quinta-feira, 30 de abril de 2009

Notícia de Última Hora - Alento

Notícia de Última Hora - Alento

Providência cautelar interposta por SPRC/FENPROF foi decretada!

O Ministério da Educação foi condenado, por sentença do Tribunal Administrativo e Fiscal de Coimbra (TAFC) e obrigado a abster-se de informar os Presidentes dos Conselhos Executivos (PCE) das escolas e agrupamentos que estes poderão, tendo em conta as situações concretas das suas escolas, fixar [ou não] os objectivos individuais (OI) de avaliação dos docentes que os não tenham entregado. Ou seja, tendo sido decretada definitivamente esta providência cautelar, fica ultrapassada a possibilidade de serem criadas situações de desigualdade, decorrentes de decisões tomadas de forma arbitrária, que permitiam que alguns PCE's recusassem avaliar os docentes por estes não terem proposto os seus OI. Seguir-se-á, agora, a interposição, junto do mesmo Tribunal, da acção administrativa especial.

Pode ler mais aqui http://www.fenprof.pt/?aba=27&cat=266&doc=4088&mid=115

Desanuviar o Blogue

Desanuviar o Blogue

Dizem que é uma espécie de castelhano...

António José Teixeira - Opinião

António José Teixeira - Opinião

Faço minhas as palavras de António José Teixeira e abstenho-me de fazer mais comentários sobre este assunto que me provoca vómitos. Aliás tenho andado cheia de naúseas desde que voltei das dunas e nem percebo os motivos! Voltei a um país tão catita, aonde dá tanto gosto viver!

Ramiro Marques


Auto-Retrato - Fez - Marrocos
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

Ramiro Marques

O Ramiro Marques é uma pessoa generosa. Tão generosa que a cada passo abre o seu blogue para elogiar os seus colegas da blogosfera que lutam pela qualidade da Escola Pública e que lutam contra os atropelos cometidos por este governo, por esta equipa que está no ME.
Ontem fui surpreendida com mais um post sobre mim e sobre este blogue, que um e outro são já indissociáveis.
Aproveito para transcrever para aqui as suas generosas palavras e transcrevo igualmente o comentário que lá lhe deixei, no ProfAvaliação que visito religiosamente para tomar o pulso à luta! Muito obrigada, Ramiro Marques.
Não esquecemos que a luta continua.

Ecos aqui http://olhaiosliriosdacampos.blogspot.com/2009/04/hoje-esta-na-berlinda-anabela.html
E aqui http://clapclapcalppp.blogspot.com/2009/04/uma-professora-que-luta.html

Obrigada, Migos!

"Uma bela fotografia da editora do blogue Anabela Magalhães. Se todos os professores fossem como ela, MLR já não estaria lá

A Anabela Magalhães é professora em Amarante. Na Escola Secundária de Amarante.
Lecciona História e edita o blogue homónimo . Um blogue de uma professora que luta. E luta sempre: com a palavra, o gesto e o exemplo. Quando foi preciso vir até cá abaixo, ela veio: seis horas de autocarro para cada lado. Mas veio. Não disse: "eu gostava de ir mas estou cansada". Quando foi preciso fazer um dia de greve, ela fez. Não disse: "para que serve um dia de greve? Ainda se ao menos fosse uma greve de uma semana!" Quando tem conhecimento de atropelos e injustiças na sua escola, ela denuncia. Não diz: "para que é que me estou a chatear? Não é comigo!" Quando foi preciso tomar decisão sobre a ficha dos objectivos individuais, ela não entregou. Não disse: "não sou parva, para quê estar a prejudicar-me?" Quando os sindicatos fizeram a consulta aos professores sobre as formas de luta a realizar no 3º período, ela falou e escreveu. Não ficou em silêncio. Não disse: "para quê continuar a lutar se dois terços entregaram os objectivos individuais?" E quando os sindicatos e os movimentos independentes de professores voltarem a apelar a formas concretas de luta, ela luta. Não vai dizer: "não vou à manifestação porque ninguém me ouviu". E quando chegar o dia de colocar o voto nas urnas, ela vai pôr. Não fica em casa. Vai castigar o partido que mais mal fez aos professores nos últimos 35 anos. Não diz: "são todos iguais, fico em casa". "

Comentário meu:
Sinceramente, Ramiro, por esta não esperava eu! Até me deixa sensibilizada e corada!Muito obrigada suas pelas generosas palavras.
É verdade que procuro actuar sempre de acordo com o que penso e digo. Nem sempre consigo, bem sei, mas o esforço para não ser um simulacro de pessoa está sempre presente na minha vida. E confesso-lhe, de início dei o benefício da dúvida a esta equipa do ME, e este benefício da dúvida já está presente no meu blogue iniciado em 2007. De facto havia que alterar o rame rame em que muitos de nós havíamos caído. O que jamais me passou pela cabeça foi que esta equipa lançasse o caos, a desorientação e o desânimo entre praticamente toda uma classe docente que é digna e assume hoje responsabilidades acrescidas e impensáveis há uns bons anos atrás.
Eu adoro a actividade lectiva, o trabalho com os meus alunos, diversos, complicados, dóceis, problemáticos... mas confesso-lhe que não deixo de olhar com inveja os que se reformam com um sorriso de orelha a orelha e que vão embora aliviados e sem saudades duma escola que devia ser um ninho, que não de víboras, duma escola que devia ser "Home" para cada um de nós e não o é no presente. Ora isto, em tantos anos que já levo de ensino, eu jamais tinha visto nas escolas portuguesas e é esta descrença, este desânimo, esta tristeza, esta decepção que eu sinto e vejo, este ataque constante duma tutela que nos devia proteger e acarinhar e faz exactamente o contrário que eu não perdoo a este governo travestido de socialista.
Continuarei em luta. Sempre. E responderei presente nas próximas acções de luta que se avizinham.
Só me falta esclarecer neste blogue qual é a minha posição, já amplamente esclarecida no meu, face à entrega dos OI.
Eu estou numa escola deveras difícil, ps dos sete costados. Se calhar, antes da ministra se lembrar disto ou daquilo, o disto ou daquilo, na minha escola, já está no terreno. Não esquecer da professora com aula avaliada já durante o ano lectivo anterior e com direito a transmissão na RTP1 e que foi na minha ESA.
Assim nós tivemos que entregar os objectivos para o ano lectivo de 2007/2008 numa fase em que a luta dos professores não passava pela recusa deste acto. Não sei se algum professor os reformulou para este ano lectivo. Penso que a esmagadora maioria não o terá feito até porque muito poucos solicitaram aulas assistidas e vão ser avaliados pelo complex.
De qualquer modo eu não os reformulei. À parte este esclarecimento, espero, sinceramente, que todos nós saibamos unir-nos de novo na hora H. Já o disse e repito - a conjuntura actual é única e irrepetível e devemos aproveitá-la!
Eu não faltarei à próxima chamada.
Beijinho, Ramiro! E mais uma vez muito obrigada.

Finalmente...


Burros - Médio Atlas - Marrocos
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

Finalmente...

Finalmente a notícia que faltava e que nos vai colocar de novo no caminho ascendente do crescimento!
Estou muito contente, carago! É que neste país é cada tiro, cada melro!
E como é bom ver os partidos políticos, todos a uma só voz, a trabalhar para o nosso desenvolvimento! É que o nosso desenvolvimento é mesmo uma prioridade e não se pode perder nem um minutinho que seja que nos desvie do verdadeiro interesse nacional!
Não é assim? Estarei eu enganada?

Nova lei do financiamento

"Partidos podem agora receber mais de um milhão de euros em dinheiro vivo
A nova lei do financiamento dos partidos políticos, das campanhas eleitorais e dos grupos parlamentares sobe em mais de um milhão de euros ­o limite das entradas em dinheiro vivo nos partidos, escreve o Público."

Pode ler mais aqui http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Politica/Interior.aspx?content_id=133591

Compasso de Espera

Compasso de Espera

Calendário de protestos vai até Setembro
Luta dos professores poderá entrar pela campanha para as legislativas
30.04.2009 - 10h14 Bárbara Wong
"A Plataforma Sindical dos Professores, que congrega mais de uma dezena de associações e sindicatos de docentes e educadores de infância, decidiu traçar um calendário de acções que vão prolongar-se pelo 3.º período e poderão mesmo chegar ao início do próximo ano lectivo, em pleno período de campanha para as legislativas.A decisão, anunciada ao PÚBLICO pelo líder da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), Mário Nogueira, foi tomada ontem numa reunião da plataforma. Para já, os órgãos dos sindicatos estão ainda a ser ouvidos e só na próxima segunda-feira serão anunciadas as acções concretas a desenvolver."É um calendário completo e muito forte. Estamos a discutir um calendário sequencial que vai em crescendo", descreve Mário Nogueira, porta-voz da plataforma."

