quinta-feira, 30 de junho de 2016

O Brexit Visto ao Vivo e a Cores

O Brexit em Downing Street - Londres
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães

O Brexit Visto ao Vivo e a Cores

Confesso que aterrei nos arrabaldes de Londres às primeiras horas da manhã de dia 24 sem saber o resultado do referendo que continua, passados seis dias, na boca do mundo. E perguntei, mal aterrei no aeroporto, como tinha ficado a coisa e o resultado da coisa foi-me transmitido por um funcionário triste que me informou que o Reino Unido tinha votado maioritariamente pelo Brexit, ou seja, pela saída da União Europeia. O resultado apanhou-me completamente de surpresa já que sempre pensei que os resultados ficassem muito próximos mas que ganharia o voto pela permanência na UE. Assim não foi. 
Pisadas e calcorreadas as ruas londrinas verifiquei in locco que a vida prossegue em terras de sua majestade com a normalidade possível depois do choque para os londrinos que votaram maioritariamente pela permanência dentro de uma União Europeia, que apenas é União de nome já que a cada dia que passa mais parece uma manta esfarrapada, curtíssima, que se puxa de um lado e destapa tudo do outro.
A única excepção à normalidade londrina verificava-se nos muitos repórteres e curiosos que se amontoavam em Westminster, em frente ao número 10 de Downing Street, à porta do já demissionário primeiro-ministro britânico que foi, sem dúvida, um dos grandes responsáveis pelos resultados deste referendo. Quanto à outra grande responsabilidade, bom, essa ficará para sempre com os políticos e burocratas de uma UE cada vez mais distante e alheada dos povos que afirma representar mas que apenas pseudo-representa.

quarta-feira, 29 de junho de 2016

O Passeio de Finalistas/Visita de Estudo a Londres e a IES - International Education Services - Partilha

Londres - Junho 2016
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães

O Passeio de Finalistas/Visita de Estudo a Londres e a IES - International Education Services - Partilha

Toda a gente que acompanha este meu blogue sabe que, de quando em vez e sempre que considero pertinente, lá vou fazendo umas postagens sobre aquilo que me agrada, partilhando informações que poderão ser úteis a outros... que isto da partilha é uma coisa muito linda que eu continuo a praticar afincada e convictamente.

O Passeio de Finalistas/Visita de Estudo a Londres, organizado pela Professora de Inglês Antonieta Soares para os alunos de 9º ano, foi integralmente concebido pela IES - International Education Services , agência especializada neste tipo de viagens que envolve alunos e professores e que nos prestou um serviço cinco estrelinhas que eu recomendo vivamente a todos quantos queiram preparar uma visita de estudo mais complexa a Londres, a Nova Iorque, a Florença... o que for, que o António Barros, dono da agência que teve o privilégio de nos acompanhar... eheheh... estou a brincar... dará, por certo, e muito bem!, conta do recado.
O programa contou com um primeiro dia preenchido por um walking tour por Trafalgar Square, Horse Guards, Downing Street, Big Ben, Houses of Parliament, Westminster Cathedral, Buckingham Palace, St James Park e Piccadilly Leicester Square; o segundo dia foi preenchido com a visita ao British Museum, passeio pela afamada Oxford Street, museu Madame Tussaud`s, passeio por Baker Street e Regents Park; o terceiro dia foi ocupado com a visita aos Natural History & Science Museums e passeio por Hyde Park Corner para acabar em beleza assistindo ao musical Thriller; quanto ao quarto e último dia este foi ocupado a ver Londres a partir da London Eye e ainda tivemos tempo de visitar a Tower of London, a Tower Bridge, a catedral de St Pauls e a Milennium Bridge... e... snif snif snif... foi tempo de reentrar em voo daRyanais que, em voo tranquilo, nos deixou no aeroporto Francisco Sá Carneiro.

O António Barros podia ter-nos prestado um serviço eficaz e estaria tudo bem mas, para além de eficaz, tivemos o enorme privilégio de contar com uma pessoa sempre presente, prestável, paciente, simpática, com uma grande capacidade de reacção e de tomada de decisões relativas a ajustamentos que sempre vão surgindo em viagens que envolvem um grande grupo e contamos igualmente com uma pessoa que detém um enorme conhecimentos de Londres que domina a cidade como se fosse um verdadeiro londrino... não é por acaso que se nota muito bem que por lá já viveu um dia...

