segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Aaron - U-turn (Lili)

Aaron - U-turn (Lilli)

Lili, take another walk out of your fake world
Please put all the drugs out of your hand
You'll see that you can breathe with no back up
So much stuff you've got to understand

For every step in any walk
Any town of any thought
I'll be your guide
For every street of any scene
Any place you've never been
I'll be your guide

Lili, you know there's still a place for people like us
The same blood runs in every hand
You see it's not the wings that make the angel
Just have to move the bat out of your head

For every step in any walk
Any town of any thought
I'll be your guide
For every street of any scene
Any place you've never beenI
I'll be your guide

Lili, easy as a kiss we'll find an answer
Put all your fears back in the shade
Don't become a ghost with no colour
cause you're the best paint life ever made

For every step in any walk
Any town of any thought
I'll be your guide
For every street of any scene
Any place you've never been
I'll be your guide



Sorry, retiraram o belíssimo clip anteriormente postado.
Este que agora posto tem a particularidade de ser cantado ao vivo. Excelente.

Pares - ESA


Sala de Professores da ESA - S. Gonçalo - Amarante
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

Pares - ESA

Hoje termina o meu contrato de trabalho com a Escola Secundária/3 de Amarante, vulgarmente conhecida por ESA.
É um virar de página na minha vida profissional e mesmo na minha vida pessoal, que uma não existe sem a outra e vice-versa.
Hoje o meu post é inteiramente dedicado aos meus pares, aos que me acompanharam a vida nestes últimos quatro anos, de longe os mais difíceis e complicados da nossa vida profissional.
Eu podia aqui falar da importância de ter um Abreu por perto, irreverente como o raio que o parta e com um sentido de humor como só ele tem; de ter uma Zé Gonçalves, um exemplo de coerência e rectidão; de ter uma Elsa C., um exemplo de dedicação e profissionalismo e amizade; de ter um Helder Barros, sempre pronto a ajudar um colega em apuros no que a informática diz respeito, que é a sua especialidade, e meu tutor blogger... que eu nunca me esqueço de quem me ajuda a progredir; de ter uma Laurita, mulher competentíssima, a modos que inglesa, e que todos os seus alunos adoram; de ter uma Susana Dias, mulher que eu já coloquei nos píncaros da minha admiração; de ter um Jacinto, solidário e que não cala o que tem mesmo de ser dito; de ter uma Fátima Isabel, serena, meiga e lúcida como só ela; de ter uma Cristina Afonso, a menina que doma os CEFs com um sorriso nos lábios; de ter uma Mafalda, 112 e anjo da guarda de todos nós por aquelas bandas; de ter um Mário Bragança, o rapaz de Chaves que a Chaves retorna e que vai deixar um imenso vazio lá pela ESA; de ter um Eugénio Mourão, meu companheiro de estrada desde os tempos de estudante, trabalhador competentíssimo que em qualquer escola seria uma mais-valia e faria toda a diferença e que foi, sem o saber, o meu esteio dentro de uma Direcção, até certo ponto, hostil; de ter uma Jesuína, trabalhadora que nem sei e com quem troquei muitos abraços e olhares cúmplices; de ter um Pedro Flores para me fazer soltar gargalhadas saborosas logo pela manhã, no bar; de ter uma Aurora que foi a pessoa que mais me surpreendeu nos últimos anos, pela positiva, pela objectividade e pragmatismo com que se empenhou numa luta, que é de todos, e que sei ter-lhe sido particularmente dolorosa; de ter um Sérgio Paulo, um doce de pessoa a quem nunca se ouviu um queixume, sempre pronto a ajudar o parceiro do lado, um primor de exemplo de Educação e de respeito pelo outro; de ter uma Margarida sempre atenta e solidária... eu podia falar deles todos, que cabem todos neste post, até ao Sampaio... mas o post sairia por certo com um Km de comprimento e ninguém teria pachorra para o ler.
Por isso digo apenas que foi importante trabalhar com todos, mesmo se não gostei aqui e ali, porque a vida de professor é feita de endurance e eu, neste sentido, fiz um percurso absolutamente exemplar na ESA, saindo agora mais fortalecida e robustecida interiormente. É que não se aprende somente com os bons exemplos e quantas, quantas vezes se aprende mais com os péssimos! Assim penso. Assim sou.
Tive-os a todos, aos exemplos - péssimos, francamente maus, medíocres, bons, excelentes e superiores. Registei-os, absorvi-os e aprendi com eles.
Agora sigo por outro caminho, sem esquecer os que hoje deixo para trás... porque foi um verdadeiro prazer trabalhar com muitos.
De resto continuamos a ver-nos por aí... ou por aqui... pois sabeis bem onde me encontrar, enquanto eu conseguir esbracejar, espernear e teclar...

Democracia Precisa-se!


Manif - 30-5-2009 - Lisboa
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

Democracia Precisa-se!

E por cá o grande líder, e grande amigo de Hugo Chávez, também gostaria de poder fazer o mesmo... não?

Procuradoria-geral vai pedir penas de 12 a 24 anos de prisão
Venezuela: Manifestações contra o Governo serão penalizadas como crime
30.08.2009 - 20h55 PÚBLICO

Recebi um comentário a este post, assinado por Mário André, que decidi trazer para o corpo principal deste blogue assim como a resposta/esclarecimento que este desencadeou.

Mário André disse...
politica nojenta? nojento é este post, barato e demagogo... deve ser uma bela de uma professora...
31 de Agosto de 2009 3:53

Anabela Magalhães disse...
Mário André
A política não é, nem deveria ser, nojenta. A política está nojenta, o que é bastante diferente. E está nojenta por culpa da qualidade da esmagadora maioria dos políticos que pululam por esse mundo fora, da esquerda à direita, sem excepção. Os sinais são preocupantes e vêm de todos os lados. Este estreitar de relações com o "meu amigo Chávez", que tem dado machadadas consecutivas na Democracia, é um dos que me incomoda enquanto portuguesa e cidadã, assim como me incomoda a libertação de um terrorista, condenado a prisão perpétua, a troco de um contrato de fornecimento de petróleo. Sou de uma geração a quem foi ensinado "Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és" e continuo a pensar que há amizades perigosas e inconvenientes, tanto a nível do cidadão comum, como do político. Especialmente do político, que está sob os holofotes e que vai dando sinais a toda uma sociedade.
Ora, os sinais dados são péssimos, de Norte a Sul e de Este a Oeste e não há qualquer decoro quando se trata de atingir determinados fins.
Este post é apenas uma ironia crítica contra estas relações, que eu vi florescer, e contra os tiques controleiros e autoritários do "nosso" primeiro que eu já pude observar nestes mais de quatro anos de governação. Não, Sócrates jamais chegará a um Chávez... até porque não lhe daremos tempo para isso.
Bem sei que há quem goste da política assim. Mas, para mim, e a continuar assim, vai continuar nojenta.
Aqui lhe deixo o enquadramento do post que não pretendeu ser mais do que isto. Estou certa que quem está mais habituado à minha escrita por certo o entendeu assim.
31 de Agosto de 2009 9:35

Nota de rodapé - Já não é a primeira vez que leitores passantes por aqui se sentem incomodados com o teor dos meus posts. Curiosamente, ou talvez não, quando eles têm por finalidade criticar comportamentos e actuações de gente ligada ao ps.
Curiosamente, ou talvez não, não há qualquer tipo de reacção deste tipo quando as minhas farpas se dirigem ao psd.
Aqui fica o registo. Que cada um faça a leitura que entender.

