sexta-feira, 31 de julho de 2009

Recolha de Sangue



Recolha de Sangue

No próximo dia 1 de Agosto haverá recolha de sangue na E.B.2/3 de Amarante, das 09:00 às 12:30.
Excepcionalmente, não me apresentarei amanhã como a dadora de sangue que me orgulho de ser. Regressada de um país estrangeiro, com mais alto risco de contágio relativamente ao H1N1, e sem cumprir os três dias de isolamento aconselhados pelo Ministério da Saúde aquando do regresso ao lar, pelo menos não colocarei terceiros em risco acrescido estando em filas compactas, em ambientes fechados e quentes, para doar o meu sangue. Decerto escaparei ao vírus e não o trarei comigo, mas... vá-se lá saber o que o futuro me reserva nos próximos três dias e seria pior a emenda que o soneto se fosse espalhar a coisa, selectivamente, entre os dadores de sangue, que não merecem, de todo, semelhante sorte.
Desta vez terão de passar sem a minha dádiva costumeira. Sorry, Instituto Português do Sangue!
Não vou mas renovo o apelo que sempre faço aos meus leitores.
Não chega afirmar-se solidário. Temos de o ser na prática para que a bota diga com a perdigota.
Esta é uma maneira de ser solidário, dando o que é nosso e é íntimo. Outras há. Que cada um cumpra o seu papel e encontre os seus caminhos feitos de cidadania responsável e solidariedade.
Dadores precisam-se. Neste caso o IPS agradece a sua dádiva.

Toledo


Toledo - Espanha
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

Toledo

Pois foi de facto um toledo ir para Toledo em finais de Julho. Mais toledo ainda quando o programa incluía Ávila e as suas belíssimas muralhas medievais, Alcalá de Henares onde não visitámos a casa que viu nascer Cervantes, Segóvia com a sua espectacular localização e património edificado cobrindo várias épocas e estilos, do qual o aqueduto romano é, sem dúvida, o mais conhecido, e ainda a dourada, sóbria e bela Ciudad Rodrigo.
As temperaturas estavam de esborrachar, principalmente em Toledo onde soprava um vento forte, que quase queimava a pele, e me fez lembrar do vento forte e escaldante que por vezes sopra no Sul de Marrocos, vindo do deserto, e, por isso mesmo, este passeio foi um verdadeiro toledo. Mas, devo reconhecer que, apesar das condições climatéricas duríssimas, a verdade é que as regiões de Castela e Leão e de Castela-La Mancha, riquíssimas em património edificado e construído, valem bem explorações demoradas pelas inúmeras cidades Património Cultural da Humanidade que aí se localizam. Apesar do calor. Apesar do calor de esborrachar qualquer cristão em terras onde a presença árabe ainda se respira aqui e ali. E respirar este ar é, para mim, um raro privilégio.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Mapa da Swine Flu

Mapa da Swine Flu

Dito assim até parece uma coisa chique.

Veja aqui o mapa da coisa.

A Crise



A Crise

A crise segundo o ponto de vista do observador.
Sem comentários.
Cartoon surripiado aqui.
E pronto. Acabou-se o copianço.

Então?



Então?

O que vos parece?

Cartoon surripiado aqui.

Tadinho!



Tadinho!

Tadinho! Tudo lhe corre mal! E parece que o pessoal dos blogues diz mal dele... parece... não tenho a certeza...
Imagem surripiada aqui.

Os Figurões



Os Figurões

Nova visita ao baú das recordações e o encontro com um documento, que só peca por não se prolongar... nas imagens dos diversos figurões... até ao dia de hoje.
Mas a essência e o... essencial... mantém-se!
A Educação foi desde sempre o patinho feio... consumidora de fracos orçamentos... e onde os dislates se sucedem por "IMPREPARAÇÂO"... dos irresponsáveis.
Por que será que a maioria dos ministros desta área são... sempre portadores de... MBA... fizeram Doutoramentos em Oxford... e que mais sei eu,... mas quase sempre nunca passaram pelo magistério mais rico do contacto com os alunos?
Enquanto a necessidade for a de contemplar... amigos... "dívidas"... estamos entendidos... mas muito mal servidos.

Hélio Matias

Nota - Com os meus agradecimentos ao Hélio que me enviou este cartoon delicioso acompanhado deste pertinente texto.

De Que Ri MLR?



De Que Ri MLR?

Da obra desfeita? Do calvário estar a chegar ao fim?
Do Walter? Do Pedreira? Já sei... do Socas... kakakakaka... viu aqui o Don Corleone Português!

Inspiração saída do Mas de Que Se Ri?

Bom!... É Uma Explicação...




Bom!... É Uma Explicação...

O Antero propõe a explicação no seu maravilhoso Anterozóide.
Eu atrevo-me a avançar, em primeira mão, que a explicação só pode ser A CORRECTA!
Thanks, Antero!

Previsão de Tempo para Toledo

Previsão de Tempo para Toledo

Terça
28 Jul

Ensolarado
Máxima - 39°C
Mínima - 21°C
Índice UV: 9 Alto
Vento:
Do South Southeast a 14 km/h
Possibilidade de precipitação:
0 %
Humidade média:
25 %
Nascer do sol:
7:12
Pôr-do-sol:
21:33

Olha a Novidade!



Olha a Novidade!

Olha a novidade bombástica! E nós que não demos por nada!

Farsa

Farsa

Lá encontros entre as partes até que houve muitos. Debates parece que também houve. Mas e as negociações, cadê as negociações?

Ministério e sindicatos voltam a debater revisão do Estatuto da Carreira Docente
Hoje às 08:29

Sindicatos de professores e Ministério da Educação (ME) reúnem hoje e terça-feira com o objectivo de terminar a revisão do Estatuto da Carreira Docente (ECD).
As organizações sindicais pediram a revisão do ECD tendo em vista acabar com a divisão da carreira em duas categorias hierarquizadas, o limite de vagas no acesso à segunda e mais elevada (professor titular) e a existência de quotas para atribuição das classificações de mérito (Muito Bom e Excelente) no âmbito da avaliação de desempenho.

A notícia completa está aqui.

Francisco Assis - Política Nojenta


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In Margem Esquerda

Francisco Assis - Política Nojenta

Sim, eu sei... é o tachito, pá!
Isto é que é subir, pá! Da Serra do Marão para a Serra da Estrela! Que fixe, pá!
E fez-se escalador!

Listas de deputados
Francisco Assis encabeça lista da Guarda a pedido de Sócrates
25.07.2009 - 14h19 Filomena Fontes

Foi um pedido expresso do secretário-geral do PS que levou Francisco do Assis a trocar o sétimo lugar da lista de deputados da lista do Porto pelo primeiro na Guarda. “Fui convidado por José Sócrates para aceitar encabeçar a lista de deputados pelo círculo da Guarda, e, uma vez eleito, representá-lo--ei com muito orgulho, mas não deixarei de concentrar a minha intervenção política no Porto, onde resido”, declarou ao PÚBLICO. “O secretário-geral queria dar sinais de renovação e de abertura do partido”, explicou ainda.
Pode ler a notícia completa aqui.

