? Sim, eu sei, se o mundo global descambar mesmo num descontrolo total... são exactamente estes os que mais perderão... e até eles já viram isso. Pena que muitos políticos andem.. ceguinhos?!
Ouça as declarações de Cavaco Silva clicando aqui.
Não é o momento de falarmos sobre o pagamento de impostos diminuto que proporcionalmente pagam os multimilionários? E então se não é agora, em que milhões vêem as suas rendas reduzidas quer por via do aumento de impostos, quer por cortes nas ajudas sociais, quer por confiscação de parte do 13º mês... se não é agora, é quando?
Não é exactamente agora que devemos exigir moralidade para este mundo imoral, agora que muitos vêem a sua vida fazer marcha atrás? Agora que até os megarricos do planeta levantam a sua voz para exigir moralidade? Sim, eu sei, se o mundo global descambar mesmo num descontrolo total... são exactamente estes os que mais perderão... e até eles já viram isso. Pena que muitos políticos andem.. ceguinhos?!
Ouça as declarações de Cavaco Silva clicando aqui.
Castelo de Montalegre com Dedicatória
Castelo de Montalegre - Montalegre - Serra do Barroso - Portugal
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
Confesso que não tenho dotes especiais para coisa nenhuma a não ser para a insistência e para a não desistência. Comecei a fotografar em 2007, tardiamente portanto, à conta deste blogue que precisava ser ilustrado e, desde que me iniciei na fotografia, disparo a torto e a direito, coisa só possível para quem tem uma máquina digital e encostou a velhinha analógica.
Hoje terminei o meu dia em Montalegre, terra natal do Luís Costa a quem agradeço o carinho de uma dedicatória que me deixou deveras sensibilizada por ser eu vista como musa inspiradora de trabalho meticuloso e aperfeiçoado.
Retribuo-te agora a gentileza. A fotografia do teu castelo, forte, seguro, presente, sólido... é também a tua fotografia.
Espero que dela gostes. Porque foi tirada e manipulada com carinho.
Dia Quatro
Castelo da Póvoa de Lanhoso - Gerês - Portugal
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
Vistas do santuário de S. Mamede - Gerês - Portugal
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
A Caminho de Salamonde - Gerês - Portugal
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
Ponte da Mizarela ou Ponte do Diabo - Gerês - Portugal
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
Urze Rosa do Gerês - Gerês - Portugal
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
Mosteiro de Pitões das Júnias - Gerês - Portugal
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
O meu dia quatro de viagem fez-se da maravilhosa estrada que liga Braga a Montalegre, calcorreada de carro, devagar, espreita aqui umas fragas, espreita acolá uma ponte e um rio e olha ali aquela barragem e respectiva albufeira e faz um trilho para desentorpecer as pernas Anabela Maria! que é preciso exercitá-las para elas não emperrarem!
A estrada para as Caldas do Gerês estava bastante concorrida e por isso resolvemos atacar a parte direita do Parque Nacional, exactamente a que encosta serenamente em planaltos belíssimos à igualmente bela Serra do Barroso.
À medida que nos afastámos da civilização e da pantominice, a paisagem depura-se em montes por vezes escarpados e vales encaixados, por onde correm rios vários, não sei se todos represados.
A primeira paragem fez-se no Castro de Lanhoso, meia dúzia de casas descobertas aquando da abertura da estrada para o castelo, e no Castelo de Póvoa do Lanhoso, um castelo pequenino e muito belo, de fundação anterior à nacionalidade, e que tem como principal característica o estar edificado sobre uma gigantesca plataforma granítica. O sítio é magnífico, os olhares perdem-se no horizonte largo permitido pelo sítio altaneiro em que os nossos ascendentes edificaram a fortificação.
Retomámos a direcção de Montalegre, para sairmos dela logo de seguida em direcção ao santuário e miradouro de S. Mamede, o que nos permitiu mirar um Gerês de penedias agrestes e, por aqui, ainda preservado de urbanizações e construções manhosas, que se avistam lá ao longe, felizmente suficientemente ao longe para não perturbarem a harmonia do conjunto. E toca de retomar o caminho, espreita agora Salamonde e de seguida é preciso esticar as pernas, de novo, numa caminhada curta sobre mau piso até à estranha Ponte de Mizarela, também conhecida por Ponte do Diabo, edificada sobre o rio Rabagão.
O sítio é magnífico e aconselho a todos os meus leitores a caminhada breve até à ponte estreita, elegante e altiva, de dorso levantado por um único arco, e com uma curvatura estranha, logo à entrada. Como esta, garanto-vos, nunca vi outra.
E toca de abalar para Pitões das Júnias, pelo caminho admirando a beleza da vegetação, composta por tapetes de urze rosa que dão um colorido ímpar à serra e vamos lá fazer a última caminhada do dia, até ao dito Mosteiro Beneditino, em grande parte muito arruinado, edificado num sítio ermo, junto a um riacho muito belo por onde correm ainda hoje águas deveras cristalinas e frescas. A caminhada, curta, vale o esforço da descida e o esforço da subida.
Depois de uma incursão rápida pela aldeia era já tempo de partir para Montalegre onde chegámos ao anoitecer e com um frio de rachar provocado pelo vento cortante que nos arrefecia a alma.
Fiquei a pensar nos dias mais do que agrestes do Senhor Inverno... vida dura, a desta gente!
A hora era mesmo a de agasalhar o papito, coisa que fizemos pertinho do castelo, na Tasca do Açougue, onde em boa hora parámos para degustar a maravilhosa carne do Barroso.
Aconchegadinhos, retornámos ao lar.
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
Dia Três
Citânia de Briteiros - Briteiros - Portugal
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães
Pedra Formosa - Museu da Cultura Castreja - Briteiros - Portugal
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
Museu de Arqueologia - Braga - Portugal
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães
E ao terceiro dia, eis que chegámos a Braga... eheheh... com chuva, pois então! que este Verão vai ficar na memória de todos os portugueses como o Verão que resolveu acompanhar a crise e deu só uns ares da sua graça para se escafeder, logo de seguida, em dias sucessivos de chuva, temporal, ventos e nevoeiros para nada faltar de esquisito neste tempo atípico como o raio que o parta.
Mas, antes de atacar Braga, tenho de falar da visita à belíssima e muito especial Citânia de Briteiros que não era por mim pisada desde a minha adolescência. Ando em périplos de peregrinação por locais já visitados em tempos que já lá vão e que agora são revisitados com outros olhares e são agora fotografados, por mim, a torto e a direito, num trabalho contínuo e sistemático que iniciei no já longínquo ano de 2005.