E lembrei-me agora que me esqueci completamente de explicar o título. "Democracia, Precisa-se", aplicado ao caso português é apenas um sublinhar da enfermidade da Democracia, que de facto tem perdido muita qualidade durante estes mais de trinta anos que temos dela. Mas, aplicado a muitos outros exemplos, é mesmo precisa-se de precisa-se porque pura e simplesmente não há.
Já agora fica tudo bem explicado que eu não gosto de não me fazer entender.
Tiques de professora, por certo.

domingo, 30 de agosto de 2009

Praga


Praga - Incêndio de Fontelas em 30-8-2009 - Amarante
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

Praga

Este post poderia ser sobre Praga, a cidade capital da República Checa, e seria por certo bem mais agradável, mas, em vez disso, é sobre uma praga que nos visita ano após ano, religiosamente, e que é a praga do fogo. E, infelizmente, sei bem o que é ter o fogo literalmente à porta.
Pois hoje foi um fartote deles aqui pelas minhas bandas. De Amarante a Carvalho de Rei avistei aí uns sete, uns de aspecto mais ameaçador do que outros mas, de qualquer modo, todos a inspirar cuidados que com fogo não se brinca e é traiçoeiro de carago.
Gostava de saber a quem interessa isto... porque fogos a deflagrarem durante a madrugada, francamente, nunca vi de forma espontânea!
E assim se somam mais perdas e é assim que nos encontramos, a perder em todas as vertentes... a perder em todas as vertentes e a espatifar um país a torto e a direito!
E não há direito! Não há!

Voltamos à Luta


Manif - 30-5-2009 - Lisboa
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

Voltamos à Luta

Aliás nunca saímos dela!

Professores na rua durante a campanha eleitoral
por PEDRO SOUSA TAVARES

Associações independentes de professores preparam uma série iniciativas "contra o PS de Sócrates" logo no arranque da campanha eleitoral. Sindicatos preferem esperar pelo novo Governo para exigirem renegociação do estatuto.
As eleições legislativas de 27 de Setembro estão a ser preparadas em pormenor... pelos movimentos de professores, que voltam às ruas logo no arranque da campanha eleitoral, no dia 12. Já os sindicatos parecem preferir esperar pelo resultado da votação para definir estratégias.
Empolgados pela iniciativa "Compromisso pela Educação"- em que obtiveram garantias de toda a oposição sobre a revisão de aspectos como a avaliação e a divisão das carreiras -, os movimentos prometem acções "originais", assumidamente de ataque às políticas do Governo de José Sócrates.
Dois grupos - a Associação de Professores em Defesa da Educação (APEDE) e o PROmova - estão a debater entre si a realização de acções capazes de ter "impacto" na opinião pública.
"Ainda não posso revelar qual será exactamente a natureza dessa acção", disse ao DN Octávio Gonçalves, do PROmova, desvendando apenas: "O nosso objectivo é fazer algo mais inovador do que uma manifestação, com um carácter mais informativo e apelativo."
Já Ricardo Silva da APEDE acrescentou: "O que posso dizer é que estaremos na rua, provavelmente tanto no dia 12 como 19, e até pode ser que se realizem acções simultâneas em vários locais de Lisboa."
A justificação das acções de rua em período pré-eleitoral, assumiu, é não só "apelar ao voto contra este PS, de José Sócrates", como pressionar os restantes partidos "para que estes reforcem os compromissos assumidos" em relação às políticas educativas.

'Manif' no dia 12

Ambos os movimentos estão ainda a ponderar a participação numa manifestação convocada também para 12 de Setembro pela Força Emergente, uma associação cívica com fins políticos que se notabilizou por se ter constituído assistente no caso Freeport e ter enviado uma carta ao primeiro-ministro exigindo a sua demissão.
Confirmada está a participação do Movimento Mobilização e Unidade dos Professores (MUP). "É uma manifestação que integra várias forças sociais, vários movimentos cívicos, não apenas de professores", descreveu Ilídio Trindade, do MUP. "Haverá certamente outro tipo de iniciativas em que vamos participar, mas estamos ainda num período de regresso de férias e só as devemos debater na próxima semana."
O regresso à via judicial - para suspender o mais depressa possível o 'simplex' da avaliação - também está a ser ponderado por outros grupos de professores (ver caixa).
Fora destas lutas, pelo menos no futuro próximo, parecem estar os sindicatos de professores: "Não nos parece fazer muito sentido estar a contestar um Governo que vai sair e outro que ainda não se sabe qual é", explicou Lucinda Manuela, da Federação Nacional da Educação (FNE). "Mas logo que seja conhecido o próximo Governo, iremos pedir a abertura de um novo processo negocial para rever o estatuto da carreira."

Tirei daqui.

Assim Anda o Mundo...


De toren van Babel - Pieter Bruegel de Oude - Roterdão - Holanda
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

Assim Anda o Mundo...

Londres apoiou transferência de bombista em troca de contrato petrolífero
Hoje às 15:03

"O jornal inglês Sunday Times noticiou, este domingo, que o governo britânico apoiou a inclusão do bombista de Lockerbie num acordo de transferência de prisioneiros com a Líbia em troca de um contrato petrolífero com aquele país."

Leia os contornos gerais deste "negócio" aqui.

E assim anda o Mundo, já de cócoras perante os interesses económicos que tudo esmagam e a tudo se sobrepõem.

Visão Estratégica


Mimo - Festas de Junho/ Festas de S. Gonçalo - Amarante
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

Visão Estratégica

Isto sim, é visão estratégica! E centrar o debate político em temas desta importância, nesta altura do campeonato, só comprova a espantosa qualidade do "nosso" grande líder. É que, de facto, os portugueses não têm problemas de maior com que se preocupar e o futuro apresenta-se absolutamente risonho para todos.
Acabaremos curvados, como o mimo da imagem?
Todos curvados perante a bandalheira em que se transformou o nosso país?

"José Sócrates elegeu as "leis progressistas" aprovadas pelo PS desde 2005 como exemplo da visão de "modernidade e de futuro" contra "a visão passadista"da líder do PSD. E prometeu aprovar a lei das uniões de facto."
Se tiver curiosidade e pachorra leia o resto da notícia aqui.