Sábado, Julho 25, 2009

Foros de obscenidade!

Expliquem-me, por favor, o sentido de enviar para a Guarda Francisco Assis?
Eu sei que fará lá o que sempre fez por aqui ou pelo Parlamento Europeu. Sei que continuará a jorrar a sua retórica cansativa (não varia de matriz nem muda de velocidade nos decibéis que solta), mas que sabe ele dos problemas da Beira Alta, por onde lhe corre o sangue beirão?!...
Como se sentirão representados aqueles beirões, de rosto bem vermelho e encorrilhado pela impetuosidade do clima, ao lhe pedirem que votem num indivíduo de Amarante e que é logo o primeiro?!...
Leia o final deste post aqui.

Segunda-feira, Junho 22, 2009

Tribunício devoluto

põeHoje, o “Público” dá uma curiosa notícia: o tribunício Francisco Assis afirma que “está disponível para apoiar Elisa Ferreira”.
Pensava-se que a disponibilidade para tal apoio era inerente à natureza de militante socialista, mas o Tribunício dá notícia da sua disponibilidade -- e faz todo o sentido!
Quem tiver memória sabe que Francisco Assis põe a picareta tribunícia a funcionar, mas depois deixa devolutos os lugares para que é eleito – assim aconteceu na Assembleia Municipal do Marco, na Assembleia do Porto e no próprio Parlamento Europeu.
Ora, a Invicta está abandonada, repleta de casas vazias e metade da sua população não trabalha, segundo dados recolhidos pelo Gabinete de Estudos e Planeamento da autarquia portuense. Que melhor se harmonizaria com esta situação que a escolha de um tribunício devoluto?!...
A vida está difícil e é natural que o PS compreenda esta “boa vontade”.
Veja este post, no seu contexto original, aqui.

domingo, 26 de julho de 2009

Hélio Matias



Hélio Matias

Não sei muito sobre este professor reformado, leitor deste blogue. Sei que tive um desentendimento/equívoco, felizmente muito temporário, algures lá atrás nos comentários, desentendimento este que me deixou deveras preocupada. Desfeito o equívoco, trocámos e-mails e hoje publico um texto do Hélio Matias e um recorte de um jornal, que nos remete para um tempo um pouco distante, pós-revolucionário, do ano de 1977, por acaso um ano importante e marcante na minha vida pessoal, por esta altura ainda a frequentar o Liceu, disperso por vários edifícios, qual deles o mais velho!, aqui por Amarante.
Passados todos estes anos, a discussão, em torno da Educação, mantém-se. Os problemas também. Sublinho uma afirmação de Paulo Freire, contida nesta primeira página de "O Jornal da Educação", com a qual concordo em absoluto: "Não há educação neutra." Para o bem e para o mal, acrescento eu.
E agora dou a palavra ao Hélio, agradecendo-lhe desde já esta colaboração, que me despertou a vontade de ressuscitar dos meus arquivos quase mortos, de aluna do tempo da outra senhora, um testemunho que ficará para amanhã.

"Já percebi que para além dum apelido – Matias – partilhámos também a profissão – Professor.
Rebuscando nos meus papéis, encontrei o Nº 1 do Jornal da Educação, de que anexo um fragmento da 1ª página, devido a dificuldades de digitalização.
Na época foi um projecto interessante, que permitia finalmente aos Professores, sempre tão pouco respeitados, conseguissem finalmente dispor dum veículo de comunicação.
E o 25 de Abril – ali tão perto.
E num dos artigos perguntava-se, pleno de ingenuidade, porque terá comprado o jornal?
O sentir de que a Escola vai mal e é preciso fazer qualquer coisa por ela?
A convicção de que só há uma maneira de modificar a Escola e a Educação em geral: Actuar sobre elas!?
E sempre, sempre… tal como hoje, a problemática da Formação dos Professores.
Muitos temas… ou problemas, abordados neste Jornal, continuam actuais, num tempo que mudou… mas em que a mentalidade de quem pela Educação é responsável… nem por isso."

Hélio Matias

Política Nojenta

Política Nojenta

Tenho uma etiqueta aberta neste blogue intitulada Política Nojenta.
É uma das etiquetas mais concorridas desta minha casa que, por falta de habilidade minha, à época, para catalogar estas notícias, perfeitamente irritantes, e que vão saindo amiúde na imprensa, numa outra coisa qualquer... sei lá... criatividade excessiva... desonestidade... mentira... ou outras coisas que tais, se ficou mesmo pelo Política Nojenta. Pois é para onde vai direitinha esta notícia acabadinha de ler.

"Primeiro-ministro apresenta programa eleitoral apoiado em medidas sociais

Sócrates promete resolver situação dos 25 mil jovens desempregados se ganhar eleições."

Então da outra vez a promessa não era a criação de 150 mil empregos? Cadê eles? Cadê os empregos? Cadê?
A lata não tem limites.
Tem pachorra para ler mais? Quer ver mesmo onde chega a lata deste político?
Leia aqui.

Susana Dias


Susana Dias - Museu Amadeo de Souza-Cardoso - Amarante
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

Susana Dias

Hoje publico o último post escrito pela Susana Dias, terminando, por ora, o seu testemunho de luta contra um flagelo que nos toca a todos de forma mais ou menos próxima. Com efeito, todos nós temos um familiar, um amigo, um colega de profissão, um aluno, um conhecido com esta doença diagnosticada e declarada. E quase todos nós temos grandes probabilidades de desenvolvermos uma doença oncológica, mais cedo ou mais tarde, que nenhum de nós está imune.
Interiorizemos os exemplos de luta. Aprendamos com as Susanas Dias a resistir e a dizer Não.
A fotografia que escolhi para ilustrar este post tem um imenso significado para muitas de nós, que acompanhámos a Susana mais de perto nesta fase complicada da sua vida. De cabelo perdido, mas não de cabeça perdida que essa mantém-se no seu devido lugar, a Susana visitou com nosotras a fantástica exposição surrealista de Cruzeiro Seixas ocorrida faz por agora um ano.
Foi um dia feliz, de conversas profundas ocorridas dentro daquela sala de exposições, de chão coberto de areia, que cada uma de nós marcava com os seus passos, passos de mulheres decididas.
E foi tempo de gargalhadas sinceras e conversas brejeiras à volta do culto fálico que rodeia o nosso santo, Gonçalo de seu nome, e que nos rodeia a todos aqui pelo burgo.
E foi/é tempo de acreditar na nossa imensa e transbordante energia.
Não é Laurita? Não é Elsa C.? Não é Susana?

Hoje e amanhã

Hoje, passado um ano, olho as minhas fotos antigas onde se destacam as diferenças físicas, essas de somenos importância, francamente secundárias. As outras marcas, as que enriqueceram profundamente a minha existência são menos visíveis, estão na minha intimidade, onde o olhar alheio não penetra. As sequelas marcam o ritmo da minha vida, obrigando-me a olhar o futuro com realismo (mas sempre com optimismo), compreendendo e concretizando o lema pragmático do IPO, “viver um dia de cada vez”. Sim, porque mesmo que uma batalha possa estar ganha, há muito que perdi a tranquilidade e a ingenuidade de viver sem medo, medo do regresso. Apesar de tudo, das recordações gravadas na memória e das marcas deixadas no corpo, persiste uma imensa felicidade por me sentir mais viva do que nunca!