Pode ler mais em
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1377709&idCanal=58

Processo Disciplinar

Processo disciplinar

Fernanda Câncio apresenta queixa contra jornalista por ter sido referida como ‘a namorada de…’
"A jornalista Fernanda Câncio apresentou uma queixa à Comissão da Carteira Profissional de Jornalistas contra um jornalista do Correio da Manhã por este se ter referido a ela como «a namorada de…», escreve hoje o CM
Em causa está um artigo de 5 de Abril sobre declarações da jornalista sobre o Caso Freeport. O antetítulo da peça era «Namorada defende Sócrates».
Mas não foi só o jornalista do CM a ser alvo de uma queixa. Outros jornalistas de outras publicações foram também acusados e a Comissão da Carteira já abriu um «procedimento disciplinar», afirmando que o comportamento dos jornalistas pode ter violado um artigo do Estatuto do Jornalista que defende «preservar, salvo razões de incontestável interesse público, a reserva na intimidade, bem como respeitar a privacidade de acordo com a natureza do caso e a condição das pessoas»."

In http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=133592

Depois de ler esta notícia fiquei a pensar que este país já passou para além do razoável a muitos níveis. O da conflitualidade é um deles. Será que esta gente não tem nada de mais interessante para fazer? Sei lá, ir a um concerto, ver uma peça de teatro, conversar num café dissecando a situação miserável em que nos vai largar este governo?! Sei lá... trabalhar?!
Então esta senhora não é mesmo namorada do "nosso" primeiro? E em que medida é que essa designação viola o que quer que seja, viola a "reserva de intimidade", se o caso é por todos os cães e gatos conhecido neste país?
Garanto que não percebo... mas também se pode dar o caso de ser apenas um defeito meu. De fabrico, quiçá.

Obscenidades

Obscenidades

É de facto obsceno o que se passa neste país com dois milhões de pobres em dez milhões de habitantes.
Relembro as despesas sumptuárias da Assembleia da República com automóveis, uma porcaria que basta ter quatro rodas e andar e que desvaloriza no próprio dia da compra, e os salários principescos pagos em algumas empresas do Estado.
E continuo envergonhada.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Salários Obscenos

Salários Obscenos

Não tenho nada a ver com os salários que se pagam no privado desde que ninguém se lembre de pedir ajuda ao Estado na hora do aperto e das aflições. O que não é o caso. Mas adiante.
Já tenho tudo a ver com os salários que se pagam nas empresas do Estado. Do estado e minhas, contribuidora fiel que sou para as finanças do Estado. E é nesta qualidade que falo.
E é nesta qualidade de sócia que tenho a dizer que estes salários são simplesmente obscenos! E que me deixam envergonhada enquanto portuguesa.

Epopeia



Epopeia

E não deveríamos todos perseguir este fim? E não deverá ser esta a epopeia de uma vida "vivida"?

Nota - Post roubado do blogue http://magnoliaviva.blogspot.com/.
Desconheço a autoria do texto.

À Janela


À Janela - Fez - Marrocos
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

À Janela

À janela,
estou dentro
e fora.

Ângelo Ôchoa

Confesso que não resisti à complexidade desta mensagem travestida de mensagem singela e que amei esta ideia do estar dentro e simultaneamente estar fora... seja lá do que for! Cada um que leia o poema e se aproprie da mensagem como entender.
Quanto a mim pensei imediatamente neste auto-retrato tirado no coração da medina de Fez, na janela do meu quarto no Riad el Yacout, como forma de ilustrar a dualidade de dois mundos tão próximos e simultaneamente tão diferentes - o nosso e o deles - e eu no meio, à janela, dentro e fora, absorvendo um mundo diverso e plural, que me entra pela retina dos meus olhos castanhos, que eu mantenho bem abertos, e me alimenta os neurónios de múltiplas cores.
Porque o mundo em que me movo, interior e exterior, meu e deles, deles e simultaneamente meu, apresenta-se sempre como os vidros coloridos desta janela árabe que nunca se pinta a preto e branco e que não deve ver-se nunca a preto e branco.

Nota - Obrigada, Ângelo, pela generosidade da poesia.
Obrigada, Helder, por a teres postado no teu blogue http://informaticahb.blogspot.com/

A Voz do Direito na TSF (27ABR09)

A Voz do Direito na TSF (27ABR09)

A Voz do Direito na TSF (27ABR09)

Vale a pena ouvir o Juíz Edgar Lopes e ... reflectir.

"...O poder político sabe que é mais fácil mudar uma lei que um juíz".

http://feeds.tsf.pt/~r/Tsf-VozDireito/~3/R4x4IESSMVY/vdt_20090427.mp3

Nota - Com os meus agradecimentos ao Pedro Barros Pereira.
Post roubadinho ao seu blogue porque são palavras que deverão ser escutadas atentamente.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Medina Carreira

Medina Carreira

Medina Carreira tem-se fartado de avisar que esta situação política, económica, social, a continuar, pode acabar muito mal.
Os políticos é que não querem saber e continuam nas suas vidinhas recheadas de mordomias!
Claro, há excepções, mas as excepções jamais farão a regra!

Medina Carreira - Isto Vai Acabar Mal!

Medina Carreira - Isto Vai Acabar Mal!

Escandaloso

Escandaloso

E não vou comentar... corro sérios riscos de não me conseguir controlar com a distinta lata destes políticos!
Obrigada pela dica, Patrício.

Adeus Vínculo à Função Pública

Adeus Vínculo à Função Pública

O que a alguns de nós demorou décadas de trabalho a conseguir, por montes e vales deste Portugal atrasado que em vez de proteger os trabalhadores os lança no abismo, esfuma-se agora entre o fumo do incêndio ateado contra os funcionários públicos, por um governo dito de socialista.
Professores dos Quadros de Escola e do Quadro de Zona Pedagógica passam agora ao nome pomposo e complexo de Trabalhadores com Contrato de Trabalho em Funções Públicas por Tempo Indeterminado! E de uma penada estes pseudo qualquer coisa abrem as portas aos despedimentos!
Caro colega, reage! Não deixes que te alterem as regras a meio do jogo!
Exige respeito!

Caro(a) Colega,

Aplicando a Lei 12-A/2008, de 27 de Fevereiro, a escolas estão a notificar os professores de que transitaram para a modalidade de contrato individual de trabalho em funções públicas. Desta forma cessa unilateralmente o vínculo de nomeação como funcionário público.
As escolas que não procederam à afixação das listas/aviso ou à notificação vão fazê-lo certamente nos próximos dias.
Trata-se de um recuo de décadas nos nossos direitos – o fim dos vínculos de trabalho e o princípio do fim dos quadros (QE e QZP).
A muitos de nós nunca tal coisa passou pela cabeça ….. Pois, mas, com este Governo e esta maioria, tudo pode acontecer !

Ora, para além do ataque a direitos com décadas, na opinião dos juristas, esta situação viola vários princípios legais e constitucionais.
Desde logo, são violados os princípios da segurança jurídica e da confiança, que fazem parte de um Estado de Direito democrático, consagrado no art. 2.º da Constituição da República Portuguesa (CRP). São também violados os art. 53.º e 58.º da mesma CRP, que garantem o direito à função pública e o direito ao lugar.

Esta situação tem que ser contestada no plano da acção sindical, mas também juridicamente. Neste último domínio, o primeiro passo é a impugnação do acto administrativo com que o Governo pretende pôr fim aos vínculos ao Estado , por exemplo, dos professores dos QE e QZP.

Anexamos em formato Word uma minuta para a impugnação daquele acto ilegal.
Este requerimento deverá ser enviado no prazo de 30 dias contado da data da publicação da lista de transição nas Escolas ou, para os professores que não se encontrem a exercer funções docentes, da data em que da mesma transição forem notificados.