Aaron

Aaron

Hoje posto este grupo francês que me foi apresentado pelo A., o melómano cá de casa.
Excelente música e excelente letra cantada numa língua doce e melodiosa como mais nenhuma outra.
E pensar que hoje em dia há quem pense que o Francês é uma língua morta!
Pois não, não morreu! E está até bem Vivinha da Silva por esse mundo fora...
Em mim também...

sábado, 29 de agosto de 2009

Enigma


Honfleur - Normandia - França
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

Enigma

O meu enigma de hoje prende-se com a França e com a minha completa perplexidade por ainda não ter conseguido encontrar Quarteiras ou Benidorms, ou mesmo Póvoas do Varzim, na costa francesa. Bem sei que ainda não a percorri toda, faltando-me toda a costa Sul, mas quanto ao resto está bastante bem calcorreado e ainda não consegui descortinar nada que se assemelhe a tais estâncias balneares. Já fiz inúmeras incursões na costa Sudoeste de França e praticamente toda a costa Norte foi investigada. Fora as grandes cidades costeiras, que são grandes cidades e se comportam como tal, as estâncias balneares dos franceses têm um charme que nos remete para os tempos áureos da Granja, de Espinho, de Albufeira quando aquilo Era.
Será que eles não têm especulação imobiliária que justifique, pela ganância, o espatifar do "Velho" para construir o "Novo"?
Confesso que ia com bastante expectativa relativamente à costa próximo de Paris, mas o que encontrei foi mais do mesmo, ou seja, povoações bem conservadas apesar de super "habitadas" de Verão.
Porque ainda poderia pensar que tal se deveria ao relativo abandono, sei lá, ao facto destas povoações não estarem na moda! Mas não! Há gente por todo o lado, saboreando, presumo eu, uma arquitectura que vem detrás, mas que resistiu a essa mesma passagem do tempo.
E isto para mim constitui um enigma.
A fotografia que escolhi para ilustrar este post foi tirada em Honfleur, cidade plantada na foz do rio Sena e situada "pertíssimo" de Paris. As casas de cinco ou seis andares rodeiam o Vieux Bassin a abarrotar de veleiros. A turistada movimenta-se aos magotes, mas o ambiente é calmo e descontraído, e eu volto a olhar para o perfil daquelas casas alinhadas ao longo do porto e fico perplexa por não encontrar nada fora do sítio. Não se arrasou tudo para se fazer resorts com piscinas e muito menos para construir prédios de appartements de vinte andares para alugar ao centímetro quadrado.
Dou o exemplo de Honfleur. Mas podia dar muitos outros, assim e assado, porque nem sempre as povoações têm este aspecto e por vezes as casas e casitas individuais vão mesmo até ao mar.
E esta costa, extensíssima, belíssima apesar de Agosto, levanta-me uma questão/enigma.
Como é que os franceses conseguem ser assim?

Será?


Notre-Dame-la-Grande - Poitiers - França
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

Será?

"A política é autónoma da ética e a ética é autónoma da política."

Paulo Rangel

Bem Bom!

Bem Bom!

Enquanto uns apertam o cinto, vêem as suas carreiras congeladas, não usufruem de aumentos anos a fio e são mesmo despedidos, outros há que em tempos de crise profunda parecem conseguir fazer o milagre da multiplicação dos pães! Ou o milagre da multiplicação do dinheirito que todos os meses levam para casa!
Aumentos médios de 21% nos dias de crise que correm? Bem Bom!
Pena é que seja com os meus impostos.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Concursos

Concursos

Saíram hoje as colocações.
Parabéns aos que as conseguiram. A minha solidariedade para os que ficaram de fora.
Pela primeira vez estou como simples observadora nestes concursos... e é bom!

PSD e Educação


Sombras na Noite de Le Mans - Le Mans - França
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

PSD e Educação

O Ramiro Marques coloca hoje várias questões pertinentes no seu post Não estava à espera de tanto, confesso. PSD coloca no programa quase todas as reivindicações dos professores.
De facto, o silêncio dos bloggers ligados à Educação perante o anúncio, pelo psd, do seu programa eleitoral, em matéria educativa, foi ensurdecedor. Por n razões, presumo eu.
Eu própria me mantive em silêncio sobre este assunto, muito embora tenha acompanhado as palavras de M.F.L. E foi um silêncio propositado que está na hora de romper.
Confesso que não fiquei embasbacada, nem tão pouco surpreendida, com o programa eleitoral do psd no que ao meu sector diz respeito. Os sinais dados pelo psd em matéria de política educativa já apontavam todos neste sentido e é óbvio que um partido habituado ao poder, agora na oposição, mas com sérias probabilidades de sair vencedor nas próximas legislativas, não ia desbaratar um capital de votos tão importante como o voto dos professores e das suas famílias. Isso só mesmo para o "nosso" primeiro, que é todo pimpão e cheio de si, e que conseguiu fazer praticamente o pleno em matéria de não voto neste ps por parte dos zecos e dos seus apêndices. De facto, hoje é mais fácil encontrar uma agulha num palheiro do que um professor que vote neste ps nas próximas legislativas! Ok. Ainda há uns quantos, poucos, sobreviventes teimosos, na ESA!
Quanto ao mais, assumo que entro no contingente dos cépticos perante os princípios enunciados. Aliás corrijo para Contingente dos Muito Cépticos.
Porque não me esqueço de quem governou o meu país desde o 25 de Abril de 1974. Porque não me esqueço dos péssimos exemplos que durante estas mais de três décadas nos foram sendo fornecidos, de bandeja, por políticos esmagadoramente funcionários das máquinas partidárias, pertencentes quer ao ps quer ao psd. Porque não me esqueço das campanhas despudoradas em que os políticos prometem isto e aquilo para fazer letra morta das promessas logo que instalados no poder. Porque não me esqueço das relações perigosas e dos fios de teia que unem estas duas faces da mesmíssima moeda e porque não me esqueço da gente que as habita.
Os dois maiores partidos portugueses são partidos grandes em tamanho, mas pequenos em conteúdo. É assim que os vejo, hoje, mas nem sempre os vi assim. O conteúdo de cada um deles já esteve mais de acordo com a sua expressão numérica. E as suas zonas de sombra e escuridão aumentaram que se fartaram durante estes últimos anos. Poderei dizer que engordaram?
Estou completamente céptica. E continuo sem ilusões quanto à razão maior para este programa - interessou-lhes.
No entanto recebo, como é óbvio com agrado, a quase totalidade dos princípios enunciados, ontem, em matéria de Educação. Muito embora com os dois pés atrás. E a aguardar para ver.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Do Respeito. E da Falta Dele!


Respeito - St-Cyprien - Dordogne - França
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

Do Respeito. E da Falta Dele!

Farta de políticos, políticas e afins, hoje falo do respeito das gerações mais novas relativamente a todo um património construído e herdado das gerações anteriores. E da falta dele.
A regra, pelas bandas onde habito, é o mais completo desrespeito por este património edificado, quantas vezes com tanto esforço, pelos nossos antepassados. É até uma dor de alma andar à noite pelos centros históricos da maioria das cidades portuguesas onde não nos escapa o quase completo abandono e degradação em que se encontra a maioria do património construído.
Amarante, muito embora seja uma cidade pequeníssima, que até devia ser uma vila, não foge a esta regra, e o abandono sente-se em cada esquina da cidade, onde a maioria das pessoas já não habita.
Não sei explicar como fazem em França. Não sei se foi pela destruição causada pela Segunda Guerra Mundial que os terá marcado enormemente em termos de perda completa ou parcial de património construído, se têm subsídios do Estado, se parte da generalidade das pessoas e da sua sensibilidade, se se explica pelo muito maior poder de compra relativamente aos portugueses, ou se é apenas civilizacional, educacional e cultural...
Decididamente não sei. O que sei é que se sente, por quase todo o lado, seja aldeia, vila ou cidade, um cuidado imenso e um carinho muito especial por este património herdado e construído por múltiplas e diferentes gerações já mortas mas que continuam vivas nos inúmeros testemunhos de edifícios em excelente estado de conservação.
As aldeias perfeitamente conservadas abundam, estão habitadas, e os centros históricos, vivos, também não são uma excepção.
E o respeito e amor pelos edifícios nota-se na trepadeira que embeleza uma porta, na roseira que sobe até ao telhado, nas sardinheiras floridas nas janelas, nas pequenas hortas embelezando jardins, nos telhados feitos de pedra, de xisto, até de colmo.
Uso uma fotografia quase ao acaso, tirada numa povoação no vale do rio Dordogne, que ilustra bem o que acabo de afirmar. Poderiam ser muitas outras, que as tenho aos magotes, porque o país é uma beleza em exemplos destes.
Gostaria de ver e sentir este cuidado neste Portugal à beira mar plantado. Mas não sinto.
Aqui o respeito é a excepção e não a regra. Em França passa-se exactamente o contrário.
Estaremos a construir um país inviável? Porque a cada de dia que passa mais se complica a vida dos portugueses com a construção de infra-estruturas que chegam cada vez mais longe e que custam balúrdios ao país e, paradoxo dos paradoxos, convivendo paredes-meias e alegremente com centros históricos votados ao mais completo abandono.
Sorry! Algo não está bem por aqui.
Sorry! Acabei por falar de política!