Susana Dias

sábado, 25 de julho de 2009

Escorpião às Compras


Mule de Escorpião Azul - Matosinhos
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

Escorpião às Compras

A história que agora conto passou-se há muitos anos, quase vinte e cinco, e é paradigmática do que é Ser Escorpião.
Quem nunca contactou com escorpiões por certo não sabe desta sua característica, absolutamente estrutural, e que passa por ser, para o bem e para o mal, absolutamente senhor do seu nariz. No meu caso é para o bem, que eu sou um escorpião pacífico.
Pois nesse dia longínquo, este Escorpião Azul passeava-se pelo Brasília, qual rapariguinha do shopping, e eis que o seu olhar fica preso a umas maravilhosas sandálias na montra de uma sapataria.
- São lindas, não são A.?
- Não, não são. - responde o A., igualmente um escorpião dos sete costados.
Pedi auxílio a dois cunhados que nos acompanhavam e que igualmente se encarregaram de me dar, imediatamente, com o nariz para trás, usando adjectivos como "horrorosas" e outros mimos que tais, e eu a pensar "Porra, então eu não estou mesmo a ver que são lindas?"
Entrei. Experimentei-as. Pezinho para trás e para a frente, confortáveis q.b., lindas, bolas! E os meus acompanhantes sem calar a matraca com uns "São simplesmente horrorosas! Deu-te um ataque de mau gosto! Mas que sandálias horríveis!" E blá, blá, blá...
Será, Anabela Maria? Será que tiveste um ataque de mau gosto assim para o de repente?
-Muito obrigada - disse eu para a empregada. - Vou pensar. - E saí porta fora cismada na coisa.
Estaria mesmo com um ataque de mau gosto? Seria possível? Eu, a sóbria, que a cada passo calçava os meus sapatinhos de cristal, um transparente, lindo, e o outro azul, de um azul lindo de morrer?
Caminhámos até ao carro, estacionado à porta do Brasília. Os meus acompanhantes entraram... e eu ainda iniciei a entrada... mas voltei atrás. Decidida lancei um "Volto já! Esperai por mim!" e lancei-me numa corrida, quase um voo, em direcção à sapataria.
Comprei-as. E entrei no carro, que me traria de volta a casa, agarrada à caixa das minhas sandálias, lindas, escutando os risos do A., escutando os seus "Já sabia!" de quem já me conhecia, e compreendia, como mais ninguém.
Ainda as conservo. Típico. Típico de um escorpião fiel.
E ainda hoje as uso.

Marimbondo

Stop Marimbondo

Fotografia de Clap? Arteiro?

Marimbondo

Tento equilibrar-me
neste meu pequeno mundo.
Mas
um marimbondo
fez um ninho dentro de mim
atirando-me para o fundo
de um rio sem foz.
Nado contra a corrente
veloz, ve-loz, v-loz.
Ao longe
um cornetim
sopra alto a voz
que anuncia ao mundo
uma visão a preto-e-branco
de mim
com os outros
e
diz:
A solidão é a cor dos seus olhos.
Em@

Don Corleone Português

Don Corleone Português

Kakakakaka... kakakakaka... ai os meus ossitos... kakakakaka... até me lembrei das costeletitas do Clapinho... kakakakaka... ai estes portugueses e o humor!

Thanks, Em@!



In http://projectosdiferidos.blogspot.com/

Susana Dias


Amizade - S. Gonçalo - Amarante
Fotografia de Elsa C.

Susana Dias

A minha rede de afectos

"Apesar do estigma da doença, a coragem, o bom humor, o optimismo, uma fé inabalável na cura mantiveram intocável o meu desejo de ser mais forte que o tumor. Reconheço que a presença da minha família foi o elo mais forte que potenciou este desejo. Logo de seguida, não esqueço a minha médica no IPO, que me tem acompanhado neste longo percurso, o meu anjo da guarda. E depois a força da amizade. De amigos que já o eram e de outros, daqueles que romperam o preconceito e se revelaram na sua doação. Também de alguns alunos que mesmo sendo jovens, estiveram comigo neste longo caminho. Nomes e rostos que recordarei como parte da minha história pessoal. Por todos eles, pelo que me deram, cada um a seu modo, nunca me envergonhei de ser doente, nunca deixei de sair à rua, à mercearia, de ir ao café ou ao cinema. Com ou sem peruca!"
 
 
Nota - A fotografia postada foi-nos tirada pela Elsa C., em manhã de cinema para muitos alunos e profs da ESA. O filme visionado foi "A Turma".
E a Susana estava/está entre a Turma Dela.
Hoje recordo um post, situado lá mais atrás no tempo, e dedicado à Susana Dias. Hoje volto a partilhar com os meus leitores este belíssimo Big Hole Líbio, esta belíssima alegoria dos buracos que nos aparecem ao longo da vida e que podem ser vencidos.
Ai estes motores a ronronar...

sexta-feira, 24 de julho de 2009

The Neville Brothers - In The Still Of Night

The Neville Brothers - In The Still Of Night

Sugestão de música deixada pelo Blackhill, algures lá atrás nos comentários, e dedicada a todos os moços e moças que passarem por aqui.
Todos... também estou a exagerar... se alguém do quarteto infernal passar por aqui, por estes dias, é favor procurar a Bruxa Malvada ou outra música mais adequada às personagens em questão.

Os meus agradecimentos ao Black.

Sócrates, MLR, a Educação e a Popularidade na Constelação Narciso

Sócrates, MLR, a Educação e a Popularidade na Constelação Narciso

Kakakakaka.... kakakakaka... desculpem... kakakakaka... ando rebolada no chão de tanta gargalhada... kakakakaka... kakakakaka... e os presentes também gargalharam... kakakakaka...

Por Todo o Lado, o Mesmo

Por Todo o Lado, o Mesmo

Não há países inocentes, a corrupção está por todo o lado e grassa entre os políticos e pelos vistos também entre os religiosos. Gente com responsabilidades acrescidas, que devia manter condutas exemplares perante o comum dos mortais, apresenta-se, assim, de olhos baixos e caras tapadas aos olhos das suas ovelhas!
Até quando?
Vergonha. Por todo o lado a mesma vergonha.

Andar na Lua

Andar na Lua

Para se orientarem quando andarem na Lua.

Nota - Recebido por mail. Obrigada, Maria José.