A Citânia de Briteiros é um povoado de origem proto-histórica onde subsistiram testemunhos de ocupação humana desde o Neolítico até à Idade Média, muito embora o povoado observável e visitável date da Idade do Ferro e tenha sido praticamente abandonado após a romanização, restando, talvez, uma ocupação muito residual posterior.
A implantação do povoado é típica da Cultura Castreja, no cimo de um monte, com vistas largas e generosas para as terras envolventes, não que eles estivessem propriamente interessados em observar a beleza da panorâmica avistada, mas porque regiam-se por claras motivações defensivas, bem expressas em três cinturas de muralhas, ainda hoje observáveis e em bom estado de conservação, testemunhas de um tempo por certo imensamente mais perigoso e bélico.
As ruas empedradas cortam o povoado e organizam-no em torno de dois eixos principais e muitos outros secundários e até terciários e por todo o povoado pode observar-se a sua beleza rude e elegante, composta de habitações de aparelho granítico e planta rectangular e circular, duas das quais se encontram reconstituídas. Pode ainda observar-se a Casa do Conselho e a zona dos Banhos Públicos.
De referir ainda, como ponto forte da visita, um Centro de Acolhimento, de arquitectura contemporânea, muito bem esgalhado e integrado na paisagem e que apoia os visitantes no essencial, tendo até uma pequena cafetaria para uma qualquer fomita súbita que se faça sentir.
Do castro rumámos ao Museu da Cultura Castreja, instalado no Solar da Ponte, uma das residências de Martins Sarmento, o explorador estudioso desta e de outras citânias, cuja visita está incluída no preço de entrada da Citânia e onde a atracção é, sem dúvida, a belíssima "Pedra Formosa" que com voc~es partilho.
E toca de abalar para Braga, direcção Sé de Braga, debaixo de chuva, raios parta quem engendrou este Verão foleiro até dizer chega! E da Sé de Braga não rezará este post e as visitas da tarde acabaram no muito belo Museu de Arqueologia, museu recente que alberga peças desde o Paleolítico até à época romana.
As oportunidades de enriquecimento do meu espólio fotográfico criam-se, ano após ano, talvez porque por aqui não se amam propriamente aquelas férias mais convencionais em que se queimam dias e dias, de papo para o ar à beira mar plantados... a torrar... ai meus deuses que canseira!
Por aqui,entretanto, continua a chover certinho e forte. Continuarei as minhas incursões num Portugal agora revisitado?
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
Dia Dois
Mosteiro de Santa Maria de Pombeiro - Felgueiras - Portugal
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
Castelo de Guimarães - Guimarães - Portugal
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
Paço dos Duques de Bragança - Guimarães - Portugal
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
Largo da Oliveira - Guimarães - Portugal
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
E ao segundo dia de viagem eis que consegui chegar a Guimarães, ao berço da Nacionalidade, não sem antes percorrer mais uma parte da Rota do Românico, neste caso o Percurso Norte, com visita guiada ao Mosteiro Beneditino de Santa Maria de Pombeiro, em Felgueiras, visita demorada e cruzada com um peregrino solitário que partiu de Salamanca, de bicicleta, há já uns bons dias, e se dirige agora para Santiago de Compostela, cidade onde chegará, talvez, no próximo fim-de-semana.
A conversa foi muito boa, a visita, guiada por um dos técnicos que integram a equipa da Rota do Românico, também... e alas que se faz tarde que ainda queremos ver Guimarães e pelo caminho ainda se nos atravessará uma estrada e uma ponte romana...
Não visitava o Castelo desde os anos oitenta, idem aspas aspas para o Paço dos Duques de Bragança e hoje foi dia de colocar a escrita em dia com estes monumentos emblemáticos desta cidade berço de Portugal.
Fotografias aqui vou eu, e assim, grão a grão, enriqueço o meu património fotográfico, ligado à História, que posteriormente selecciono e integro nas minhas aulas. De notar que ainda me sobrou tempo para uma visita ao Museu Alberto Sampaio onde repousa o loudel, veste militar usada pelo nosso bem amado D. João I na famosa Batalha de Aljubarrota, e que este rei ofereceu a Santa Maria de Guimarães, santa de quem era muito devoto.
Fim de tarde perfeito só podia acabar no belíssimo e único Largo da Oliveira, degustando demoradamente um gelado, ao som de música ao vivo, entre gente de muitas nacionalidades.
Guimarães prepara-se para ser Capital Europeia da Cultura. Que corra bem!
Ponto da Situação
Ponto da Situação
Nim.
E mais maratonas, Não! É que última, a que meteu pizzas, acabou mal de caramba!
Parabéns ao meu sindicato que reivindica uma avaliação para todos os docentes.
Só faltou mesmo reivindicar a morte deste modelito porque o que nasceu torto, dificilmente se endireita.
É o caso.
Nim.
E mais maratonas, Não! É que última, a que meteu pizzas, acabou mal de caramba!
Parabéns ao meu sindicato que reivindica uma avaliação para todos os docentes.
Só faltou mesmo reivindicar a morte deste modelito porque o que nasceu torto, dificilmente se endireita.
É o caso.
terça-feira, 23 de agosto de 2011
Dia Um - Rota do Românico - Percurso Sul
Rota do Românico - Percurso Sul - Portugal
Dia Um - Rota do Românico - Percurso Sul
Hoje foi dia de cumprir uma peregrinação românica a partir de Penafiel. Com início na belíssima Ermida de Nossa Senhora do Vale e continuação pelo Mosteiro de São Pedro de Cete, pelo Mosteiro do Salvador de Paço de Sousa, pela Igreja do Salvador de Cabeça Santa, passando pela especial e minúscula Igreja de São Gens de Boelhe terminei esta rota na Igreja de São Pedro de Abragão.
Os exemplares arquitectónicos românicos foram todas fotografadas por fora, de cima para baixo e de baixo para cima e poderão enriquecer agora a minha apresentação em PowerPoint sobre o Românico que por sua vez enriquecerá a minha página de apresentações já renovadas.
Os pontos fortes deste Percurso Sul, que agora partilho com os meus leitores, são a excelente sinalética que indica sem falhas os percursos, o património arquitectónico visitado, belíssimo, eu amo a simplicidade e o despojamento românico!, e as envolventes dos edifícios, por norma bastante bem arranjadas e com edifícios de arquitectura tradicional portuguesa de qualidade assinalável e quase todos restaurados e cuidados.