Os meus agradecimentos, António Barros! À conta de quatro intensos dias, ficamos amigos para a vida.

terça-feira, 28 de junho de 2016

Passeio de Finalistas - Visita de Estudo a Londres

Passeio de Finalistas 2016 - Visita de Estudo a Londres
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães

Passeio de Finalistas - Visita de Estudo a Londres

O Passeio de Finalistas/Visita de Estudo a Londres envolveu alunos do 9º ano de escolaridade da EB 2/3 de Amarante, mais umas quantas professoras que se disponibilizaram para a exigente tarefa de os acompanhar ao estrangeiro e ainda mais algumas/poucas, mas boas!, acompanhantes que a nós se juntaram para esta aventura de fim de Junho.
A iniciativa partiu da Professora de Inglês, Antonieta Soares, que desafiou os seus alunos, no já longínquo ano lectivo de 2013/2014, a trabalharem com este objectivo em mente durante os três anos lectivos que constituem o 3º Ciclo de Escolaridade do Ensino Básico.
E os alunos trabalharam, aproveitando períodos de férias, aproveitando eventos aqui na cidade, tudo serviu para a angariação de fundos que por estes dias possibilitou a viagem a mais de duas dezenas de miúdos e miúdas que connosco embarcaram em voo da Ryanair que nos levou directamente à capital de que tanto se fala por estes dias de Brexit - Londres.
A visita foi feita de um programa exigente que nos encheu os quatro dias por inteiro e que nos deixou quase de língua de fora... ok, meninos e meninas, as profes é que ficaram quase de língua de fora porque quanto a vocês... bom, vocês estavam frescos como alfaces... não?!

Aqui deixo os meus agradecimentos à totalidade do grupo que viveu exemplarmente o Brexit exactamente onde ele devia ser vivido, ou seja, em Londres.
Deixo também os meus agradecimentos à Professora Antonieta Soares porque sem a sua iniciativa não teria havido Londres para ninguém.
Por último, deixo um agradecimento especial e enormesco a todos os alunos e alunas que durante quatro dias e quatro noites connosco calcorrearam as calçadas londrinas de lés a lés usando os pés, o abafante metro de Londres e, em alternativa, usando os belíssimos autocarros vermelhos de dois andares e que fizeram desta viagem uma experiência inesquecível e brutal

Atrevo-me a falar no plural: vocês, alunos e alunas que permanecereis para sempre nos nossos corações, foram, para cada um de nós adultos que vos acompanharam, uma excelentíssima companhia por terras de Sua Majestade, porque sempre simpáticos, prestáveis, bem dispostos, divertidos, piadéticos, atentos, educados, prestáveis... e tudo o mais que já nos deixa saudades... muitas.

Acredito que seguireis em frente agora incrivelmente mais ricos e mais maduros, em suma, agora mais preparados para a nova etapa que começará em Setembro. Mas, entretanto, agora é tempo de gozarem as vossas merecidas e longas férias de Verão.
Por isso, aproveitem! Aproveitem tudo. Com juízo... já sabeis como é!
Quanto a nós... continuaremos por aqui... certo?

quinta-feira, 23 de junho de 2016

São João

São João - São Gonçalo - Amarante
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães

São João

Hoje é dia de fazer brasas e de pôr a assar... o entrecosto.

São João, São João, São João...

Dá cá um balão
Para eu brincar!

Votos de excelente São João!

Recorde - Parabéns - Agradecimentos


Auto-Retratos - Porto/Amarante
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães

Recorde - Parabéns - Agradecimentos

Ontem foi dia de quebrar o anterior recorde de entradas neste blogue aberto algures em Fevereiro de 2007.

Muito embora eu tenha perdido o contador para trás de 2010 e este blogue ter de facto muiiiiiito mais entradas do que as que agora o contador me assinala - um milhão trezentos e dezanove mil oitocentas e quarenta e sete - a verdade é que sei, porque me lembro, que ontem este blogue bateu o recorde de entradas num só dia - já que o meu contador oculto assinalou muito perto de catorze mil entradas.