A Propósito do "Dicas para Bloggers"

A Propósito do "Dicas para Bloggers"

A propósito do dicas para bloggers, editado no ProfAvaliação, aviso desde já que estou em completo desacordo com o Ramiro no que aos adjectivos diz respeito. Porque acho que depende.
Conforme pode ser conferido aqui, o Ramiro defende o corte radical nos objectivos quando se escreve nos blogues. E defende até que as frases ficam mais elegantes e soam melhor sem eles, sem os elementos distractores que são os adjectivos.
Ora não concordo. Às vezes acontece-me estar em completo desacordo com o Ramiro, sendo que este desacordo é sempre respeitador das nossas especificidades e diferenças. Mas não concordo. Que hei-de-eu fazer?
Sem mais demora vou ao ataque de tão apaixonante assunto: o uso, ou não uso, dos adjectivos.
Afirma o Ramiro, defendendo o seu corte:
"Ora repare:
1. Ela era uma rapariga muito bonita para quem todos os olhares gulosos dos rapazes se voltavam.
Limpe agora a frase dos adjectivos:
Era uma rapariga para quem todos os rapazes olhavam.
Qual é a frase melhor? A segunda, claro." - afirma o Ramiro.
A primeira, claro está, respondo eu, que é de longe a mais rica e estimulante da minha imaginação febril que, assim espevitada, imaginou logo a cena conseguindo mesmo vizualizá-la.
Ao ler a frase "Ela era uma rapariga muito bonita para quem todos os olhares gulosos dos rapazes se voltavam" pensei logo numa mulher alta e elegante, soberba de bela, suculenta como o raio que a parta, movimentando-se sensualmente num qualquer espaço público, pavoneando as suas formas generosas em movimentos cadenciados, leves e ondulantes... ondulantes... ai meu deus! O peito cheio e provocante... ai meu deus! E... olha-me a figureta daqueles rapazes.... será que vão ficar com torcicolos? Olha! Olha! Caiu de queixos! Aquele com ar de patego caiu de queixos! Kakakakaka...

Quanto à segunda frase, deixando tudo em aberto com um insípido "Era uma rapariga para quem todos os rapazes olhavam", o que despertou em mim? Olhavam porque era bonita? Ou seria apenas muito gorda? Levaria a saia rota? A blusa branca tinha uma grandessíssima nódoa de vinho tinto? Seria extraordinariamente sardenta despertando a curiosidade dos rapazes? Era tão feia, mas tão feia que, apesar de doer olhar para ela, exercia aquela espécie de fascínio irresistível pelo horrível-belo? Teria perdido um tacão num dos sapatos de 12 centímetros e caminharia agora daquela forma ridícula que caminham todas as mulheres quando perdem tacões de 12 centímetros e insistem em não tirar a porcaria dos sapatos dos pés? Pois não sei! E quero lá eu saber! Não faço mesmo a mais pequena ideia e precisava da orientação de um adjectivo, só um que fosse, para me direccionar a imaginação para a direita ou para a esquerda, para a frente ou para trás. Assim, a seco, é-me impossível decidir. Assim dispersei completamente e esse não é um exercício que me agrade.
Outros poderão ter opiniões contrárias. A ver vamos a opinião de quem passar por aqui.
Aceito o contraditório. Mas por mim continuo com os adjectivos, estimulantes de carago da minha imaginação!
Nota final - Reforço o depende. É evidente que há textos em que os adjectivos não se adequam de todo, mas não é certamente o caso deste, despoletado a partir das frases/exemplos do Ramiro.

Anseio


Vinha Virgem - S. Gonçalo - Amarante
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

Anseio

Premedita o ensaio,
coloca os galardões,
aqueles que sustentas,
e ninguém os vê.
Aligeira o passo,
roça a suavidade,
tempera-te de ternura.
Aguarda pelo reparo,
intenta a audácia,
ladeia o incomun,
vive,
respira,
solta-te!

maria eduarda

Susana Dias


Susana Dias - Tosquia - Outeiro - Amarante
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

Susana Dias

Continuo a dar voz à Susana Dias que hoje partilha connosco um texto belíssimo sobre o que é Ser.

A doença

Durante este ano aprendi a ser uma doente oncológica. Nome maldito, o cancro tem um estatuto especial dentre as doenças temíveis. Mata milhões de pessoas por ano em todo o mundo, e muitas vezes de forma fulminante. Daí, (e apesar de nos últimos anos o desenvolvimento de novos fármacos permitir a cura e aumento da esperança de vida dos doentes) ser uma doença deveras estigmatizante, em que a sociedade sentencia o doente com uma pena de morte, nem que seja social. Por esta razão muitas pessoas evitam o doente, não querem incomodar, às vezes até mudam de passeio para não se cruzar com ele. Como a ignorância impera, vaticinam-se diagnósticos, preconizam-se tratamentos, idealizam-se fábulas médicas à distância do doente, e este, sem recurso, transforma-se em coitadinho, figura esquálida e macilenta, de olhos encovados, vivendo numa espécie de limbo. Este é o mau caminho. É urgente ultrapassar preconceitos. É imperativa a aproximação ao doente, ele precisa de conforto e de apoio. A ideia de que se incomoda quem faz tratamentos violentos como a quimio protege mais quem não quer dar o primeiro passo, quem tem medo de quebrar barreiras do que quem está doente. A única opção para quem está ao lado de alguém doente é aproximar-se, sem medo, investindo no carinho, na transmissão de confiança, de optimismo para que o seu sistema imunitário afectivo o proteja da vulnerabilidade física intrínseca à doença. Porque o ser humano é estruturalmente um ser de diálogo, de comunicação, de relação com o outro, não deixemos que essa sua apetência se esgote nos momentos agradáveis e “fáceis” da nossa existência. Mais difícil mas, simultaneamente mais profundo e transformador, o encontro como outro em estado de doença, abre caminho a uma troca de experiências inefáveis, a um desvelamento de receios e angústias mas também de qualidades até aí desconhecidas, num caminho de auto conhecimento para ambas as partes. Não se confundindo apoio com violação de privacidade, o encontro com o doente, é um sublime gesto de amor.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Explicitação da Coisa

Explicitação da Coisa

José Sócrates não se explicou lá assim muito bem quando deitou faladura para os seus camaradas socialistas e usou a célebre frase que faz agora furor na blogosfera, e que por certo ficará para a História como um momento alto de alguém completamente cheio de si.
Vai-se a ver e ele está cheio de razão. Vai-se a ver e quando ele diz que ainda "está para nascer um primeiro-ministro que tenha feito melhor no défice" está mesmo a referir-se ao seu extraordinário agravamento nos dias que agora vivemos.
Vai-se a ver e ainda lhe vamos dar razão! Ainda vamos descobrir, daqui a uns tempos, claro, que com este "nosso primeiro" o défice, elevadíssimo, que "ele" herdou, é agora igual ou mesmo superior ao existente aquando da sua chegada ao governo, isto apesar de todo o apertar de cinto a que foi sujeito o povo português!
Quem pensou que o "melhorar" de Sócrates era no sentido da sua diminuição?
Pois! Não é assim tão líquido, pois não Juanita?
Obrigada, filha minha, pela tua lucidez.