Saudações sindicais.
A Direcção do SPZS.FENPROF

Minuta – impugnação do acto de transição de modalidade
de constituição da relação jurídica de emprego público

(enviar em carta registada com aviso de recepção
Av. 5 de Outubro, 107, 1069-018 Lisboa)

Exm.º Senhor
Secretário de Estado da Educação

F………………………………………………., portador do Bilhete de Identidade nº ……………., passado pelo AI de………….., em ……./……/………, professor(a) a exercer funções na Escola (ou Agrupamento de Escolas) ………………., residente em (morada completa com c.postal) …………………………., tendo sido notificado(a), em …………………, da lista nominativa de transições elaborada, ao abrigo do artigo 109.º da Lei 12-A/2008, de 27 de Fevereiro, da qual consta que transitou para a modalidade de contrato de trabalho em funções públicas por tempo indeterminado, vem impugnar hierarquicamente o acto que sustentou tal transição, o que faz nos termos e com os fundamentos seguintes:
1.º
O(A) recorrente é professor(a) do quadro de nomeação definitiva desde ………….., estabelecendo-se assim um vínculo de nomeação como funcionário público, tendo-lhe sido aplicável, ao longo do tempo, as normas legais que regulam as relações jurídica de emprego público.
2.º
Sendo esse o vínculo bilateralmente estabelecido entre as partes, entende que não pode unilateralmente alterado, como agora sucede, mediante a sua submissão a um regime de natureza privatística, o chamado regime do Contrato de Trabalho em Funções Públicas, como decorre da aplicação da citada Lei 12-A/2008.
3.º
Considera o(a) recorrente que a imposição desse regime contraria os princípios da segurança jurídica e da confiança, ínsitos na ideia de Estado de Direito democrático, consagrada no art. 2.º da CRP e viola os art. 53.º e 58.º da mesma CRP, que garantem o direito à função pública e o segmento do direito ao lugar.
4.º
De facto, é esta a conclusão que emana da jurisprudência do Tribunal Constitucional, constantemente reafirmada, (v.g. Acórdãos 154/86, 633/99 e 683/99, no sentido de que
5.º
“Não podendo dispensar livremente os seus funcionários, o Estado também não pode livremente retirar-lhes o seus estatuto específico. Com efeito, o funcionário público detém um estatuto funcional típico quanto à relação de emprego em que está envolvido, estatuto este que consiste num conjunto próprio de direito e regalias e deveres e responsabilidade, que o distinguem da relação de emprego típico das relações laborais comuns (de direito provado). Esse estatuto adquire-se automaticamente com o próprio acesso à função pública, passando a definir a relação específica de emprego que o funcionário mantém com o Estado-Administração. Ora, a garantia constitucional da segurança no emprego não pode deixar de compreender também a garantia de que o empregador não pode transferir livremente o trabalhador para outro empregador ou modificar substancialmente o próprio regime da relação de emprego, uma vez estabelecida” (Acórdão 154/86).
Pelo exposto, o(a) recorrente não se conforma com o acto subjacente à referida transição, por afrontar os citados preceitos da Lei Fundamental, porquanto dele decorre uma notória e substancial modificação do regime da relação jurídica de emprego público, constituída por nomeação.
Nestes termos, requer a V. Ex.ª que determine a imediata revogação do citado acto de transição de modalidade da constituição da relação jurídica de emprego, nos termos exposto, pois só assim será reposta a legalidade e feita Justiça.
Data……………
Espera deferimento
O(A) Recorrente

Nota Final: Este requerimento deverá ser apresentado no prazo de 30 dias contado da data da publicação da lista de transição nas Escolas ou, para os professores que não se encontrem a exercer funções docentes, da data em que da mesma transição forem notificados.
O prazo para eventual impugnação contenciosa (3 meses) começa a ser contado a partir da data do conhecimento do acto subjacente à transição de vínculo (lista nominativa de transições) – tal impugnação deve ser tratada com os serviços jurídicos do SPZS com razoável antecedência.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Debate na ESA


ESA - S. Gonçalo - Amarante
Fotografia de não sei quem

Debate na ESA

"Um grupo de alunos do 12º Ano, turma CT1, dinamizou, no âmbito da disciplina de Área de projecto, um debate subordinado ao tema: “Da mentalidade mítica à mentalidade tecno-científica”.
Os intervenientes convidados foram o Prof. Dr. Daniel Serrão e o Padre José Manuel, Pároco de S.º Gonçalo de Amarante. O Francisco, o Gustavo e a Mónica representaram os alunos do 12º ano.
Quando o moderador, Dr. Adriano Basto, os questionou sobre se “a ciência seria Deusa ou Demónio” a resposta foi unânime: depende da sua aplicação, dos valores que regem essa implementação na prática. O debate animou-se em torno da polémica e sensível questão do aborto e, curiosamente, os oradores convidados salientaram a “Vida como valor fundamental”.
Certo, certo é que o homem é o seu próprio Deus ou Demónio.»
Professora Elsa Cerqueira de Filosofia!

De facto, o que é mais importante nas Escolas são os alunos têm a enorme capacidade de nos interpelarem diariamente. Um grupo notável de Alunos do 12 CT1, das quais só conhecia o Francisco, promoveram um debate brilhante com a colaboração de três grandes oradores: Professor Doutor Daniel Serrão, Padre José Manuel da Paróquia de S.º Gonçalo e o meu Colega e Amigo, Professor Adriano Bastos. Os três alunos do painel preparam muito bem o debate, com a assistência muito interessada e interveniente. Parabéns também para as participações pertinentes da Professora Elsa Cerqueira, para quem estes temas são material de trabalho, para a Professora Lurdes e para a proficiência da Professora Rosa Abreu que tem realizado um óptimo trabalho a conduzir estes Alunos na disciplina de Área de Projecto!
Obrigado Elsa, por partilhares este material com a comunidade; hoje na ESA fez-se EDUCAÇÃO!"

Post roubado ao Helder Barros, do blogue http://informaticahb.blogspot.com/

Foi com imensa pena, e sublinho o imensa, que estive ausente deste debate onde amaria ter estado. Enquanto o debate decorria eu estava na sala ao lado às voltas com os projectores!
Uma tristeza!

Antony and the Johnsons

Antony and the Johnsons - Bird Girl

Hoje posto de novo esta banda novaiorquina, a propósito da sua passagem próxima por Portugal.
É já durante o próximo mês de Maio, mais concretamente no dia 16 de Maio, que Antony, autor e compositor de todas as letras e músicas desta banda, se apresentará em Braga, no maravilhoso Teatro Circo, acompanhado dos Johnsons. E no dia 18 Antony and the Johnsons estará em concerto no Coliseu do Porto.
Absolutamente imperdível!
Cause I'm a bird girl.
And the bird girls go to heaven.
And the bird girls can fly.

Bird Girl

I am a bird girl now
I've got my heart
Here in my hands now
I've been searching
For my wings some time
I'm gonna be born
Into soon the sky'
Cause I'm a bird girl
And the bird girls go to heaven
I'm a bird girl
And the bird girls can fly
Bird girls can fly



Nota - O concerto no Teatro Circo está esgotado há muito. Para o Coliseu do Porto ainda há bilhetes para as Galerias. E é só.
Quanto ao Coliseu de Lisboa nem sei em que data é o concerto... é que é demasiado longe para o pessoal do Norte e como tal nem vi. Mas sei que eles passarão igualmente por lá.

Ridículo e Absurdo

Ridículo e Absurdo

A saga dos projectores continua.
Ao primeiro tempo da tarde até que não correu mal. É verdade que o projector exigiu palavra-passe, mas por sorte a dona Maria José estava por perto e o acesso à coisa processou-se em tempo quase recorde. O pior foi mesmo na aula seguinte, com os meus electricistas.
Palavra-passe, cadê? Sim, cadê?
Funcionária chamada, espera que espera, entra com o tal do plano B, espera que espera, o plano B não é exactamente o mesmo que o plano A, dou a mim mesma o limite do toque para os primeiros quarenta e cinco minutos de aula. Chega. Vou à funcionária, "Por favor deite-me os olhos aos alunos", eles estão a trabalhar mas nunca fiando, e lá vou eu numa correria à Biblioteca buscar um projector móvel.
E eis que me encontro de novo na sala de aula, accionando o plano C que mais não é do que um retorno ao plano A, agora sim conseguindo fazer as ligações direitinhas, sem exigência de palavra-passe e penso na situação ridícula em que me encontro: numa sala de aula, com os meus alunos e dois projectores - um projector fixo, que por razões de segurança está bloqueado com palavra-passe a que não posso ter acesso, e um projector móvel completamente descodificado!
No mínimo ridículo! Os meus electricistas acharam tudo um absurdo. Confesso que a mim também me pareceu. Ridículo e absurdo.