Os pontos fracos são mesmo o facto de apanharmos todos os edifícios fechados e ainda a pantominice em que estas terras e terrinhas estão mergulhadas. A "paisagem construída, ou terá sido antes destruída?" entre edifícios românicos visitados é indescritível de má, é mesmo inacreditável com edifícios de vários andares plantados no meio de campos de milho, casas assim e assado, frito e também cozido, a lembrarem-me as arquitecturas socratinas, indignas. Pelo meio sobrevive, aqui e ali em avistamentos raros, uma ou outra casa condigna, vinda de tempos que já lá vão. O caos é de tal ordem que me obrigou a pensar que os autarcas e técnicos que permitiram tais crimes urbanísticos em Portugal deviam estar todos presos.
Porque a pantominice urbana devia ser punida por lei. E não o é.
Mas... voltando à Rota do Românico... hoje percori uma parte dela e recomento o seu percurso a todos os meus leitores. Vale bem pelos edifícios românicos visitados.
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
Hoje foi dia de cumprir uma peregrinação românica a partir de Penafiel. Com início na belíssima Ermida de Nossa Senhora do Vale e continuação pelo Mosteiro de São Pedro de Cete, pelo Mosteiro do Salvador de Paço de Sousa, pela Igreja do Salvador de Cabeça Santa, passando pela especial e minúscula Igreja de São Gens de Boelhe terminei esta rota na Igreja de São Pedro de Abragão.
Os exemplares arquitectónicos românicos foram todas fotografadas por fora, de cima para baixo e de baixo para cima e poderão enriquecer agora a minha apresentação em PowerPoint sobre o Românico que por sua vez enriquecerá a minha página de apresentações já renovadas.
Os pontos fortes deste Percurso Sul, que agora partilho com os meus leitores, são a excelente sinalética que indica sem falhas os percursos, o património arquitectónico visitado, belíssimo, eu amo a simplicidade e o despojamento românico!, e as envolventes dos edifícios, por norma bastante bem arranjadas e com edifícios de arquitectura tradicional portuguesa de qualidade assinalável e quase todos restaurados e cuidados.
Os pontos fracos são mesmo o facto de apanharmos todos os edifícios fechados e ainda a pantominice em que estas terras e terrinhas estão mergulhadas. A "paisagem construída, ou terá sido antes destruída?" entre edifícios românicos visitados é indescritível de má, é mesmo inacreditável com edifícios de vários andares plantados no meio de campos de milho, casas assim e assado, frito e também cozido, a lembrarem-me as arquitecturas socratinas, indignas. Pelo meio sobrevive, aqui e ali em avistamentos raros, uma ou outra casa condigna, vinda de tempos que já lá vão. O caos é de tal ordem que me obrigou a pensar que os autarcas e técnicos que permitiram tais crimes urbanísticos em Portugal deviam estar todos presos.
Porque a pantominice urbana devia ser punida por lei. E não o é.
Mas... voltando à Rota do Românico... hoje percori uma parte dela e recomento o seu percurso a todos os meus leitores. Vale bem pelos edifícios românicos visitados.
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
Líbia - Testemunho em Português
Líbia - Testemunho em Português
Ouça-o aqui. Porque há uma família portuguesa que permanece em Trípoli.
Ouça-o aqui. Porque há uma família portuguesa que permanece em Trípoli.
Entretanto pela Líbia
Entretanto pela Líbia
O fim de um está próximo. Falta o outro. O Assad.
Segura-te, Sahel!
E parabéns aos rebeldes, muitos gente comum, como eu, como tu, como nós, que pegou em armas pela primeira vez para defender o seu direito à Democracia e à Liberdade.
Espero que estes desígnios se cumpram.
Está a ser bonito de se ver. Que assim continue.
O fim de um está próximo. Falta o outro. O Assad.
Segura-te, Sahel!
E parabéns aos rebeldes, muitos gente comum, como eu, como tu, como nós, que pegou em armas pela primeira vez para defender o seu direito à Democracia e à Liberdade.
Espero que estes desígnios se cumpram.
Está a ser bonito de se ver. Que assim continue.
Sugestão de Avaliação a Quem Engendrou o SIADAP
Sugestão de Avaliação a Quem Engendrou o SIADAP
Mudem as regras de avaliação dos funcionários na Função Pública. Sigam a sugestão do MEC. Isentem de avaliação um terço em cada carreira, ad eternum, e assim pouparão uns aéreos. Isentem de avaliação os mais velhos. Porque estão cansados, porque estão velhos, doentes, coxos e cegos. Porque são sábios e muita bons. Sigam as sugestões do MEC e do Ramiro Marques. Poupem recursos. Poupem oiros.
Mudem as regras de avaliação dos funcionários na Função Pública. Sigam a sugestão do MEC. Isentem de avaliação um terço em cada carreira, ad eternum, e assim pouparão uns aéreos. Isentem de avaliação os mais velhos. Porque estão cansados, porque estão velhos, doentes, coxos e cegos. Porque são sábios e muita bons. Sigam as sugestões do MEC e do Ramiro Marques. Poupem recursos. Poupem oiros.
Ainda a Tempestade
Efeitos da Tempestade de Ontem - Cepelos - Amarante
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
A de ontem, a que se abateu sobre Amarante, inclemente, e deixou chapas de carros amolgadinhas até dizer chega e deitou árvores abaixo como esta, enormesca, à entrada do Hotel Casa da Calçada.
Por aqui foi verdadeiramente assustador e nem o meu pai, 74 anos cumpridos, tem memória de calhaus assim desproporcionados a caírem do céu furibundo.
Os Professores Querem Ser Avaliados?
Os Professores Querem Ser Avaliados?
Eu quero.
E ainda quero mais - Quero uma avaliação para todos - para os que têm olhos azuis, para os cegos de um olho, para os gordos e para os magros, para os baixos e para os altos, para os que estão no 1º escalão e para os que estão no último. E defendo-a para todos porque a avaliação não incidirá sobre estas dimensões já referidas mas apenas sobre aquela que todos têm em comum - a actividade lectiva.
Sou esquisita? Pois serei. Mas não me acusarão de ser professora e não querer ser avaliada, não me acusarão de ser professora e não querer avaliação.
Ouviste, ó Sócrates?
Ouviste, ó Maria de Lurdes Rodrigues?
Eu quero.
E ainda quero mais - Quero uma avaliação para todos - para os que têm olhos azuis, para os cegos de um olho, para os gordos e para os magros, para os baixos e para os altos, para os que estão no 1º escalão e para os que estão no último. E defendo-a para todos porque a avaliação não incidirá sobre estas dimensões já referidas mas apenas sobre aquela que todos têm em comum - a actividade lectiva.