Fim de Festa

Fim de Festa

Desta vez, os autores da "campanha negra" estão devidamente identificados: são os juízes do Tribunal de Contas. Por motivo de "urgência", embora o contrato só terminasse em 2015, o Governo assinou com a Liscont, empresa da famosa "holding" económico-partidária Mota-Engil/Jorge Coelho (e, já agora, Luís Parreirão, também ex-governante socialista da área das Obras Públicas) um "aditamento" à concessão do terminal de Alcântara. Sem concurso, que a coisa era "urgente" e sabe-se lá quem estará no Governo em 2015. É um contrato justo: a Liscont cobra os lucros e o Estado (a Grande Porca bordaliana, a de inesgotáveis tetas) suportará eventuais prejuízos, ou, nas palavras do TC, "o ónus do risco do negócio passa para o [Estado]". O Estado pagará ainda 1,3 milhões em advogados, consultores & assessores para a montagem e gestão da ampliação do terminal; e até se, durante as obras, calhar serem descobertos vestígios arqueológicos, será (adivinhem quem) o Estado a pagar a paragem dos trabalhos. Só de má-fé é que alguém pode concluir que tudo isto não é de interesse público e do mais transparente que há.

Manuel António Pina

Retirado daqui.

Bruxa Malvada

Bruxa Malvada

"Uma "missiva" à malvada MLR, pelo Canto Décimo, grupo vocal de professores da ESJMF."
Com os meus agradecimentos ao C. Oliveira que deixou este link no ProfAvaliação!
A música é linda e a letra... é uma delícia!

Movimento Cidadania para o Desenvolvimento do Tâmega

Movimento Cidadania para o Desenvolvimento do Tâmega

Os representantes do Movimento Cidadania para o Desenvolvimento do Tâmega foram recebidos na Presidência da República, no passado dia 21 de Junho, tal como informei anteriormente neste blogue. Foram fazer, às suas custas, aquilo que deveriam fazer os nossos governantes locais que, pagos pelo erário público, desleixam a defesa dos interesses dos desgraçados que lhes pagam esses mesmos ordenados.
O meu irmão, Emanuel Queirós, dá conta deste acontecimento aqui, no Amarante TV.

Vergonha


Festas do Junho - Largo de S. Gonçalo - Amarante
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

Vergonha

Aquele que está muito satisfeito consigo próprio não fala desta vergonha, e ignora-a, tentando que os ecos destas notícias se apaguem sem que façam grande mossa na opinião pública.
Por aqui, pelo Vale do Tâmega e zonas limítrofes como Baião, estamos mesmo no centrinho do furacão e da miséria que o nosso primeiro, todo pimpão, não quer ver, sempre que se olha ao espelho, e se deleita com a sua imagem de sexto homem mais elegante e bem vestido do mundo. Gostaria de o ver eleito como o sexto que arregaçou as mangas e aquele que fez mudar o curso da pobreza em Portugal, mas inchado, inchado de si até dizer chega, com um ego do tamanho do Universo que um dia lhe explodirá na cara, só tem olhos para si próprio.
Ora o exercício matinal está mal feito e, como bem diz a Elsa C., o exercício, em frente ao espelho, deveria ser este:

"Espelho meu: haverá maior défice no país do que Eu???!!!"

Quem assim fala não é...

Quem assim fala não é...

Quem assim fala não é....
Aceitam-se sugestões neste blogue.

"Está para nascer um primeiro-ministro que faça melhor no défice do que eu",

José Sócrates

Frase retirada daqui.

Susana Dias


Tosquia - Susana Dias - Amarante
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

Susana Dias

Hoje dou a palavra à minha querida amiga Susana Dias. E rendo-lhe homenagem. Pela lucidez, pela coragem, pelo sorriso que sempre manteve ao longo deste difícil e longo ano.
Reservei-lhe este dia, neste blogue, porque faz hoje exactamente um ano sobre a nossa ida colectiva à tosquia. Foi uma tosquia improvável, eu à frente, habituada a tosquiadelas radicais... a Susana a ficar para trás... apalpando os seus belos cabelos, fartos e compridos, aloirados e lindos... primeiro por cima dos ombros... pente cinco a seguir... não... vai mesmo ser como o da Anabela, pente quatro, pois então!
Quem à época passou por este blogue, sem estar por dentro do problema que nos afligia a todos na ESA, não percebeu por certo o significado profundo dos cabelos cortados e postados neste blogue. Castanhos, vermelhos, loiros.
Perceberão agora.
A história da Susana será contada na primeira pessoa, ao longo dos próximos posts e os meus leitores, os que me acompanham a vida há mais tempo, perceberão finalmente a razão e a motivação deste post e ainda deste, feitos, à época, com pinças solidárias não invasivas da privacidade da Susana e da sua família.
Hoje falamos abertamente deste assunto, neste blogue. O exemplo de luta sem esmorecimento da Susana Dias pode ser útil para outros. Partilhamos emoções. E somos felizes assim.
Beijinhos grandes Susana Dias. És uma Leoa!
E eu não te assegurei que não perdias a feminilidade quando perdesses os cabelos?

Crónica de um aniversário singular

No dia 18 de Junho vou festejar um ano de luta contra uma doença silenciosa e implacável. Este será um aniversário diferente dos habituais, não haverá velas nem se entoarão cânticos festivos. Como n`Alice no País das Maravilhas, todos os outros dias do ano, os dias de “desaniversário”, são vividos com uma alegria pessoal e intransmissível simplesmente por estar viva. Refiro-me, então, a esta data de Junho apenas para dar testemunho de uma vida que foi radicalmente alterada por uma doença insuspeita.

O veredicto

Naquele fim de tarde de Junho, depois das aulas com os meus alunos na ESA, e depois de 4 dias de sintomas inusitados no meu corpo, fui confrontada no Hospital do Vale de Sousa, pelas 22.30m, completamente sozinha, numa sala de urgência cheia de idosos, com a sentença, “suspeita-se que a Sra tenha um tumor no mediastino”. A médica, muito mais jovem do que eu atirou-me com o veredicto, esclareceu-me sobre o que era o mediastino, informou-me que ficaria internada para realizar exames que concluiriam acerca da estirpe do tumor que alojava no meu tórax, e virou costas! A minha existência ficou suspensa naquela frase. Nos minutos seguintes vivi a mais avassaladora experiência, encostada à parede, entregue a pensamentos avulsos, num caos indescritível. Sozinha, sem rosto familiar ao meu lado para partilhar a dor que me devorava e havia de mudar o curso da minha vida, olhava à minha volta mas não ouvia e os vultos que passavam atarefados eram tão etéreos que se desfaziam à minha frente. Mas recomposta deste impacto, uma força inexplicável nasceu nas minhas entranhas e deu-me forças para telefonar à família e alguns amigos, iniciando uma rede de afectos que haveria de alimentar a minha vontade de viver. Começou assim a minha odisseia, uma “via crucis” de luta contra um linfoma, de internamentos sucessivos no IPO do Porto, de procedimentos médicos desconhecidos e dignos de constar no Dr. House, passando pela temível quimioterapia e continuando com a radioterapia. Foi um verão de férias que não aconteceram, em que o acaso trocou a praia pelo hospital, um inverno de radioterapia e recolhimento em casa porque o sistema imunitário não permitia saídas.

Susana Dias

A continuar...