Por isso, parabéns a mim por não ser uma desistente deste projecto que começou numa acção de formação e que continuará enquanto a actividade de blogger me der gozo... e confesso que me dá muito gozo!... e parabéns aos meus visitantes que fazem o favor de ler os meus escritos.

Estou-vos gratíssima! Sem vocês, desse lado, este projecto não teria tanta piada.

Festival Mimo - Convite


Festival Mimo - Convite

A primeira internacionalização do Festival Mimo, ver aqui página no Facebook, honra nossa que muito devemos ao Adriano Santos e por isso aqui lhe deixo os meus agradecimentos públicos pessoais!, ocorrerá em Amarante, com início marcado para meados de Julho.

E então é assim pessoal, Festa Amarantina a 9 de Julho, a festa mais espontânea deste Verão, depois descansamos só um bocadinho e engatamos logo de seguida numa programação de excepcional qualidade onde os espectáculos são todos, mas todos!, gratuitos.

Por isso aviso com tempo os meus leitores exteriores a esta Amarante que eu amo - programem a vossa vida e aproveitem as excelentes borlas que por aqui vamos ter. De caminho, podem sempre (re)descobrir uma cidade pequenina mas muito acolhedora que é também conhecida por Princesa do Tâmega... e podem sempre aproveitar a oportunidade para também espreitarem a aberração da agora Praça Muito Mais do que Medonha.
E bom proveito! Desfrutem da nossa hospitalidade... e sintam-se em casa! A nossa cidade é a vossa cidade.

Festa Amarantina - Contagem Decrescente

Flores - Festa Amarantina
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães

Festa Amarantina - Contagem Decrescente

Por aqui, pela rua, já estamos em contagem decrescente para a festa Amarantina. Por aqui, com flores reaproveitadas feitas de papel colorido e flores recicladas feitas com folhinhas de papel higiénico... limpo, claro está!... e agora pintadinhas com cores coloridas surripiadas à minha Jóia de Luz.

Festa Amarantina, aqui vamos nós...

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Manifesto Pela Escola Pública - Expresso Diário - Entrevista a Paulo Guinote


Manifesto pela Escola Pública - Expresso Diário - Entrevista a Paulo Guinote

O post que se segue foi inteiramente surripiado ao Paulo Guinote.