Sou esquisita? Pois serei. Mas não me acusarão de ser professora e não querer ser avaliada, não me acusarão de ser professora e não querer avaliação.
Ouviste, ó Sócrates?
Ouviste, ó Maria de Lurdes Rodrigues?
Negociações
Negociações
Iniciam-se hoje, entre o MEC e os sindicatos. O tema que as origina, Avaliação do Desempenho Docente, continua a fazer os seus estragos nas escolas portuguesas pois o modelito não podia ter sido mais mal parido, ou não tivesse sido parido ao tempo da governação daqueles senhores e senhoras que eu agora não nomeio e que pouco mais fizeram do que asneiras atrás de asneiras que pagamos, agora, com medidas duríssimas nunca vistas. A asneira paga-se caro. A persistência nela ainda pior. E este é o caso da ADD, remendada sucessivamente, já teve remendos de estopa e de veludo e o estupor nem remendada funcionou. O modelo, péssimo, continua de pé e a fazer os seus estragos, vira o disco e toca o mesmo, volta que volta e toca a virar e não é que se aguentou estes anos todos de pedra e cal?
Parece um fado. Triste. Há pouco passou a fase mais rocambolesca de todas as fases de sobrevivência do dito. Os partidos agora no governo votaram pela sua extinção na Assembleia da República - Terá sido há 3 meses? - e não é que agora mantêm o dito cujo, pujante de vida, apenas com uns remendos simplificadores aqui, outros duvidosos acoli e, novidade das novidades!, entramos agora numa nova fase - a fase a que eu chamo de buraco negro?!
Pois não é que pretendem engolir 40 mil de nós isentando-os de toda e qualquer avaliação?
Tal ideia não é de todo compatível com um homem que se fartou de fazer a apologia do rigor, da avaliação e patati e mais patatá, que isto já começa a ser extraordinariamente cansativo vê-los cá fora a defender preto e chegados lá, ao poder, não é que se lhes dá umas reviravoltas repentinas e lá começam eles a defender branco?
Espero, sinceramente, que o meu sindicato não assine modelos de ADD com buracos negros incluídos. Para asneirada grossa, já bastou a das pizzas.
Iniciam-se hoje, entre o MEC e os sindicatos. O tema que as origina, Avaliação do Desempenho Docente, continua a fazer os seus estragos nas escolas portuguesas pois o modelito não podia ter sido mais mal parido, ou não tivesse sido parido ao tempo da governação daqueles senhores e senhoras que eu agora não nomeio e que pouco mais fizeram do que asneiras atrás de asneiras que pagamos, agora, com medidas duríssimas nunca vistas. A asneira paga-se caro. A persistência nela ainda pior. E este é o caso da ADD, remendada sucessivamente, já teve remendos de estopa e de veludo e o estupor nem remendada funcionou. O modelo, péssimo, continua de pé e a fazer os seus estragos, vira o disco e toca o mesmo, volta que volta e toca a virar e não é que se aguentou estes anos todos de pedra e cal?
Parece um fado. Triste. Há pouco passou a fase mais rocambolesca de todas as fases de sobrevivência do dito. Os partidos agora no governo votaram pela sua extinção na Assembleia da República - Terá sido há 3 meses? - e não é que agora mantêm o dito cujo, pujante de vida, apenas com uns remendos simplificadores aqui, outros duvidosos acoli e, novidade das novidades!, entramos agora numa nova fase - a fase a que eu chamo de buraco negro?!
Pois não é que pretendem engolir 40 mil de nós isentando-os de toda e qualquer avaliação?
Tal ideia não é de todo compatível com um homem que se fartou de fazer a apologia do rigor, da avaliação e patati e mais patatá, que isto já começa a ser extraordinariamente cansativo vê-los cá fora a defender preto e chegados lá, ao poder, não é que se lhes dá umas reviravoltas repentinas e lá começam eles a defender branco?
Espero, sinceramente, que o meu sindicato não assine modelos de ADD com buracos negros incluídos. Para asneirada grossa, já bastou a das pizzas.
domingo, 21 de agosto de 2011
E a Fruta?
Dióspiros - S. Gonçalo -Amarante
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
Como estará agora a fruta, depois da tempestade que se abateu entre nós?
As uvas, os figos, os marmelos, os dióspiros, os kiwis?
Confesso-me preocupada face à possibilidade de mal cheirar os meus queridos e saudosos dióspiros temperados com canela...
Fotografias da Tempestade de Granizo em Amarante
Tempestade em Amarante
Pedras de Granizo... ou Serão Calhaus? - Cepelos - Amarante
Tempestade em Amarante
Foi o que se abateu sobre Amarante, primeiro veio o vento, de pois a granizada e chuva violentas provocando inundações de casas, de carros e até mossas nas chapas das viaturas que se encontravam ao relento e à mercê das bolas enormes de granizo que cairam há pouco tempo.
Agora sobram-nos os relâmpagos que cortam o céu de lés a lés e o ribombar furioso dos trovões.
Isto é que vai um Agosto! Parece que até o tempo se uniu para nos tramar...
Fotografia de Inês Queirós
Foi o que se abateu sobre Amarante, primeiro veio o vento, de pois a granizada e chuva violentas provocando inundações de casas, de carros e até mossas nas chapas das viaturas que se encontravam ao relento e à mercê das bolas enormes de granizo que cairam há pouco tempo.
Agora sobram-nos os relâmpagos que cortam o céu de lés a lés e o ribombar furioso dos trovões.
Isto é que vai um Agosto! Parece que até o tempo se uniu para nos tramar...
E o Porto Move-se?
Rio Douro - Porto - Portugal
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
Pois move. E ontem comprovei-o em incursão à Invicta.
Já tinha ouvido falar do fenómeno, já tinha lido sobre o fenómeno, mas ainda não me tinha sido dada a oportunidade necessária para observar a coisa ao vivo, forma sempre melhor de observar seja o que for.
A Baixa do Porto, ali pelas Galerias de Paris, rua muito frequentada por mim em tempos que já lá vão, de faculdade, tempos de costureiras habilidosas que nos vestiam depois de costurar tecidos antigos comprados nos vários armazéns aí existentes, está radicalmente diferente. Depois de décadas a definhar, anunciando uma morte atroz, eis que a moribunda Baixa se levanta com um vigor que nos remete de imediato para as noites de Madrid, ou de quase todas as cidades espanholas, ou não tivesse nascido por lá o fenómeno do botellón. Mas atenção, o que se passa na belíssima Baixa do Porto é bem mais do que o simples botellón, em que jovens se embebedam até cair para o lado depois de consumirem litradas e mais litradas de álcool.