Nota - Até ao final da aula de noventa minutos não vi rasto de funcionária. Parece que surgiram problemas informáticos bem mais graves do que o meu na ESA.

domingo, 26 de abril de 2009

Rodrigo, o Cobarde?!


Rodrigo - Amarante
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

Rodrigo, o Cobarde?!

Pois não é que este meu sobrinho, agora com sete anos, se assumiu, hoje mesmo, perante a minha pessoa, como um cobarde?!
Confesso que lhe queria dar um beijo, daqueles meus beijos já tradicionais entre os mais novos da família, daqueles que sempre dei a todos os meus sobrinhos e em que, encostando os meus lábios carnudos às suas peles macias, deixo as marcas do baton nas suas bochechas ou testas, pregando uns valentes sustos aos pais que, apanhados de surpresa, pensam que os respectivos rebentos caíram e estão já negros, quando eles estão negros é de aturar esta tia!
Por norma há um argumento infalível que eu utilizo com os mais pequenos. "És um homem de coragem ou és um cobarde?" E eles lá me esticam a testa ou uma bochechinha linda, onde eu, cumprindo já um velho ritual, lhes deposito um beijo repenicado, e marcado, que eles se encarregam de limpar de seguida.
Pois hoje, o panão do Rodrigo, agora cobarde, à minha pergunta "És um homem de coragem ou és um cobarde? respondeu-me, entre gargalhadas e a fugir a sete pés em marcha-atrás "Sou um cobarde! Sou um cobarde!"
E dado que a escolha do Rodrigo foi invulgar aqui a deixo registada para todo o sempre, em forma de post dedicado ao cobardolas...
Ora! Ora! Com medo duma beijoca desta tia que gosta mais dele do que de chocolate?!
Francamente!
E ao dizer-lhe que ia postar a sua cobardia o tipo ainda teve a lata de me responder "Fixe!"

Dulce Pontes - Canção do Mar

Dulce Pontes - Canção do Mar

sábado, 25 de abril de 2009

Ao que nós chegamos!



Ao que nós chegamos!

Agradeço ao Antero, do blogue http://antero.wordpress.com/, a sua inesgotável criatividade e humor.

Liberdade

Liberdade

Já aqui falei do projecto "6 milliards d`Autres" de Yann Arthus-Bertrand. Hoje deixo-vos acompanhados com diferentes percepções sobre o que é a Liberdade. Apropriado para o dia em que se comemoram trinta e cinco anos sobre a Revolução dos Cravos e sobre o restabelecimento da Liberdade neste país. Liberdade esta que, no nosso país, já conheceu melhores dias.

25 de Abril de 1974

25 de Abril de 1974

sexta-feira, 24 de abril de 2009

25 de Abril de 1974

25 de Abril de 1974

Manuela Moura Guedes

Manuela Moura Guedes

Acabo de ouvir a frase da semana, dita pela Manuela Moura Guedes.
"Sócrates amigo, a TVI está contigo!"
E tudo isto acompanhado de um sorriso radioso de orelha a orelha!
Garanto. Já gargalhei a bom gargalhar.
Porque é melhor assim!
Não adianta chorá, ?
A triste história conta-se em duas penadas.
Parece que o "nosso" primeiro se esqueceu de apresentar, a quem de direito, a sua declaração de rendimentos durante quatro anos, coisa pouca bem sei. Lembrado do esquecimento por Manuela Moura Guedes, num qualquer Jornal de Sexta-Feira, aquele noticiário de Sexta que José Sócrates não perde por nada deste mundo e parece adorar, descoberta a careca do primeiro, e após o desmentido, regularizou agora a sua situação... ajudado pela TVI a cumprir a lei.
Porreiro, pá!
É triste!
Mas não adianta chorá, né?

Previsões do FMI

Previsões do FMI

Pelos rumores, o cenário afigura-se bem mais negro do que o pintado aqui pelo FMI.
Por sua vez, este quadro agora pintado, apresenta-se bem mais negro do que o pintado anteriormente pelo Banco de Portugal.
De semana para semana, a negritude acentua-se.

Ai Portugal!

Ai Portugal!

Também quero um Subsidiozinho

Também quero um subsidiozinho

(este de residência é só de € 941,00)

Assunto: Despacho n.º 9810/2009: subsídio mensal de residência de € 941,25!
Despacho n.º 9810/2009
Considerando que, nos termos do disposto no Decreto-Lei n.º 331/88, de 27 de Setembro, pode ser atribuído um subsídio de residência aos titulares do cargo de director-geral e de outros expressamente equiparados, à data da nomeação no local onde se encontre sedeado o respectivo organismo;
Considerando que o Prof. Doutor José Alexandre da Rocha Ventura Silva, presidente do Conselho Científico para a Avaliação de Professores, lugar expressamente equiparado a director -geral, tem a sua residência permanente em Aveiro:
Assim, nos termos do disposto no artigo 2.º do Decreto -Lei n.º 331/88, de 27 de Setembro, determina -se o seguinte:
1 — É atribuído ao presidente do Conselho Científico para a Avaliaçãode Professores, Prof. Doutor José Alexandre da Rocha Ventura Silva, um subsídio mensal de residência no montante de € 941,25, a suportar pelo orçamento da Secretaria-Geral do Ministério da Educação e actualizável nos termos da portaria de revisão anual das tabelas de ajudas de custo.
2 — O presente despacho produz efeitos desde 1 de Novembro de2008.
12 de Fevereiro de 2009.
— O Ministro de Estado e das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos.
— Pela Ministra da Educação, Jorge Miguel de Melo Viana Pedreira, Secretário de Estado Adjunto e da Educação.

Nota - Informação recebida por e-mail. Thanks, Maria.

Moção

Moção

Aqui deixo a moção aprovada por unanimidade em reunião sindical realizada hoje mesmo, na ESA, apesar da, digamos assim, conjuntura desfavorável. E a conjuntura desfavorável foi a completa ignorância em que praticamente todo o corpo docente se encontrava face à realização desta reunião. Atendendo a estas circunstâncias a reunião foi bastante participada com os presentes a estarem bem cientes que ou radicalizamos a luta ou seremos definitivamente engolidos pela engrenagem e por estas lógicas mercantilistas.
Esta conjuntura política não se repetirá, por isso é agora ou nunca, sob pena de todo o nosso esforço e luta ter sido em vão.
Da parte da Fenprof recebemos a garantia de que a luta continuará. Os professores presentes garantiram o mesmo. Esperemos que a tendência se mantenha junto daqueles que não estiveram presentes porque nem ouviram falar de tal reunião e que a tendência se mantenha junto dos que, ouvindo, tinham aulas programadas com os seus alunos a que não podiam faltar.

FACE À ACTUAL POLÍTICA EDUCATIVA E À INFLEXIBILIDADE NEGOCIAL DO M.E.
OS PROFESSORES PROSSEGUIRÃO A SUA LUTA!

