sábado, 13 de julho de 2019

Ainda a Propósito do Pseudo Cinquentenário da ESA

   

Ainda a Propósito do Pseudo Cinquentenário da ESA
É na opinião contrária à opinião vigente e ao politicamente correcto que reside uma boa parte do progresso íntimo e pessoal e colectivo também! 
A minha opinião contrária é sempre ponderada, pensada, sustentada. Acima de tudo sou uma mulher prática que odeia encher balões de oxigénio e que continua a lutar contra a aldrabice, a mentira. Por isso, por vezes, defendo o Não. Convém não perder a capacidade de dizer Não sempre que é preciso e, por vezes, dizer Não é mesmo preciso. Não o não birrento, estúpido, fútil, inconsciente... mas antes o Não amadurecido, assumido, consciente, fruto da decisão reflectida.
Eu disse-o, alto e bom som, na ESA, e jamais me arrependi.
É certo que saí. Mas deixei ficar um exemplo exemplar.
E sim, há gente que não aprecia mesmo nada este meu modo de ser.
E sim, Não, a ESA não cumpriu qualquer cinquentenário porque este ano fez apenas 44 anos. Como, de resto, pode ser comprovado no Diário da República Electrónico.
Texto adaptado de dois textos datados de 2009)

QUINTA-FEIRA, 19 DE NOVEMBRO DE 2009

Dia Mundial da Filosofia - Emília Barros 

Os cartazes que tanta polémica geraram são dois. Já aqui partilhei um deles, quando anunciei esta actividade programada para hoje, Dia Mundial da Filosofia, pelo grupo de Filosofia e pelos alunos que frequentam esta disciplina na ESA, disciplina que deveria ser obrigatória porque absolutamente estrutural do pensamento de qualquer ser pensante.
Hoje partilho o segundo. Que cada um faça as suas leituras, sendo certo que Filosofar não é dizer o sim dos rebanhos, como já o afirmei anteriormente neste blogue.
Neste dia, Dia Mundial da Filosofia, presto homenagem a uma professora que foi minha e que já aqui foi referida, por diversas vezes, em variadíssimos comentários deixados por ex-alunas, onde me incluo.
Hoje presto homenagem à Grande e Única Professora Emília Barros.
Foi minha professora de Português no Ciclo Preparatório e posteriormente no terceiro ano do Liceu. Voltei a ser sua aluna no Secundário, no antigo sexto e sétimo ano, agora a beber conhecimentos, sofregamente, de Psicologia e Filosofia.
A Dr.ª Emília Barros foi uma verdadeira bênção na minha vida académica e foi absolutamente decisiva e marcante na minha vida futura. Com ela aprendi a reflectir sobre a vida e a entender que há caminhos múltiplos, variados, que podem ser percorridos, uns mais fáceis, nem sempre os mais aliciantes e belos, outros mais complicados, por vezes os mais gratificantes de percorrer e de saborear, em cada passo dado, em cada paragem necessária para recuperar o fôlego.
As suas aulas eram à sua imagem e semelhança - belas, extremamente cuidadas e preparadas, exemplares, marcantes - feitas com análises de textos de filósofos que explorávamos até ao tutano, que virávamos do avesso, deixando em nós um sabor doce e único resultante das descobertas contínuas e continuadas que fazíamos à volta de um texto, que constituía sempre, para mim, um desafio à compreensão, ao conhecimento. Tínhamos tempo e assim o gastávamos.
Hoje só posso agradecer-lhe publicamente. Porque o Ensino Público também foi/é feito destes Professores, anónimos na multidão e nos números avassaladores que tudo devoram, mas que tocam para sempre os privilegiados que lhes caem nas mãos, que nunca mais os esquecem.
Hoje só posso agradecer-lhe o exemplo do seu profissionalismo sem mácula.
Nem sei se seria a mesma, hoje, se não tivesse sido aluna desta Professora que continuo a encontrar por aqui, amiúde, e que me faz atravessar as ruas empedradas da minha cidade na sua direcção, atraindo-me como um íman.
Por isso hoje só lhe posso deixar uma palavra de que gosto particularmente:
Obrigada!

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