A Baixa do Porto, ali pelas Galerias, está já rejuvenescida com bares e restaurantes lindos de morrer, cada um mais bonito que o anterior, raios me partam e eu que não levei a porra da máquina fotográfica!, e o processo de regeneração continua num movimento imparável e contagiante, todos os dias, todas as noites, abrindo mais novidades que atraem cada vez mais gente entre nacionais e internacionais, de todas as idades, de todas as cores, de todos os feitios, dando à zona um ar cosmopolita que eu ainda só tinha visto no Porto em dias de inaugurações simultâneas na Miguel Bombarda, a rua da Arte por excelência.
Devemos agradecer este fenómeno a quem? À dinâmica criada pela Porto 2001, Capital Europeia da Cultura? Ao poder autárquico? Aos particulares que arriscaram iniciar o processo que se espalhou como uma virose boa? À Ryanair que despeja no Porto cada dia mais turistas estrangeiros animando a cidade? A tudo isto no seu conjunto?
O ambiente das ruas e praças à volta das Galerias de Paris é deveras extraordinário e foi com um sentimento de grande conforto e satisfação e com a mente impregnada de beleza que hoje regressei a casa de madrugada depois de uma incursão pela movida portuense, realizada entre amigos.
Ah! Noite boa!
Nota final - Madrugada dentro a noite descambará?
Reforma dos Profs
Reforma dos Profs
Ao que sei, a ordem de passagem à reforma está a ser protelada para depois de Agosto e em todas as escolas existem professores com reformas pedidas há mais ou menos tempo, alguns há muito tempo mesmo, e que retomarão o serviço no dia 1 de Setembro para o deixar algures durante o primeiro período.
Quem sai prejudicado com esta lentidão, ao que parece deliberada?
Pois claro, os alunos que ficarão sem aulas pelo período que calhar.
Mas o que interessa isto? Mais aulas menos aulas, vira o disco e toca o mesmo, as políticas continuam a reger-se por interesses obscuros que não os educativos.
Sobre este assunto, pode ler aqui o artigo saído no DN de hoje.
Ao que sei, a ordem de passagem à reforma está a ser protelada para depois de Agosto e em todas as escolas existem professores com reformas pedidas há mais ou menos tempo, alguns há muito tempo mesmo, e que retomarão o serviço no dia 1 de Setembro para o deixar algures durante o primeiro período.
Quem sai prejudicado com esta lentidão, ao que parece deliberada?
Pois claro, os alunos que ficarão sem aulas pelo período que calhar.
Mas o que interessa isto? Mais aulas menos aulas, vira o disco e toca o mesmo, as políticas continuam a reger-se por interesses obscuros que não os educativos.
Sobre este assunto, pode ler aqui o artigo saído no DN de hoje.
sábado, 20 de agosto de 2011
A Palavra a Warren Buffett
A Palavra a Warren Buffett
"Enquanto grande parte dos americanos luta para fazer face às despesas, nós, os megarricos, temos isenções fiscais extraordinárias"
Mais palavras para quê? É apenas a palavra de um multimilionário norte-americano que vale o que vale...
"Enquanto grande parte dos americanos luta para fazer face às despesas, nós, os megarricos, temos isenções fiscais extraordinárias"
Mais palavras para quê? É apenas a palavra de um multimilionário norte-americano que vale o que vale...
Hoje
Brincadeiras de Verão - Fregim - Amarante
Hoje
Dia grande, dia pequeno, todo o dia na romaria!
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
Dia grande, dia pequeno, todo o dia na romaria!
"A Ler"
"A Ler"
Posted by Paulo Guinote under Avaliação, Bai-Bai!, Coreografia, Docentes, Negociações
[48] Comments
Posted by Paulo Guinote under Avaliação, Bai-Bai!, Coreografia, Docentes, Negociações
[48] Comments
"A peça de Raquel Moleiro, Professores – Unidos nunca mais na página 16 do Expresso de hoje porque revela o desânimo de quem esperou mais de uma nova ADD e não a continuação dos simplex negociados sucessivamente pelos Governos PS com os sindicatos.
A Anabela Magalhães, a colega Luísa Lima e eu próprio dizemos o que pensamos sobre o estado da coisa em forma de criatura desacreditada ainda antes de nascer verdadeiramente. Não querendo entrar por detalhes da conversa telefónica que tive – se tivessem sido declarações escritas em mail, eu as transcreveria – apenas direi que o que lá está até é a parte suave do que penso acerca desta nova coreografia em que a maior dos bailarinos (os professores) voltam a estar em forte dessintonia com o discurso dos seus representantes e desanimados com a direcção do espectáculo. E é interessante perceber como quem está de fora se apercebe – e se espanta – com a clara discordância entre as posições sindicais e as posições das bases que ainda conseguem falar disto.
Segunda-feira recomeça um processo negocial em torno da ADD. Julgo que, excepto os próprios profissionais da negociação, quase toda a gente perdeu o interesse no enésimo episódio de uma novela que foi perdendo qualidade, mesmo quando se esperava um sopro de inspiração no enredo. Agora restam as personagens estereotipadas a cumprir os papéis predeterminados, regressando a uma lógica posicional pré-2007.
Se com Isabel Alçada, em virtude do governo minoritário do PS, se estendeu ali uma vaga luz de esperança nos últimos meses de 2009, a qual se desfez numa noite de Janeiro, agora com Nuno Crato e o governo do PSD tudo se desmoronou ao longo de um Verão incaracterístico."
Paulo Guinote, A Educação do meu Umbigo
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
A Palavra a Jorge Coelho
A Palavra a Jorge Coelho
E garanto que não vou fazer nem um comentário.
" Está à vista que as medidas de Sócrates não foram bem sucedidas"
Jorge Coelho, Diário Económico
E garanto que não vou fazer nem um comentário.
" Está à vista que as medidas de Sócrates não foram bem sucedidas"
Jorge Coelho, Diário Económico
Dia Mundial da Fotografia
Auto-Retrato Azul - Fregim - Amarante
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
Descobri-a tarde... mas foi um caso de paixão assolapada.
Semanário Expresso
Semanário Expresso
Amanhã, a minha palavra escrita, e ainda mais vezes dita, estará lá, no Semanário Expresso. O tema é, agora e sempre, a já enjoativa e malparida ADD. Porque a luta continua até acabar. E para mim a luta só acaba no fim.
Amanhã, a minha palavra escrita, e ainda mais vezes dita, estará lá, no Semanário Expresso. O tema é, agora e sempre, a já enjoativa e malparida ADD. Porque a luta continua até acabar. E para mim a luta só acaba no fim.
