Panteão - Roma
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães
Foi o décimo quarto Reencontro com a História e foi cumprido com amor e carinho por entre as ruínas da capital do fabuloso Império Romano que haveria de se fragmentar às mãos, e também aos pés, dos inúmeros povos bárbaros que o liquidaram do ponto de vista político, económico e social, dando origem, assim, à estrutura política que ainda hoje mantemos e que é uma Europa de Nações. Os bárbaros esfrangalharam-no, ao Império Romano do Ocidente, é certo, mas a herança destes romanos loucos, deste império fascinante feito de ordem, grandeza e fausto mas também de muito sangue e miséria, perdura entre nós ainda hoje, viva e bem viva, atraindo multidões do canto mais ocidental ao ponto mais oriental deste Planeta partilhado que tem de ser a Terra/Casa de todos nós.
A nós atraiu-nos. E deixou-nos de boca aberta de espanto perante a extensão das ruínas do fórum, a dimensão de um Coliseu, a escala inacreditável da cúpula do Panteão, os arcos de triunfo de Constantino e de Tito teimando em relembrar feitos de outros tempos, as colunas historiadas de Trajano e de Marco Aurélio ainda quase intactas elevando-se desafiadoras pelo céu adentro, as portas de bronze originais e gigantescas, a frescura da água cristalina jorrada pelas fontes romanas que há milénios apazigua a sede aos transeuntes... e que apaziguou a minha.
Em Roma, sê romano, diz-se. E nós assim fomos. E fomos seis. Todos professores de História, de um grupo muito especial que se conheceu em terras de ESA. Dois deles já estão aposentados. Eu ainda estou no activo, mas fora da ESA desde 2009.
E depois? E depois continuámos a juntar-nos para calcorrear terras outras que temos desde sempre no coração.
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