quarta-feira, 11 de março de 2015



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Fotografias de Artur Matias de Magalhães

Pode o Amor Ser Deserto?

Pois pode. Porque o deserto é despojamento, luxo, elevação, transcendência, sentimento, superação, vida, comunhão, exuberância, quietude, desassossego, espaço, emoção, ondulação, calma, introspecção, odor, excesso, arrepio, tempero, cor, aconchego, movimento, espiritualidade, doçura, imensidão, transparência, sensibilidade, surpresa, tempestade, calor, desamparo, comunhão, luminosidade, tranquilidade, sossego, volumetria, espanto, infinito, sal, essência, contraste, contradição, plenitude... e não é isto o Amor?

Ou pensam que foi por acaso que as três grandes religiões monoteístas existentes no Mundo, aquelas que entroncam todas no judaísmo primitivo, nasceram aqui mesmo, em pleno Deserto?

"Comme nous allons vers terre que nous ne connaissons pas, voilà que nous découvrons dans note couer de grands espaces inexplorés."

Ernest Psichari

Hoje fui entrevistada por três dos meus queridos alunos, ex, na verdade!, que voltaram à Sala de História da EB 2/3 de Amarante para me questionarem acerca do Amor. Foi uma conversa rápida, tanto que ficou por dizer... mas, confesso, hoje voltei a um Amor da Minha Vida, hoje voltei ao Amor que é Deserto.

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