Adoro Este tipo de Funcionário Público
Adoro Este Tipo de Funcionário Público
Ou, para ser mais concreta, esta Tipa. E passo a explicar.
A história que vou relatar passou-se hoje, na Loja do Cidadão das Antas, secção passaportes.
Senha tirada, eis que nos chamam quase de imediato.
A funcionária pública estava por certo tolinha. Tinha espalhado o conteúdo de um porta lápis enormesco, repleto de cheio de canetas das mais variadas cores, clipes e agrafos e separava tudinho na maior das calmas como se não houvesse qualquer clientela à vista. Lápis para aqui, clipes para acolá, agrafos para acoli, tudo a ficar arrumadinho, a molhada dos lápis primeiro, e lá vai ela de novo, a molhada, já separadinha, para dentro do dito cujo porta-lápis. E lá volta a Tipa de Funcionária Pública aos montinhos dos clipes e dos agrafos... e eu com uma cara já capaz de a comer viva e a lançar-lhe faíscas pelos olhos disfarçados pelos meus óculos de sol não tirados... e lá continua ela nestes preparos... Alôoooooooooo! Estamos aquiiiiiiiii! Olha! Olha! E eis que se lembra de nós, levanta a cabeça, olha de baixo para cima e lança um "Desculpem! É só..." Sim, é sóoo?! É sóooo, o quê?! Eeee...? E lá volta ela aos molhinhos emaranhados de clipes e agrafos. E continua nestes preparos, observados atentamente por mim, incrédula à frente dela e a fazer uso da minha maior contenção.
E nos entretantos... Aleluia! Aleluia! A Tipa de Funcionária lembrou-se da clientela que a olhava entre o atónito e a fúria contidíssima e decide começar o atendimento. Papéis para aqui, papéis para ali... e continuava a lançar olhares investigadores para os seus queridos montinhos de clipes e agrafos só parcialmente separados. Espeta os dedos inquisidores no montinho dos clipes e... Ops! Não é que descobre mais uns quantos agrafos disfarçados no montinho dos clipes?! Separa-os. Levanta a cabeça e esboça quase um sorriso rápido e volta à cara de pau de Tipa de Funcionária Pública.
Acaba o atendimento ainda a lançar olhares inquisidores aos montinhos de clipes e agrafos que pareciam berrar por ela.
Felizmente a seguir a nós não estava ninguém. A Tipa de Funcionária Pública teria tempo para acabar a arrumação do seu material.
Ou, para ser mais concreta, esta Tipa. E passo a explicar.
A história que vou relatar passou-se hoje, na Loja do Cidadão das Antas, secção passaportes.
Senha tirada, eis que nos chamam quase de imediato.
A funcionária pública estava por certo tolinha. Tinha espalhado o conteúdo de um porta lápis enormesco, repleto de cheio de canetas das mais variadas cores, clipes e agrafos e separava tudinho na maior das calmas como se não houvesse qualquer clientela à vista. Lápis para aqui, clipes para acolá, agrafos para acoli, tudo a ficar arrumadinho, a molhada dos lápis primeiro, e lá vai ela de novo, a molhada, já separadinha, para dentro do dito cujo porta-lápis. E lá volta a Tipa de Funcionária Pública aos montinhos dos clipes e dos agrafos... e eu com uma cara já capaz de a comer viva e a lançar-lhe faíscas pelos olhos disfarçados pelos meus óculos de sol não tirados... e lá continua ela nestes preparos... Alôoooooooooo! Estamos aquiiiiiiiii! Olha! Olha! E eis que se lembra de nós, levanta a cabeça, olha de baixo para cima e lança um "Desculpem! É só..." Sim, é sóoo?! É sóooo, o quê?! Eeee...? E lá volta ela aos molhinhos emaranhados de clipes e agrafos. E continua nestes preparos, observados atentamente por mim, incrédula à frente dela e a fazer uso da minha maior contenção.
E nos entretantos... Aleluia! Aleluia! A Tipa de Funcionária lembrou-se da clientela que a olhava entre o atónito e a fúria contidíssima e decide começar o atendimento. Papéis para aqui, papéis para ali... e continuava a lançar olhares investigadores para os seus queridos montinhos de clipes e agrafos só parcialmente separados. Espeta os dedos inquisidores no montinho dos clipes e... Ops! Não é que descobre mais uns quantos agrafos disfarçados no montinho dos clipes?! Separa-os. Levanta a cabeça e esboça quase um sorriso rápido e volta à cara de pau de Tipa de Funcionária Pública.
Acaba o atendimento ainda a lançar olhares inquisidores aos montinhos de clipes e agrafos que pareciam berrar por ela.
Felizmente a seguir a nós não estava ninguém. A Tipa de Funcionária Pública teria tempo para acabar a arrumação do seu material.
quinta-feira, 18 de agosto de 2011
Crises do Capitalismo
Crises do Capitalismo
E agora, para postar um tema verdadeiramente original, socorro-me de um vídeo, de enorme qualidade, sacado no Youtube.
Acompanhem as explicações.
E agora, para postar um tema verdadeiramente original, socorro-me de um vídeo, de enorme qualidade, sacado no Youtube.
Acompanhem as explicações.
Síria - O Cerco Aperta-se
Síria - O Cerco Aperta-se
Para mais informação clique aqui.
Uma coisa é certa - Assad assa-se a si próprio em lume mais do que brando. E o assado já fede há demasiado tempo.
Para mais informação clique aqui.
Uma coisa é certa - Assad assa-se a si próprio em lume mais do que brando. E o assado já fede há demasiado tempo.
A Luta Continua
A Luta Continua
PARA AMPLA DIVULGAÇÃO
Citação de: http://movimentoescolapublica.blogspot.com/2011/07/nao-ao-maior-despedimento-da-historia.html
Não ao maior despedimento da história do ensino
Os professores desempregados vão protestar no dia 10 de Setembro. O apelo, cujo texto reproduzimos à frente, surgiu no facebook ( http://www.facebook.com/#!/event.php?eid=174147465984580 ) e promete engordar:
Sem professores não há escola pública de qualidade. Dezenas de milhares de docentes vão ser afastados em Setembro devido aos cortes irresponsáveis impostos às escolas. A consequência serão turmas maiores e menos apoios educativos.