A Gaivota

A Gaivota

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Exemplar e Edificante

Exemplar e Edificante

Pelo que vejo, a campanha eleitoral cá no burgo prossegue a bom ritmo com o "nosso" primeiro a parecer-me, cada vez mais, um comediante. Pode ser um problema meu, mas também pode não ser. Vai-se a ver, no final disto tudo, e ele é...
O vídeo preparado pelo Bloco está maravilhoso e nem sei se ria, nem sei se chore...
Confesso que gostei particularmente daquela parte em que Carolina Patrocínio confessa que odeia perder e que prefere fazer batota a perder. O exemplo é exemplar, passo a redundância, e é edificante, e está absolutamente de acordo com o panorama geral que vamos absorvendo, daqui e dali, e que nos intoxica os dias. A adivinhar pelo perfil, temos política! E que bem que ela fica neste ps!
Ah! E já agora, confesso que também amei a parte dos caroços das frutas.
E das cascas? Gostas das cascas, Carolina?
E o "nosso" primeiro? Já se terá pronunciado sobre tão pertinente assunto?
De notar que ainda falta abordar a questão da fruta podre.
Ou não?


Avaria


Colete Reflector - Vila Pouca de Aguiar
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

Avaria

Não, não fui eu que avariei com a canseira das férias. E o A. M. também não, apesar dos quase seis mil quilómetros feitos em marcha segura e constante. Mas, infelizmente, já não posso dizer o mesmo do nosso carrito que, acusando o peso da idade, avariou quase às portas de casa, mesmo com Vila Pouca de Aguiar à vista! Não havia necessidade! Bolas! Que azar! E o dia tinha começado tão promissor, apesar da chuva matinal...
Dez da manhã, em plena Dordonha, mais concretamente na vila de Les Eysies de Tayac, e com tanta estrada para calcorrear, eis que chega a tão aguardada hora da visita, previamente reservada, da gruta Les Combarelles. Devo esclarecer desde já que a gruta Les Combarelles não é uma gruta qualquer, já que está pejada de gravuras rupestres do Paleolítico e as entradas estão limitadíssimas a sessenta pessoas por dia, por isso há que aproveitar o espectáculo de calcorrear aqueles corredores estranhos por onde os nossos antepassados andaram deixando vestígios emocionantes da sua presença aproveitando a primeira vaguita para dois que apareça no nosso caminho.
Onze horas, fim da visita e são horas de nos fazermos à estrada que os quilómetros à espera são mais do que muitos! Fazem-se pequenas paragens pelo caminho e vai mais um café, mais uma sanduiche, esticam-se as pernas e embora que se faz tarde.
"Paramos em León, A.? León é uma cidade muito agradável, animada qb e óptima para tapear..." Pois parece que não. Hoje dormiremos em casa. Hora prevista de chegada 23:30 e de facto nem é mau de todo e nem sequer é nada especialmente complicado para quem já carrega no lombo enormes viagens sem nunca me passar o volante. Amarante - Marrakech? Vou ali e já venho!
Pois é canja, tudo de enfiada com travessia de ferry, fronteira e o que mais calhar pelo caminho e pela uma da manhã estaremos já esticados ao comprido a fazer o repouso dos guerreiros, pertinho da Djemaa el Fna!
Mas o A. esqueceu-se apenas de um pequeno pormenor. Pequeno, mas importante! A máquina nem sempre acompanha o seu ritmo e por vezes a máquina pifa.
Acendeu-se um aviso e toca de procurar no livro se a avaria era grave. Não me pareceu. Não sei o quê de avaria eléctrica e electrónica, procure a assistência Renault logo que possível.
"Com jeito vai a casa, não?"
Pois não! O tipo começou a perder potência, a perder potência, a perder potência... e acabou numa subidita a trinta à hora, numa autoestrada, de piscas ligados e toca de encostar num refúgio porque seria um perigo continuarmos a exigir o que o tipo já não tinha para nos dar. A máquina pifou. Pifou mesmo! Veste coletes. Sai do carro com jeito e toca de passar para a berma. Assistência? Aqui estou eeeeeuuuuuu!
E foi assim que desta vez, para variar, cheguei a casa de uma forma bastante original, de reboque, e apenas com hora e meia de atraso relativamente à hora prevista. Nada mau!
Safa! Ainda bem que desta vez não estava em pleno deserto do Sahara!
E pronto... I`m back...

sábado, 22 de agosto de 2009

Vivinha da Silva

Vivinha da Silva

Esta vida de marinheira tem que se lhe diga e as férias apresentam-se demasiadamente preenchidas para ter tempo para alimentar este tipo...
E por falar neste tipo... quem foi a artista que me enviou uma mensagem a queixar-se que o meu Tama parecia meio morto?!
Meio morto?! Triste?! O meu Tama?! Pois se estava meio morto ressuscitou agorinha mesmo.
Et moi je também!
Vivinha da Silva... com amor de Lille...
E foi o tempo de teclar um pequeno telegrama...

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Medina Carreira

Medina Carreira

«Portugal está transformado num BPN», considera Medina Carreira
Hoje às 07:16

"O antigo ministro das Finanças criticou esta quarta-feira, em entrevista à SIC Notícias, a classe política portuguesa e lamentou a falta de uma aposta séria na captação de investimento estrangeiro. Medina Carreira afirmou mesmo que «Portugal está transformado num BPN (Banco Português de Negócios)».
Para Medina Carreira, antigo ministro das Finanças e o homem que negociou com o FMI no primeiro Governo constitucional, mostrou na noite passada desiludido com a classe política.
«Sempre que um partido em Portugal tem maioria absoluta, os deputados ficam reduzidos a zero. Se tem maioria relativa, há estas contendas brutais em que o PSD está metido porque sabem que sem ir ao Governo não têm lugares para tratar da vida e dos negócios. E, portanto, degladiam-se para ver se têm acesso aos lugarzitos que restam», afirmou.
«É para empregar os primos, os tios, para fazer negócios de auto-estradas e outras coisas no genero. Portugal hoje é um grande BPN», acrescentou o antigo ministro das Finanças.
Entrevistado no programa, Negócios da Semana, da SIC Notícias, Medina Carreira lamentou a falta de aposta na captação do investimento estrangeiro, que entende ser uma das prioridades da governação.
«Tem que se ver no terreno, [se a falta de investimento estrangeiro] é por causa dos ordenados, das leis laborais, da burocracia, dos tribunais, dos corruptos. O Governo deveria fazer um inquérito para saber porquê que é que isto acontece e depois propôr as medidas», declarou Medina Carreira.
«Agora se não se faz nada disso, se vêm um programa eleitoral que diz que a Justiça tem que ser mais rápida, bom o amigo banana dizia a mesma coisa», criticou Medina Carreira."
Trouxe daqui.