Pelo Expresso Diário

Acerca do manifesto bloguístico, eis as minhas respostas à Isabel Leiria do Expresso. Sublinho que o fiz comunicando aos restantes signatários e porque o Alexandre Henriques me destacou para algumas funções deste tipo, ok? Não sendo assinante doExpresso Diário, ficam aqui as respostas como seguiram por mail.
1 – O que levou os subscritores deste manifesto a avançar com esta iniciativa de divulgação de um texto em defesa da escola pública?
A iniciativa partiu do Alexandre Henriques do ComRegras que considerou que estamos num período em que os blogues poderão ter, de novo, algo a dizer em relação ao se debate em torno da Educação Pública. No meu caso, aderi à ideia porque, apesar de algum cepticismo, achei interessante que se conseguisse apresentar uma espécie de plataforma comum a pessoas e projectos com bastantes diferenças mas que encontram causas unificadoras nas suas preocupações.
2 – No texto nunca fazem referência  ao ensino privado nem à discussão em torno dos contratos de associação que tem marcado a agenda. Mas é neste contexto que o texto surge. As duas questões – defesa da escola pública e oposição aos contratos de associação – estão ou não relacionadas?
O manifesto surge nesse contexto, mas não desse contexto. A ausência de qualquer referência procura sublinhar isso mesmo. Que a polémica em torno dos contratos de associação é um epifenómeno muito exagerado porque isso interessa a cada uma das “partes” que se envolveram nesse conflito para unirem as suas fileiras. Em termos da Educação numa perspectiva mais ampla, há problemas muito mais importantes a tratar e o tempo não deve ser perdido em algo que, apesar do impacto mediático, não nos parece ser uma questão essencial.
3 – Falam em “cortes”, deriva de políticas educativas, burocracia doentia. O que é que de pior se tem feito à escola pública?
A permanente instabilidade em quase tudo, da avaliação dos alunos à contratação de professores, passando por detalhes tão pequenos mas massacrantes como procedimentos administrativos de registo do trabalho docente.
A enorme diferença entre o discurso público e a acção concreta. Veja-se o que se passa em trono da promoção do sucesso escolar. Apesar da retórica dominante ser a do fim do predomínio das disciplinas “estruturantes” no currículo a formação dada é centrada no sucesso nessas disciplinas; do mesmo modo, praticamente nada se alterou no currículo para efectivamente reforçar a área artística.
A duplicação ou triplicação desses registos e manutenção de controlos burocráticos do trabalho docente, retirando-lhe praticamente toda a autonomia.
O desaparecimento de uma prática de partilha na tomada de decisões ao nível da vida das escolas e agrupamentos, o que se agravou imenso com a concentração em mega-agrupamentos e a gestão baseada num modelo único e inupessoal.
4 – E qual é que acha que seria a media/área de intervenção mais importante/urgente para defender/melhorar a escola pública?
O reforço da autonomia das escolas, numa lógica de partilha e colegialidade das decisões. Não o reforço da autonomia/poder de uma só pessoa dentro das escolas, da distribuição de serviço às regras de contratação. E nunca o esvaziamento quase total da autonomia das escolas, com muitas das suas competências a ser transferidas para as autarquias, com o cenário da captação de verbas europeias. Quando as escolas passarem a depender dos gabinetes camarários para ver os seus “projectos” apoiados e financiados, o processo de degradação dará um enorme salto para o abismo.
5 – Há décadas que se ouvem reclamações de mais autonomia, com os próprios governos a invocar o mesmo princípio. Tem mudado alguma coisa e se não a que se deve esta tendência para a centralização e controlo?
O que tem mudado têm sido os mecanismos de controlo e registo dos actos praticados, mas não a sua lógica. Ao nível das escolas, o poder foi centralizado e organizado de forma hierárquica, sendo depois essa lógica alargada à relação dos directores com a tutela. A razão disto é, em primeiro lugar, uma enorme desconfiança dos políticos em relação aos professores, algo partilhado por todas as equipas ministeriais dos últimos quinze anos; em seguida, o desejo de estabelecer uma linha de dependência hierárquica dos processos de decisão/implementação das medidas. Tudo se baseia na lógica da nomeação e obediência. Curiosamente, apesar de todos os defeitos que lhe são imputados, a Educação tem revelado progressos constantes nas últimas décadas, mas raramente a responsabilidade por isso é atribuída aos professores por quem o deveria fazer.
6 – Vê no atual ministro um acérrimo defensor da Escola Pública? As palavras têm-se traduzido em atos?
Eu vejo em todos os ministros defensores acérrimos dos seus conceitos pessoais ou políticos de Escola Pública. Só que raramente coincidem com o meu e, vou arriscar, com a maioria dos meus colegas de profissão. Todos formulam conceitos de Escola Pública que defendem com maior ou menor intensidade, identificando o que acham ser os princípios mais virtuosos e quais os obstáculos a ultrapassar. Há quem achasse que o problema a falta de racionalidade na gestão do sistema (David Justino), que os maiores obstáculos ao progresso eram os professores (Maria de Lurdes Rodrigues) e quem achasse que a solução era fazer mais exames (Nuno Crato). Agora temos um ministro que retoma, em nome de um alegado progresso, a lógica do direito ao sucesso a qualquer preço que marcou os anos 90 do século passado e todo um aparato discursivo extremamente nebuloso que, no fundo, se resumirá a “passem-nos” ou a falha será vossa (dos professores, das escolas). Não me consigo rever em nenhuma desta lógicas e muito menos em diversas das suas medidas práticas.
7 – O manifesto é subscrito exclusivamente por autores de blogues. Desde o aparecimento dos blogues que a  Educação tem sido uma das áreas com maior número e grande parte até mantém o ritmo das publicações. O Paulo criou um, parou e lançou outro ainda que mais abrangente. Também há vários grupos de discussão no facebook. Por que é que acha que isto acontece? Os professores têm muito a necessidade de ‘desabafar’ e ‘partilhar’  os ‘males’ da sua profissão? 
Os professores são numa classe que, com excepções, claro, gosta de partilhar o que pensa e faz. Aquela ideia da “porta fechada” da sala de aula ao exterior é um mito útil. Bem como a do conservadorismo dos docentes, apesar dos eu evidente envelhecimento etário. Claro que existem exemplos menos bons, pessoas que poderiam ter o direito de se retirar da vida activa ou de leccionar com um mínimo de dignidade que as políticas recentes não têm permitido. Mas a maioria, por vezes a menos vocal, que aparece apenas para ler, aprender algo, contribuir com alguns comentários, gosta desta rede de relações virtuais que alargam as redes locais mais personalizadas e permitem aceder e partilhar informação útil. Devido ao do entristecimento das salas de professores, à erosão da situação simbólica e material da classe docente e ao clima de quase permanente tensão com a tutela em muitas áreas, os blogues e os fóruns de discussão virtuais tornaram-se espaços de refúgio e de catarse que, felizmente, muito têm contribuído para que todos achemos pontos de apoio, identificação e motivação para mantermos alguma sanidade no meio de toda esta turbulência.
8 – Para quem acompanha e lê esses fóruns não fica a ideia que há uma insatisfação permanente dos professores, independentemente das medidas que são tomadas? É o resultado do desgaste que refere?
Sim, é verdade que quem passa pelos fóruns de debate de professores pode ficar com a ideia de que estamos insatisfeitos com tudo, seja de que tipo for. Isso pode resultar de uma conjugação de causas, desde o facto de, sentindo-se em “família virtual”, ser possível descarregar os humores (em vez de estar em casa a fazer isso sempre com a família real) até à diversidade de posições de diferentes grupos de professores sobre algumas matérias, queixando-se de cada vez quem discorda, por exemplo, ou dos exames ou da sua ausência, não esquecendo quem lá aparece de forma militante para defender causas que vão para lá dos interesses dos professores, os chamados trolls que só servem para produzir “ruído”.
No entanto, acho que há medidas que teriam um aplauso praticamente unânime como a desburocratização real do trabalho docente (agora fazemos relatórios em suporte digital, mas guardam-se diversas cópias em papel e se surgir a IGE tem de se entregar tudo nos vários suportes), a redignificação da carreira docente (já andamos a ajudar a pagar bancos há quase uma década), o fim da (inter)municipalização da Educação (que só agrada aos amigos dos partidos nos diversos poderes locais, como se viu no referendo promovido a esse respeito pela Fenprof) e o regresso a um modelo flexível de gestão escolar (medida que só desagradaria a alguns directores).