A redução radical do crédito de horas destinadas a projectos escolares e os cortes orçamentais ameaçam a qualidade da escola pública. Os professores que ficarem terão ainda mais trabalho e menos salário. Muitos de nós, contratados, que toda uma vida profissional saltámos de escola em escola, sempre deixados de fora da carreira, seremos empurrados da precariedade para o desemprego. Este mega-despedimento ataca os nossos direitos mas também a escola pública como parte da democracia.
Dizem-nos que a culpa é da dívida. Mas não fomos nós - professores precários que se sacrificaram anos a fio – que fizemos essa dívida. Cabe a quem brincou com a economia do país e engordou com a crise assumir as suas responsabilidades. Nem os professores, nem a escola, nem os alunos devem pagar essa conta. Em vez de nos lançar na crise, é preciso investir na Escola para o país superar a crise.
Somos professores, somos precários. Em nome dos alunos e do seu sucesso, não baixamos os braços. Em Setembro, varridos das escolas, iremos para a rua. Aqui, solidários com cada escola amputada, estaremos em protesto.
RECUSAMOS O DESEMPREGO
SOMOS INDISPENSÁVEIS
VAMOS SALVAR A ESCOLA PÚBLICA
Professores indignados
Citação de: http://www.facebook.com/photo.php?fbid=1812308881778&set=o.174147465984580&type=1
quarta-feira, 17 de agosto de 2011
Graça, ou a (des)Graça da Desonestidade Intelectual
Graça, ou a (des)Graça da Desonestidade Intelectual
Ao que parece esta Graça não concorda com a minha opinião e/ou com a minha argumentação sobre a isenção de avaliação talhada à medida de 40 mil professores, mais coisa, menos coisa.
Vai daí, em vez de argumentar com os seus argumentos, olha eu não concordo por isto e por aquilo e por mais não sei o quê, resolveu cortar o meu racicínio e o meu texto conforme a sua conveniência.
A Graça é um exemplo exemplar daquilo a que eu chamo "desonestidade intelectual", para não lhe chamar outra coisa. A "mulher" será? resolveu transcrever apenas o que lhe interessava, cortando e recortando o meu raciocínio, nem se dando ao trabalho de assinalar os buracos negros de raciocínio", importantes, que entretanto engendrou.
Espero que a dita Graça/(des)Graça não seja professora. Se for, espero que a dita não esteja num dos escalões de avaliação que Nuno Crato quer isentar de avaliação. Se for, espero que a dita seja avaliada. E que lhe seja ensinado a transcrever correctamente o pensamento seja de quem for, respeitando a sua autoria e originalidade. Sob pena de ser uma das que não passará na avaliação.
Aqui deixo o texto dela:
"Como não estou no 8º nem no 9º escalão, exijo-o à mesma. Que palhaçada de país este! Onde nem a avaliação, quando nasce, se aplica a todos?! Estou pelos cabelos com tratamentos de filhos e de enteados. Que decepção! Que frustração! Que país nojento!
Se há isentos eu também quero estar isentada e acaba-se de vez a palhaçada. Se há avaliação não deverá haver isentos. É assim tão complicado perceber uma coisa assim simples?"
estas são as palavras da Anabel no seu blog.
alguém quer fazer a hermeneutica deste post? :)
E aqui fica o meu texto:
(...) Primeira crítica concreta - Se eu estivesse no 8º ou no 9º escalão exigia imediatamente o fim da discriminação mesmo antes dela começar. Mas que raio de avaliação é esta que prevê que a chegada a determinado patamar da carreira por si só isente o sujeito em causa de toda e qualquer avaliação?
Como não estou no 8º nem no 9º escalão, exijo-o à mesma. Que palhaçada de país este! Onde nem a avaliação, quando nasce, se aplica a todos?! Estou pelos cabelos com tratamentos de filhos e de enteados. Que decepção! Que frustração! Que país nojento!
Se há isentos eu também quero estar isentada e acaba-se de vez a palhaçada. Se há avaliação não deverá haver isentos. É assim tão complicado perceber uma coisa assim simples? (...)
Ah! E a infelicidade passou-se aqui.
Ao que parece esta Graça não concorda com a minha opinião e/ou com a minha argumentação sobre a isenção de avaliação talhada à medida de 40 mil professores, mais coisa, menos coisa.
Vai daí, em vez de argumentar com os seus argumentos, olha eu não concordo por isto e por aquilo e por mais não sei o quê, resolveu cortar o meu racicínio e o meu texto conforme a sua conveniência.
A Graça é um exemplo exemplar daquilo a que eu chamo "desonestidade intelectual", para não lhe chamar outra coisa. A "mulher" será? resolveu transcrever apenas o que lhe interessava, cortando e recortando o meu raciocínio, nem se dando ao trabalho de assinalar os buracos negros de raciocínio", importantes, que entretanto engendrou.
Espero que a dita Graça/(des)Graça não seja professora. Se for, espero que a dita não esteja num dos escalões de avaliação que Nuno Crato quer isentar de avaliação. Se for, espero que a dita seja avaliada. E que lhe seja ensinado a transcrever correctamente o pensamento seja de quem for, respeitando a sua autoria e originalidade. Sob pena de ser uma das que não passará na avaliação.
Aqui deixo o texto dela:
"Como não estou no 8º nem no 9º escalão, exijo-o à mesma. Que palhaçada de país este! Onde nem a avaliação, quando nasce, se aplica a todos?! Estou pelos cabelos com tratamentos de filhos e de enteados. Que decepção! Que frustração! Que país nojento!
Se há isentos eu também quero estar isentada e acaba-se de vez a palhaçada. Se há avaliação não deverá haver isentos. É assim tão complicado perceber uma coisa assim simples?"
estas são as palavras da Anabel no seu blog.
alguém quer fazer a hermeneutica deste post? :)
E aqui fica o meu texto:
(...) Primeira crítica concreta - Se eu estivesse no 8º ou no 9º escalão exigia imediatamente o fim da discriminação mesmo antes dela começar. Mas que raio de avaliação é esta que prevê que a chegada a determinado patamar da carreira por si só isente o sujeito em causa de toda e qualquer avaliação?
Como não estou no 8º nem no 9º escalão, exijo-o à mesma. Que palhaçada de país este! Onde nem a avaliação, quando nasce, se aplica a todos?! Estou pelos cabelos com tratamentos de filhos e de enteados. Que decepção! Que frustração! Que país nojento!
Se há isentos eu também quero estar isentada e acaba-se de vez a palhaçada. Se há avaliação não deverá haver isentos. É assim tão complicado perceber uma coisa assim simples? (...)
Ah! E a infelicidade passou-se aqui.
Novas do Ralatório
Novas do Ralatório
Estaria pronto não fora o dito cujo animal ter 6 páginas e meia!