E agora escute. Vale a pena abrir os olhos e os ouvidos.

Norte - Sul

Norte - Sul

E agora vou dançar...
Seremos 201.
Ok, ok... e mais uns patacos...

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Daby Touré

Daby Touré

Ando permanentemente cá e lá.
Hoje fui à Mauritânia e agora partilho a música que trouxe comigo daquele deserto quente que também é um país.
E tal como diz Daby Touré "We Don't Need No More..."
E que cada um complete a frase consoante o apetite do momento...

Campanha de Grande Nível


Campanha de Grande Nível - Alemanha
Fotografia de Não Sei Quem

Campanha de Grande Nível

Da direita à esquerda, de Portugal à Alemanha, as campanhas eleitorais sucedem-se em grande estilo e os políticos, neste caso políticas, usam as armas que têm para chegar ao eleitorado, por certo desmiolado, impreparado, inculto, analfabeto, parvo, primário, que vai lá com mensagens deste teor rasca, rasca até dizer chega.
Confesso que não sou apreciadora do género. Aceito que o problema possa ser meu.

"Vera Lengsfeld é uma conservadora alemã, do partido de Angela Merkel, que tenta a sua eleição para o Bundestag num círculo eleitoral dominado pela esquerda. Vai daí inventou este cartaz, onde aos generosos decotes, seu e da sua líder, sobrepõe a frase “Nós temos mais para oferecer”."

Vi aqui e não resisti aos decotes. Ah! E aos colarzinhos pindéricos.

Todas as Escolas Deviam Ser Assim


Ciclo Preparatório/ Casa da Cultura e da Juventude de Amarante
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães

Todas as Escolas Deviam Ser Assim

A Casa da Cultura e da Juventude de Amarante, aberta ao público não há muito tempo, funciona na minha antiga Escola onde frequentei e completei o antigo Ciclo Preparatório.
Hoje volto um pouco atrás e recordo a saída muito ansiada, no final da 4ª Classe, do Colégio de S. Gonçalo, do qual guardo péssimas recordações de um ensino ministrado por freiras ríspidas, frustradas, maldosas, violentas... que me fizeram querer sair dali e fugir a sete pés o mais depressa possível. Chegada a este ponto tenho de abrir duas excepções para as minhas amadas irmã Augusta e irmã Clara, pessoas bem formadas, equilibradas e doces que me leccionaram Trabalhos e Música, mas que não conseguiram salvar a honra daquele convento.
Mas adiante. O meu pai fez-me a vontade e deixou-me sair daquele espartilho ao qual jamais me adaptei. E foi assim que entrei no Ciclo Preparatório Teixeira de Pascoaes, no Ribeirinho, finalmente no Ensino Público.
Foi um tempo de mudança que correspondeu a escola nova em edifício muito velho, colegas novos, recreios novos, disciplinas novas, professores novos.
Hoje recordo os recreios, dois, um para as raparigas e outro para os rapazes, que o tempo era o da outra senhora e a outra senhora tinha destas coisas, e centro-me essencialmente no espaço romântico e poético do Recreio das Raparigas porque ontem percorri-o, e fotografei-o amorosa e demoradamente, integrado que está num espaço agora remodelado mas em que a traça do edifício antigo e original se manteve intocada.
Lá está o tanque, onde eu caí um dia em plena brincadeira que não teve consequências de maior a não ser uns valentes ralhetes em casa. Lá está o espaço onde tanto saltei à corda, onde tanto joguei à patela e ao elástico, em exercícios físicos permanentes que me mantinham as pernas altas e magras, exactamente como as da Olívia Palito. E, acima de tudo, lá está a magnólia frondosa que me deixava de nariz no ar aquando da floração cor-de-rosa, em pleno Inverno, anunciando já a esperada Primavera.
Foi um tempo de mudança de que recordo a sensação de crescimento acelerado, nós a sentirmo-nos umas Mulherzinhas, livro devorado a conselho da Maria Eulália, os primeiros olhares, apreciadores, para os rapazes, as primeiras paixonetas, quase colectivas, pelo M., pelo P. e pelo P., a Língua Portuguesa ensinada pela grande Maria Emília Barros, o Francês ensinado pela minha querida Francisca, por um livro de personagens ainda bem presentes na minha memória, Nicole, mr Robert e Patapouf, o cão francês que eu amava, o Desenho ensinado pela Zé Pinto, sempre em movimento constante, passeando o seu corpo esguio e os seus longos cabelos lisos pela sala de aula, a Moral ensinada pela já amplamente apresentada Maria Eulália Macedo, as Ciências e a Matemática ensinadas pela Isabel Sardoeira e as suas/nossas experiências com feijões, microscópios e afins, a História ensinada por um prof novo cá no burgo e que me chamava, sorrindo docemente, a "Menina do Sorriso".
Pois ontem foi tempo de percorrer estes espaços e lembrar a alegria de ter disciplinas tão diferentes, leccionadas por professores igualmente tão diferentes uns dos outros, que marcaram de forma indelével o meu crescimento e a minha formação, e de me sentir grata por me ter sido proporcionado este contacto com gente tão diversa e tão enriquecedora.
E foi tempo de espreitar a minha antiga sala de aula e vislumbrar um cartaz afixado na parede, escrito em letra colorida e juvenil, que dizia, apropriadamente, "Bem Vindos".
Assim me senti.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Cuscuz


Cuscuz Vegetariano - Casa da Cultura e da Juventude - Amarante
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

Cuscuz

Hoje é a noite do Cuscuz.
Humm... hummmmm...
Bon Appétit!

Ajuda


Ajuda - S. Gonçalo - Amarante
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

Ajuda

Tenho andado a pensar que isto de só ajudar a denunciar os escândalos não é suficiente e há que ajudar a encontrar soluções para o sobreaquecimento que se está a fazer sentir, de forma selectiva, em muitas das cabeças dos políticos cá do rectângulo.
Vai daí pensei num balde de água gelada, quiçá da praia de Moledo, para apagar as combustões, mais do que muitas e móveis, que parecem espalhar-se pelo país como fogo num palheiro.
Preparaaaaar... preparaaaaar... e aí vai água geladinha...
Entretanto aceitam-se outras sugestões de tratamento para os políticos nacionais responsáveis pela tourada... e não, não estou a pensar somente no Pinho...