Calendário Escolar 2016/2017


Calendário Escolar 2016/2017

Já fui contactada por encarregados de educação que precisam de saber a quantas andam relativamente ao início do próximo ano escolar.
De facto, esta informação pode ser preciosa e até determinante para as famílias, nomeadamente para marcação de férias e já devia estar disponibilizada há muito.
E o que é que eu respondi?
Pois não sei... e não sei eu nem ninguém porque o calendário escolar ainda não foi divulgado mantendo o ME esta informação em suspenso o que tem consequências também para as escolas que se querem a saber a quantas andarão no  próximo ano lectivo que agora começa a ser preparado.
A pergunta que agora deixo é... não podia haver estabilidade numa coisa tão "simples" quanto esta?

Famílias e escolas sem saber quando começam aulas no próximo ano letivo

terça-feira, 21 de junho de 2016

Ecos na Imprensa Nacional - Expresso - Manifesto Pela Escola Pública


Ecos na Imprensa Nacional - Expresso - Manifesto Pela Escola Pública

Blogues de Educação juntam-se "pela escola pública"

"Manifesto defende "mais respeito, atenção e investimento" na escola pública e critica anos de "cortes" e medidas que a "burocratizam de forma doentia"

Desde as 14 horas desta terça-feira doze dos mais lidos blogues sobre educação divulgam nas respetivas páginas um manifesto de apoio à Escola Pública."

Pode continuar a ler o artigo na sua totalidade clicando aqui.

Ecos na Imprensa Nacional - Público - Manifesto Pela Escola Pública


Ecos na Imprensa Nacional - Público - Manifesto Pela Escola Pública

No Público

Escola Pública deve ter margem para se autogovernar, defendem professores

"Doze autores da área da Educação apelaram nesta terça-feira à defesa da escola pública, frisando que esta "precisa de mais respeito, mais atenção, mais investimento e mais capacidade de, sendo pública, sem outro dono que não o povo português, de ter margem para se autogovernar e se adaptar a cada comunidade local.
O apelo é subscrito pelos professores do ensino básico e secundário Alexandre Henriques, do blogue ComRegras, Anabela Magalhães (Anabela Magalhães), António Duarte (Escola Portuguesa), Duílio Coelho (Primeiro Ciclo), Luís Braga (Visto da Província), Luís Costa (Bravio), Manuel Cabeça (Coisas das Aulas), Nuno Domingues (Educar a Educação), Paulo Guinote (O meu Quintal), Paulo Prudêncio (Correntes), Ricardo Montes (Professores Lusos) e ainda pelo psicólogo José Morgado (Atenta Inquietude)"

Pode ler o artigo na sua totalidade aqui.