E agora? Agora só tenho de perder mais um quanto do meu tempo a catar palavras, expressões, ideias... que possam ser retiradas sem comprometer o total.
Quanto às evidências, já não me bastava ter trabalhado para agora andar para aqui a evidenciar que trabalhei! estão a ser ultimadas com as tais de Identificação/tarefa, Enquadramento no Projecto Educativo/Plano Anual e Plurianual de escola, metodologias e estratégias, resultados obtidos, apreciação e grau de cumprimento face aos objectivos individuais, se apresentados!
Ufa! Ufa! Que canseira de Agosto!
Estaria pronto não fora o dito cujo animal ter 6 páginas e meia!
E agora? Agora só tenho de perder mais um quanto do meu tempo a catar palavras, expressões, ideias... que possam ser retiradas sem comprometer o total.
Quanto às evidências, já não me bastava ter trabalhado para agora andar para aqui a evidenciar que trabalhei! estão a ser ultimadas com as tais de Identificação/tarefa, Enquadramento no Projecto Educativo/Plano Anual e Plurianual de escola, metodologias e estratégias, resultados obtidos, apreciação e grau de cumprimento face aos objectivos individuais, se apresentados!
Ufa! Ufa! Que canseira de Agosto!
Entrevista ao Ramiro Marques do ProfBlog
À Janela no Paraíso - Fez - Marrocos
Fotografia de Artur Matias de Magalhães
ProfBlog - Por que razão discordas da isenção de avaliação para os docentes posicionados nos 8º e 9º escalão?
Anabela Magalhães, editora do blogue homónimo: Para te responder tenho de alinhar as ideias/princípios que defendo.
O princípio da avaliação está correcto e defendo uma avaliação com um carácter fortemente formativo, em que o avaliado possa progredir profissionalmente e melhorar a sua performance sem medos nem constrangimentos e que seja punitiva apenas nos casos em que o avaliado tenha avaliações negativas sucessivas.
Se sou uma defensora do princípio da avaliação, que me parece correcto, como posso compreender que cerca de 40 mil professores fiquem sem qualquer avaliação ad eternum? Quer sejam excelentes, bons, médios, péssimos profissionais?! E que sejam sabedores disso?
Sei, pela observação directa de profissionais das mais variadas áreas, que os trabalhadores sem qualquer controlo tendem a descuidar-se com o tempo e a facilitar nas suas práticas profissionais. É intrinsecamente humano. Os professores, muito embora tenham, no geral, um elevado sentido ético, não serão excepção e penso que o saberem-se "à solta", podendo fazer bem ou fazer mal sem que tenham de prestar contas por isso numa qualquer avaliação, que se quer credível e simples, é absolutamente contraproducente e pode até potenciar o desleixo.
Se eu aceito e defendo o princípio da avaliação como bom, é óbvio que não isento ninguém dela, com uma única excepção - quem pedir a aposentação não precisa de avaliação para nada.
ProfBlog - Caso o MEC faça marcha atrás, quem vai avaliar os docentes que estão no 9º escalão?
Anabela Magalhães - Há várias possibilidades. Um corpo preparado para o efeito, por exemplo, seria o ideal para os de 9º e para os restantes professores que estão em todos os outros escalões. Se estivéssemos num país decente, teríamos começado por aí, pela constituição de um grupo de avaliadores externos dando-lhes formação e pela preparação do modelo que, entretanto, ia-se preparando com tempo, testando-o numa amostra mais reduzida de escolas, iam-se fazendo os ajustamentos necessários, se fosse caso disso, e depois avançava-se para o país, com as condições prévias indispensáveis asseguradas ao seu bom funcionamento. O assunto é demasiado sério para se fazer avançar à martelada. O mau estar que este modelo já causou nas escolas, os conflitos latentes e mesmo expressos abertamente entre pares são completamente contraproducentes para espaços que se querem felizes e harmoniosos e que têm de ser exemplares para os discentes em formação.
A deterioração do ambiente de Escola que este modelo de avaliação entre pares já provocou é, para quem está no terreno, intolerável e motivo de muita angústia.
ProfBlog - Por que razão dizes que a proposta é inaceitável?
Anabela Magalhães - Quando apliquei a palavra inaceitável estava apenas a referir-me ao facto de um terço do corpo docente em Portugal ficar sem qualquer avaliação por 2, 4, 6, 8, 10 anos... enfim, o que for.
Há outros aspectos da proposta que me agradam - dou apenas um exemplo - os ciclos avaliativos serem coincidentes com os períodos de permanência nos escalões.
Acrescento - Esqueci-me de adiantar outra razão - a divisão artificial de professores entre avaliados e não avaliados que recupera a imbecilidade dos titulares e não titulares, divisão completamente artificial engendrada pela equipa de má memória que eu não vou aqui nomear.
Acrescento - Esqueci-me de adiantar outra razão - a divisão artificial de professores entre avaliados e não avaliados que recupera a imbecilidade dos titulares e não titulares, divisão completamente artificial engendrada pela equipa de má memória que eu não vou aqui nomear.
terça-feira, 16 de agosto de 2011
Aviso
Aviso
Se o meu sindicato aceitar e assinar por baixo uma avaliação de professores que deixe de fora do processo 40 mil de nós, que poderão trabalhar mais 4, 8, 10, 15 anos de forma excelente, boa, assim assim, medíocre ou mesmo muito má... conheceis casos?... sem terem qualquer consequência e sem prestarem contas seja a quem for, desvinculo-me e mando o sindicato às urtigas.
Não contarão mais comigo. Aqui fica o aviso, que não ameaça.
Eu aviso. E cumpro.
Se o meu sindicato aceitar e assinar por baixo uma avaliação de professores que deixe de fora do processo 40 mil de nós, que poderão trabalhar mais 4, 8, 10, 15 anos de forma excelente, boa, assim assim, medíocre ou mesmo muito má... conheceis casos?... sem terem qualquer consequência e sem prestarem contas seja a quem for, desvinculo-me e mando o sindicato às urtigas.
Não contarão mais comigo. Aqui fica o aviso, que não ameaça.
Eu aviso. E cumpro.
Líbia - O Cerco Aperta-se
Cena de Caça do Neolítico - Akakus - Sahara - Líbia
Fotografia de Artur Matias de Magalhães
O cerco aperta-se em torno de Kadhafi e o ditador tem os dias contados. Os papéis invertem-se e o caçador passará a caçado.
Segura-te, Sahel!
E a seguir?
A Onu tratará da saúde do ditador nojento que dispara sobre o seu povo nas ruas da Síria?