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Clap! A Inspiração do Pinho!


ClapClapClapClap - Algures na A1 - Portugal
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

Clap! A Inspiração do Pinho!

E é neste blogue que se desvenda o enigma da inspiração do Pinho!
O Pinho, contrariamente a MLR, prestou toda a atenção às manifs de profs que se abateram sobre Lisboa. Houve frases escritas, ditas e berradas. E houve gestos. Este, de vitória, é do Clapinho e eu tenho e certeza que serviu de inspiração ao Pinho que, como grande criativo que é, lembram-se do Pinho decretar o fim da crise?, resolveu inovar e repetiu-o, introduzindo-lhe uma variante, servindo-se dos dois dedos indicadores colocados nas laterais da sua testa, fazendo assim um gesto mais complexo e elaborado!
O gesto do Clapinho foi sereno, tranquilo, belo do ponto de vista estético. O do Pinho foi só absolutamente ridículo!
É. Quem nasceu para dez, não chega a vinte! - já dizia a minha mãe.

Profs à Beira de Mais Um Ataque de Nervos

Profs à Beira de Mais Um Ataque de Nervos

Educação
Professores à beira de ataque de nervos com candidaturas electrónicas
Por Andreia Félix Coelho
Os professores e educadores que estão a concorrer à contratação ou ao destacamento desde o dia 20 estão à beira de um «ataque de nervos», denuncia a Fenprof. Tudo por problemas no suporte informático onde são apresentadas as candidaturas electrónicas

Leia o resto aqui.

O País Escandaloso


Baianas - Pelourinho - S. Salvador da Bahia - Brasil
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

O País Escandaloso

Aqui há uns anos atrás, e em férias por terras brasileiras, dei por mim absolutamente escandalizada perante um programa de televisão, de que não recordo o nome, que dava conta dos casos mais escabrosos e escandalosos, passados em Terras de Vera Cruz, em matéria de golpadas, falcatruas, roubos descarados e outras trapaças que tais.
Os casos eram mais do que muitos mas recordo apenas três que se me agarraram à memória como lapas a um rochedo.
Um ex-presidente da Câmara, de uma cidade até importante lá do sítio, fora apanhado em flagrante delito, assaltando um banco com uns compinchas meliantes dos sete costados e encontrava-se preso, aguardando julgamento.
Outro caso dava conta da venda a retalho de toda a Amazónia, várias vezes, por uma esperteza saloia que enganava incautos e desprevenidos inocentes.
O terceiro caso que agora recordo era o do filho de um importante governador, ou senador, ou lá o que era, que tendo recorrido a fundos pagos pelo Zé Pagode organizou uma rave em plena Amazónia que se tinha revelado um verdadeiro e estrondoso fiasco.
Os casos sucediam-se a uma velocidade vertiginosa e eu, inocente e escandalizada perante tão estapafúrdias notícias, ia reagindo com uns "Só mesmo no Brasil! Felizmente que vivo em Portugal!"
Hoje recordo que a minha mãe bem me dizia para não cuspir para o ar, sob pena de levar com a dita cuspidela na cara, mas eu confesso que dessa vez, no Brasil, me esqueci completamente desse exercício de humildade de tal forma era inocente e não tinha consciência de viver num país de completo faz de conta.
Pois agora assumo que perdi qualquer réstia de inocência. Com casos como o da Casa Pia, licenciatiuras ao Domingo, Freeports, pressões de Lopes da Mota, BPPs, BPNs e afins, e com governantes e ex-governantes envolvidos ou a arranhar envolvimentos em casos escandalosos de corrupção, de branqueamentos de capitais, fraudes fiscais qualificadas, burlas agravadas e outras coisas que tais, alguns mesmo já constituídos arguidos, bem sei que ainda não condenados, só me resta pedir desculpa aos brasileiros pelo meu juízo de valor, errado, criado à volta de uma noção de honestidade global que eu pensava existir no meu país.
O meu país está doente. E grande parte da sua doença está enraizada, enquistada e cristalizada nos partidos do centrão que actuam, através de parte dos seus acólitos, como verdadeiros tumores que parecem condenar o meu país a uma qualquer doença crónica, gravíssima, e com poucas hipóteses de melhoria nos tempos mais próximos.

Pode ler aqui e aqui as últimas escandaleiras ligadas ao BPN como exemplo da matéria tratada no post. Sendo que o exemplo BPN é apenas um exemplo entre muitos outros possíveis.

O Lado Oculto das Manifs


Paragem Técnica a Caminho de Lisboa - Manif - 30-5-09
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

O Lado Oculto das Manifs

Esta fotografia, improvável, foi captada por moi même, no WC duma qualquer área de serviço da A1, e serve-me agora para ilustrar este post que dá conta das invasões sucessivas dos sanitários masculinos, em dias de manifestações gerais, gigantescas, contra as políticas educativas deste governo de má memória que agora finda.
Como é do conhecimento público, a profissão docente é esmagadoramente exercida por mulheres, complicadíssimas e demoradíssimas no que toca a visitas técnicas ao WC. Vai daí as filas nas instalações reservadas ao mulherio são sempre absolutamente gigantescas em dias de manifestação e, apertadinhas apertadinhas, só resta a algumas mais despachadas, e quiçá mais aflitas!, entrarem em território ex-sagrado masculino, para surpresa da rapaziada que por lá se encontra alinhada.
De notar que fomos sempre bem recebidas pelos nossos colegas de profissão, que nos diziam entusiasmados "Hoje não há homens nem mulheres! Hoje somos simplesmente professores!" "
Zecos", acrescentaria MLR se pudesse partilhar tão nobre espaço com a outra metade do mundo que não pertence à nossa metade feminina. Mas sabe lá ela o que é isto! Sabe lá ela do que eu estou para aqui a falar!
Participei em três manifestações gigantescas. Fui à dos 80 mil, à dos 100 mil e à última dos 70 mil e, em todas elas sem excepção, a cena repetiu-se pelas áreas de serviço onde parávamos. Na última resolvi registar fotograficamente a invasão e a partilha destes espaços que, em dias normais, nos estariam vedados.
Marcharemos inevitavelmente sobre Lisboa, em Setembro, para nos despedirmos de uma ministra absolutamente odiada entre nós. Odiada de Norte a Sul, de Este a Oeste, pelos mais novos e pelos mais velhos, pelos Excelentes, pelos Muito Bons, pelos Bons, pelos Mais ou Menos e pelos Maus também. Que proeza! Merecia uma medalha! E ficará na História por péssimos motivos.
Sentirá orgulho pelo que fez? Dormirá sem pastilhame?
Pois invadiremos de novo, pacificamente, estes espaços masculinos onde seremos, mais uma vez, recebidas com palavras de carinho. Fica prometido para Setembro.
Em Setembro voltaremos a abraçar-nos.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Blogues, Bloggers e Censura

Blogues, Bloggers e Censura

Já denunciei este caso de perseguição e censura neste blogue. Hoje volto à carga com esta mensagem recebida por mail e enviada pela Em@, a quem agradeço o cuidado.
E dou conta de uma novidade. Há uma petição em curso dirigida à Assembleia da República que denuncia este caso e as pressões exercidas sobre este docente. Leia e, se é pela liberdade de expressão na blogosfera, assine-a aqui. Eu até me enganei e assinei duas vezes! Sorry! Não foi intencional!
Mas é que já bastam os alinhamentos da RTP e afins e os alinhamentos dos jornais onde as patas e os tentáculos do poder político chegam! Já basta!