Governação Errada e Arrogante

Governação Errada e Arrogante

Campos e Cunha
Governação de Sócrates "é tecnicamente errada e arrogante"
Económico 11/08/09 09:36

Luís Campos e Cunha, economista e ex-ministro das Finanças, acusa Sócrates de ter tido "condições absolutamente únicas" para fazer um "bom trabalho" mas, apesar disso, "tudo foi muito mal gerido".
Em entrevista ao jornal "i", o ministro das Finanças com o mandato mais curto nos governos eleitos desde 1974, sublinhou o seu desânimo face à situação política e económica portuguesa e teceu fortes críticas ao Governo a que já pertenceu, assim como à Oposição.
O problema das próximas eleições legislativas, segundo Campos e Cunha, é o facto de que dificilmente sairá uma alternativa política viável.
"Estou talvez a atravessar o período de maior desalento, de alguma angústia, porque do ponto de vista económico a situação é muito grave", afirmou Campos e Cunha, acrescentando que "as políticas seguidas de combate à crise parecem-me desajustadas e as medidas para o período pós-crise ainda mais desajustadas".
O ex-ministro das Finanças considera que existe uma falta de alternativas reais, seja mais à esquerda ou mais à direita" e que o actual Governo tem "um estilo de governação que não enfrenta os problemas do país de uma forma que eu penso que seja a tecnicamente correcta e politicamente acertada. É feita de uma forma politicamente arrogante e tecnicamente errada", sublinhou.
Campos e Cunha é peremptório na avaliação que faz da actuação de Sócrates: "julgo que poderia ter sido muito melhor. [Sócrates] teve condições absolutamente únicas e excepcionais para ser primeiro-ministro e fazer um bom trabalho. Mas as medidas fundamentais foram tomadas em 2005 e daí para a frente foi tudo muito mal gerido, tirando um ou outro caso de medidas mais profundas, como a reforma da Segurança Social", acusou Campos e Cunha.
Aqui.

Zenzile Miriam Makeba - 1932-2008

Zenzile Miriam Makeba -1932-2008

Ainda a Mala... ou o Gesso... ou lá o que é!

Ainda a Mala... ou o Gesso... ou lá o que é!

Desculpem a insistência... mas por estes dias sinto-me verdadeiramente embrutecida neste país cada vez mais elevado!
E tão elevado ele está que me ocorreu... assim meio para o de repente... levantará voo? O país?

Uma lista de braço ao peito
Ricardo Costa
8:00 Segunda-feira, 10 de Ago de 2009
Se Ferreira Leite passasse os olhos pela acusação do Ministério Público a António Preto ficava arrepiada. Não pelos factos de que pode estar inocente. Mas pela falta de seriedade que um simples acto demonstra.
Confesso que a inclusão de António Preto nas listas do PSD não me surpreendeu. Tenho respeito e admiração por Manuela Ferreira Leite. Mas perco esse respeito e admiração sempre que ela se cruza com António Preto. E, ao contrário do que muitos pensam, a líder do PSD cruza-se com ele vezes de mais e há demasiado tempo.
Quando se trata de António Preto, Ferreira Leite perde o rigor e os princípios que habitualmente a norteiam. Transforma-se numa banal líder partidária, refém dos piores truques do caciquismo local, dos autocarros que partem para os comícios cheios de moradores dos bairros sociais, das quotas pagas por arrastão, dos sindicatos de voto, das malas em dinheiro vivo.
Custa a acreditar mas a história é simples: Ferreira Leite foi líder da distrital de Lisboa do PSD numa altura em que isso só acontecia com a ajuda de António Preto. Ele foi seu vice-presidente e acabou por lhe suceder. Ferreira Leite ficou-lhe grata para sempre. Mas é extraordinário que essa gratidão a cegue. E ainda mais extraordinário é o facto de ninguém lhe abrir os olhos.
Alguém sabe onde é que anda Rui Rio? Caro Rui Rio, Preto representa tudo aquilo contra o qual você luta há anos, aquilo que levou Marcelo a convidá-lo para secretário-geral e depois a afastá-lo, aquilo que apontava no PSD-Porto de Menezes, aquilo que desprezou no PSD nacional dos últimos anos. Aquilo a que Pacheco Pereira chamou o "gang do Multibanco". Aquilo que levou a 'elite' do PSD a massacrar Menezes e Santana. Aquilo que essa mesma 'elite' agora esquece e assobia para o ar a ver se passa.
O que diriam Rui Rio ou Pacheco Pereira se tivessem sido Luís Filipe Menezes ou Santana Lopes a colocar António Preto nas listas quando está acusado de fraude fiscal e falsificação e vai a julgamento este ano?
Admito que António Preto não seja condenado, apesar das escutas do processo serem esclarecedoras. Admito que o dinheiro que trazia na mala não era para pagar quotas dos militantes mas para prestar serviços de advogado, admito que os construtores civis lhe tenham dado o dinheiro em notas porque não tinham cheques, admito que o contrato de prestação de serviços seja posterior aos factos por esquecimento. Mas não admito que uma pessoa que engessa o braço com a ajuda de um familiar num hospital para faltar a uma perícia na Polícia Judiciária seja deputado. Mas vai ser.
Acreditem: nós vamos ter um deputado que no exacto dia em que tinha de se apresentar na Polícia Judiciária para um teste de caligrafia foi ter com um cunhado que é médico no Hospital de Santa Marta, no serviço de cirurgia vascular (!), para engessar um braço por completo, do ombro até ao pulso. A Ordem dos Médicos considerou que colocar o gesso foi "má prática clínica". Não consigo encontrar um adjectivo para classificar a prática do deputado. Mas consigo classificar a prática da lista do PSD: uma vergonha.

Fui buscar aqui.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

O "Caso da Mala"


A Mala que Ilustra o "Caso da Mala"
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

O "Caso da Mala"

Só o nome é bonito e soa a mistério...
E fica sempre bem ter um deputado da Nação envolvido numa coisa que vai a julgamento nas varas criminais, nome igualmente bonito e por onde dá até vontade de passear, e associado a um caso que ficará para a História como o "Caso da Mala".

"Julgamento de António Preto marcado para 27 de Outubro"

"O deputado do PSD António Preto, acusado de fraude fiscal qualificada e falsificação de documento no processo conhecido como o "caso da mala", tem julgamento marcado para 27 de Outubro, nas varas criminais de Lisboa."

Leia mais aqui.

O Narciso



O Narciso

Aqui está um cartaz absolutamente irritante e que vem na linha doutrinária de qualquer uma das três grandes religiões monoteístas existentes no mundo - homem no centro, homem primeiro.
Neste cartaz o Deus-Macho é-nos apresentado absolutamente focado, dotado de uma luz e de um brilho especialmente tratados, colocado no centro da roda, qual narciso que de olhos semi-cerrados, amaciando o olhar, olha para nós, público indefinido, tentando ludibriar-nos com um olhar de carneiro mal morto cheiinho de múltiplas promessas falsas - não subirei impostos... prometo criar 150 mil empregos... e blá, blá, blá!.
O mulherio que o rodeia de perto, absolutamente desfocado e quase uma massa informe, se exceptuarmos uma das fêmeas em que as feições são perceptíveis, emoldura o dito cujo, rodeando-o sem identidade e sem brilho, quiçá todas de olhar embevecido, seguindo o olhar da tal da fêmea à esquerda.
Não poderia deixar passar em claro este ataque à condição feminina, em pleno século XXI, vindo do "nosso" actual primeiro ministro.
Porque isto foi estudado. E se uma imagem destas fica bem a um Clooney, a um primeiro ministro fica somente ridícula.