Nesta semana, de 20 a 24 de Abril de 2009, em que respondemos a um apelo dos Sindicatos para que todos os professores e educadores confrontem ideias, discutam posições e procurem apurar consensos sólidos, apesar de todas as vicissitudes de um processo de luta e de afrontamento das principais opções de uma política educativa que criou o caos na profissão docente e abalou fortemente o espaço de uma escola pública e de qualidade, enceta-se uma nova fase de um processo complexo, difícil e prolongado, para o qual é extremamente complicado antecipar um desfecho a curto prazo.
Esta semana é, já em si, uma etapa mais dessa luta, um tempo de avaliação do percurso, um momento de confronto de diferentes ângulos de análise, quer do que está feito quer das perspectivas de desenvolvimento dessa mesma luta. O envolvimento de professores e educadores nas discussões de escola ou agrupamento de escolas que decorrem durante esta semana é já um indicador de disponibilidade e de determinação para todos continuarmos a enfrentar, e vir a derrotar, a mais obstinada e cega ofensiva contra a identidade profissional docente que ocorreu depois de 25 de Abril de 74.
A questão central, como é sabido, prende-se com aquilo que é configurador de toda a actividade dos professores e educadores – o seu Estatuto de Carreira Docente. Por pressão sindical, a revisão desta trave mestra da ofensiva ME/Governo foi antecipada uns meses, face a um objectivo declarado, aceite, mas mesmo assim pouco (ou nada) assumido pelos actuais governantes. Não surpreende, pois, que o seu posicionamento face a esta matéria não deixasse de ser o mesmo de antes – simular negociações, arrastar processos, dar a entender uma capacidade de diálogo que nunca existiu, procurar chegar ao fim com as mesmas posições que colocaram no princípio. Assim “negociou” sempre a equipa educativa de José Sócrates.
Assim sendo, não surpreende que tudo o que esteja correlacionado com esta matéria central não mereça qualquer proposta de alteração do ME:
- a questão fundamental da divisão da carreira e das quotas de acesso e de progressão;
- o mais que desacreditado modelo de avaliação do desempenho docente;
- a insustentável prova de ingresso na profissão
- a escravizante regulamentação do horário de trabalho dos docentes;
- o desumano regime de aposentação imposto;
- a estabilidade de emprego e o crescente desemprego docente;
- o modelo de gestão e as ilegalidades que contém.
Os professores e educadores deixam claro que, sem uma efectiva negociação do ECD, não é possível começar a encontrar um caminho que leve à resolução dos grandes problemas hoje vividos nas escolas portuguesas.
Por isso, entendem que é sua obrigação e dever exigir ao poder político:
Uma alteração radical da sua postura negocial, que conduza, sem tibiezas, a um processo aberto, transparente, não hipotecado por pressupostos inamovíveis, a entendimentos significativos entre ME e Sindicatos.
O fim imediato de todo o tipo de pressões ilegítimas, de comportamentos à margem das leis (de que o ocorrido na avaliação do desempenho e procedimentos correlativos é um flagrante exemplo), bem como a inversão do exercício de um poder autocrático que, confundindo maioritário com absoluto, navega numa discricionariedade completamente arredada da democracia.
A assunção de compromissos claros, datados e assentes em bases de consideração das reivindicações dos docentes, que configurem perspectivas sólidas de uma efectiva aproximação negocial.

Sem que o atrás enunciado esteja claro para os professores e educadores participantes desta ampla discussão, os presentes manifestam a sua firme disposição de:
Prosseguir a sua luta, pelos meios e recursos mais ajustados em cada momento, por forma a deixar claro a todos, principalmente ao Governo e à maioria que o sustenta, que não irão ceder em nada que seja determinante para a afirmação da sua dignidade profissional;
Mandatar os sindicatos para encontrarem uma data, no 3º período deste ano lectivo, que seja compatível com o crescendo de tarefas que sempre acompanham os finais de cada ano, para, publicamente e de forma massiva, demonstrarem mais uma vez que, ao invés de se sentirem derrotados, se afirmam mais unidos do que nunca e confiantes de que a razão que lhes assiste acabará por sair vitoriosa;
Envolver-se nas acções de denúncia e de esclarecimento da opinião pública que, em cada momento, quer no plano local, quer no plano nacional, possam vir a ser realizadas, no sentido de afirmar a sua oposição a estas políticas;
Utilizar todas as formas de intervenção, tanto no plano jurídico, como institucional, que possam contrariar e mesmo impedir a ofensiva em curso contra os profissionais docentes, designadamente através de mecanismos diversos impostos através do ECD;
Afirmar com clareza que, partindo da unidade que mais uma vez irão demonstrar, saberão responder a tempo e de forma adequada a qualquer iniciativa governamental que aprofunde o já caótico quadro político educativo que lhes vem sendo imposto.

Rumores

Rumores

Correm rumores no país acerca do anúncio do casamento de Sócrates com Fernanda Câncio. Correm rumores de que Sócrates se propõe, a todo o custo, distrair a populaça de assuntos extraordinariamente desagradáveis e penalizadores para o "nosso" primeiro.
Correm rumores no país acerca do vale tudo em política... do vale tudo até tirar olhos!

Será?

A Palavra a Mário Nogueira

A Palavra a Mário Nogueira

http://www.tsf.pt/paginainicial/AudioeVideo.aspx?content_id=1211224

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Processos

Processos

Os processos são muitos e variados e há-os para todos os gostos. Ele é o "nosso" primeiro que processa o Smith e a TVI, ele é a TVI que processa o "nosso" primeiro e de processo em processo esta novela está cada vez mais mexicana e está cada vez mais rasca.
Aqui deixo um capítulo da mesma. Podia ter escolhido outro capítulo, mas apeteceu-me postar este. Ao mesmo tempo aproveito para relembrar que não deve perder as cenas dos próximos capítulos onde o gato do Sócrates processa o cão da Manuela Moura Guedes, que por sua vez processa a lagartixa do tio do "nosso" primeiro, que por sua vez processa a minhoca... porra, acho que me perdi!
País hilariante, este! E digo hilariante que é para não dizer o que me vai na alma... que por certo ficaria feio aqui neste blogue.

http://www.videos.iol.pt/consola.php?projecto=27&mul_id=13130598&tipo_conteudo=1&tipo=2&referer=1

Dia Mundial do Livro



Dia Mundial do Livro

O Presidente da Câmara Municipal de Amarante convida V. Exa. a estar presente no próximo dia 23 de Abril pelas 21h30, na Biblioteca Municipal Albano Sardoeira, para evocação do Dia Mundial do Livro com as seguintes participações:

Alunos da Escola EB 2, 3 de Amarante
Escritora Maria Eulália de Macedo
Fernando Soares (Declamador de Poesia)

Repetição de Cena

Repetição de Cena

Dona Maria Joséeeeeeeee!! Dona Maria Joséeeeeeeeee!!
Help! Help!
E lá vem a Dona Maria José que, depois de entrar na sala onde os meus electricistas e eu aguardávamos, resolve o problema em três tempos.
Toma lá Anabela Maria! É para aprenderes! Muito embora nunca tenhas causado nenhum problema à Escola, após quatro anos de utilização de aparelhos assim e assado, muito embora nada tenhas avariado, partido ou estragado, ficas a saber que a Dona Maria José, funcionária responsável pelos equipamentos informáticos e afins, é mais digna de confiança do que tu, que ficas remetida à mera condição de... professorzeca.
Sorte, a da Dona Maria José... ou melhor, dadas as circunstâncias, e neste caso, azar mesmo que a rapariga já anda esbaforida a correr de lado para lado!
Hoje já não subi as escadas. É que me encontro fatigada, doente e quase completamente afónica.
Mas, apesar de tudo, ainda esperançada que o problema tenha rápida solução. Darei novas.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Mariza - Ó Gente da Minha Terra

Mariza - Ó Gente da Minha Terra

Hoje posto a Grande Mariza, a Excepcional Mariza, num fado triste a condizer com o estado do meu país.

A Luta Continua

A Luta Continua

Acabei de receber do MUP este mail que divulgo aqui no blogue. Aproveito ainda para apelar aos caríssimos professores que por aqui passarem para participarem nas consultas que estão a ser feitas sobre quais as formas de luta que levaremos a cabo neste terceiro período.
Não se esqueçam que se nada for feito para o ano voltamos à estaca zero e ao mesmo filme rasca de sempre. Quanto a mim já respondi. Quero greve por tempo indeterminado e manifestações em Lisboa. Em dias úteis, claro está! Para acabar de vez com a brincadeira.

Colega,

O MUP acabou de colocar online uma sondagem sobre a(s) acção(ões) de luta até ao final do ano lectivo.
PARTICIPA NA VOTAÇÃO AQUI: http://mobilizacaoeunidadedosprofessores.blogspot.com/

A TUA OPINIÃO É IMPORTANTE!