Nota - Entretanto o texto foi corrigido e lá constam os quinze blogues tendo Clara Viana acrescentado os blogues Dearlindo, Aventar e Assistente Técnico.

Manifesto Pela Escola Pública


Manifesto Pela Escola Pública

Pela Escola Pública

Enquanto membros da comunidade educativa e autores de diversos blogues de educação, temos opiniões livres e diversificadas. Porém, a Escola Pública, sendo um pilar social, merece o nosso esforço para nos unirmos no essencial. Este manifesto é uma tomada de posição pela valorização e defesa da Escola Pública.
A Constituição da República Portuguesa explicita o quadro de princípios em que o Estado, como detentor do poder que advém dos cidadãos, tem de atuar em matéria educativa. O desinvestimento verificado nos últimos anos, bem como a deriva de políticas educativas, em matérias como a gestão de recursos humanos ou a organização e funcionamento das escolas e agrupamentos, tem ameaçado seriamente a qualidade de resposta da Escola Pública.

Importa por isso centrar o debate público nos seus fundamentos:

Assegurar o ensino básico universal, obrigatório e gratuito e estabelecer progressivamente a gratuitidade de todos os graus de ensino;
Considerando o nível de desigualdade social instalado importa aprofundar um trajecto de gratuitidade dos manuais escolares e um reforço da acção social escolar.

Criar um sistema público e desenvolver o sistema geral de educação pré-escolar;
Dada a importância confirmada do acesso e frequência de educação pré-escolar é fundamental garantir a sua universalização geográfica e economicamente acessível a todas as crianças.

Garantir a educação permanente e eliminar o analfabetismo;
O ainda baixo nível de qualificação da população activa em Portugal exige uma opção política séria e competente em matéria de educação permanente e de qualificação.

Garantir a todos os cidadãos, segundo as suas capacidades, o acesso aos graus mais elevados do ensino, da investigação científica e da criação artística;
Para que Portugal possa atingir os níveis de qualificação de nível superior definidos no quadro da União Europeia, é fundamental que se assegure uma política em matéria de bolsas de estudo. Portugal é um dos países da União Europeia em que a parte assumida pelas famílias nos custos de frequência de ensino superior é mais elevada.

Inserir as escolas nas comunidades que servem e estabelecer a interligação do ensino e das actividades económicas, sociais e culturais;
A resposta de escolas e agrupamentos às especificidades das comunidades educativas que servem exige um reforço sério da sua autonomia. A centralização burocratizada e um caminho de municipalização que mantenha a falta de autonomia das escolas irá comprometer esse propósito. A autonomia das escolas deve contemplar matéria de natureza curricular, organizacional e de funcionamento escolar, bem como recuperar e reforçar a sua gestão participada e democrática.

Promover e apoiar o acesso dos cidadãos portadores de deficiência ao ensino e apoiar o ensino especial, quando necessário;
Proteger e valorizar a língua gestual portuguesa, enquanto expressão cultural e instrumento de acesso à educação e da igualdade de oportunidades;

A promoção de uma educação verdadeiramente assente em princípios de inclusão exige meios humanos, docentes e técnicos, apoio às famílias, revisão do quadro legislativo que suporta a presença de alunos com Necessidades Educativas Especiais nas escolas, autonomia de escolas e agrupamentos.