"Os Comediantes"



"Os comediantes"

"Ao pedir a um cunhado médico que lhe engessasse o braço antes de uma prova judicial de caligrafia que o poderia incriminar, António Preto mostrou ter um nervo raro. Com este impressionante número, Preto definiu-se como homem e como político. Ao tentar impô-lo ao país como parlamentar da República, Manuela Ferreira Leite define-se como política e como cidadã. Mesmo numa época de grande ridículo e roubalheira, Preto distinguiu-se pelo arrojo e criatividade. Só pode ter sido por isso que Manuela Ferreira Leite não resistiu a incluir um derradeiro arguido na sua lista de favoritos para abrilhantar um elenco parlamentar que, agora sim, promete momentos de arrebatadora jovialidade em São Bento.
À tribunícia narrativa de costumes de Pacheco Pereira e à estonteante fleuma de João de Deus Pinheiro, vai juntar-se António Preto com o seu engenho e arte capazes de frustrar o mais justiceiro dos investigadores. Se alguma vez chegar a ser intimado a sentar-se no banco dos réus, já o estou a ver a ir ter com o seu habitual fornecedor de imobilizadores clínicos para o convencer a fazer-lhe um paralisador sacro-escrotal que o impeça de se sentar onde quer que seja, tribunal ou bancada parlamentar.
Se o convocarem para prestar declarações, logo aparecerá com um imobilizador maxilo-masséter-digástrico que o remeterá ao mais profundo mutismo, contemplando impávido com os olhos divertidos de profundo humorista os esforços inglórios do poder judicial para o apanhar, enquanto sorve, por uma palhinha apertada nos lábios, batidos nutritivos com a segurança dos imunes impunes.
Em dramatismo, o braço engessado de Preto destrona os cornos de Pinho. Com esta escolha, Manuela Ferreira Leite veio lembrar-nos que também há no PSD comediantes de grande calibre capazes de tornar a monotonia legislativa no arraial caleidoscópico de animação que está a fazer do Canal Parlamento um conteúdo prime em qualquer pacote de Cabo.
Que são os invulgares familiares de José Sócrates, o seu estranho tio ou o seu temível primo que aprende golpes de mão fatais na China, quando comparados com um transformista que ilude com tanta facilidade a perícia judiciária? António Preto é mesmo melhor que Vale e Azevedo em recursos dilatórios e excede todos os outros arguidos da nossa praça com as suas qualidades naturais para o burlesco melodramático.
Entre arguidos, António Preto é um primo inter pares. Ao fazer tão arrojada escolha para o elenco político que propõe ao país como solução para a nossa crise de valores, Manuela Ferreira Leite só pode querer corrigir a percepção que o eleitorado possa ter de que ela é uma cinzentona sem espírito de humor e que o seu grupo parlamentar vai ser o nacional bocejo.
A líder social-democrata respondeu às marcantes investidas de Pinho com as inimitáveis braçadas de Preto. Arguidos na vida política há muitos, mas como António Preto há só um. Quem o tem, tão fresco e irreverente como na primeira investigação judicial, é Manuela Ferreira Leite e o seu PSD. Karl Marx, na introdução à Crítica da Filosofia do Direito de Hegel, escreve que "a fase final na história de um sistema político é a comédia". Com estas listas do PSD e com a inspiração guionística de António Preto, Ferreira Leite está a escrever o último acto."

Não é que isto te aqueça ou arrefeça, Mário, mas tenho de te confessar que gosto de ti. Por seres uma voz livre neste país cada vez mais pantanoso.

Atentado Suicida - Mauritânia

Atentado Suicida - Mauritânia

Todos os atentados suicidas deveriam terminar assim.

Líbia

Líbia

Hoje inicio a semana viajando pela Líbia.
O veículo que se desloca pelas paisagens mais belas, surpreendentes, espirituais e inexplicáveis que os meus olhos já viram não é o meu. Mas podia ser. O atascanço também não é o meu. Mas podia ser. E o percurso não é o meu. Mas podia ser.
Parafraseando a Lala "É deste chão que eu sou e dele gosto."
Salam Aleikum, Sahel!

domingo, 9 de agosto de 2009

Tinariwen

Tinariwen

Já postei inúmeras vezes esta banda tuaregue, formada nos inícios dos já longínquos anos oitenta, mas que só se deu a conhecer a partir de 2002, por aqui pelo Ocidente, com o álbum The Radio Tisdas Sessions, a que se seguiu, em 2004, Amassakoul, e, somente em 2007, o espectacular e amplamente divulgado Aman Iman.
Postei Tinariwen aqui, aqui, aqui e aqui.
A banda Tinariwen, que em tamaxeque significa "lugares vazios", é mesmo originária dos lugares vazios e remotos do Sahara, mais concretamente do Mali, e trava uma luta de resistência e independência através da palavra e da música em nome deste povo Tuaregue, a que pertencem os seus membros, e que se encontra repartido pelo Sul da Argélia, Líbia, Norte do Mali e Leste da Nigéria, sendo que a sua pátria é o deserto, o Grande Sahara, e ponto final.
A banda que nos habituou aos blues vindos das profundezas do deserto, aos chamados blues tuaregues, lançou novo CD, no passado mês de Junho, intitulado Imidiwan: Companions.
Aconselho vivamente a sua compra e aqui deixo o som de Lulla, música retirada deste último álbum de música excepcional.



E para conhecerem um pouco mais sobre Tinariwen...

Fronteira Marrocos - Mauritânia

Fronteira Marrocos - Mauritânia

É somente a mais dura que conheço e parece terra de ninguém... e é? É?!
aqui falei desta fronteira, mas uma coisa é falar, outra bem diferente é ver. Hoje encontrei-a no Tubes. Vai daí partilho estas pistas duras, que eu amo, com os meus leitores. E aproveito para matar saudades destes percursos isolados, longínquos e quentes que se agarraram à minha pele e por aí permaneceram/permanecem sem remédio à vista... a não ser o regresso a estes percursos inóspitos num tempo não muito distante.
A fronteira é a de Marrocos - Mauritânia... mas melhor seria se fosse Sahara Ocidental - Mauritânia ou qualquer outra coisa no género...

Amarante


Amarante - Portugal
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

Amarante

"Tenho pela minha terra um amor duro e enxuto de lirismo. É deste chão que eu sou e dele gosto."

Maria Eulália Macedo

sábado, 8 de agosto de 2009

Jason Mraz - I`m Yours

Jason Mraz - I`m Yours

Concerto - Joel Xavier


Joel Xavier - S. Gonçalo - Amarante
Fotografia de Elsa Cerqueira

Concerto - Joel Xavier

O concerto foi ontem à noite, no meu umbigo e no umbigo de qualquer amarantino que se preze, ou seja, no irrepetível e único Largo de S. Gonçalo.
O Largo revelou-se muito composto e povoado de gente o que deu uma animação invulgar a todo o centro histórico da cidade por onde circulavam mais pessoas que habitualmente.
O concerto foi excepcional e Joel Xavier revelou-se o que eu pressentia - prodigioso e virtuoso dos sons invulgares e inesperados retirados daquela guitarra que parece uma extensão dos seus braços e dos seus dedos que se movimentam sobre as cordas a uma velocidade absolutamente arrepiante e estonteante.
O cenário onde decorreu o concerto, com a parede de granito duro mesmo por trás dos músicos, revelou-se sóbrio e adequado ao som de Jazz, misturado com Bossa Nova e sons africanos presentes em doses equilibradas.
Gostaria de o ter ouvido no meu amado Theatro Circo, em Braga, com um público que sabe ao que vai, e está concentrado na música, nos músicos e ponto final. Porque é evidente que o concerto de ontem ficou prejudicado pelas crianças que brincavam no Largo, jogando futebol com latas vazias perto do palco, pelas pessoas que se levantavam e sentavam, pelas pessoas que conversavam, pelas pessoas que circulavam na rua.
Mas, apesar destes contras, continuo adepta destes concertos ao ar livre, aproximando a generalidade das pessoas de outros géneros musicais que não os rafeiros e popularuchos, numa missão pedagógica que não tem preço e é extraordinariamente importante.
O gosto musical cultiva-se, tal como o gosto pela pintura, a escultura, a arquitectura, a literatura, a dança, o teatro...
Para isso há que ver, ler e escutar muito e ir percorrendo caminhos cada vez mais exigentes em termos de qualidade. E volto à carga... quantidade não é sinónimo de qualidade!

