terça-feira, 10 de julho de 2018

Hinos à Resistência dos Professores em Greve há 37 Dias


Hinos à Resistência dos Professores em Greve há 37 Dias

E ao fim de 37 dias de greve, a magia acontece em plena luta, dentro de uma sala de aulas, numa Escola do Norte, mais precisamente em Amarante.

Estava eu entre duas não reuniões de avaliação, sozinha e em absoluto silêncio dentro da Sala de História, quando, de repente, comecei a escutar uma voz feminina que cantava à capela, vinda da sala ao lado, vinda da Sala de Geografia, cantando músicas que me pareceram verdadeiros hinos de resistência à luta desencadeada pelos Professores Portugueses neste final de ano lectivo.
Esta Professora, cansada já de uma greve longa, a mais longa de todas as greves por nós cumpridas!, que assim canta durante um intervalo entre mais duas não reuniões de avaliação, está em greve há precisamente 35 dias. Tal como a maioria dos professores portugueses também ela é do sexo feminino - é, assim, Mulher, Esposa, Filha, Mãe, também ela tem família e filhos em casa que a aguardam. Escutei-a em absoluto silêncio e gravei-a, sem o seu conhecimento, de olhos vidrados e a pensar que Porra! como é que um governo dito socialista faz o que faz a toda uma classe profissional composta esmagadoramente por Mulheres?! Como podemos ser vítimas de verdadeiro bullying exercido ano após ano pela tutela?! E por tantos e tantos comentadores da treta que sabem lá do que falam?!
Avisei-a, posteriormente, que a gravei e pedi-lhe licença para usar estes verdadeiros hinos à resistência dos Professores(as) Portugueses(as) e que agora convosco partilho.

E ao fim de 37 dias de greve, a magia acontece em plena luta, dentro de uma sala de aulas, numa Escola do Norte, mais precisamente em Amarante.

Escutem.



3 comentários:

Helena Goulão disse...

Belo e digno <3

Marias e Marias disse...

Até 13 de julho... E depois? É intervalo. Vou ali, já venho. Coisas sérias, muito sérias... Muita gente estava envolvida e a opinião pública sensibilizada;

Anabela Magalhães disse...

Eu não ando a mando do Mário Nogueira. A minha última reunião de avaliação foi a 25 de Julho. Evidentemente, mantive-me em greve de pedra e cal. Pena que não tenhamos todos escolhido este caminho e deixado sindicato a mando do pcp e ministério à deriva e desvairados.

 
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