Nos últimos anos a Escola Pública, instrumento para que os deveres constitucionais do Estado sejam cumpridos no domínio da Educação, tem sido sujeita a múltiplas dificuldades, com cortes, com lançamento em cascata de medidas que a burocratizam de forma doentia e tentam degradar ou desvalorizar com base em rankings, diversos e dispersos, onde se compara o incomparável, muitas vezes baseados em frágeis indicadores administrativos e funcionais, e não pedagógicos ou educacionais.
A valorização social e profissional do corpo docente e não docente, em diferentes dimensões, é uma ferramenta imprescindível e a base para um sistema educativo com mais qualidade.
A Escola Pública precisa de mais respeito, mais atenção, mais investimento e mais capacidade de, sendo pública, de todos e a todos acessível, sem outro dono que não o povo português, ter margem para se autogovernar e se adaptar a cada comunidade local, sem se esquecer que existe para cumprir objetivos nacionais fundamentais.

Portugal, 21 de Junho de 2016

Subscrevem (por ordem alfabética):

Alexandre Henriques – ComRegras
Anabela Magalhães - Anabela Magalhães
António Duarte - Escola Portuguesa
Duilio Coelho - Primeiro Ciclo
José Morgado - Atenta Inquietude
Luís Braga - Visto da Província
Luís Costa - Bravio
Manuel Cabeça - Coisas das Aulas
Nuno Domingues - Educar a Educação
Paulo Guinote - O Meu Quintal
Paulo Prudêncio - Correntes
Ricardo Montes - Professores Lusos

Vale Tudo em Publicidade?


Vale Tudo em Publicidade?

A campanha é de uma marca de detergente chinesa e já está a ser polémica pelas piores razões. Resumindo, trata-se disto: Uma mulher chinesa, perante o cortejamento de um negro, enfia-lhe uma pastilha de detergente na boca, enfia-o dentro de uma máquina de lavar et voilá!, de lá sai um branquela de um chinês de olhos em bico. E de olhos em bico ficamos nós todos perante esta mensagem tão mas tão clara de um primarismo xenófobo e racista que até dói.
Juro que durante muitos anos pensei que os meus olhos não veriam semelhante vergonha. Mas, atendendo aos sinais que me vão chegando, nos últimos anos, daqui e dali, confesso que esta mensagem de falta de respeito pela diversidade humana, pelas especificidades de cada um de nós, a falta de respeito total para com o outro que é diferente, que é uma minoria num determinado contexto, é, para mim, assustadora. Ainda para mais quando se sabe que a nossa origem é comum e que, em última análise, descendemos todos de uns seres unicelulares que há muitos milhões de anos atrás... c. de 3 400 milhões de anos... se lembraram de fazer o que foi feito dando o que deu.
Agora, valham-me os deuses todos que não há pachorra para tamanho primarismo e burrice.



Nota - É favor saber ler a mensagem das caricaturas. É que, se entramos por aí... a m**** é capaz de nos rebentar na cara. Capice?

Elegy for the Arctic


Elegy for the Arctic

Belíssimo! Justo.



Nota - Com os meus agradecimentos ao Ricardo Pinto!

segunda-feira, 20 de junho de 2016

Novas do Largo Muito Mais do que Medonho

Antigo Largo de S. Pedro - S. Gonçalo - Amarante
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

Novas do Largo Muito Mais do que Medonho

Já é um folhetim local e, se há gente que acha que eu sou insistente em demasia num assunto que já foi quase escalpelizado, outra há que sente a falta das minhas postagens diárias da novela "Uma fotografia por dia, não sabe o mal que lhe faria".
Hoje não me vou alongar. Quero apenas informar os meus leitores que o Largo Agora Muito Mais do que Medonho... meteu água.

Ahhh... e Christo passou por aqui? Se passou... please please please... não desembrulhem os bancos!
E atenção! Isto não é uma piada política.

Varanda para o Rio

Varanda para o Rio - S. Gonçalo  - Amarante
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães

Varanda para o Rio

Toda a gente sabe que em Amarante existem muitas varandas viradas para o rio. Há-as na primeira linha, há-as numa segunda linha, há-as na terceira linha... e por aí adiante... que o rio é generoso e espraia-se aos nossos pés de amarantinos dos sete costados o mais das vezes com um carinho desmesurado, próprio de quem se sente bem na sua pele e gosta de nós.
Nasci numa casa de varanda virada para o rio e este Tâmega povoa os meus dias desde então. E assim permaneço, em casa de varanda virada para o rio... mas que não esta que hoje partilho com os meus leitores em duas fotografias "quase" iguais. Uma em perspectiva vertical e outra em perspectiva horizontal. Agora escolham.
 
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