Dia Mundial da Floresta e da Poesia - Serra da Aboboreira
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães
Dia Mundial da Floresta e da Poesia
Comemoro-o(s) com uma árvore minha, por mim fotografada, neste caso um pinheiro bravo, velho e especialíssimo, que se confunde com a paisagem agreste e granítica com a qual já se fundiu por completo e que constitui, por si só, uma verdadeira poesia visual.
Mas também o podia ilustrar com castanheiros imensos ou carvalhos frondosos, de longe as minhas árvores preferidas para possuir.
A todas dou carinhos, trepo-as e podo os seus galhos mortos, retiro rebentos indesejáveis a que os autóctones chamam ladrões, afago-as, amo-as.
No tempo quente abrigam-me da canícula enquanto calceto caminhos infindáveis que iniciei quase há trinta anos com as minhas mãos. O trabalho quer-se interminável e o contacto silencioso com a Natureza obriga-me a aquietar-me e esta quietude é boa e saborosa...
Os incêndios, anuais e não raras vezes violentos, costumam respeitar o meu santuário e amiúde aquietam-se, eles próprios, aos seus pés, respeitosamente.
O respeitinho é muito lindo... e eu gosto...
2 comentários:
Lindíssima a árvore e belas as palavras.
Partilho consigo o amor pela Natureza, nela busco o meu equilíbrio, ontem mesmo também acariciei belas azedas e tratei de um pequeno canto que me dá o prazer de sentir a terra como irmã.
Um abraço grande Anabela!
É um conforto de alma lê-la.
Muito obrigada, Tecas, pelas suas palavras sempre tão gentis para comigo. Aconcheguei-me nelas... tal como nos aconchegamos, as duas, na Natureza...
Beijinhos
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