Contrato não será renovado
Professor com blogue humorístico vai mesmo deixar a Universidade do Minho
19.07.2009 - 07h40 Samuel Silva
O Conselho Científico do Instituto de Educação e Psicologia (IEP) da Universidade do Minho (UM) ratificou a decisão de não renovação do contrato que liga Daniel Luís àquela instituição. O docente do Departamento de Sociologia da Educação, que mantém o blogue humorístico Dissidências, viu assim confirmada a primeira decisão tomada, há um mês, pelo conselho de departamento.Daniel Luís tinha feito um pedido de prolongamento da sua ligação à UM por mais dois anos, de forma a terminar o seu doutoramento. No entanto, a deliberação tomada pelo conselho científico na reunião realizada na última quarta-feira rejeita esse pedido, confirmando o sentido da votação dos doutores do conselho do departamento de Sociologia da Educação e Administração Educacional, à qual o docente está vinculado.As justificações para a decisão são, de resto, as mesmas que sustentaram a deliberação de Junho. O órgão máximo do IEP considera que Daniel Luís não atingiu os objectivos propostos na elaboração da sua tese de doutoramento, por ter apenas entregue um capítulo da mesma em dois anos de trabalho. O docente rejeita este argumento e alega que vários colegas em situação idêntica viram os seus contratos renovados, entendendo que a decisão é antes uma represália por não ter acatado o pedido de encerramento do blogue humorístico feito pelos superiores em Dezembro de 2007.
Daniel Luís vai apresentar recurso da decisão do Conselho Científico. Caso veja esta pretensão ser-lhe negada, o docente fica desempregado a partir de 7 de Setembro.O caso fez criar um movimento de solidariedade para com o professor e investigador. Há uma semana que está online uma petição dirigida à Assembleia da República em que são denunciadas alegadas pressões sofridas pelo docente. "Como consequência directa das suas actividades não profissionais, Daniel Luís tem sido sujeito a uma perseguição sistemática por parte da sua entidade patronal, a Universidade do Minho", acusa o documento. A petiçãoLiberdade de Expressão para Daniel Luís tinha, ao final da tarde de ontem, 280 subscritores.

Concursos - Informações

Concursos – Informações

Na sequência de uma reunião do SDPSul com a DGRHE vimos, por este meio, transmitir algumas informações relativas à segunda fase dos concursos. Chama-se especial atenção para os esclarecimentos prestados sobre os docentes dos QZP que não obtiveram lugar de quadro de escola/agrupamento e que são obrigados a concorrer a DACL:
DACL (Destacamento por Ausência da Componente Lectiva) – Os candidatos podem manifestar as suas preferências por ordem decrescente nas quais desejam ser colocados, podendo indicar até 100 agrupamentos/escolas, 50 concelhos e 23 quadros de zona pedagógica.
Os docentes dos QZP não colocados no concurso interno podem, para além do anteriormente referido, manifestar preferências pelos agrupamentos/escolas do âmbito geográfico de um outro QZP, de entre os identificados no anexo VII do Aviso de Abertura do Concurso para o respectivo grupo de recrutamento.
Ou seja, os docentes de QZP opositores a este destacamento podem concorrer para qualquer escola que seja da sua preferência. No entanto, aqueles que não venham a obter colocação, serão posteriormente colocados numa escola do âmbito do seu QZP, ou de um outro QZP que eventualmente assinalem, de entre os identificados no anexo VII do Aviso de Abertura.
Estes docentes devem ter especial atenção ao manual de instruções do DACL. Segundo o Director Geral dos Recursos Humanos, estes procedimentos serão mais facilmente compreensíveis na própria aplicação informática que será disponibilizada.
Lugares em escolas prioritárias – Só os docentes opositores a DACL é que poderão manifestar preferências para os agrupamentos/escolas TEIP.
Docentes que foram candidatos à transição de grupo – nesta segunda fase do concurso concorrem ao grupo onde estão providos.
Os docentes de QZP que concorreram à transição de grupo e que não foram colocados, terão que concorrer a DACL, ao grupo onde estão providos.
Nota: Estas informações foram-nos transmitidas verbalmente pelo Director Geral dos Recursos Humanos da Educação. Não dispensam uma leitura atenta de todos os documentos que a DGRHE venha a publicar aquando dos respectivos processos concursais.
Évora, 20 de Julho de 2009,
A Direcção do SDPSUL

Nota - Com os meus agradecimentos à Em@.

Andrew Bird - Fitz and the Dizzyspells

Andrew Bird - Fitz and the Dizzyspells

Clapinho, não fujas... olha o que eu encontrei para ti!
Um Bird, Clapinho! Um Bird!

Será Grave?


Manif - Avenida da Liberdade - Porto
Fotografia de Elsa C.

Será Grave?

Não convém que seja! É que ainda temos uma manif prometida para Setembro e será bom que a senhora nos olhe, olhos nos olhos, uma última vez, antes de sair definitivamente de cena.
Entretanto, na reunião entre o ME e a FENPROF não se fez luz! Incrível, não é?
Estranho modo de vida o destes nossos governantes! Estranha forma de se afirmar pela negociação na teoria, fazendo exactamente o seu contrário na prática.
Não perdoamos. Não esquecemos.
E em Setembro voltaremos!

Educação
Audição de Maria de Lurdes Rodrigues adiada sem data devido a «indisposição» da ministra

A audição de hoje da ministra da Educação no Parlamento foi adiada sem data, depois de uma «indisposição física» de Maria de Lurdes Rodrigues, informou o presidente da comissão de Educação e Ciência, António José Seguro.
Leia a notícia completa aqui.