DIVULGA!
Frustração

Nem sei porque ainda não desisti de subir aquela porra daquelas escadas que me levam à direcção da escola que por ora também é minha. Decerto é porque sou teimosa quando estou convicta da razão que me assiste ao apresentar as reclamações que considero pertinentes para ajudar a melhorar o funcionamento da ESA. Mas parece-me que terei de desistir porque, de facto, não tenho muita paciência para chover no molhado.
As aventuras com os projectores foram mais que muitas, durante estes já quatro anos de utilização dos ditos pela minha pessoa. A começar pelo facto de durante todos estes anos ter de os carregar de sala para sala, de pavilhão para pavilhão, quantas vezes prescindindo mesmo do meu intervalo para poder adiantar serviço e prejudicar o mínimo possível os alunos. De facto a ESA não tem funcionários em número suficiente para assegurar aos professores que quando entram na sua sala de aula têm todo o material que precisam para a mesma, muito embora fosse essa a situação desejável e assim eu seria uma pessoa mais feliz por ver que os meus impostos eram canalizados para pessoas no activo e não para subsídios que alimentam, quantas vezes, a desresponsabilização colectiva. Mas adiante.
Durante todos estes anos os meus problemas prenderam-se quase todos com a falta de extensões que permitiam a ligação do meu pc ao dito projector. Inúmeras vezes subi as escadas e perguntei se para além do pc não seria melhor trazer de casa a porcaria de uma extensão dentro da maleta pedagógica, porque por cada vez que a resposta da funcionária era "Não há nenhuma extensão no pavilhão." lá entravam os meus alunos em acção a desencantar as ditas num outro pavilhão qualquer. E enquanto isso tinha a aula empatada, e ficava a pensar no sentido que faz ter pc, projector e não ter a porcariazeca da extensão que custa para aí uns 5 euros! E ficava a pensar que porcaria de país é este que encara esta situação com a maior das normalidades não conseguindo entender o prejuízo causado aos alunos com cinco minutos de aula perdida aqui, dez minutos ali, mais quinze acolá!
Pensei ter o problema definitivamente resolvido quando assisti, no final no segundo período, à colocação de projectores fixos em quase todas as salas da ESA e esfreguei as mãos de contente pelo alívio que darei às minhas costas, depois de quatro anos consecutivos de trabalhos quase forçados, de carrego de material de sala em sala, de pavilhão em pavilhão.
A semana passada foi uma maravilha! Cheguei com o meu pc, liguei-o ao projector, e o sistema mostrou-se oleado como se sempre tivesse funcionado assim.
O problema aconteceu ontem. Dizem-me que os projectores estão codificados e que agora só funcionam com comando. Lá peço o comando à funcionária, mas eis que o projector está desligado da tomada e depois de o ligar ele me pede palavra passe para iniciar a ligação. Chamo a funcionária que desconhece por completo a dita cuja e me diz que só a D. Maria José me poderá resolver o problema. Peço para a chamar, o que ela faz de imediato. Pelo meio dito o sumário e converso um pouco com os meus carpinteiros.
Depois de alguma espera eis que chega a D. Maria José, ofegante de cansada, vinda de resolver um problema semelhante noutro pavilhão. Em segundos introduz o código e desbloqueia a situação e quando lhe peço para me dar o código diz-me que tem ordens expressas da direcção para não fornecer os códigos aos senhores professores.
Não fornecer os códigos aos senhores professores?! Ora essa!!! Mas se os projectores foram instalados para nós os utilizarmos... não estou a ver muito bem a lógica disto!
E se acontecerem vários problemas destes ao mesmo tempo? E se a luz vai abaixo um segundo e tem de se introduzir o código em todos os projectores da escola que são para aí uns quarenta, pergunto eu? Pois, concorda a senhora, ela própria não consegue ver como poderá resolver a situação, mas são as ordens que tem.
E pronto, tocou para fora e lá subi eu as escadas para apresentar, a quem de direito, este constrangimento ao meu trabalho, criado pela própria escola.
Pois..., sim..., não..., mas..., se..., talvez..., a ver vamos..., não se fornecem os códigos porque há professores com comportamentos irresponsáveis, os professores também davam aulas antes de existirem projectores, os professores têm sempre que ter um plano B para a aula... e já agora, pergunto eu, por que não um C ou mesmo um D? E não estará na hora de fazer discriminação positiva e dar um voto de confiança a quem sempre se esforçou por a merecer? Pois..., sim..., não..., mas..., se..., talvez..., a ver vamos...
E é por esta falta de apoio ao meu trabalho que eu me sinto a cada passo frustrada, porque acho que é competência da Direcção duma Escola meter as mãos na massa e corrigir de imediato o que vê que está a funcionar mal. Porque olho para trás e acho que o problema das extensões deveria ter-me acontecido uma vez e não mais do que uma vez. Porque olho para a frente e só concebo ter um plano B de aula em duas situações e não mais do que duas situações: avaria do material ou falha prolongada de electricidade. E mais nada. E mais nada.
Será que eu é que estou errada nesta história?
Será que agora que tenho projectores fixos dentro das salas de aula, desejo meu, mais do que antigo que agora se concretizou, tenho de ponderar comprar um aparelho destes para dar a volta aos constrangimentos de trabalho que me são impostos na ESA?

terça-feira, 21 de abril de 2009

O Magalhães é Um Assassino



O Magalhães é Um Assassino

Em primeiro lugar devo fazer um esclarecimento prévio, que aliás sempre faço de cada vez que falo deste Magalhães. É que muito embora partilhemos o mesmo nome Magalhães a verdade verdadinha é que eu não tenho absolutamente nada a ver com este senhor computador.
E posto isto devo acrescentar que concordo com António Barreto. "O Magalhães é o maior assassino da leitura em Portugal" E para além deste predicado o Magalhães acarreta ainda um outro. O Magalhães é um assassino da Língua Portuguesa. Não é o único, bem sei, mas é um assassino importante.
Pois que mais poderia ser para usar pérolas do calibre das que se seguem?!
Dou, pois, a palavra ao Magalhães, para que todos tenham uma ideia do que estou para aqui a falar, embora ténue e limitada, porque os crimes são mais do que muitos, já que o Magalhães é um verdadeiro assassino em série.

"Cada automóvel só pode mover horizontalmente ou verticalmente. Tu deves ganhar espaço para permitir ao carro vermelho de sair pelo portão à direita."
"O Tux escondeu algumas coisas. Encontra-las na boa ordem."
"Carrega nos elementos até pensares que encontras-te a boa resposta. (...) Nos níveis mais baixos, o Tux indica-te onde encontras-te uma boa cor marcando o elemento com um ponto preto. Podes utilizar o botão direito do rato para mudar as cores no sentido contrario."
"Dirije o guindaste e copía o modelo."
"Abaixo da grua, vai achar quatro setas que te permitem de mexer os elementos."

Ok! Ok! Tinha-me esquecido que o Magalhães poderá ainda aspirar a um qualquer cargo, numa qualquer Direcção Regional de Educação!

Debate



Debate

Para quem quiser seguir o debate que se realizará amanhã, aqui deixo a informação recebida por mail.

"Ana Drago (deputada do Bloco de Esquerda), Ana Benavente (Investigadora em Educação), Cecília Honório (Movimento Escola Pública), Manuel Grilo (dirigente do SPGL) e Paulo Guinote (autor do blogue “A Educação do Meu Umbigo”) são os oradores convidados. A transmissão em directo é na quarta-feira, dia 22, às 21h30 e as perguntas podem ser desde já enviadas para igualdade@bloco.org"

Para mais informações e para poderem participar com textos de opinião, consultem o sitio http://www.esquerda.net/

O Lambebotismo Traz Dividendos?


In Jornal de Notícias, 14 de Abril, 2009

O Lambebotismo Traz Dividendos?

Parece que sim. É que só assim parece explicar-se a extraordinária coincidência contida nestes dois factos: sendo que a maioria das autarquias portuguesas é do PSD, a maioria das escolas a intervencionar situam-se em autarquias PS. Coincidência gira não?
É por isso que eu pergunto - O lambebotismo traz dividendos? O seguidismo acrítico, seja ele religioso ou político, que tanto me aflige, traz dividendos?
Parece que sim.

Nota - A ESA vai entrar em remodelação total!

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Agora com Comentários - Mário Crespo



Agora com Comentários - Mário Crespo

Eu nem comentei de tal modo ando enojada com o que se passa neste país.
Comentou o Mário Crespo, e bem. Melhor do que eu algum dia faria.
Ora façam o favor de clicar na imagem para ler com todo o conforto.
E agora pergunto eu... o célebre vídeo era o tal que a Senhora Procuradora, Cândida Almeida de seu nome, não queria ver, não era?
E agora, será que já viu? Será que já ouviu? Será que tapou os ouvidos? Será que colocou as suas duas mãos à frente dos olhos? Será que ao menos deixou um frestinha entre os dedos?
É que todo o país já sabe disto. E isto é uma vergonha nacional.
E agora? - pergunto eu.

