segunda-feira, 9 de julho de 2012

Encontro de Amigos

Encontro de Amigos com o Tâmega  - Amarante
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães


Encontro de Amigos

Confesso que elaborei o programa contando com as características do público-alvo, senhor do seu nariz... eheheh... que eu bem sei do que a casa gasta e gato escaldado da água fria tem medo.
Às 9 horas da manhã, hora prevista para o começo da reunião das tropas, já alguns se apresentavam na esplanada do café causando o espanto da funcionária não habituada a ver-nos por lá a horas tão matinais de Domingo e ainda por cima em número que ia engrossando à medida que a manhã avançava... deveras estranho, de facto... e lá foram chegando, ora chegam estes e depois aqueles... e a meia hora de tolerância transformou-se rapidamente em 60 minutos bem contados e a ordem de marcha lá foi dada, a tolerância foi esgotada, alguns ficaram de nos apanhar mais tarde já que o dia se gastaria inteiramente por aqui, por Amarante. E até o tempo ensolarado nos ajudou, magnífico, depois de uma manhã algo fria e de nevoeiro pousado no rio e nas margens da cidade.
O passeio pedestre foi simplesmente delicioso, as paisagens sempre foram e assim se manterão, espero! magníficas, e caminhámos até Formão sempre bordejando o Tâmega que se apresenta sempre à nossa direita revelando açudes, ilhotas, moinhos desactivados, pequenas praias fluviais improvisadas, e, durante o percurso de ida e de volta, agradabilíssimo pelas zonas de arvoredo frondoso e de sombra que nos proporcionam, vamos encontrando pescadores e outros pequenos grupos que percorrem o mesmo trajecto, no mesmo sentido ou no seu oposto, ora correndo, ora em marcha mais ou menos apressada ou mais ou menos lenta.
A Rota do Pescadores pode ser mais longa do que aquilo que ontem fizemos, depende do tempo disponibilizado para ela e das pernas aguentarem uma trajecto maior ou mais pequeno, mas, ontem, sem contabilização rigorosa da quilometragem feita, cumprimos entre 5 e 6 Km bem medidos, entremeados por conversas boas entre quem se quer bem.
E à hora programada subimos a escadaria de pedra que nos levaria directamente à Confeitaria da Ponte para abastecermos os corpos com os "doces venenos" compostos de cafés, lérias, conventuais, papos de anjo... e os famosos poios da Confeitaria da Ponte... eheheh... e tudo o mais que se lembraram de degustar naquela meia hora guardada para a contemplação do rio, omnipresente em quase todo o centro histórico de Amarante.
E depois foi tempo de atravessarmos a Ponte Velha em direcção à margem direita e voltar a descer ao rio para efectivarmos um "cruzeiro de guiga"... eheheh... aplacando saudades de outros tempos, tempos esses em que tratávamos o rio e as ditas cujas por tu e foi tempo de constatar que, quem já remou uma guiga, saberá remar uma guiga para sempre, que isto de conduzir guigas é como andar de bicicleta e depois de uma breve atrapalhação momentânea... eheheh... excelente para soltar sentidas gargalhadas... lá vamos nós em exploração rio acima e rio abaixo numa horinha bem cumprida e olha... não é o Fernando lá em cima, na Ponte Velha, a dizer-nos adeus? Pois hello para ti também, aguenta-te agora à nossa espera porque nós queremos apreciar bem o panorama que o leito do rio nos proporciona, feito de perspectivas bem diferentes das captadas nas suas margens e queremos continuar a gargalhar tal e qual como fazíamos em tempos bem mais descontraídos e felizes, de infância e adolescência que escoou para todos nós, amarantinos, em Verões inteiramente mergulhados no rio.
Foi uma hora bem passada. Mesmo  para os "estrangeiros" que se estrearam nas guigas... eheheh... e alas para o Zé da Calçada, onde apreciámos um almoço demorado, como convém nestes eventos que se querem cumpridos sem stress, em varanda sobranceira ao Tâmega para o merecido repasto.
Por último, haveríamos de fechar com chave de ouro, cumprindo uma visita, Obrigada João Sardoeira! que, num domingo e em regime de voluntariado, nos guiou pela pequena mas belíssima Igreja de S. Domingos ou de Nosso Senhor dos Aflitos e Museu de Arte Sacra anexo ainda com o bónus da subida à Torre Sineira de S. Gonçalo, com direito a repicar de sinos durante a subida dos íngremes e estreitos degraus.
A vista sobre a cidade é soberba e permite-nos ter o nosso umbigo literalmente aos nossos pés de amarantinos que pisam este chão desde que nasceram e para os outros, os baptizados ontem, a experiência revelar-se-ia igualmente bela.
Sim, o programa revelar-se-ia bem esgalhado ao longo de todo o dia, com gente a entrar e a sair do grupo à medida das suas necessidades e gostos e gente a cumpri-lo na íntegra... é claro que na versão mais corajosa de gente...
Quanto à Igreja de S. Gonçalo... pois terá de esperar... que o tempo era já de marchar para casa onde um lanche ajantarado se cumpriu por multas à base de belas e deliciosas saladas, salgados e sobremesas... huuuummm... huuummm... mas que dotes culinários tem esta tropa!!! que até me deixam de cara à banda!
E a noite acabou em barrigadas de riso sem fim que ecoaram, por certo, por Amarante e pelo Tâmega adentro... ai ai ai... o que rebolámos a rir à conta de histórias passadas... eheheh... cala-te boca...
Como sempre, repetiremos o encontro, mais cedo ou mais tarde, num outro tempo e lugar... ah! e não organizado por mim... os que vivem no Porto prometeram...

1 comentário:

CuiShLe disse...

Gostei muito do pouco tempo que participei!! :))

 
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