Amarante, os Amarantinos e o Rio


Amarante, os Amarantinos e o Rio
Fotografia de Foto-Carneiro

Amarante, os Amarantinos e o Rio

O post que agora escrevo tem por base as palavras do meu pai e as suas memórias relacionadas com o Tâmega.
O meu pai nasceu em 1937 e, aquando do seu nascimento, já existiam velhos hábitos e costumes entre os amarantinos relacionados com o rio, como se pode ver na fotografia que ilustra este post, e onde é facilmente identificado o meu muito querido avô Rodrigo, segundo na foto, contando da direita para a esquerda, o primeiro encostadinho à barraca, ainda muito jovem e solteirinho da silva.
O rio foi património passado de pais para filhos e estas barracas de madeira listada, contemporâneas do meu avô, povoaram ainda a infância e adolescência do meu pai não tendo chegado, no entanto, a alimentar as minhas memórias de infância ligadas ao rio, passada já nos Poços.
As barracas eram montadas anualmente e inauguravam a época balnear. Montadas sobre a corrente do rio num sítio chamado Gola, entre a Ínsua e o Areal, serviam não só para as pessoas mais modestas tomarem o seu banho de limpeza semanal, como também para as senhoras importantes e excêntricas de Amarante se refrescarem, a coberto dos olhares, curiosos e matreiros, da rapaziada que povoava o Tâmega à época. Mas a rapaziada parece que fintava as ditas senhoras e mergulhando nas águas outrora límpidas do rio espreitava-as, ai Jesus! Nuas!, tal qual tinham vindo ao mundo!
Durante a infância do meu pai era o senhor Adolfo Flores que ensinava a moçarada a nadar e foi com este senhor que o meu pai aprendeu a deslocar-se em meio líquido, nadando em segurança no rio. De cabaças debaixo dos braços, para não ir ao fundo, lá ia ganhando destreza e aperfeiçoando os movimentos até o senhor Adolfo o mandar fazer a prova final e que consistia em nadar, sem as ditas cabaças, desde a ponta da Ínsua até ao pilar da Ponte Velha, acompanhado pelo senhor Adolfo, que da sua Guiga, barco típico que ainda hoje povoa o rio misturado com umas ditas dumas gaivotas infestantes, ia vigiando a prova de superação de dificuldades acrescidas, num local de grande profundidade do rio. Dizia ele que se a moçarada conseguisse nadar aquela distância, sem parar, estava já apta a nadar em qualquer lugar e sem mais companhia, quer humana, quer a das ditas cabaças.
E a moçarada lá ia crescendo, no Verão sempre enfiada no rio, chapinhando e brincando, bebendo da sua água quando tinha sede, pescando as enguias que se movimentavam no fundo pedregoso do rio, com garfos, nadando até dizer chega, espreitando as senhoras nuas dentro das barracas.
Este foi um tempo anterior aos Poços, que pura e simplesmente não existiam enquanto praia, na infância e adolescência do meu pai.

Amarante - Cidadania


Olhar de Pássaro sobre o Tâmega - Amarante
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

Amarante - Cidadania

Nove representantes do movimento cívico apelidado de Movimento Cidadania para o Desenvolvimento do Tâmega são recebidos hoje na Presidência da República, no Palácio de Belém, em Lisboa.
Registo, mais uma vez, o acontecimento, sublinhando o exemplo maior de civismo, de persistência, de responsabilidade e de cuidado com um bem que é de todos nós, amarantinos, portugueses, europeus, cidadãos do mundo, e que é o "nosso" rio Tâmega.
O contraponto desta atitude está em muitos dos políticos locais, isto para não ir mais longe, nomeadamente os que actuam a soldo do ps e se comportam como verdadeiras baratas tontas perante um problema que nos afecta a todos, aqui na região do Tâmega.
Sinto verdadeira vergonha e asco perante os seus comportamentos e atitudes de minhocas invertebradas, de percursos ondulantes e rastejantes e não esqueço que um dia proferiram a célebre frase «Juro que cumprirei com lealdade as funções que me são confiadas» de forma absolutamente leviana.
Estou, a cada dia que passa, mais descrente em políticos, e em partidos políticos, que se comportam como verdadeiros cancros, minando e secando tudo à sua volta, com a passagem pelo poder.
E cada vez tenho menos paciência para gente que se escuda nas sombras coloridas e protectoras dos partidos políticos, conseguindo ocupar postos que de outra forma lhe estariam vedados, trepando, por esta via, num verdadeiro exercício de alpinismo social. Conheço-os daqui. Daqui e não só, que eles enxameiam o país. E lamento. Lamento que esta actividade tão nobre esteja já pelas ruas da amargura, mas a verdade é que os partidos políticos, que alternam no poder, parecem-se, cada vez mais, com verdadeiras escolas de malfeitores.
E para terminar este assunto, por hoje, aqui deixo um pequeno extracto de um texto do meu irmão, José Emanuel Queirós, hoje em Lisboa, lutando com unhas e dentes contra uma situação que parece irreversível, acompanhado de mais uns quantos paladinos da não desistência.
"(...) No entanto, a cidadania não pereceu em qualquer dia de eleições, nem se encostou à sombra da torre sineira do convento de São Gonçalo, nem fica à mercê de um favorzinho. Por isso, a agendada recepção que nos espera, terça-feira (21/07), na Presidência da República - aonde iremos a pagar transporte, portagens e gasóleo, sem direito às mordomias correntes do motorista e das ajudas de custo que concedemos às nossas governanças, acima do principesco pecúlio mensal - deu pretexto para fazer uma informação alusiva à circunstância, que coloquei em http://sol.sapo.pt/blogs/PlenaCidadania, com o título «A BARRAGEM DE FRIDÃO-AMARANTE NA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA»".

No blogue PlenaCidadania encontrará informação detalhada sobre tão pertinente assunto, assim como no blogue do Movimento Cidadania para o Desenvolvimento do Tâmega.
Informe-se. Não desista. Lute.

Petição

Petição

Petição mais do que justa da qual transcrevo o texto inicial.
Para ler o texto completo e assinar clique aqui.


PETIÇÃO À ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA

Face à situação de precariedade em que os professores contratados com dez ou mais anos de serviço, prestados no ensino público, se encontram há longos anos por ausência de vontade política para resolver a sua situação, nos termos do artigo 52º da Constituição da República Portuguesa, artigos 247º a 254º do Regimento da Assembleia da República, artigos 1º, nº1, 20, nº 1 alínea a) da Lei 43/90 de 10 de Agosto, com as alterações introduzidas pelas leis 6/93 de 1 de Março e 15/2003 de 4 de Junho, os Cidadãos abaixo-assinados vêm exercer um direito de cidadania através da presente petição junto à Assembleia da República, através da qual solicitam a apreciação, em sede de Plenário, do seguinte assunto: - Vinculação definitiva dos professores profissionalizados contratados, com dez ou mais anos de serviço docente prestado no ensino público.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Lionel Neykov

Lionel Neykov

Lá mais para trás neste blogue escrevi que ia estar atenta a este menino. Pois continuo atenta. E o menino continua a agradar-me com um som que me deixa sempre a trautear e a aguardar mais Lionel Neykov.
Hoje posto In the Sunshine, música adequada para este dia de sol de estorricar, que já postei anteriormente neste blogue mas cujo vídeo foi removido do YouTube.
Aproveitemos, pois, este sol.

Apollo 11 - Aniversário

Apollo 11 - Aniversário

Assisti a este feito em família, de olhos pregados numa televisão típica dos anos sessenta que transmitia imagens a preto e branco, incrédula perante imagens que pareciam saídas de um qualquer filme de ficção científica. A imagem de um astronauta de fato branco a andar de forma esquisita sobre a superfície lunar, as pegadas por ele deixadas no seu solo poeirento, a célebre frase "Este é um pequeno passo para um homem, mas um enorme salto para a humanidade" de Neil Armstrong e o momento em que a bandeira americana é colocada na Lua são memórias que fazem parte integrante do património da minha infância.
Passaram já 40 anos sobre este feito maior da História da Humanidade?!
Inacreditável!