Semana de Consulta às Bases




Semana de Consulta às Bases

Esta semana servirá para os sindicatos que compõem a Plataforma Sindical auscultarem os professores. A minha resposta é muito clara e já a expressei por diversas vezes neste blogue e junto do meu sindicato. Quero medidas drásticas, daquelas que produzem frutos. Chega de paninhos quentes e considerações por quem só nos desconsidera. Não suporto sequer pensar na perspectiva de mais um ano como este ou pior do que este, que é o que teremos se falharmos esta oportunidade única de protestos generalizados. A luta tem, inevitavelmente, de endurecer, sob pena de nos deixarmos esmagar numa engrenagem que nos engolirá a todos e nos formatará deixando-nos espaço nulo à criatividade e à originalidade.

Quero greve por tempo indeterminado. Quero marchas sobre a capital, em dias úteis e párem lá de se lembrar do Sábado para não transtornar a vida de mais ninguém a não ser de nós próprios!
Lutar nunca foi doce. Por que teria de ser agora?

Quero sindicatos a apelarem à não entrega da ficha de autoavaliação, sugestão de luta deixada já lá muito atrás neste blogue. Não quero meias tintas, ses, mas, talvez...

Quero luta assumida com todas as suas consequências. E quero professores sem medo e unidos.

Se falharmos esta oportunidade única, esta conjuntura única, jamais ergueremos a cabeça com dignidade.

Tenho dito. E repito. Aliás já me estou a repetir que é coisa de que não gosto particularmente.

Sem Comentários

Sem Comentários



Nota - Retirada do blogue http://inforhaticahb.blogspot.com/
Thanks, Helder.

Opinião

Opinião

JOSÉ SÓCRATES, O CRISTO DA POLÍTICA PORTUGUESA
por
João Miguel Tavares
Jornalista - jmtavares@dn.pt03 Março 2009

Ver José Sócrates apelar à moral na política é tão convincente quanto a defesa da monogamia por parte de Cicciolina. A intervenção do secretário-geral do PS na abertura do congresso do passado fim-de-semana, onde se auto-investiu de grande paladino da "decência na nossa vida democrática", ultrapassa todos os limites da cara de pau. A sua licenciatura manhosa, os projectos duvidosos de engenharia na Guarda, o caso Freeport, o apartamento de luxo comprado a metade do preço e o também cada vez mais estranho caso Cova da Beira não fazem necessariamente do primeiro-ministro um homem culpado aos olhos da justiça. Mas convidam a um mínimo de decoro e recato em matérias de moral.
José Sócrates, no entanto, preferiu a fuga para a frente, lançando-se numa diatribe contra directores de jornais e televisões, com o argumento de que "quem escolhe é o povo porque em democracia o povo é quem mais ordena". Detenhamo- -nos um pouco na maravilha deste raciocínio: reparem como nele os planos do exercício do poder e do escrutínio desse exercício são intencionalmente confundidos pelo primeiro-ministro, como se a eleição de um governante servisse para aferir inocências e o voto fornecesse uma inabalável imunidade contra todas as suspeitas. É a tese Fátima Felgueiras e Valentim Loureiro - se o povo vota em mim, que autoridade tem a justiça e a comunicação social para andarem para aí a apontar o dedo? Sócrates escolheu bem os seus amigos.
Partindo invariavelmente da premissa de que todas as notícias negativas que são escritas sobre a sua excelentíssima pessoa não passam de uma campanha negra - feitas as contas, já vamos em cinco: licenciatura, projectos, Freeport, apartamento e Cova da Beira -, José Sócrates foi mais longe: "Não podemos consentir que a democracia se torne o terreno propício para as campanhas negras." Reparem bem: não podemos "consentir". O que pretende então ele fazer para corrigir esse terrível defeito da nossa democracia? Pôr a justiça sob a sua nobre protecção? Acomodar o procurador-geral da República nos aposentos de São Bento? Devolver Pedro Silva Pereira à redacção da TVI?
À medida que se sente mais e mais acossado, José Sócrates está a ultrapassar todos os limites. Numa coisa estamos de acordo: ele tem vergonha da democracia portuguesa por ser "terreno propício para as campanhas negras"; eu tenho vergonha da democracia portuguesa por ter à frente dos seus destinos um homem sem o menor respeito por aquilo que são os pilares essenciais de um regime democrático. Como político e como primeiro-ministro, não faltarão qualidades a José Sócrates. Como democrata, percebe-se agora porque gosta tanto de Hugo Chávez.

Nota - Este artigo de opinião chegou-me via e-mail com a indicação de que José Sócrates processou o jornalista, João Miguel Tavares, que escreveu este artigo de opinião para o Diário de Notícias.

Nojo

Nojo

Gestores públicos multados a título pessoal pagam coimas com orçamentos dos serviços
Hoje às 08:33

O Tribunal de Contas (TC) detectou gestores públicos, multados pelo tribunal, que estão a pagar as multas através dos orçamentos dos serviços e não do próprio bolso, o que é uma prática ilegal, confirmou à Lusa fonte oficial do TC.

Para ler mais é favor clicar no link http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=1206638

E se apurassem os factos rapidamente? E se condenassem quem têm de condenar mas não à restituição do dinheiro em causa, ou mesmo ao pagamento de multas, coisa pouca para estes senhores? E se fossem presos como o comum dos mortais?

"Zinha"


A Fotógrafa Fotografada - S. Gonçalo - Amarante
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

"Zinha"

Já trabalhámos juntas na ESA sem trabalharmos tão juntas como durante este ano lectivo em que eu estou na ESA e ela na E.B. 2/3 de Amarante.
Dona de um sorriso gaiato, de excelente coração, solidária, respeitadora do próximo, cumpridora, trabalhadora, boa alma, generosa, vertical, sincera, acumula ainda uma vantagem que apenas descobri há pouco, e que é ser irmã do seu irmão, Carlos de seu nome, com quem tive o prazer de trabalhar na saudosa Escola de Artes e Ofícios Tradicionais de Amarante.
Apanhei-a, ontem, durante a guerra. A rapariga resolveu atacá-la de vermelho, na senda de Napoleão... "de vermelho que é para as minhas tropas não me verem o sangue no caso de eu ser ferida e desmobilizarem da luta!"
Desmobilizar da luta que é nossa? Jamé!
Boa, Zinha!

domingo, 19 de abril de 2009

Petição

Petição

"De fato, este meu ato refere-se à não aceitação deste pato com vista a assassinar a Língua Portuguesa.
Por isso ... por não aceitar este pato ... também não vou aceitar ir a esse almoço para comer um arroz de pato ...
A esta ora está úmido lá fora ... por isso, de fato lá terei de vestir um fato..."

Concordas com o modo de escrever acima exemplificado?
Se não concordares, clica no link que se segue e assina:

http://www.ipetitions.com/petition/manifestolinguaportuguesa/

Recebi por mail este texto e este link que nos remete para a petição contra a entrada em vigor do novo acordo ortográfico.
Eu até nem sou contra as mudanças e até me vejo como uma pessoa que facilmente deixaria cair algumas inutilidades da língua portuguesa, mas de facto, de facto, parece-me que com este acordo se exagerou de carago!
Por isso decidi assinar. Hoje mesmo. Sou a 108880.
Porque mais vale tarde que nunca.





Resolução da Assembleia da República n.º 21/2009

Quando li nem queria acreditar.‏

7 — A palavra do Deputado faz fé, não carecendo por
isso de comprovativos adicionais. Quando for invocado
o motivo de doença, poderá, porém, ser exigido atestado
médico caso a situação se prolongue por mais de uma semana.

Mas afinal isto não é inconstitucional?
Querem ver que estes políticos alteraram a Constituição Portuguesa à socapa e ninguém deu por nada?
Acabou aquela porra do somos todos iguais perante a lei?
Alguém me saberá responder?
E por que não fazem fé na minha palavra se eu até me dou mal com a mentira?

Política nojenta que me dá cada vez mais vómitos!

Invasões



Reconstituição do Incêndio da Vila de Amarante - 1984
Fotografia de Artur Matias de Magalhães

Invasões

"(…)Amarante nunca teve cerca de muralhas, nem castello que a defendesse; todavia é uma posição militar muito importante. A esta mesquinha vantagem deve ter-se visto, por vezes, transformada em theatro de guerra. Na invasão dos francezes de 1808 padeceu crueis estragos. Foi occupada pelo inimigo, o qual achando a ponte defendida pelas tropas portuguezas, commandadas pelo general Silveira, depois de inuteis tentativas para forçar a passagem, vingou-se das perdas que ahi soffreu, e da vergonha da derrota, incendiando a melhor parte da villa.(…)"
In Archivo Pittoresco, 1864
Nota - É verdade que os portugueses deram luta renhida aqui em Amarante e tal facto fica comprovado pela resistência que durou desde o dia 18 de Abril até ao dia 2 de Maio, dia em que as tropas invasoras conseguem os seus intentos e abrem caminho através da nossa Ponte Velha, aquela que ainda hoje calcorreamos e que foi palco de acontecimentos tão sangrentos e trágicos há duzentos anos atrás.
Os franceses passaram. Aqui fica o reparo porque ontem havia muita gente a comentar que não.