Educação Sexual - Duras Críticas


Montra - Toledo - Espanha
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

Educação Sexual - Duras Críticas

Educação Sexual: Federação Portuguesa pela Vida e Associação Juntos pela Vida tecem duras criticas à lei
08 de Agosto de 2009, 12:30
Lisboa, 08 Ago (Lusa) - A Federação Portuguesa pela Vida considera um "erro trágico" a aprovação da lei da educação sexual, critica partilhada pela Associação Juntos pela vida, para quem Cavaco Silva é responsável pelas "leis mais criminosas da História".
Em comunicado, as duas associações tecem duras criticas à lei sobre educação sexual na escola, aprovada quinta-feira, considerando que esta "propalada como meio de prevenir o aborto é agora instituída de acordo com as orientações do maior operador privado da indústria do aborto".
"A doutrinação compulsiva anti-família é, a partir de agora, um facto protegido pela Lei", refere a Associação Juntos pela Vida.

Os sindicatos já se pronunciaram, e muitos bloggers também, no sentido de esta ser mais uma lei trapalhona, redigida em cima do joelho, e em que mais uma vez o governo coloca a carroça à frente dos bois e salve-se quem puder!
Neste caso a carroça é a Lei e os bois somos mesmo nós, professores, que, sem qualquer preparação prévia para abordar matéria tão sensível, vamos ser atirados às feras por quem é absolutamente inconsciente em matéria educativa.
Entretanto há quem se passe completamente nesta colagem ao governo e diga pérolas desta calibre "Os professores são pedagogos, por isso devem saber ensinar tudo."
Ó Albino, e se fosses a banhos gelados em Moledo para arrefecer a moleirinha?

Problemas no Blogger

Problemas no Blogger

Foi ontem, ao fim da tarde, que os seus efeitos se fizeram sentir por aqui. Subitamente deixei de ter acesso aos blogues alojados no Google. O meu incluído, apesar das voltas que dei tentando fintar o impedimento. Não sei se esta explicação avançada pelo Sol é a verdadeira... pode ser.
O que sei é que entretanto o problema foi ultrapassado e o blogger continua a rolar sobre carris bem oleados.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Farinha do Mesmo Saco

Farinha do Mesmo Saco

A notícia é do JN de hoje e transcrevo-a na íntegra com os sublinhados que entendi fazer e que são da minha responsabilidade.
A cada dia que passa mais amo este pê esse e este pê esse dê!
Olé!
Farinha do mesmo saco?
É! Pode ser! Para ficarmos por aqui.

Estreantes e veteranos a caminho de São Bento

Quotas garantem 30% de mulheres e direcções nacionais colocam ministros e ex-governantes
Ontem
ALEXANDRA MARQUES *, * COM A.P.C.

O açoriano Costa Neves (PSD) em Castelo Branco ou Francisco Assis (PS) na Guarda são casos de "pára-quedismo" gritante. Os membros do Governo têm lugar garantido, assim como os independentes convidados para a lista de Lisboa.
As listas de candidatos a deputados dos dois maiores partidos é esclarecedora: antigos ou actuais governantes encabeçam as listas, mesmo que a ligação efectiva ao distrito seja inexistente. Assim se explica que a Ana Jorge suceda a Matilde Sousa Franco em Coimbra, que Luís Amado lidere a lista de Leiria, pelo lado do PS, ou que Deus Pinheiro avance em Braga e Couto dos Santos em Aveiro, pelo PSD.
Os casos mais evidentes são, contudo, o do ex-secretário de Estado dos Assuntos Europeus do PSD, o açoriano Costa Neves, e de Francisco Assis que é promovido, ao ser lançado do Porto para o topo da lista pela Guarda.
As novidades não se quedam por aqui. Ser independente com o apadrinhamento do líder também dá direito a lugar elegível e de destaque. Como acontece em Lisboa com a ex-dirigente centrista Maria José Nogueira Pinto (4ª na lista do PSD) e da actriz e segunda filha do maestro Vitorino de Almeida: Inês de Medeiros e ainda do antropólogo e ex-bloquista Miguel Vale de Almeida (respectivamente 3ª e 7º na lista do PS).
As mulheres constituem pela primeira vez - devido à Lei da Paridade aprovada nesta legislatura - 30% das listas, mas neste capítulo só algumas foram promovidas a lugares cimeiros. É o caso da ex-deputada Maria Teresa Morais da direcção barrosista que agora lidera a lista de Leiria. Ou Rosário Águas (passa a 3ª em Coimbra).
No PS, Sónia Fertuzinhos (Braga) sobe do 12.º lugar (que tinha em 2005) para 6.º, Isabel Oneto entra na lista do Porto. Elza Pais também se estreia (em 3.º lugar) por Viseu, Idália Moniz mantém o segundo lugar em Santarém e Maria de Belém lidera Aveiro.
Ter familiares deputados é uma outra via possível para entrar em São Bento. No PSD, Coimbra dá poiso ao dirigente Paulo Mota Pinto (filho de Carlos e Fernanda) e a Nuno Encarnação, filho do presidente da Câmara. E o Porto acolhe Luís Menezes, filho homónimo do autarca de Gaia, e em 6.º Luísa Roseira, sobrinha da antiga ministra da Saúde socialista.
No PS, Aveiro mantém Afonso Candal, filho do advogado falecido este ano, em segundo. Jamila Madeira - filha de Luís Filipe Madeira - que não foi eleita para Bruxelas, entra (em 4.º) na lista de Faro e Antónia Almeida Santos, filha do presidente honorário do PS, também em 4.º lugar, em Coimbra.
No PSD/Madeira, o enigma chama-se Vânia Castro Jesus, que em terceiro lugar destrona o veterano Hugo Velosa para quinto.
Já o PS/Madeira foi assolado por um "temporal" e nenhum dos actuais deputados é recandidatado: Jacinto Serrão, Maximiano Martins e Júlia Caré ficam sem lugar no hemiciclo nacional.
Em hora de mudança, há ainda deputadas que saem. No PS, Isabel Pires de Lima, Maria Carrilho, Paula Cristina Duarte e Marta Rebelo são algumas delas. No PSD, Zita Seabra encontra-se em risco de não ser eleita, por Lisboa.
As curiosidades continuam. O PSD candidata os arguidos António Preto e Helena Lopes da Costa e o PS coloca o antigo assessor de Jorge Coelho, Nélson Lopes, como suplente na lista de Lisboa, à frente de Dias Baptista.
 
Creative Commons License This Creative Commons Works 2.5 Portugal License.