terça-feira, 10 de março de 2015
O MEC, os Professores e a Norma-Travão
Fino recorte surripiado aqui.
O MEC, os Professores e a Norma-Travão
Hoje escrevo muito menos do que já escrevi sobre dicas e sobre tricas de lutas de professores. Confesso que faço até um esforço para passar ao lado, que o lado está doentio como o raio que o parta, como aliás fica quase tudo em que o MEC mexe, um MEC que não conquistou o nosso respeito, nem tão pouco se preocupa em dar-se ao respeito. Mas os professores também não estão isentos de culpas. Desde o tempo da outra senhora, que eu deixei de nomear neste blogue, e em que, por mero acaso de alinhamento dos astros! os professores falaram quase a uma só voz juntando forças, a acção do MEC mais não fez do que introduzir a divisão entre nós, sabendo eles muito eles quais os cordelinhos que devem ser mexidos para obterem a reacção desejada e que é deixarem os professores uns contra os outros quando todos deviam estar contra o MEC.
A norma-travão é apenas o último episódio da novela rasca mexicana que o MEC vai parindo de quando em vez, a esparrela ou casca de banana lançada para provocar a queda dos professores, neste caso contratados. Esta norma-travão permite que um professor contratado, com cinco anos de contratos anuais, consecutivos e em horários completos, vincule e que um professor, com vinte e cinco anos de serviço, por exemplo!, porque no ano lectivo transacto teve o azar de ser colocado uns dias depois do expectável, fique arrumado para canto, para as calendas gregas, eu sei lá.
É claro que o MEC sabe ao que anda e não anda a apanhar bonés. É só ter acesso a um qualquer fórum de professores para ver, agora, professores contratados contra professores contratados... quando, desculpem a pergunta, mas não deviam estar todos contra quem fez esta norma-travão? Não estão a canalizar mal a vossa luta, as vossas forças e energias?
O MEC agradece, claro! Porque consegue os seus intentos de forma fácil, barata e de forma a poupar milhões. E faz o pleno - poupa e divide e ao dividir enfraquece. Et voilá!
Entretanto, a norma-travão não deixa de ser uma aberração... penso eu de que... e a luta deveria ser canalizada apenas contra ela e contra quem a pariu para impedir o acesso à carreira a milhares e milhares de professores que assim foram chutados para canto em três tempos, sem apelo nem agravo. Assim, a luta não deveria ser canalizada contra quem dela, por acaso, vai beneficiar. Desculpem, mas o alvo está deslocado.
Nota - É claro que nem todos escorregam nas cascas de banana atiradas para a praça pública por um MEC que não merece um pingo de respeito. Ou merece?
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