Ainda as Invasões




Invasores - S. Gonçalo - Amarante
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

Ainda as Invasões

Não sei o que o meu avô Rodrigo teria pensado ao ver o que eu vi hoje de tarde, em pleno Café-Bar.
Pois não é que os franceses tiveram a lata de ir tomar café, a bem dizer a bica, todos lampeiros, muito calmamente, de barrigas encostadas no balcão do dito cujo?
É como diz a Elsa D, esta guerra mais parece a guerra do Solnado!

Agora fora de brincadeiras, os franceses eram mesmo franceses, da cidade de Toulouse e aproveitámos para falar da crise.
"En France c`est la catastrophe" - disseram-me eles sinceramente preocupados.
Eu lá os animei com um "Au Portugal c`est la même chose!"
Depois fiquei na dúvida... será que os animaria mais se dissesse "Au Portugal c`est la même merde?"

sábado, 18 de abril de 2009

Reconstituição das Invasões Francesas


Reconstituição da Invasões Francesas - S. Gonçalo
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

Reconstituição das Invasões Francesas

A Reconstituição das Invasões Francesas e da Defesa da Ponte fez andar os amarantinos numa roda viva durante grande parte da tarde de hoje. Os invasores entraram por Stª Luzia onde se deram os primeiros confrontos e eu, pendurada da varanda de casa da Avó Arminda, lá fui tirando as fotografias que pude e que me darão um jeitaço para o PowerPoint "As Invasões Francesas em Amarante" onde explanarei a temática do ponto de vista histórico.
Por hoje ficar-me-ei por uns pequenos apontamentos engraçados da guerra, tal como o momento dramático em que um soldado, que por acaso até me parece uma soldada, mas adiante, certamente ferido ou mesmo meio morto, recebe assistência ali mesmo, deitado no chão da rampa relvada que dá acesso ao Solar dos Magalhães e bebe uma belíssima duma Água do Marão, simplesmente a água de que eu sou consumidora assídua sem mesmo sonhar que a dita já existia desde então.
É caso para dizer que estamos sempre a aprender, não?

Reconstituição das Invasões Francesas e Defesa da Ponte


Reconstituição das Invasões Francesas
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

Reconstituição das Invasões Francesas e Defesa da Ponte

Por aqui por Amarante a guerra está no intervalo. Estamos todos cansados de progredir com as tropas, nós de varanda em varanda das casas estrategicamente situadas em pleno centro histórico. Ufa! Ufa!
Mais logo darei conta de mais pormenores.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Natário

Natário

O Natário faz hoje 63 anos. Ou, como ele diz, 36. Para o caso pouco importa e a verdade é que ninguém lhe dá a idade que tem, está com saúde e recomenda-se, e isso é que é realmente importante.
Este meu amigo, que conheço de longa data, irmão mais velho da Celeste Natário, pessoa já anteriormente falada neste blogue, minha colega de carteira no liceu, e depois na Faculdade de Letras, muito embora eu em História e ela em Filosofia, continua, desde que o conheço, a ser um rapaz sensível, amigo do seu amigo, preocupado com o bem estar dos que o rodeiam.
A este propósito relembro uma história curiosa passada não há muito tempo. Um dia passei por ele a caminho da escola, eu de carro e ele a pé, abrandei o carro e pergunta-me ele "Então, está tudo bem contigo?" E eu "Ah! Já conheci melhores dias!" Lá lhe sorri, atirei-lhe para aí um beijinho e segui viagem.
Pois não é que deixei o rapaz preocupado com a minha saúde? No dia seguinte toca o telefone à hora de almoço e era o Natário. "Ó Artur, estou preocupado com a Anabela. É que ontem passei por ela e ela disse-me que já conheceu melhores dias... passa-se alguma coisa com ela?" Gargalhadas do Artur "Ó Natário, não lhe ligues! Ela agora diz isso a toda a gente! Asseguro-te que está bem. Está mesmo aqui ao meu lado na risota com a tua preocupação." E o Artur lá tratou de despreocupar o rapaz, que foi insistindo com receio de se passar de facto alguma coisa comigo. Conto esta história para se ver o cuidado extremo que este indivíduo tem com as pessoas que considera suas amigas. E eu tenho a honra de assim ser considerada por ele. E de lhe retribuir a consideração.
Que estes 63 se repitam por muitos e longos anos, Natário, e que te continue a ver na nossa rua para brincarmos com o despovoamento da mesma.
Pois, é que a parte alta é minha e a parte baixa é dele! :)

A D. e os Répteis


A Iguana e o Escorpião Azul - Marrocos
Fotografia de Artur Matias de Magalhães

A D. e os Répteis

Hoje reencontrei a D, minha aluna durante os últimos três anos que passaram a voar, no cinema, durante a projecção do filme "A Turma", filme originalmente chamado "Entre les Murs". Falámos das saudades mútuas e de como os meus alunos, acho que sem excepção, gostaram do meu método de lhes leccionar História, transformando os assuntos, por vezes pesados, em assuntos leves e atractivos, sem que lhes tenha aliviado os conteúdos propriamente ditos.
Durante a conversa falámos da trabalheira que dá elaborar uma aula em PowerPoint, e então elaborar PowerPoints para todas elas nem se fala, e de como eles sabem bem disto, porque já lhes saiu do pêlo, e fui relembrada de um tal de trabalho realizado no 7º ano que, estando tão mau, mas tão mau, para a generalidade da turma, eu esqueci de tal forma que se me varreu completamente da minha memória! Mas é que não ficou nem resquício! O que é estranho!
Enfim! Aproveitei para a informar que lhe faria uma surpresa neste blogue e aqui está ela. Porque desde Marrocos que esta surpresa para a D estava na minha cabeça, literalmente na minha cabeça... kakakakaka...
Ó p`ra mim de iguana linda estacionada na minha farta cabeleira!
Mas afinal quem tem medo de répteis?
TU?!

Nota - A fotografia está cortada e o original foi alterado exagerando o contraste.
Só porque me apeteceu.

U2 - Fez

U2 - Fez

Companheiros de route, por acaso alguém reconhece este riad?
Por acaso alguém reconhece estes espaços cobertos de zelliges azuis e brancos, pintalgados de amarelo aqui e ali, e atapetados por coloridos e macios tapetes?
Por acaso alguém reconhece estas portas de madeira primorosamente trabalhadas, estes moucharabiens misteriosos?
Por acaso já alguém passou os dedos das mãos e a cara, suavemente, muito suavemente como numa carícia, sobre paredes de tadelakt de cor creme, verde, azul, vermelho...?
Por acaso alguém já subiu estas escadas, altas e estreitas, a caminho de uma alcova acolhedora e quente, com cama a condizer?
Por acaso já alguém acordou de madrugada embalada no cântico dos milhares de pássaros que chilreiam atarantados e penetram, estouvados, nestes riads, neste riad, bem no coração da medieval medina, em Fez, a Magnífica?
Por acaso já alguém se deleitou, durante um jantar servido a horas tardias, com manjares de fazer lamber os beiços, e os dedos, e o que mais calhar, e de fazer cometer o pecado da gula uma e outra vez?
Por acaso já alguém percorreu estas vielas, quais veias e capilares sanguíneos do meu corpo, que de noite assustariam a esmagadora maioria dos turistas?
Por acaso alguém ficou já a escutar os sons que se desprendem duma medina habitada até dizer chega de vultos esvoaçantes, que mais parecem fantasmas, e onde entram rebanhos e cavalos e burros aos molhos para aumentar a confusão?
Por acaso já alguém acordou a meio da noite, numa cidade mágica como só esta sabe ser, com o muezzin, na mesquita mais próxima, a chamar os crentes para a oração?
Por acaso alguém sabe do que eu estou para aqui a falar e já o experimentou na pele?
É que é exactamente como fazer rafting no Paiva. É só deixarmo-nos ir, embalados na correnteza de um rio, ora calmo, ora tumultuoso.
E assim é Fez, a Magnífica.

Afinal de que é feita a vida?



 
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